terça-feira, 29 de março de 2011

Radiografia da Coluna: CBN exibe versões de músicas do U2

U2 como você nunca ouviu
O programa Sala de Música, apresentado por João Carlos Santana na CBN apresentará neste sábado uma edição especial com bandas brasileiras fazendo versões inusitadas das músicas do U2.

A fina flor da música pop
A atração contará com novos e antigos nome do rock nacional como Marcela Mangabeira, André Jung (baterista do Ira!), o rapper Kamau, Erica Martins, Izzy Gordon e seu irmão Tony Gordon, Irmandade do Blues e Theo Werneck, Tita Lima, Planta e Raiz e Joe Welch. Também estarão presentes a banda Zero, que gravou uma versão jazz para "New Years Day", o grupo de música erudita Musiccata, a banda Violeta de Outono, representada pelo tecladista.

Música de verdade nar rádios certas
Se você nunca ouviu qualquer uma dessas bandas, esta é um ótima oportunidade para ouvir o prograam do João e conhecer uma pequena parte da produção musical brasileira dos dias de hoje, que você só ouve nas rádios universitárias, educativas, públicas ou, no caso, na CBN.

Oficina de quem?
Olha, não conheço todas as bandas, mas já vi que vai ser sensacional. A única coisa que não gostei foi a convocação da banda "gospel" Oficina G3. Desculpem-me a franqueza, mas não consigo enxergar onde bandas desse estilo tem alguma coisa a ver com U2 ou os demais artistas acima citados. O produtor se justifica dizendo que, "já fazia muito tempo que eu esperava uma oportunidade para inserir um representante do gênero gospel no programa devido ao grande número de pedidos".

Chama o padre Marcelo
Legal, cada um tem sem critério. E de repente o João até curte essa banda e também outras "gospeis"(sic). Mas insisto que ela distoa totalmente do perfil dos demais convidados. Se é pelo fato do U2 ser irlandês, cristão e católico, deveria ter chamado o Padre Marcelo. Ué, o sacerdote não canta também?

Um mero detalhe
Mas isso é um minúsculo detalhe que não vai manchar a beleza de todo o restante do programa que irá ao ar. Pelo menos os fãs dos "mecânicos" da G3 vão curtir a performance deles.

Cuidado com a Alavanca
Sempre achei legal a CBN ter um prograna de música, para quebrar a aridez de tanta notícia. Só acho que o "Sala de Mùsica" deveria ser diário. Na finada Eldorado AM, havia um programa diário, nos anos 70, às 18h chamado "Um Piano Ao Cair Da Tarde", só clássicos executados nesse chique instrumento. Anos mais tarde, Os Irmãos Bambulha fizeram uma deliciosa sátira, que virou quadro em seu programa semanal, o "Não Tranca Que Lá Vem Alavanca" na Rádio USP. O quadro tinha o sugetivo nome de "Uma Alavanca Ao Cair da Tarde".

Nããããããão perca!
Então anote aí na sua agenda, Sábado 21h30, "Sala de Música", na CBN.

Morre José Alencar
"O ex-vice-presidente da República José Alencar morreu às 14h41 desta terça-feira, aos 79 anos, no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, vítima de câncer. Ele foi internado ontem com quadro de suboclusão intestinal"(Folha.com)

Quem deu a notícia primeiro?
Em época de internet é ABSOULTAMENTE IMPOSSÍVEL quem deu a notícia primeiro. Nem interessa. O que importa isso agora? Mesmo entristecido, quero avaliar quem fez a melhor cobertura até agora.

O repórter de rádio sempre lá
De um modo geral as 5 redes de rádio dedicadas ao jornalismo sediadas em São Paulo fizeram uma cobertura correta dos tristes fatos, mas a Jovem Pan tinha repórteres lá no hospital, desde manhã, como se soubera ou pressentira que o pior estava por vir. As outras prefiram esperar as más notícias ou não. No entanto, no fim da tarde a Band News recuperou o espaço perdido. Afinal que tem Boris Casoy e Dora Kramer em seu time não fica "vendido" numa hora dessas.

O exemplo que tem de ficar
No final, ponto para todo mundo. Nessas horas, tudo fica zerado. Alencar se foi, mas o exemplo de garra, perseverança e honestidade fica para a classe política e para todos o brasileiros. E é isso que o rádio tem de retratar numa hora dessas. E ponto final.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Radiografia da coluna - 28 de março de 2011

Tira esse sinal digital daí
Poderiam ter aproveitado essas mudanças na programaçao da Rádio Globo para tirar essa porcaria de sinal digital da Rádio Globo de São Paulo. Ele só presta para quem tem o rádio com o sistema IBOC, se a gente nem sabe ao menos se será o sistema adotado.

Nomes criativos
Em tempo: quem foi o gênio que deu esse nome lindo a um programa de rádio: "Grama na Calcinha"? Será que foi o mesmo que criou há alguns anos ali mesmo na Globo um programa chamado "Amigas invisíveis"?

Novas vinhetas da CBN
Por falar em Sistema Globo de Rádio, A CBN renovou quase todas as suas vinhetas de identificação. Ficaram boas, mas as antigas também eram legais. A mudança, se pouco me engano, vieram justamente ontem, domingo. Será que tudo isso é medo da "nova" Rádio Estadão/ESPN?

Vox Populi.....
O apresentador Carlos Alberto Sardenberg recebeu em seu programa "CBN Brasil" dezenas de reclamações de ouvintes a respeito das novas vinhetas. "Vox Populi, Vox Dei", como diria aquele velho locutor na antiga Roma.

Velhinhas, não?
Eu gostei das vinhetas. Estava na hora de renovar. Acho que a maioria não se lembra mas boa parte delas entraram no ar quando a emissora passou a transmitir em FM. Isso em....1996. Faz tempo, hein?

Futebol "All News"
Quem também escolheu ontem estrear uma nova atração foi a Band News FM que iniciou suas transmissões esportivas em São Paulo. Isso sim, era necessário. Não dá para fazer radiojornalismo "all news", ou coisa que o valha, sem as transmissões esportivas. Até que enfim a Band News FM entendeu isso.

All News à brasileira
Outro ponto positivo na Band News FM nos últimos tempos é que ela vem se distanciando do modelo americano que adotaram de esquemas quase rígidos de jornais de 20 minutos, notadamente cop... quer dizer, inspirado na emissora 1010 WINS, de Nova York.

Quanto riso. Ó, quanta alegria...
Durante o sábado a emissora entrou ao vivo várias vezes do Pavilhão do Ibirapuera, em São Paulo, onde estava sