domingo, 31 de janeiro de 2010

Milton Neves confunde uma Aline com outra

Bem que a gente tenta não falar muito do Milton Neves por aqui, mas não dá. Desta vez, durante o Domingo Esportivo Bandeirantes, de 31 de Janeiro de 2010, ele conseguiu se superar no quesito gafes (acho que já escrevi isso antes): durante uma entrevista, ele confundiu a cantora Aline Calixto com a também cantora Aline Barros. Calixto estava no Pacaembú, onde iria fazer uma apresentação musical antes da partida entre Palmeiras e Corinthians, válida pelo cameponato paulista de 2010. Barros nem deve ter passado perto do estádio.

Rodada de clássicos nos campeonatos estaduais

Depois de um começo morno, os campeonatos estaduais estão começando a ficar interessantes. Hoje teremos vários clássicos regionais, além de jogos importantes envolvendo clubes grandes e do interior. Escolha a melhor transmissão num dos links que indicamos abaixo.

São Paulo

Rádio Bandeirantes (SP)

Rádio Jovem Pan

Sistema Globo de Rádio

Rádio Capital

Rádio Record

Expressão da Bola

Transamérica FM

105 FM

Eldorado/ESPN


Rio de Janeiro

Sistema Globo de Rádio

Rádio Tupi (RJ)

Rádio Manchete

Rádio Nacional


Rio Grande do Sul

Rádio Bandeirantes (POA)

Rádio Gaúcha

Rádio Guaíba


Minas Gerais

Rádio Itatiaia

Sistema Globo de Rádio

Rádio Inconfidência

Goiás

AM 730 - Goiânia

820 AM - Goiânia

Rádio Brasil Central FM (GO)


Recife

Rádio Jornal - Recife

Rádio Clube - Recife

CBN



Paraná

Rádio Banda B - Curitiba

Rádio Difusora

sábado, 30 de janeiro de 2010

Conheça a locutora que assustou José Silvério

No domingo passado, publicamos aqui o vídeo de um momento em que o narrador José Silvério se assusta com uma mensagem do sistema de som do Palestra Itália. O leitor Eduardo Coelho deixou aqui no sistema de comentários o link para uma reportagem apresentando a locutora oficial do estádio: Telma Emerick.

Assista aqui o momento extato em que Silvério leva o susto.




O texto completo apresentando Telma Emerick você pode ler aqui.

O link traz dois vídeos que reproduzimos aqui. O primeiro mostra Telma em ação no estádio do Palmeiras




Além desse trabalho, Telma Emerick é locutora da Rádio Jovem Pam FM.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O caso das interferências da Rádio 9 de Julho

No dia 7 de janeiro, publicamos aqui o post "Rádio 9 de julho "invade" o Globo Esporte" (Clique aqui e leia mais a respeito).

Uma fonte da emissora, que desejou não se identificar, diz que a mesma não teve conhecimento sobre o incidente envolvendo o link ao vivo no Globo Esporte. A Rede Globo fez qualquer tipo de comunicação à Rádio 9 de Julho a esse respeito. Essa mesma fonte não descarta a possibilidade desse tipo de interferência acontecer. Contudo, segundo ela, o problema estaria no equipamento (especialmente a fiação) utilizado durante o link.

Sobre a interferência nos equipamentos eletrônicos da vizinhança, essa mesma fonte diz que a 9 de Julho está dentro dos limites de potência determinados pela Anatel. Diz ainda que o sinal de outras rádios também causa essa interferência. Contudo, como o parque técnico de algumas delas está afastado dos grandes centros, como por exemplo perto de represas e estradas, o transtorno causado é bem menor.

A fonte ouvida pelo Rádio Base lembra ainda que vários equipamentos eletrônicos não são fabricados da forma que deveriam ser, com fios blindados, etc. Segundo ela, esse é um fator que facilita muito a questão da interferência. Por último, informa
que a emissora tem um responsável técnico que trabalha 8 horas por dia e que ele está atento a essa questão, sempre trabalhando para evitar que transtornos como esse aconteçam.

Carnaval na Kiss FM

O Carnaval também pode ser rock and roll. Essa é a proposta da Kiss FM (102,1 MHz) com o “Trio Elétrico da Kiss”, promoção do mês de fevereiro da emissora. Para participar, os ouvintes terão que ficar atentos à programação diária da Kiss. Serão veiculadas três vezes ao dia, em horários alternados, músicas de bandas cujo numero de componentes formam sempre um trio. Para identificar a promoção, haverá uma vinheta “Trio Elétrico da Kiss FM” antes da canção.

Para se inscrever, o ouvinte deverá acessar o site da Kiss FM (www.kissfm.com.br), preencher completamente o cadastro com os dados pessoais, e enviar os nomes das bandas e os horários em que foram ao ar no decorrer daquele dia.

Todos os dias, quatro ouvintes que se adequarem a promoção participam do sorteio de camisetas da Kiss FM. Às sextas-feiras, concorrem também a um aparelho iPod Nano, e, em 26 de fevereiro, ao prêmio máximo: um laptop MacBook Pro.

Nativa FM chega a Campinas no domingo

A Rede Nativa FM continua crescendo. A nova afiliada da emissora estréia domingo, dia 31, às 18h, na frequência 89,3 em Campinas. Esta é a sétima afiliada da Rede Nativa FM e a quinta do estado de São Paulo.

Detalhes de uma narração esportiva

O narrador João Guilherme, da Rádio Manchete, soltou a voz, mas desta vez não foi para descrever um lance de gol. Aproveitando a deixa do plantão esportivo, ele cantarolou "Detalhes", de um torcedor vascaíno chamado Roberto Carlos. Acompanhe no player abaixo.



Agradecimentos ao radialista Rener Lopes pela dica.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Advinha quem vem para o churrasco

Essa moda já pegou. Agora é a Nativa Fm que vai sortear um churrasco completo para seus ouvintes. Só que é todo sábado. Carne assada com tudo que tem direito garante a emissoras. Haja conta de açougue!!!!!!

PS.: Será que vai rolar um churrasco de queijo de coalho pra quem for vegetariano?

Rádio: Manual de Instruções - parte II

Agora, a parte final do nosso manual de instruções sobre as Ondas Curtas, escrito por nosso leitor Dionísio Codama Aimoré. Vale lembrar que o texto é baseado em apostilas da década de 1970.

Nesta segunda e última parte, vamos aprender a reconhecer se um receptor tem as frequências de Ondas Curtas e também sobre propagação de ondas eletromagnéticas.

Leia também a primeira parte do texto, sobre os vários tipos de faixas.
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Parte II

Receptores

Primeiramente dê uma olhada na sua casa para ver se possui algum receptor de rádio com duas ou três faixas.

Os receptores com duas faixas, se for antigo, certamente possui uma com ondas curtas, tendo uma recepção razoável com a antena levantada. Os fabricantes davam um trato melhor no projeto do circuito, visto a importância das ondas curtas no passado.

Atualmente, os receptores com duas faixas são AM e FM, dada a popularidade da faixa de FM.
Se o radio tiver três faixas, ótimo. Uma delas deve ser de ondas curtas. Tente localizar as marquinhas impressas das faixas, por exemplo, veja se está marcado no dial "62 m" ou "60 m", "49 m", 31 m", "25 m". Levante a antena, mexa na chave de ondas e procure calmamente por algo.

Se não possuir nenhum receptor, procure nos shoppings por algum rádio portátil. Há inúmeros modelos nacionais bem projetados, com 5 faixas até com 10 faixas, mostradores analógicos e preço bastante acessíveis. Alguns possuem pré-sintonia que pegam a Rádio Aparecida em Ondas Curtas.

Se não conseguir pegar nada nos primeiros dias, tenha paciência e pratique sempre. Nem sempre uma emissora de ondas curtas está no ar, por problemas técnicos ou pelo motivo do verbete a seguir.

Propagação das ondas

As emissoras locais tem a garantia de estarem todo o tempo presentes porque a onda vem direto da antena do transmissor para a antena do receptor. É a denominada "onda terrestre".

Mas o rádio surpreende a cada dia por variações na recepção dos sinais de emissoras bem distantes. A única opção de uma onda de emissora distante chegar ao seu receptor é através de um caminho maior feito por reflexões na atmosfera chamada de "ionosfera". É causada pelos raios ultravioleta do Sol e pelos raios cósmicos que arrancam elétrons de átomos na alta atmosfera, tendo a capacidade de refletir uma onda de rádio para o solo a centenas de quilômetros de distância.

Durante o dia, existem três camadas na ionosfera: "E", "F1" e "F2".

A camada "E", existindo apenas de dia pela influência do Sol, absorve as ondas das frequências baixas, as Ondas Médias, Ondas Tropicais e parte das Ondas Curtas (49 m - 41 m - 31 m - 25 m).

Ainda de dia, entre as faixas de ondas curtas altas (19 m - 16 m - 13 m), as ondas de rádio conseguem atravessar a camada "E" e são refletidas pelas camadas "F1" e "F2". Por isso é fácil sintonizar emissoras do exterior nessas faixas o tempo todo.

Após o crepúsculo, essa camada desaparece aos poucos e algo surpreendente acontece. É possível agora ouvir emissoras longínquas pois as ondas passam a ser refletidas pela camada "F". A noite as camadas "F1" e "F2" se unem formando a camada "F".

Há um limite, entretanto. As ondas das emissoras de televisão e FM não conseguem reflexão na ionosfera por serem muito energéticas. Elas acabam se perdendo no espaço. Somente em dias muito nublados, essas ondas são refletidas nas nuvens e voltam a terra.

MTV pretende ampliar uso da marca com rádio FM e jornal gratuito

Do site Tela Viva

Novas e velhas mídias estão nos planos da Abril para atingir o público jovem com a marca MTV. Com a sociedade com a Viacom desfeita, o grupo passa a explorar a marca com exclusividade no Brasil. "De alguma forma, apesar de sócios, Abril e Viacom eram concorrentes, o que limitava a parceria. Agora o crescimento da marca é positivo para ambas", diz o diretor de canais da Abril, André Mantovani. A estratégia do grupo agora é ampliar a base da MTV, embora ainda trabalhando em nicho. Para isso, deve trabalhar na ampliação da cobertura do sinal em TV aberta e da distribuição do conteúdo da TV em outras plataformas. Além disso, o grupo investirá na programação para chegar a diferentes nichos dentro do público jovem, fortalecendo a marca junto às classes B e C. A nova programação da emissora, que será lançada em março, deve marcar o início da busca por este público. Além disso, até o fim do ano, deve passar a ser 100% em alta definição.

Também está prevista maior sinergia com os outros produtos da Abril. Com a revista Capricho, por exemplo, a MTV lança em breve o Colírio MTV/Capricho. Trata-se de concurso no qual a audiência escolhe o "garoto colírio", que virará apresentador do canal e aparecerá também na revista.

Velhas mídias

Com o direito de explorar a marca MTV, a emissora planeja levar seu conteúdo para duas plataformas de distribuição que estão longe de ser vanguarda, mas que ainda assim têm grande potencial junto ao público jovem. A Abril negocia o lançamento da Rádio MTV, em FM. Ainda não está definido em que modelo. O grupo pode licenciar a marca, exigindo algum controle editorial para garantir que a rádio esteja de acordo com o público alvo. A alternativa é lançar uma rádio em parceria com uma empresa que tenha a frequência.

A outra mídia tradicional que a MTV espera explorar é o jornal. Um periódico gratuito com a marca MTV deve ser lançado em breve. "Quando lançamos a Revista MTV, vimos que o número de leitores por exemplar era muito alto, aproximadamente 20 mil. Ficou claro que o preço é uma questão muito sensível ao público jovem", diz Mantovani. Daí a ideia de lançar um produto gratuito, que deve ser distribuído em escolas, clubes, shows e outros lugares de aglutinação do público-alvo.

Novas mídias

Além disso, a MTV deve fortalecer sua presença em novas mídias. Seu portal conta atualmente com 2,5 milhões de visitantes por mês, com conteúdos que vão muito além ao do canal, incluindo blogueiros que não fazem parte do elenco da emissora. A ideia é fortalecer o portal também com o conteúdo da emissora. "A tecnologia de streaming hoje já é robusta. O provável é que tenhamos o live streaming, com opções de ver programas também sob demanda", diz o executivo da Abril. Atualmente, a MTV explora o conceito de catch-up TV. Logo depois de ir ao ar, os programas já estão disponíveis no site.

Na plataforma mobile, por enquanto, a aposta não é com vídeo, mas com notícias e outros conteúdos em texto. Um aplicativo para iPhone está em desenvolvimento para levar este conteúdo diretamente aos aparelhos. A plataforma também é usada como forma de interação, bem como a própria web.

"O conteúdo agora é pensado multiplataforma", diz André Mantovani. "Não adianta fazer apenas 'o site do programa'". Como exemplo, cita o novo Top 10 MTV, que leva à tela a participação da audiência através do Twitter. Em apenas uma semana, o programa conquistou 26 mil seguidores.

A mesma mídia

Com o fim do investimento da Abril na distribuição de conteúdo na TV por assinatura, o grupo se volta à TV aberta como plataforma de lançamento de suas marcas. Por enquanto, o trabalho está apenas na MTV, e não há uma proposta pronta para outros canais. Contudo, segundo Mantovani, o grupo acompanha com muito interesse a discussão sobre a possibilidade de se fazer, ou não, multiprogramação na TV aberta. Se liberada a multiprogramação, o grupo pode voltar a buscar diferentes nichos, mas com uma distribuição mais ampla, através da TV aberta. "Fizemos, no passado, alguns testes de multiprogramação. Conseguimos uma qualidade de imagem muito boa com a transmissão de três conteúdos simultâneos", diz Mantovani. Com a evolução dos softwares de compressão, espera-se ainda um ganho na qualidade.

A Abril também acompanha a discussão em torno do uso das frequências especiais de TV por assinatura, as TVAs. Vale lembrar, há uma proposta de usar estas frequências para transmissão de TV por assinatura para celular. "Ainda há insegurança institucional. A Anatel não se manifestou a respeito", diz Mantovani. Para lançar o serviço, seria necessário incluir no padrão de TV digital uma solução de acesso condicional, ou permitir o uso de outro padrão, possivelmente o DVB-H. Fernando Lauterjung


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É sempre bom ler a notícia na íntegra para não se falar bobagens, não é mesmo? Dá a impressão de que o Grupo Abril trata o possível "negócio" Rádio como uma mídia complementar aí que pode ser terceirizada.

É mais uma discussão que, infelizmente, não vai ser feita: as rádios customizadas que pululam por aí. São realmente a redenção do meio Rádio? Por anos a fio, o veículo foi tratado como mídia menor, de pouco interesse. E agora é salva do "limbo" de onde nunca havia entrado.

Os índices de audiência divulgados por aí comprovam que pelo menos no ranking geral a audiência é baixíssima, não justificando o investimento. Mas talvez nos credencie a achar que eles atinjam os objetivos traçados pelos departamentos de marketing das empresas. Da parte que me toca, as 3 rádios customizadas de São Paulo desenvolvem conteúdo razoável. Nem bom, nem ruim. Ficou na média.

A Oi FM, da operadora de mesmo nome, amarga um último lugar de audiência, mesmo com uma programação musical de excepcional qualidade. Peca por não informar aos ouvintes o que está tocando. Talvez isso acabe cansando quem poderia ouvi-la.

A Mitsubishi FM tem um formato interessante bem feito, mas a planilha musical é óbvia demais, sem surpresas, como se fora uma "Antena 1 do pop rock dos anos 90". Se ousasse mais na programação, seria certamente a melhor rádio no segmento "adulto-contemporâneo".

A Sulamérica Trânsito apostou no jornalismo de "prestação de serviços". Acertou no alvo e preencheu uma lacuna importante no mercado de São Paulo. O que a derruba é a baixa potência de seus transmissores. Trinta quilowatts é muito pouco para uma cidade como São Paulo.

Não dá para saber qual seria o intuito da MTV nesse meio. Os concorrentes, apesar do desprezo geral e todos os problemas no dial de São Paulo, são fortíssimos. Vai exigir de quem estiver no projeto - se é que ele vai se concretizar - muito empenho.

Ao contrário das outras três que já existem, ela vai ter que brigar por audiência com Mix, Metropolitana, Jovem Pan, Transamérica, etc, do contrário, não valerá o investimento, mesmo com toda a promoção que a MTV original poderá fazer. Não é tão simples como pode fazer sugerir o texto acima. Rádio comercial é briga de cachorro gigante, felizmente.

Assim nasceu, viveu e morreu a Musical FM

Como nasceu, como viveu e quem matou a Musical FM, uma emissora que se especializou em tocar os "grandes medalhões" da MPB mais comercial. A sua audiência ao longo de 5 anos de existência. Foi o "case" de rádio mais emblemático da década de 90, que revelou os conflitos entre a produção de um conteúdo de qualidade e a sua comercialização.


No programa "Sintonia Fina", realizado por alunos da Universidade Metodista de São Paulo, em 2004, é feito "uma autópsia" dessa emissora, que deixou dezenas de milhares de órfãos e viúvos.

Trata-se de um documento histórico da mais alta importância, para quem quer entender o mercado radiofônico brasileiro.

"Sintonia Fina" - 2004

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Blog novo no ar

Prezados amigos jornalistas,

Tomei a liberdade de enviar este e-mail para divulgar o meu humilde blog, que fala de Jornalismo com ironia e bom humor. Batizado de Desilusões perdidas (http://desilusoesperdidas.blogspot.com), o blog mistura crônicas e contos, e aborda, de forma ficcional, o lado humano do jornalista, os prazeres e dificuldades da profissão, ilusões e desilusões. Neste mês de janeiro, o blog comemorou um ano no ar, com muito sucesso. Não deixem de visitar! Participem com comentários, reflexões e, claro, bom humor! Se gostarem do blog, divulguem a seus amigos (ou inimigos)!

Obrigado pela paciência!
Um abraço do Duda
PS: No Twitter, estou em @duda_rangel


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Seja benvindo, Duda.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Rádio Tabajara AM, a pioneira da Paraíba, completa 73 anos

Do ClickPB

Há 73 anos, aos 25 de janeiro de 1937, a Rádio Tabajara AM era fundada pelo então governador Argemiro de Figueiredo. Em 1985 a emissora do Governo da Paraíba ganhava sua sede própria construída pelo governador Wilson Braga. Em 7 de agosto de 1999 o atual governador do Estado inaugurava a Tabajara FM. Para este ano de 2010 o diretor-superintendente da Rádio Tabajara AM, Ruy Leitão, planeja, junto com os demais diretores Manoel Raposo (Administração) e Francisco Remígio (Programação), projetos que vão melhorar a estrutura da ex-PRI-4, a emissora pioneira da Paraíba e a 17ª mais antiga do Brasil.

A Tabajara AM ganhará um novo transmissor com 20 kw de potência. Em 2009 não foi possível por questões de orçamento. Haverá mudanças significativas na programação da emissora que é uma das mais tradicionais do país. A rádio vai promover gincanas em escolas da rede pública estadual de João Pessoa ao Sertão. Uma das novidades de acordo com Ruy Leitão será o retorno de programas de auditório com festival de calouros, uma versão nova da época de ouro do rádio dos anos 40 e 50.

Para este primeiro semestre do ano está sendo formatado um festival de forró pé de serra. A Tabajara vai tocar as músicas e os ouvintes vão escolher as melhores. Nesta segunda-feira 25, dia de aniversário da emissora, o ouvinte terá uma programação especial, com entrevistas de grandes nomes do rádio paraibano.

O diretor administrativo, Manoel Raposo, revela que a Tabajara AM ganhou em 1985, no Governo Wilson Braga, não só a sede própria situada no corredor Pedro II, próximo ao Ibama, mas, novos equipamentos. “Wilson Braga reconstruiu a Tabajara AM”, afirma Raposo, que à época, era o diretor-presidente da emissora oficial.

História da Tabajara - Em 1987, o Governo da Paraíba publicou uma revista comemorativa aos 50 anos de fundação da Rádio Tabajara AM, a antiga PRI-4. O professor, historiador e escritor José Octávio de Arruda Melo foi um dos responsáveis pela publicação. No ano de 2002 A União publicou o livro “Tabajara, 65 anos, a Rádio da Paraíba”. A coletânea, organizada pelo Jornalista Josélio Carneiro, repórter da emissora, da Secom-Pb e do jornal A União, reúne 67 fotografias e 57 textos.

O escritor e historiador José Octávio de Arruda Mello revela que a Tabajara surgiu a partir da Rádio Clube da Paraíba, uma emissora artesanal. Com as forças do centralismo estatizante impondo-se a nível da estrutura brasileira, onde a Rádio Nacional, imposta pelo Governo, é de 1935, no mesmo ano do noticiário A Hora do Brasil ainda hoje existente com o nome de A Voz do Brasil – a Paraíba não haveria de ficar de fora desse contexto, derivando daí a criação, pelo Governo do Estado, da Rádio Tabajara da Paraíba, cuja inauguração, em 25 de janeiro de 1937, foi noticiada pelo jornal A União, na edição de dois dias depois.

Orquestra Tabajara - Não era só a BBC que funcionava como modelo da Rádio Tabajara durante a II guerra mundial – o outro era a Rádio Nacional, de onde se importava o componente lúcido, ou seja, o aspecto recreativo, recrutado a shows, cantores, e orquestras assegurados pelo que se denominava o cast radiofônico da época. É dentro desse quadro que se verificará a criação da “Jazz Orquestra Tabajara”, - tal o seu nome de batismo – claramente derivado da emissora que a acolheu. Sua fundação ocorreu ao final dos anos trinta, por iniciativa de Olegário de Luna Freire, um violinista amante da boa música. Logo para ela seriam recrutados alguns músicos da Polícia Militar do Estado, entre os quais o clarinetista pernambucano Severino Araújo, acompanhado de vários irmãos, entre eles o trompetista Plínio Araújo.

Com esse grupo e mais o saxofonista “Zé Bodega”, constituiu-se o núcleo da Orquestra Tabajara que, a princípio, encantou a Paraíba e, posteriormente, o Brasil. Segundo Armando Nóbrega, o interventor Ruy Carneiro, o boêmio, e seresteiro, o que o impelia para o campo da música, era um verdadeiro aficcionado da Orquestra Tabajara cujas audições públicas não raro comparecia no auditório da emissora e ainda no Cassino da Lagoa, Clube Cabo Branco e Pavilhão do Chá, nos informa José Octávio de Arruda Mello.

Secom/PB

Rádio: Manual de Instruções - parte I

Vamos agora, aqui no Rádio Base, começar uma viagem do tempo. Atentos às participações do nosso leitor Dionísio Codama Aimoré sobre Ondas Curtas, pedimos para que ele preparasse para o blog um bê a bá sobre as faixas em que novos ouvintes poderão ouvir as longuinquas emissoras que ainda usam as frequências que fogem dos conhecidos AM e FM do dia a dia.

Mais que isso, Dionísio fez para o blog um belo texto baseado em apostilas da década de 1970. Praticamente um manual para o ouvinte de rádio!

Vamos dividir o papo em duas partes:
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Parte I

Ouvir Rádio não é apenas ligá-lo

Ligar o aparelho de rádio é um gesto comum hoje. No início era necessário manusear pacientemente um fio chamado "bigode-de-gato" sobre um cristal de galena para tentar localizar algum ponto em que houvesse áudio de alguma emissora. O pouco som obtido era captado por fone de ouvido.

Hoje, apesar do plug and play, também é necessário uma certa paciência para tentar sintonizar um rádio receptor.

AM e FM

Ao olhar um aparelho de rádio, vemos uma escala de números, chamado "dial". Os receptores baratos dispõem apenas de uma escala ou faixa sendo que a faixa prioritária é a de "'Ondas Médias" ou "AM", entretanto nos receptores atuais apresentam apenas a faixa de "FM".

No "AM" (Amplitude Modulada), o áudio é mixado a uma onda eletromagnética fazendo-a variar em amplitude. Nesse processo, o transmissor perde muita energia ao gerar a onda. Apenas 20% da energia total é destinada a transmissão de voz e música.

É complicada a fabricação dos transmissores de AM. A recepção dessa onda é vulnerável a qualquer tipo de interferência elétrica.

No "FM" (Frequência Modulada), o áudio é mixado a uma onda eletromagnética fazendo-a variar em ambos os lados da frequência central.

Esse processo é eficiente, entretanto exige-se mais espaço entre as emissoras quando se deseja um som de alta fidelidade. A quantidade de interferências é mínima desde que a emissora esteja próxima do receptor.

Vários tipos de faixas

Ondas rádioelétricas ocupam uma fração do espectro de radiações eletromagnéticas. Começam a partir das frequências de áudio (10 Hz) e se prolongam além das microondas (10 GHz). Quanto mais alta a frequência, mais energética e penetrante é a onda de rádio.

Mais além das microondas, começa o espectro da luz visível. Hoje modula-se a luz para ter um som de alta fidelidade.

O uso das faixas de rádio se desenvolveu à medida que a tecnologia permitia. No início todos utilizavam-se da parte inferior do espectro, chamado de Ondas Longas, em torno de 100 kHz. Depois passou-se a utilizar a parte média do espectro, chamado de Ondas Médias, em torno de 1000 kHz.

Na descoberta dos radioamadores ao experimentarem as frequências mais altas, notaram que uma onda alcançava distâncias enormes. Logo, esta faixa, chamada de Ondas Curtas, se tornou a mais importante e valiosa para contatos a nível mundial.

Esta faixa foi repartida por inúmeros serviços civis e militares. Algumas fatias foram dadas aos serviços comerciais de rádio, outras fatias para os radioamadores, outras fatias para a Marinha, a Aeronáutica...

Ondas Curtas

Toda onda de rádio se propaga a velocidade de quase 300 mil m/s. Dividindo-se esse valor pela frequência de uma emissora de rádio, obtém-se o comprimento da onda em metros. Por exemplo: 300000 m/s dividido por 11780 kHz = 25,46 m.

Cada fatia do serviço comercial de rádio em ondas curtas tem o seu nome relacionado com o respectivo comprimento de onda em metros. Estas são as faixas de ondas curtas que existem:
120 m - 90 m - 75 m - 62 m - 49 m - 41 m - 31 m - 25 m - 22 m - 19 m - 16 m - 15 m - 13 m - 11 m. Note que quanto menor o comprimento de onda, mais alta é a frequencia e mais longe pode ir uma emissora.

Ondas Tropicais

No Brasil, estas faixas são usadas por emissoras de cidades acima do Trópico de Capricórnio, São Paulo e Londrina incluídos. São elas: 120 m - 90 m - 62 m.

Outras faixas

Estas são as faixas destinadas aos radioamadores: 160 m - 80 m - 40 m - 30 m - 20 m - 17 m - 15 m - 12 m - 10 m. É raro encontrar receptores com estas faixas, só os tipos especializados.
Há faixas que são utilizados pela Marinha, por embarcações civis, pela Aeronáutica, pela aviação civil, etc.

Tenho notado que tais faixas têm sido utilizadas cada vez menos. Os satélites passaram a ser utilizados pois são mais confiáveis. Entretanto, em dias muito nublados, o contato com satélites é severamente prejudicado.
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Na segunda e última parte, vamos aprender um pouco mais sobre receptores e propagação de ondas eletromagnéticas (essencial para o DX, como é chamada a prática de ouvir rádios que estão à longa distância).

domingo, 24 de janeiro de 2010

Sistema de som do Palestra Itália assusta José Silvério

Durante a transmissão de Palmeiras x Ituano, partida válida pelo campeonato paulista de 2010, o narrador José Silvério levou um susto com a entrada repentina de uma voz feminina pelo sistema de som do estádio Palestra Itália. Acompanhe no player abaixo.

Amapá tem rádio universitária em caráter experimental

A Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) colocou no ar, em caráter experimental, a sua rádio universitária. Quem sintonizar os 96,9 mhz de Macapá já vai poder ouvir uma programação com músicas nacionais.

A sede da rádio será inaugurada oficialmente no dia 19 de fevereiro. A programação definitiva está sendo estudada com critérios educativos, como pede a categoria da sua concessão.

O blog Rádio Base deseja sucesso à emissora e espera que ela não tenha o mesmo fim das concessões educativas de São Paulo que, salvo raros horários, tem suas programações totalmente além do ambiente e interesse acadêmicos.

Milton Neves e a primeira de 2010

Ao comemorar a repercussão de seu furo de reportagem dado nesse domingo (24.01), informando que o jogador Robinho está deixando o Manchester City, Milton Neves troca as bolas e erra a emissora em que é exibida o programa Domingo Espetacular (Mas desta vez, a culpa é da TV Record, que não tem criatividade para dar nomes a seus programas jornalisticos).


CBN São Paulo no Pateo do Collegio

São Paulo completa 456 anos e o programa CBN São Paulo, com apresentação do jornalista Milton Jung mais uma vez realiza cobertura completa das festividades e discute temas sobre a maior cidade brasileira.

Na próxima segunda-feira, a partir das 09h30 no Pateo do Collegio, o maestro João Carlos Martins e o grupo Samba do Baú estarão no programa junto com Maria Alice Setubal, socióloga e Dagmar Garroux (a Tia Dag), fundadora da Casa do Zezinho, compartilhando suas experiências.

Os comentaristas do CBN SP como Gilberto Dimenstein, do Mais São Paulo, o Cid Torquato, do Cidade Inclusiva, o Rodrigo Pereira, do Época SP na CBN, e a Patrícia Madeira, da Climatempo, estarão presentes no local.

E mantendo o costume do programa, o ouvinte também poderá contar a sua história com a cidade de São Paulo. O Museu da Pessoa, em parceria com a CBN, terá um espaço no local no qual os ouvintes-internautas poderão gravar em áudio e vídeo depoimentos e lembranças que têm da cidade.

Para mais informações acesse o site cbn.com.br

sábado, 23 de janeiro de 2010

Em 2011, Padre Landell de Moura completaria 150 anos

No dia 21 de janeiro de 2011, o Padre Landell de Moura completaria 150 anos. Mas as comemorações já começaram, no formato de um abaixo-assinado para transforma-lo, de vez, no inventor do rádio.

Já contamos essa história aqui, em outras oportunidades: Antes do italiano Guglielmo Marconi, Landell de Moura já fazia suas transmissões por São Paulo, da Avenida Paulista para Santana, na zona norte. Mas isso causou confusão! As pessoas (incluindo a igreja) preferiram chamar o padre de feiticeiro a entender aquele fenômeno eletromagnético, que carregava a voz, sem fio, por quilômetros. Os aparelhos utilizados foram registrados, também antes de Marconi, mas até hoje não se sabe porque os registros não são levados em consideração na hora da história dizer quem é o inventor do rádio.

Para a devida homenagem e reparação histórica, já está no ar o Movimento Landell de Moura. Iniciativa dos radioamadores Alda Niemeyer e Daniel Figueredo, do jornalista e escritor Hamilton Almeida e do professor de matemática e especialista em eletrônica industrial Luiz Netto, o site reúne uma série de informações e documentos sobre o padre e seus experimentos, que incluíram também a televisão. Há também, claro, o link para ajudar o movimento e assinar o pedido de revisão histórica.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Preta Gil estréia programa na MPB FM

do site Supercarioca

No próximo sábado, dia 23 de janeiro, a cantora Preta Gil vai estrear seu primeiro programa de rádio na MPB FM. O Noite Preta FM será transmitido todos os sábados sempre das 22h às 23h nos 90,3 MHz.

No programa, Preta será DJ e apresentadora, e a programação ficará exclusivamente por sua conta. Com conteúdo bem eclético, passando pelo por samba, hip hop, pop e tudo que represente o conceito da rádio mais brasileira. Durante o programa vários artistas pedirão músicas – na estreia quem faz seu pedido é a apresentadora Xuxa - e farão comentários divertidos junto com Preta. Tudo com bastante interatividade.

E se um dia o rádio acabasse?

extraído do blog Você Nunca Ouviu Nada Igual


· Não teríamos outro veículo de comunicação tão próximo para nos ajudar.
· Não conseguiríamos informação tão rápida.
· Não conseguiríamos informação tão fácil.
· Não teríamos outro meio para comunicar com as comunidades mais distantes.
· Teríamos dificuldades para nos manter informados no caso de falta de luz.
· Teríamos problemas de deslocamento na falta de informações do trânsito.
· Não saberíamos o que vai acontecer na nossa novela.
· Teríamos que comprar um jornal para saber a previsão dos astros.
· Teríamos que consultar a internet para saber da previsão do tempo.
· Teríamos que ligar a TV para saber das promoções das lojas.
· Teríamos que ler um livro para exercitar nossa imaginação.
· Não conseguiríamos mandar um recado para um familiar que não tem telefone.
· Não teríamos como ajudar uma família que precisa de uma cesta básica.
· Seria mais difícil recuperar um documento perdido.
· Teríamos dificuldades para arranjar uma namorada sem poder fazer um oferecimento musical.
· Seria mais difícil arranjar emprego.
· Seria mais difícil trabalhar com silêncio.
· Seria complicado resolver pequenos problemas do dia-a-dia sem uma simpatia passada no rádio.
· Que graça teria um jogo de futebol sem a vibração do locutor esportivo?
· Ficaria mais difícil ganhar um CD.
· Como saberíamos dos lançamentos musicais?
· Como saberíamos que determinado cantor vem fazer show na minha cidade?
· Precisaríamos contratar um DJ para os encontros com amigos, um churrasco, o namoro no carro.
· Como receberíamos informações presos no trânsito?
· Quem nos informaria a hora certa?
· Quem nos informaria a temperatura da nossa cidade?
· Quem vai contar piadas para gente?
· Quem vai testar nosso conhecimento?
· Quem vai nos dar conselhos sentimentais?
· Quem vai fazer companhia para os enfermos, porteiros e motoristas?
· Quem vai fazer a gente sonhar?

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Olha só quem também está oferencendo um churrasco aos ouvintes...

Sábado é dia de Churrasco na Nativa

A Nativa, a rádio que está pra sempre no seu coração, prepara um churrasco na faixa para sua família e amigos! Para participar da promoção “Todo Sábado é dia de Churrasco na Nativa”, basta se inscrever pelo telefone 3771-3831 ou enviar uma mensagem de texto para o número 72262. Os sorteios acontecem toda sexta-feira durante o programa “As Mais Pedidas da Nativa”, no ar a partir das 17h.


Quem disse que rádio não enche barriga de ninguém...

(Não deixe de ver o post abaixo)

Mais sobre Rádio Digital no Brasil

A Rádio Senado realizou recentemente entrevistas com o Ministro das Comunicações Hélio Costa e um especialista em Rádio Digital

Entrevista com o Ministro Hélio Costa, realizado pela Rádio Senado
Parte 1
Parte 2

Entrevista com o professor de Engenharia Elétrica Gunnar Bedicks, especialista em rádio digital
Parte única

Tupi FM sorteia churrasco completo

O que a gente não faz por uns pontos a mais de audiência, não? A Tupi FM, líder de audiência geral, segundo o Ibope, está com a promoção o "Churrasco Bailão Tupi FM está de volta". Conforme o site da emissora, o vencedor vai ganhar em casa um delicioso churrasco com picanha, linguiça, frango, maminha, alcatra, algarto, cerveja, refrigerante e claro, a churrasqueira.

Tudo regado ao som das músicas veiculadas pela emissora. O mimo ainda contará com um churrasqueiro e toda a equipe da rádio. "Você só vai entrar coma fome com a vontade de comer", diz o spot da promoção. o contemplado poderá ainda convidar 20 pessoas. E o Kiko? Se o kiko vai, eu não sei. Mas do jeito que a carne está cara, até que é uma boa, não é mesmo?

Não chega a ser uma promoção altamente criativa, mas pelo menos é original e inusitada. Quem sabe a concorrência não se inspire e crie coisas melhores e inteligentes.

Em Port-au-Prince, quem tem rádio é rei

DA TVi 24

Em alturas de tragédia, a rádio pode ser um meio de pôr ordem na sociedade. É o que está a acontecer também no Haiti. Há rádios que continuam a emitir depois do sismo e são elas que informam a população onde há comida ou onde podem ser tratados, ou mesmo onde estão a ser construídos novos campos de refugiados aos quais se devem deslocar.

Em Port-au-Prince, quem tem rádio é rei. Há duas estruturas fundamentais que o sismo no Haiti não derrubou : as antenas de duas rádios - a rádio Caribe e a Signal FM. A Caribe está a emitir a partir da rua em em frente às instalações originais que ficaram destruídas no terramoto de há uma semana atrás. Já a Signal FM está intacta.

Ambas são responsáveis por um fenómeno de audiências, em altura de tragédia. Por ironia do destino, o sucesso é garantido. É com o antigo «transístor» que é feita a ponte «com» e «entre» os haitianos. Numa primeira fase, o tempo de antena era preenchido com apelos de sobreviventes que procuravam famílias e amigos e terá havido mesmo alguns reencontros em directo.

Agora, a qualquer hora do dia, os haitianos podem ouvir informações sobre onde buscar comida, onde é que foram encontrados mais sobreviventes, onde é que estão a ser montados outros campos de desalojados. Uma semana depois do sismo a organização de cidadãos em comités de bairro está ser divulgada no ar. São comités de saúde, de recuperação de cadáveres e também de ajuda alimentar. Há ainda o comité de segurança que se propõe defender, com civis armados, bairros e casas, contra os gangs e os saques que prometem continuar.

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E a magnânima Federação Paulista de Futebol aqui do Brasil menospreza este veículo tão importante, impedindo que repórteres entre em campo? Assim não dá!

Rádio 730 AM x Goiás EC e Hélio dos anjos: mais um round

do Diário da Manhã

O Goiás proibiu a Rádio 730 de transmitir o jogo de ontem contra a Anapolina, mas a emissora, por meio de liminar da Justiça, veiculou o duelo da arquibancada. No 1º tempo, a transmissão foi de telefone celular. Mas, na segunda etapa, com aparelhagem do mesmo local, uma vez que a cabine foi vetada, foi restabelecida a linha telefônica e a Rádio transmitiu quase normalmente. O imbróglio se arrasta desde abril do ano passado no Goianão, quando o ex-volante esmeraldino Everton foi punido por agressão a um jogador do Crac, em Catalão, e a direção esmeraldina “teria contribuído para o episódio”, indigna-se o diretor de Esportes da emissora, Charles Pereira. Por outro lado, o presidente do clube, Syd de Oliveira, disse à reportagem do Diário da Manhã “que, pessoalmente, queria terminar com o problema, mas que tem de respeitar decisão tomada por um grupo de lideranças do Goiás”. O comandante esmeraldino diz que “a proibição não deve continuar e espera o mais breve possível se reunir com a direção da Rádio para chegar a um acordo”. Charles diz que a Rádio 730 não mede esforços para transmissões de jogos do Goiás, como o Goianão do ano passado, a Copa do Brasil, Brasileirão e até partidas no exterior, caso da Sul-Americana.

Para entender o caso, leia os seguintes posts:

730 AM, a antiga rádio de Jorge Kajuru, ameaçada?



Rádio 730 AM x Goiás Esporte Clube e Hélio dos Anjos

Ouça a 730 AM aqui.

Definição de sistema de rádio digital continua indefinido

Publicado em: 07/01/2010 09:04
Redação Portal IMPRENSA

A implantação do sistema de rádio digital no Brasil, em discussão desde 2007, ainda aguarda parecer do governo sobre o modelo a ser adotado, entre o padrão norte-americano e o europeu. O anúncio da opção governamental deveria sair em dezembro de 2009, mas foi adiado em virtude de problemas decorrentes de um dos sistemas em disputa.

O padrão norte-americano é visto como o preferido entre as emissoras do setor, sob o argumento de que possibilita a manutenção freqüências tanto no sinal digital quanto analógico. Porém, no último ano, foram levantados problemas no sistema, como interferência em sinais e redução do raio de alcance.

Segundo informou a Agência Estado, o debate sobre a implantação do sistema digital de rádio existe desde 2007 e, na época, via-se como preferência a adoção de um padrão híbrido: americano para as emissoras em AM e FM e europeu aos veículos de ondas curtas.

Além da melhoria na qualidade do som, com a diminuição de ruídos na freqüência, o sistema digital de rádio também possibilita ao ouvinte verificar funções de texto, como nomes de músicas e informações de serviço nos painéis dos aparelhos.

A expectativa é de que no prazo de um ano após a decisão do governo, as capitais e grandes cidades do país passem a contar, pelo menos, com uma emissora transmitindo em sinal digital. No segundo ano, o serviço chegaria a localidades de médio porte, até ingressar no interior. Em cinco anos, na avaliação do governo, o sistema estará em todo o Brasil.

Em meio à adoção do sistema de TV digital, que completou dois anos em dezembro de 2009, o mercado de rádio continua aquecido.Segundo dados do Ministério das Comunicações, atualmente existem 4,3 mil emissoras comerciais e 3,8 mil rádios comunitárias.


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Essa foi a última notícia que conseguimos encontrar sobre a digitalização do rádio. Do jeito que a coisa está, vai ficar tudo no analógico mesmo. Que confusão, hein? Me parece que a solução é o padrão híbrido, mas de outra forma: o sistema americano (Iboc) para as emissoras de FM e o europeu (DRM) para as médias - que hoje o pessoal chama de AM - e ondas curtas, embora não há comprovação total da eficácia de ambos.

Mas não se preocupe com essa exímia sopa de letrinhas. Se nem os técnicos do governo parecem entendê-las, imagine nós, pobres ouvintes mortais. O Ministério das Comunicações disse que em 10 anos desativaria os sinais analógicos de VHF da TV - canais 2 ao 13 - e deixaria apenas sinais digitais em UHF - canais 14 ao 69. As emissoras já estão fazendo a sua parte. Os fabricantes e as lojas, mais ou menos. O governo do Presidente Lula garantiu que iria subsidiar a fabricação de conversores digitais para TVs analógicas. Resultado: ninguém se interessou muito em fabricá-los. Preferiram produzir tela de LCD, Plasma, etc de 30, 40, 50 polegadas, já com o conversor, entrada de DVD, Blue Ray, CD, e o escambau.

Quem tem dinheiro ou crédito na praça, acaba comprando. Quem não tem, se vira com o "tela plana" de 20 polegadas analógico mesmo, ou coisa mais antiga. Nenhum fabricante - por má, boa fé ou mesmo burrice - Se aventurou em fazer um modelo mais simples, de 20 polegadas ou menos com menos traquitanas, que pegasse somente canais digitais. Ao contrário.Quiseram logo "agregar valor" em vez de simplesmente oferecer algo pouco mais do que uma "commodity". Os fabricantes de parabólica - que não são trouxas nem nada - já criaram um receptor pra sinais digitais vindos do céu (dizem que é bem melhor que os transmitidos do chão). Os serviços de tv por assinatura a cabo e por satélite, também.

Só fiz essa pequena explanação sobre TV só para dizer que, se o governo adotar esta resolução - ou a minha sugestão - nós poderemos ficar conhecidos como o "país do híbrido jeitinho", já que o sistema de transmissão em cores também é híbrido (uia!). Originalmente, ele é alemão (PAl G) de 625 linhas de resolução.

Acontece que, quando instalaram a TV em preto e branco, o sistema era americano e tinha a resolução de 525 linhas. Na época do Presidente Geisel, o governo militar que estava xavecando os alemães ocidentais para conseguir a tecnologia de enriquecimento de urânio para a Usina de Angra dos Reis, resolveu adotar o padrão alemão de transmissão em cores, mas como os aparelhos seguiam outro padrão (americano), transformaram o PAL G em PAL M. Ou seja, as TV fabricadas no Brasil SÓ FUNCIONAM AQUI. Se for pra fora, para qualquer outro país, só vai receber o sinal em preto e branco. Parece que, com a TV Digital, o governo Lula resolveu seguir o padrão japonês, sem invencionices. Assim espero.

Para sistema analógico do rádio, que eu saiba, não inventaram nenhuma "hibridice" em termos técnicos. De qualquer forma, não há motivo para desespero. Se nem lá fora, o rádio digital provou que realmente é bom substituto para o que temos hoje, por que ter pressa, não é mesmo? Deixem americanos e europeus queimarem suas pestanas e descobrirem o que funciona melhor. Depois, se um dos dois der certo, a gente vê qual instala aqui.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Governo anuncia sistema de rádio digital até fevereiro

Do portal do Ministério das Comunicações

Brasília – Até meados de fevereiro de 2010, o governo federal quer anunciar o sistema de rádio digital a ser adotado no Brasil. Foi o que revelou o ministro das Comunicações, Hélio Costa, em reunião com sete empresários e dirigentes de associações de radiodifusão, em encontro na sede do Ministério das Comunicações.

“O rádio foi o primeiro veículo de comunicação de massa e será o último a entrar na era digital. A digitalização permitirá um novo modelo de negócio e uma nova revolução no rádio”, afirmou o ministro. Segundo Hélio Costa, é chegada a hora de definir um padrão de rádio digital para o Brasil. “A decisão será tomada pelo governo ouvindo os radiodifusores”, disse.

De acordo com o ministro, o rádio digital permitirá ao governo, realizar transmissão em ondas curtas com qualidade de som acima da média, o que representará um avanço na política pública de comunicação. Será possível fazer mais transmissões para atingir lugares distantes da Amazônia, cujas comunidades hoje são servidas apenas pela Rádio Nacional da Amazônia, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Hélio Costa apontou que a digitalização do rádio vai agregar outros serviços ao cidadão, que terá acesso à transmissão de dados, fotos, gravações e até mesmo a impressão de dados. O aparelho de rádio será transformado em uma estação multimídia. “Será uma revolução para o cidadão”, disse.

O ministro das Comunicações esteve reunido com representantes do setor de radiodifusão no início da tarde desta segunda-feira, 28 de dezembro. Junto com técnicos da Secretaria de Comunicação Eletrônica, ele fez uma explanação do estágio dos testes e avaliações dos padrões de rádio digital, tanto do sistema americano IBOC (In-Band-On-Chanel) quanto o europeu DRM (Digital Radio Mondiale).

Os empresários e dirigentes de entidades ouviram as transmissões em ondas curtas feitas pela Rádio Nacional, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), desde a Guiana Francesa, distante 2,8 mil quilômetros de Brasília. A qualidade do áudio e a possibilidade de transmissão de dados simultaneamente impressionou os participantes da reunião.

De acordo com o ministro das Comunicações, nas próximas semanas deverão ser realizados novos testes com transmissões digitais da Rádio Cultura e da CBN de São Paulo, além de emissoras de Belo Horizonte. O objetivo é verificar o funcionamento da recepção e transmissão do DRM em ondas médias e FM.

Estavam presentes na reunião o presidente da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Pimentel; o presidente da (Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert), Alexandre Gadred, o vice-presidente da Agert, Hilmar Kannenberg, e o presidente da Associação das Emissoras de Rádio e TV do Estado de São Paulo (AESP), Edilberto de Paula Ribeiro. Os empresários José Inácio Pizzani e Marco Aurélio Jajour também participaram da reunião, bem como o engenheiro da EBC, Emerson Weirich.

O engenheiro eletrônico Flávio Ferreira Lima, que coordena o grupo de estudos do governo federal para avaliação do sistema RRM, relatou os avanços e as avaliações dos testes que vêm sendo realizados. Ele demonstrou, em caráter experimental, como seria a recepção em um aparelho de rádio digital com acesso a tecnologia DRM.

Atualmente, além de Ferreira Lima, trabalham na realização de testes de rádio digital os professores Rodolfo Sabóia, do Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (Inmetro); Ronaldo de Andrade Martins, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); Cássio Gonçalves do Rego, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Luiz da Silva Mello, do Centro de Estudos em Telecomunicações da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro; e José Maria Matias, da Universidade Bilbao de Espanha.

Eider Moraes/ASCOM/Ministério das Comunicações

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Vamos tentar na medida do possível explicar qual é o melhor sistema, o mais compatível com as características do nosso país. pelo que sei esse Iboc é uma bomba. As emissoras que ainda a usam em fase experimental, como a CBN, Globo e Bandeirantes, estão com o som HORROROSO. O som fica abafado, baixo e se ligar um aparelho elétrico do lado do rádio, vai ter interferência do mesmo jeito.
Tomara que desistam deste tal de IBOC. Vamos ver como se comporta o DRM.

Outra coisa: Com quais quer sistemas vaõ ser criados mais dois ou três canais de áudio. Esses canais vão ficar para a concessionária original? Eles serão distribuídos para entidades filantrópicas ou educativas? Boas perguntas, não?

A briga dos vizinhos

Convido o amigo leitor para um exercício de reflexão. Vamos falar de dois vizinhos: o vizinho A e o vizinho B. Ambos tem um relacionamento de amizade há bastante tempo. Uma amizade tão grande, a ponto de B deixar que A faça, sempre que possível, churrascos em seu quintal. Mas num belo dia, B decide mudar de idéia e não autoriza mais A a usar o quintal para o que quer que seja. A, naturalmente, fica perplexo com a atitude, mas sua reação não fica apenas nisso. O vizinho A passa a fazer campanha contra o vizinho B, contando todos os seus podres para o restante da vizinhança. Por exemplo, A diz que B bate na mulher, que sonega impostos, que deve horrores na mercearia, entre outras coisas. B sempre fez tudo isso, de fato, mas agora que ele feriu os interesses de A, esses acontecimentos vem à tona.

É mais ou menos o que uma emissora de rádio está fazendo com uma federação de futebol. A tal federação baixou uma determinação que impede o acesso dos repórteres no gramado onde ocorrem as partidas do principal campeonato organizado por ela. E a causa dessa rádio até que é simpática: em nome da liberdade de expressão, procurar liberar o acesso de seus profissionais para que estes exerçam seu trabalho e fazer uma campanha junto a seus ouvintes sobre isso. Agora, ficar lembrando durante seu principal jornal que essa mesma federação faz empréstimos a seus filiados e depois cobra os mesmos com juros altíssimos cheira a chantagem.

Federação Paulista proíbe repórteres de trabalhar em campo

Por Eduardo Neco/Redação Portal IMPRENSA - Atualizado às 16h* de ontem

Reformas no regulamento do Campeonato Paulista 2010 de Futebol proíbe a entrada de profissionais de imprensa no campo de jogo no final do 1° tempo e no encerramento da partida.

Em entrevista a rádio Jovem Pan, o superintendente do São Paulo Futebol Clube Marco Aurélio Cunha declarou que a entrada de profissionais de Imprensa no campo não acarreta nenhum problema aos jogadores. A problemática, na opinião de Cunha, "é que alguns podem se sentir mais donos da informação", disse ele fazendo menção aos detentores do direito de transmissão das partidas.

Em reportagem veiculada em seu site, a Jovem Pan manifestou sua revolta em relação ao novo regulamento declarando que "atua há mais de meio século com seus repórteres esportivos dentro do campo de jogo e que durante essa trajetória jamais causou qualquer tipo de dano ao espetáculo".

A assessoria de imprensa da Federação Paulista de Futebol disse à reportagem do Portal IMPRENSA que, ainda na tarde desta terça-feira, se pronunciaria em seu site a respeito do novo regulamento.

Medida cautelar - Na esteira da proibição da Federação, seis jornalistas moveram ação de medida cautelar contra a decisão, mas seus pedidos foram indeferidos pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. "Não há verdadeira ofensa à garantia constitucional do livre exercício de qualquer profissão ou ao direito à informação, pois a imprensa pode ter acesso a outros setores do estádio de futebol e neles obter as entrevistas desejadas", escreveu na sentença o juiz da 42ª Vara Cível de São Paulo. No entendimento do Tribunal, a proibição "é uma medida que visa garantir a segurança dos torcedores, jogadores, árbitros e da própria imprensa".

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Realmente lamentável que a entidade responsável pela organização di futebol paulista queira tomar uma medida dessas. Como eles vão proibir o trabalho de seus maiores promotores? Ou será que esses "dirigentes" pensam que o futebol tem a força que possui sem a ajuda da imprensa escrita e do rádio?

Bem faz a Jovem Pan que, idignada, está brigando pelos seus interesses que são também o dos ouvintes: o de serem bem informados. Espero que as outras estações de rádio não fiquem ali quietinhas, na moita, esperando que uma brigue e consiga o que é direito de todas.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Dicas de ondas curtas do Aimoré

Por Dionísio Codama Aimoré

*Para aqueles que não curtem o marasmo do rádio AM. Eu estou ouvindo agora algo que é parece um sonho. Ressurgiu a Rádio Relógio, agora é diretamente sob os cuidados do Observatório Nacional. A frequência é 10.000 kHz. A localização do transmissor deve ser o Rio de Janeiro. São horas faladas de dez em dez segundos com pulsos de clocks a cada segundo, dizendo "Observatório Nacional. .... horas, .... minutos, .... segundos". É uma beleza de rádio, o som está um pouquinho distorcido.

*Estou ouvindo a Rádio 9 de Julho de São Paulo em 9820 kHz, faixa de 31 metros. Fantástico. As ondas curtas estão ressurgindo das cinzas?????

*É interessante notar que a tradicional Rádio Nacional de Brasília, ondas curtas de 11.780 e 6.185 kHz transmite Missa da Igreja Católica aos domingos

*A frequência de 9.820 kHz era uma concessão antiga que a Rádio 9 de Julho, São Paulo, 1.600 kHz, nunca pôs no ar. Só agora! Aimoré saúda essa iniciativa.


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Só uma pergunta, fiquei curioso: Como faço para ouvir a Rádio Relógio Federal pela internet? Se souber, me diga, ok?

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O que Marcelo Duarte faz entre 4 Paredes

Antes de mais nada, uma explicação. Entre maio e dezembro do ano passado, mantive um blog no site da revista Época São Paulo. Chamava-se 4 Paredes. Começou como uma espécie de guia indicando atividades para se fazer dentro de casa. Eu fui convidado para cuidar da parte de rádio. No meio do caminho, a proposta do blog teve uma pequena alteração. A idéia era entrevistar personalidades e saber delas o que gostam de fazer quando estão entre 4 Paredes. Aos poucos, e com a devida autorização do diretor de redação Ricardo Alexandre, vou trazendo aqui para o Rádio Base o melhor dessa série de entrevistas (e que tem a ver com rádio, nosso foco aqui).


*


Marcelo Duarte é o senhor do sábado no rádio. Além de apresentar o “Você é Curioso” (10h), na Rádio Bandeirantes AM, ele agora esta à frente de um novo programa em outra emissora do mesmo grupo: o recém-estreado “É Brasil Que Não Acaba Mais” (13h), na Band News FM. A atração é dedicada a reportagens que trazem personagens, histórias, valores, culturas e sotaques de todo o país.


Apesar da dupla jornada, Marcelo garante que não haverá sobreposição de assuntos entre os dois programas. “O Curioso é dedicado à cultura pop, trazendo entrevistas com ídolos do passado, lembranças e colunas. É algo que dá audiência”, diz. Já o “Brasil”, segundo ele “vai procurar mostrar coisas que são divertidas em cada cidade, cada região”.


Marcelo tem mais um programa diário na Bandeirantes AM, o “Fanáticos por Futebol” (seg a sex, 22h), cujo tema principal já está subentendido em seu título. Há pouco mais de oito anos apresentando programas no rádio, ele acha que seu sucesso nesse veículo se baseia numa fórmula que não é oferecida pelas emissoras. “Quem ouve rádio já sabe que vai encontrar notícias, prestação de serviços. Não há muita surpresa, Eu consegui criar programas que mexem com a memória afetiva das pessoas”, afirma.


Mesmo se declarando uma pessoa que está mais fora de casa do que nela, Marcelo encontra tempo para atividades de lazer dentro de 4 Paredes. Acompanhe a seguir quais são.


Tv a cabo ou tv aberta?: “Eu sou o controle remoto mais rápido do oeste. Isso surgiu a partir de um trauma de infância. Naquela época, era meu pai quem mandava na televisão de casa, e ele pedia para eu mudar de canal usando o seletor de canais. Às vezes brigavamos porque eu girava o seletor depressa e ele dizia que isso poderia quebrar o aparelho. Em 1983, quando juntei algum dinheiro depois de fazer meus primeiros trabalhos free lance na imprensa, a primeira coisa que comprei foi uma televisão com controle remoto. Atualmente, vejo quase tudo que passa na tv a cabo, gosto de muita coisa. Por dever profissional, assisto aos programas que aparecem com novidades. Vejo o Happy Hour, da GNT, para acompanhar a performance da Astrid Fontenelle (N. da R.: que voltou ao comando da atração recentemente), vejo o Amor e Sexo, da Fernanda Lima, por exemplo. Mas vejo coisas por lazer também, especialmente seriados antigos, como o Agente 86 (TCM) e o Batman. Assisto a alguns programas ao lado de meus filhos. Eu tenho um de 3 anos que fica ligado no Discovey Kids. E o programa preferido de minha filha que tem 14 anos é o CQC".



Internet: “Sigo sites de notícias do mundo todo. Eu estou no Twitter (@mdcurioso) e sigo Marcelo Tas e Rosana Hermann. Vejo os papos e clico nos links que eles mandam. Gosto de navgear aleatóriamente no YouTube para descobrir coisas novas”.

Rádio: “Ouço mais no carro, ando muito de carro. Tenho várias emissoras memorizadas no painel do rádio e fico mexendo no botãozinho, tal como eu faço no controle remoto da televisão. Ouço todas as rádios de notícias. Assim como no caso da televisão, o ouvir rádio tem um lado de diversão e tem um outro lado de trabalho. Quando deixo meu programa de sábado gravado, vou escutar as outras estações porque gosto de saber que tipo de programa elas estão veiculando no horário”.

Livros: “Leio os originais que chegam à minha editora (N. do R. Panda Books), mas ao mesmo tempo procuro ler sempre os livros que estão no mercado. Atualmente, estou lendo Clube do Filme, que fala da relação pai e filho. O pai que permite que deixe de ir à escola, com a condição de assistir à filmes escolhidos pelo pai em sua companhia.

DVDs: “Costumo sempre ir ao cinema, pelo menos uma vez por semana. Vejo sempre os filmes que estão na moda. Evito de ir aos finais de semana e procuro ir sempre nas sessões durante a semana, especialmente às quartas. Em casa, assisto aos filmes que não consigo ver no cinema, e um exemplo é Milk. Mas sempre procuro filmes apropriados para a idade dos meus filhos. E quando vemos filmes em família, afastamos a mesa que fica no centro da sala de televisão e colocamos um colchão. As sessões sempre são acompanhadas com pipoca”.

Coleções: “Eu tenho várias coleções em casa. Uma delas é de réplicas de girafa. Começei junto com minha mulher, ao casarmos. Ela tinha uma e eu tinha outra. Sempre que viajo costumo comprar mais réplicas dessas. Tenho várias latinhas de Coca-Cola. Tamém coleciono bonequinhos de personagens de séries e desenhos animados, mas tenho mais bonecos de vilões, como o da Cruela Cruel. Os bonecos de heróis são mais caros e os de vilões quase ninguém compra”.

Os melhores programas - Jornadas Esportivas da Bandeirantes

Campeonato Paulista é destaque na Rádio Bandeirantes. Emissora transmite quatro partidas até sábado.

A Rádio Bandeirantes (AM 840 e FM 90,9) já está a todo o vapor trazendo todas as emoções do Paulistão 2010. Confira as partidas que serão transmitidas ao vivo pela emissora:


Quarta (20/01)

19h30: Santos X Ponte Preta

Narração de Ulisses Costa.

21h50: Corinthians X Bragantino

Narração de José Silvério.


Quinta (21/01)

21h: Barueri X Palmeiras.

Narração de Ulisses Costa.


Sábado (23/01)

19h30: Rio Claro X São Paulo.

Narração de Ulisses Costa.


A Rádio Bandeirantes foi a grande vencedora na categoria rádio do Troféu Ford-ACEESP 2009. Das cinco categorias em disputa, a Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo premiou a emissora em quatro: narrador (José Silvério), comentarista (Mauro Beting), apresentador (Milton Neves) e equipe de produção.

Good Times - JET MUSIC DIFUSORA

Ouça nestes links abaixo os extertores e o auge das finadas Difusora AM e FM, já em 1979, quando a Rede Tupi em São Paulo dava sinais de que não duraria muito tempo mais.

Foi uma pena. A Difusora, ao lado da Excelsior, brigava ferrenhamente para ver quem conquitava corações e mentes do público jovem. Nenhuma das duas ganhou esta briga. A Excelsior também sucumbiu. Uma pena, pena mesmo.


Trecho - Fevereiro de 1981, com a locução de Henrique Régis


Trecho da programação - 1977


Trecho da programação - década de 60


Difusora AM - 1979


Trecho da programação com Dárcio Arruda


Trecho da programação década de 70

Os melhores programas - JAZZ EM PONTO


Entre standarts e nomes da nova geração do jazz, o músico do "Sexteto do Jô" Derico Sciotti, com muita informação e bom humor, bate papo com convidados ilustres e dá dicas culturais.

Jazz em Ponto
Aprsentação de Derico Sciotti
Quarta, 0h
Eldorado FM - 92,9 MHz - São Paulo
http://www.territorioeldorado.com.br

Os melhores programas - BUEMBA! BUEMBA!

Com muito humor e irreverência, o humorista José Simão e o âncora Ricardo Boechat vão analisando as notícias mais importantes do dia e com muito bom humor e inteligência.

BUEMBA!BUEMBA!
Apresentação: José Simão e Ricardo Boechat
De segunda a sexta, 8h42, 10h20, 17h37, 0h17, 3h37
Rede Band News FM
http://www.bandnewsfm.com.br

Os melhores programas - JORNAL DE ESPORTES

No ar, há mais de 30 anos, este é o mais tradicional noticiário do rádio esportivo da atualidade. O Jornal de Esportes conta com repórteres nos principais clubes de futebol brasileiros, além de fornecer uma ampla cobertura de todos os esportes, com as principais notícias da manhã.

Jornal de Esportes
Apresentação: Wanderley Nogueira
Produção: Departamento de Esportes da Jovem Pan
Segunda a sexta, 11h30
Rádio Jovem Pan AM - 620 KHz - São Paulo
http://www.jp.com.br

Os melhores programas - VIA SAMPA

Ilustração: Gepp e Maia

Lançamentos, artes, espetáculos, cinema, teatro, dança, música, livros, dicas de passeios e o universo cultural infantil estão entre os assuntos do VIA SAMPA que traz uma agenda completa com o melhor da programação cultural da cidade.

Veiculado de segunda à sexta-feira, do meio-dia à uma da tarde, o programa mantém o público antenado sobre as diversas tendências do mundo das artes através de informações e música da melhor qualidade.

vIA SAMPA - UM PASSEIO CULTURAL PELA METRÓPOLE
Apresentação: Ademir Budóia
Produção: Heloisa Granito
Programação Musical: Mary Mitiko e Ricardo Sanchez
Edição e Montagens: Cido Tavares, Rafael Padovan e Wellington Trindade
Boletins Culturais (por ordem alfabética):
Cláudia Costa, Dominguinhos e Paulinho Rosa, Edelton Gloeden, Laert Sarrumour, Luciano Ramos,Marcello Bittencourt, Moisés da Rocha, Omar Jubran, Régis Tadeu, Ricardo Corte Real ,Wagner de Paula, além de dicas culturais produzidas pela Rádio USP FM Ribeiräo Preto e pelo Memorial da América Latina.

DE SEGUNDA À SEXTA - 12 h
Rádio USP FM - 93,7 MHz - São Paulo
Rádio USP FM - 107,9 MHz - Ribeirão Preto
http://www.radio.usp.br

Os melhores programas - CINEMA FALADO - USP FM



Cinema Falado é um boletim diário que oferece informações essenciais sobre o mundo do cinema. São comentadas e analisadas as principais estreias nas salas de cinema e os lançamentos mais importantes em matéria de DVD. A cada ano são comercializados mais de 500 títulos no mercado brasileiro e, por isso, os filmes permanecem cada vez menos tempo em cartaz, passando ocupar as prateleiras das lojas e locadoras.

A informação, portanto, torna-se a principal ferramenta para que o admirador de cinema possa se orientar nesse universo de tantas opções e ofertas. Além das novidades no circuito comercial, o Cinema Falado vai noticiar e explicar as mostras especiais e retrospectivas, que funcionam como fonte alternativa de cultura cinematográfica, bem como indicar os clássicos que não param de ser relançados em DVD, ao lado de obras importantes e recentes, mas pouco conhecidas que permanecem inéditas nas salas de cinema.

http://programacinemafalado.blogspot.com
Hot site do livro “Os Melhores Filmes Novos – 290 filmes comentados e analisados”:
http://www.editoracontexto.com.br/290filmes

CINEMA FALADO
Boletins veículados de 2ª a 6ª feiras, em três horários: 9h00, 12h20 e 17h40.
RÁDIO USP FM - 93,7 MHZ - SÃO PAULO

Os melhores programas - RÁDIO BASE URGENTE - USP FM

Levar para as ondas do rádio tudo o que está acontecendo em termos de música pop na Internet. Trazer de volta o movimento alternativo de bandas de pop rock de todos os tempos. Curiosidades, raridades e muita coisa que você jamais pensou em ouvir. É isso que mostra o programa “Rádio Base, Urgente!”, aqui na Rede USP de rádio. Pop, Jazz, Rock, Punk, Hardcore, Black, Samba , Dance e muito mais fazem parte deste saboroso caldeirão de tendências e estilos. Durante o programa, você pode conversar pelo MSN com a produção, com outros ouvintes e com seus convidados. E também pode interagir ao longo da semana pelo site www.radiobaseurgente.rg3.net

RÁDIO BASE URGENTE - O POP ROCK LEVADO A SÉRIO
PRODUÇÃO E APRESENTAÇÃO: MARCO ANTONIO RIBEIRO
SÁBADO, 14H
RÁDIO USP FM - 93,7MHZ - SÃO PAULO
RÁDIO USP FM - 107,9MHZ - RIBEIRÃO PRETO
http://www.radiobaseurgente.rg3.net

sábado, 16 de janeiro de 2010

Em que ano estamos, Ulisses Costa?

Durante a transmissão de Palmeiras x Mogi Mirim, partida de abertura do campeonato paulista de 2010, Ulisses Costa, pela Rádio Bandeirantes, se equivocou em relação ao ano em que estamos.


sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Rádio Band News FM substitui CBN em Ribeirão Preto (SP)

Por Thiago Rosa/Redação Portal IMPRENSA

O Sistema Thathi de Comunicação firmou parceria para transmissão de conteúdo da rádio Band News em Ribeirão Preto (SP). A emissora do grupo Bandeirantes substituirá a CBN 96,9 Mhz, vinculada ao Sistema Globo de rádio.

De acordo com a assessoria do sistema Thathi, o conteúdo da CBN deixará de ser exibido a partir do próximo sábado (16). A troca decorre de ação estratégica, para aumentar o conteúdo local da emissora na Band. Ainda não está definida a grade de programação fixada com a nova parceria. Até que seja acertados os programas e o conteúdo exibido, a rádio veiculará programação musical e informações locais.

A assessoria da empresa informou que a parceria não envolve outras empresas do grupo, como a Thathi TV e a rádio 79 AM. O acerto não altera a relação profissional na casa, já que os funcionários são contratados pela empresa de Ribeirão.

A Band News mantém praças espalhadas em oito capitais do país e transmite conteúdo jornalístico 24horas, apresentado por profissionais como Ricardo Boechat, Luiz Megale e Boris Casoy.


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Eu começo a me convencer de que esse papo de rede de rádio é uma roubada, que o negócio é o bom e velho rádio local. Será?

De ideias, a Câmara dos Deputados está cheia

Centrais sindicais poderão ter horário gratuito no rádio e na TV
estadão.com.br

Pela proposta, as entidades terão 10 minutos diários para apresentar programas de interesse dos trabalhadores

BRASÍLIA - A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 6104/09, apresentado pela deputada Manuela D'Ávila (PCdoB-RS), que garante às centrais sindicais horário gratuito no rádio e na TV, assim como já ocorre com os partidos políticos. Apesar de existirem de fato há várias décadas, as centrais sindicais só foram legalmente reconhecidas em março do ano passado.

Pela proposta, as centrais terão 10 minutos diários para apresentar programas de interesse dos trabalhadores. Esse tempo pode ser intercalado, mas deverá ser exibido pelos veículos de comunicação nos intervalos da programação das emissoras entre as 6 às 22 horas.

O projeto inclui a regra no Código Brasileiro de Telecomunicacões (Lei 4.117/62), que estabelece as obrigações das radiodifusoras.

Para Manuela, a proposta democratizará o acesso aos meios de comunicação. Ela ressalta que, assim como os partidos políticos, as centrais sindicais tratam de temas do interesse da população.

A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
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Isso que é engraçado. Sempre aparece gente querendo "democratizar" o acesso aos meios de comunicação. São tantos os salvadores e os bem intencionados que, na verdade, a gente nem precisava da tia ANATEL.

Espero que o bom senso predomine e que esse Projeto de Lei não ande. Não bastam os partidos políticos ocupando preciosos minutos, também chamados de gratuitos (mas que de gratuitos não têm nada!)... não basta a Voz do Brasil. Sem contar o período eleitoral, que traz fantasmas políticos que já deveriam ter sido pulverizados. Cada sindicato que se comunique com seus sócios e interessados pelos meios que eles já têm em mãos... no meu rádio, não, jacaré!

Tutinha diz no Twitter que pensa em lançar um programa sobre...o Twitter

Além de informar em primeira mão sobre a volta da Jovem Pan FM ao Rio de Janeiro, Tutinha usou o Twitter para dizer que pensa em lançar um programa sobre o próprio Twitter:

@tutinhajp To pensando em lançar um programa para os twiteiros participarem, o que vcs acham? Sera que os fans clubs nao vao nos atormentar?

Uma idéia que, bem realizada, promete dar o que falar e unir dois veículos de informação instantânea.

Lucia Hippolito explica

Obrigada pelo carinho

Quero agradecer a todos e todas que me escreveram, telefonaram, enviaram emails ou deixaram comentários aqui neste blog, preocupados e preocupadas comigo.

Devo a vocês uma explicação, muito mais prosaica do que as interpretações mirabolantes que possam circular por aí.

Desde o dia 10 de janeiro, domingo, estou padecendo de uma pedestre gastroenterite. Melhoro um dia, pioro no outro, e ninguém encontra uma causa plausível.

No dia 13, quarta-feira, errei ao entrar no ar. Estava com muitas cólicas e, na hora de falar, tive uma cólica lancinante. Não conseguia controlar a dor.

Não tenho ideia nem do que falei, mas preferimos cortar a ligação na hora em que larguei o telefone e corri para vocês-sabem-onde.

Tive febre o dia inteiro na quinta. Tomo remédios, faço todo tipo de exame para saber se é um rotavirus, uma simples virose, uma empadinha estragada ou o quê.

É simples assim. Muito menos glamouroso, mas foi o que aconteceu.

Obrigada de coração pelo carinho de vocês. Vocês são dez!

O resto é a patrulha da lama em ação.

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Atualização das 17:01h: Acabo de ouvir a gravação que alguém me enviou. Cruzes! O povo tem razão. Estou parecendo uma completa insana.


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Ouça a situação vivida por Lucia Hippolito no player abaixo:

Jovem Pan FM de volta ao Rio de Janeiro

Ontem, Tutinha, dono da Rede Jovem Pan Sat, mandou em seu Twitter: "Finalmente Jovem Pan voltara ao Rio De Janeiro, no mes de Março. Estamos preparando a entrada da radio na cidade maravilhosa. Uffa demorou". E para nos certificarmos de que não se trata de um fake, fomos conferir o Twitter da Jovem Pan, que repassou a informação.

Então, o Rio de Janeiro já pode se preparar para voltar a ouvir a Jovem Pan FM, que desde 2007 estava distante dos cariocas.

Cine Mitsubishi entrevista protagonista de Lula, o Filho do Brasil


A edição de amanhã do programa "Cine Mitsubishi" leva ao ar uma entrevista exclusiva com Rui Ricardo Dias, protagonista do filme "Lula, o Filho do Brasil", em cartaz em todo o país.

A apresentadora Maria Fernanda Luvizotto conversa com o ator sobre os desafios de interpretar um dos presidentes mais populares da história do Brasil. Em cartaz há duas semanas, o filme já levou mais de 400 mil pessoas aos cinemas.

O "Cine Mitsubishi" vai ao ar todo sábado, a partir das 18h, na Mitsubishi 92,5 FM.

Textos antigos que continuam atuais

Só estou na dúvida se ele é de 2003 ou 2004, mas algumas coisas continuam cada vez mais atuais. Fiz algumas adaptações, mas nada que mude o sentido.

Rádio é empresa, sim

Resta saber como cada empresário do setor enxerga o seu negócio

Em todas as discussões que se faz sobre a questionável qualidade musical do rádio FM, consequencia do jabá, uma das principais desculpas que seus profissionais dão é a seguinte: "rádio é uma empresa como outra qualquer". Quanto a isso, não há o que se discutir. Quero lembrar apenas de um texto de Mino Carta publicado como posfácio de um livro sobre a Folha de S. Paulo chamado "Mil Dias". Nele, o jornalista fala sobre o conceito de um jornal se assemelhar a uma empresa. Basta trocar aqui o jornal pelo rádio. Rádio é empresa, sim. Resta saber como cada empresário enxerga o seu negócio. Existem aqueles que são comparáveis a Al Capone. Enquanto isso, outros se assemelham muito a Henry Ford.

Certa vez, Alexandre Horovuski, diretor da Rádio 89 FM (ainda na fase Rádio Rock) deu a seguinte declaração à reportagem da extinta e saudosa revista Frente a respeito do fato de que se ouvem praticamente as mesmas músicas na programação das rádios. Ele disse: "faltam produtos bacanas para a gente tocar". Como já escreveu certa vez o companheiro Marcos Ribeiro, trata-se de um colóquio flácido para bovino dormir. Com base em que Hovoruski pode afirmar isso? Nas tais "salas-de-teste", que acontecem na emissora, mas que ninguém sabe como funciona, quais são os critérios usados para avaliação, como são escolhidos as pessoas de que dela participam? A impressão é que trata-se de mais uma série de desculpas para se manter o estado atual das coisas. Com um pouco de boa vontade, dá para se colocar bandas novas no ar. Basta usar os horários noturnos, que poderiam servir como um laboratório para que as emissoras fizessem experiências até com programas novos.

Taí o exemplo do Garagem, na época em que era veículado pela ex-Rádio Brasil 2000 FM (hoje 107,3 FM, que não me deixa mentir. O programa começou a ser veículado a meia-noite, todas as segundas, e passou depois para horário mais "nobre", começando às 22h. Aliás, peço licença para reproduzir algumas de declarações de Paulo Cesar Martin, um de seus apresentadores, retiradas de uma antiga entrevista sua:

"O programa tem três anos no ar. A gente não paga nada pelo horário. Eles não pagam nada para a gente. O programa começou a dar um retorno grande para rádio, tanto que hoje o programa é das dez à meia noite. Não porque todo mundo é bonzinho. Deu audiência. Dos programas da rádio só perde pro Na Geral (programa dedicado a esportes), em termos de audiência." - falando sobre o Garagem.

"É um negócio generalizado. Envolve uma outra coisa, que está impregnada na própria imprensa brasileira. E não é só em rádio. Em rádio tem esse esquema, a mesma música toca em 50 rádios, 10 vezes por dia. Mas se você pega, por exemplo... a Marisa Monte vai lançar um disco novo. Isso é capa de todos os cadernos de cultura dos grandes jornais, no mesmo dia! Quer dizer, ninguém mais tem vontade de pensar. A assessoria vai e manda material. E você não pode dar a notícia antes de ninguém. Rádio é a mesma coisa. Tudo está meio estagnado demais. Está num esquema viciado que é difícil quebrar. Televisão, a mesma coisa. Se o Zezé di Camargo lançar o disco dele antes no Gugu do que no Faustão, o Faustão vai puni-lo por dois meses, não vai mais chamar para ir no programa. É tudo assim..." - sobre a mesmicie no rádio (e na imprensa também)

"Hoje está muito fácil fazer jornal, fazer rádio. A coisa cai no seu colo mastigada. Você chega lá bota no ar e tchau. Teu comprometimento é zero. O nível de criatividade é zero." - ainda sobre o mesmo assunto.

(...)

Para terminar, quero falar da velha questão da falta de anunciantes no rádio. Por mais de uma vez, já ouvi e li entrevistas de profissionais dizendo que os criativos da punblicidade têm preguiça de gastar seus preciosos neurônios para elaborar peças ao meio. Esse povo das agências prefere mais o "glamour" da criação para a tv (prêmios, status, etc.). Esse é um dos motivos que impede o rádio de receber uma parte maior das verbas do bolo publicitário. Até quando essa mentalidade vai perdurar?

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Continua o debate sobre o Plano Nacional de Direitos Humanos

A unanimidade reacionária (transcrição de trecho do programa Observatório no Rádio)

Luiz Egypto, editor do Observatório da Imprensa:

- Chama a atenção a resistência das empresas de mídia contra o decreto que institui o Programa Nacional de Direitos Humanos, anunciado em dezembro passado mas que só agora, passadas as festas de fim de ano, avaliado em detalhes pelos veículos jornalísticos. Nos detalhes que interessam aos seus pressupostos ideológicos, é claro.

Se o sábio jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues pregava que toda unanimidade é burra, no discurso praticamente unânime contra o decreto destaca-se a posição do Grupo Bandeirantes de rádio e televisão, que abriu suas baterias editoriais num autêntico fogo de barragem contra a iniciativa governamental, sem qualquer espaço para o contraditório.

De que tanto reclamam os veículos? Na sexta-feira passada, nota conjunta das três maiores entidades patronais da comunicação – Abert, Aner e ANJ – protestou contra a suposta “criação de uma comissão governamental que fará o acompanhamento da produção editorial das empresas de comunicação e estabelecerá um ranking dessas empresas, no que se refere ao tema dos direitos humanos”.

O diabo não é tão feio quanto parece. O que propõe o decreto? Propõe o seguinte: “Elaborar critérios de acompanhamento editorial a fim de criar um ranking nacional de veículos de comunicação comprometidos com os princípios de Direitos Humanos, assim como os que cometem violações”. E, mais adiante: “Recomenda-se (...) fomentar a criação (...) de Observatórios Sociais destinados a acompanhar a cobertura da mídia em Direitos Humanos”. É o que fazem, em última análise, os monitoramentos que alimentam pesquisas realizadas por entidades como a Andi, o Intervozes e mesmo este Observatório, ou a campanha “Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania”.

De mais a mais, o texto do decreto coloca em relevo as obrigações constitucionais dos veículos de radiodifusão – que não são, por óbvio, propriedade exclusiva de seus controladores, mas concessões públicas cujo usufruto exige contrapartidas previstas em lei. Ocorre que o patronato da mídia não gosta de ser fiscalizado e muito menos regulado. Vêm daí as razões do esperneio.

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Luis Egypto tem razão. Boa parte das pessoas não viveu sob os auspícios da Ditadura Militar, eépoca em que se havia uma mordaça sobre a Liberdade de Expressão. Sorte delas. Porém, hoje, em tempos mais democráticos, cada um tem o direito de falar o que bem entender. O problema é que a maioria das pessoas fala o que quiser, a hora que quiser, do jeito que quiser e acusa quem quer, tendo ela culpa ou não, acabando com suas vidas ou reputações. Qualquer tentativa de se evitar os abusos no "Direito à Comunicação" é tachado pelos abusadores de "censura".

Se voltarmos a atenção para o véiculo Rádio, percebemos que há muitos abusos de toda ordem, quiçá até mais do que na Televisão ou do que na Mídia Impressa. Ao menos nessas duas áreas há entidades não governamentais que monitoram esses veículos. No rádio não há nada semelhante. Não há nenhum órgão que coíba as empresas que conseguem concessões em cidades menores e se instalam nas maiores; não há ninguém que proíba uma concessionária de retransmitir integralmente a programação de uma emissora em frequências diferentes; não existe nada que efetivamente barrando as ações das nefastas rádios piratas; não tem quem restrinja o acesso de seitas religiosas de reputação duvidosa a canais de rádio, que poderiam ser entregues a instituições educativas íntegras.

O pior de tudo é que há pouquíssimos espaços, dentro o qual este blog se inclui orgulhosamente, em que se possa debater de forma honesta e sincera os problemas da radiofusão no Brasil. A maioria prefere perder tempo com coisas frugais, como se vivêssemos em um país onde o rádio é realmente respeitado como meio de comunicação.

Jovem Pan causa estranhamento ao relembrar título do Corinthians

O corinthiano Marco Antonio Ribeiro, editor deste blog, deve estar comemorando muito o décimo aniversário da conquista de seu clube de coração do 1º Mundial de Clubes organizado pela Fifa. A Jovem Pan não esqueceu da data e colocou um especial em seu site. Só não foi possível compreender uma coisa: o aúdio dos gols das partidas disputadas pelo Timão na primeira fase está com a narração de José Silvério, que era o titular das jornadas esportivas na ocasião (clique aqui, aqui e aqui para conferir). No entanto, para a grande final, estranhamente, foi disponibilizado um aúdio com a narração de Nilson Cesar, evidentemente recriado agora, uma vez que o Silvério também narrou aquela partida. Por que não colocar todas as narrações de José Silvério de uma vez?

Dupla transmissão da parceria Transamérica/Record

Não foi possível comprovar ligando o rádio, mas os relatos lidos em sites que cobrem rádio informam que o amistoso entre Corinthians e Huracán foi transmitido por equipes diferentes na dobradinha Transamérica/Record, comandada por Éder Luiz. Na primeira, o comando ficou a cargo de Antonio Edson. Enquanto isso, Oswaldo Maciel era o responsável pelo comando da segunda. Talvez seja cedo para falar, mas acho que a idéia é se adaptar à linguagem de cada frequência (FM e AM).

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A medição de audiência e o futebol no rádio

Não é preciso conhecer muito de rádio para saber de onde o referido site citado no post abaixo tirou esses números, até porque só há uma instituição que faz este tipo de medição.

O interessante é notar que, na medição da audiência das jornadas esportivas, bem como da audiência geral, a leitura que se faz pode ser enganosa e também pode não retratar a realidade, se não nos precavermos. Trata-se da média da média de toda a audiência durante a semana.

Outro quesito que até hoje não fica esclarecido: o famoso "ouvintes por minuto". Mas isso analisaremos outra hora. Como o site Bastidores do Rádio não diz qual é a fonte da pesquisa, vamos nos basear na pesquisa realizada pelo Ibope para tentar explicar como funciona este tipo de levantamento.

Mensalmente o Ibope entrevista 600 pessoas sobre o que elas ouvem diariamente. Essa amostra é baseada no universo de ouvintes do município de São Paulo, de acordo com o sexo, idade, classe social, bairro, etc.

As respostas são coletadas. No final do trimestre faz-se uma média da audiência. Em realidade, são realizados vários cruzamentos de dados. A chamada audiência geral - que é o que aparece no site Bastidores do Rádio - é apenas uma delas. Há levantamentos de audiência por idade, sexo, classe social, bairro, horário e até dia da semana.

Em sites de algumas emissoras é possível ver o chamado perfil da audiência que são cruzamentos de dados do levantamento do insituto e que dão a visão exata de quem ouve cada estação.

Vamos tomar como exemplo a Kiss FM, emissora cuja programação é dedicada ao estilo "Classic Rock". Ao entrarmos em seu site, encontramos na página "comercial" vários dados sobre o perfil da audiência e que público atinge, etc. Essas informações são baseadas no Ibope (IBOPE/EASYMEDIA - Média Trimestral - Por Minuto - Maio/Junho/Julho/09 - Gde. São Paulo).

Com isso, nós sabemos que o ouvinte da Kiss é homem da classe AB com idade variando entre 25 e 49 anos. Decobrimos também, entre outras coisas, que a audiência subiu de 47 mil para 65 mil em dois anos, um aumento de cerca de 40%.

É com base nesses dados é que as agências de publicidade programam - ou deveriam programar - as peças publicitárias e campanhas de seus anunciantes. No caso, os produtos ideais a terem suas propagandas veiculadas na Kiss devem atender á demanda do público da emissora. Se isso não ocorrer, a mensagem do patrocinador - segundo os publicitários - não chegará ao público alvo, aquele público que se pretende alcançar. Isso vai gerar desperdício de recursos por parte de quem anuncia.

Para ter certeza de que o caro leitor está entendendo nossa explicação, vamos pegar uma outra emissora como exemplo: Cultura FM.

Segundo os cruzamentos de dados do Ibope, o público da emissora é predominantemente feminino, da classe econômica AB, com mais de 50 anos. Há outra questão que podemos analisar é que se a audiência média da Cultura FM é de 10 mil ouvintes por minuto e a da Kiss, 60 mil, isso pode significar que, no horário de maior audiência dessas estações, a Cultura pode chegar a 30 mil e a Kiss, a 100 mil ouvintes por minuto. Desses 30 mil da Cultura, ou dos 100 mil da Kiss, a maioria será de homens entre 25 e 49 anos da classe AB, e de mulheres acima de 50 anos da classe AB, respectivamente.

Podemos dizer, grosso modo, que enquanto o filho já maduro ouve a Kiss, a sua mãe ouviria a Cultura FM. De fato, há muitos produtos e serviços que são comuns aos dois públicos. E é claro que o publicitário inteligente vai adaptar a mensagem do anunciante a cada um deles.

Essa medição de audiência é a principal ferramenta para uma agência decidir veicular sua campanha ou não numa emissora. Vale aqui a frieza dos números, não a qualidade do conteúdo necessariamente. É bom se dizer que, há 30, 40 anos atrás era menos "científico": via-se quem eram os líderes de audiência e pronto, anunciava-se ali. O número de emissoras de rádio e TV era infinitamente menor e o público era mais heterogêneo. Hoje, como já vimos acima, o mercado da comunicação trabalha com nichos de por sexo, idade, cidade, grau de escolaridade, classe social, religião, preferência "clubística"e até opção sexual, entre outros.

E esse é o caso da referida tabela sobre audiência durante as jornadas esportivas no post anterior. Como também não sabemos qual é a fonte da pesquisa colocada no site Bastidores do Rádio, podemos afirmar que de certa forma ela está incompleta, se seguirmos o critério do Ibope. Afinal, ele dá apenas a média da média da audiência. Essa tabela não diz qual é o perfil do público dessas emissoras neste determinado momento das transmissões esportivas e afins. É possível que a primeira colocada tenha mesmo grande audiência, mas pode ser que, a penútima desse ranking atinja o seu público alvo em cheio, melhor do que a líder.

Só não dá para dizer se isto preocupa as emissoras de rádio que estão "desfavorecidas" neste ranking. É de se supor que elas e as agências de publicidade tenham dados mais completos sobre este levantamento específico. As grandes emissoras de rádio, como a Jovem Pan e Bandeirantes, felizmente, possuem outras fontes de faturamento, como a programação jornalística.

Já no caso da CBN e Eldorado, percebe-se que aparentemente o futebol não gera faturamento com publicidade> No entanto ela as fazem para "marcar presença" neste tipo de programação, uma vez que suas concorrentes diretas - Bandeirantes e Jovem Pan - são tradicionalíssimas no Esporte e elas, não. O mesmo pode se aplicar às chamadas emissoras "populares", que disputam ouvintes diretamente com a Rádio Globo.

A grande ingócnita fica por conta da parceria Record /Transamérica, que será feita, ao que indica, por uma empresa terceirizada. Não sei se serão duas equipes independentes - que seria o ideal - ou se elas dividirão transmissões, jornadas, tal como já fora tentado no passado pela mesma Transamérica e pela Rádio Capital.

Financeiramente essa parceria dará certo. Afinal, futebol, de um mode geral é um ótimo produto para se "vender" nos meios de comunicação. Qause todo tipo de produto pode ser vendido numa "jornada esportiva". Apesar de ter um público ainda predominantemente masculino, o futebol no rádio atinge todas as idades e classes sociais.

Fora do eixo Rio-São Paulo, a imensa maioria de emissoras que não se renderam às "igrejas eletrònicas" sobrevivem graças às transmissões esportivas locais ou retransmitidas. Dificilmente você vai ver uma estação de rádio - por menor que seja - que não tenha 5, 10, 15, até 20 anunciantes - grandes, gigantes ou pequenos, minúsculos)em suas transmissões de futebol. Ainda há a favor deste tipo de atração o fato de não gerar controvérsias, desentendimentos ou qaulquer tipo de animosidade com o anunciante, com o poder público, ou qualquer outro segmento da sociedade, como talvez fosse eventualmente o caso, por exemplo, de um programa jornalístico voltado para a política, os problemas da cidade ou à defesa dos direitos do consumidor. Jamais poderíamos ser ingênuos quanto a esse aspecto da "media".

Até aqui me ative em analisar as pesquisas de audiência e as transmissões esportivas em seu aspecto "comercial", digamos assim, para que o leitor possa entender porque uma boa pesquisa é importante para o rádio. É claro que, se olharmos para a questão da qualidade do conteúdo a partir desses mesmos parâmetros, a coisa muda muito de figura, infelizmente.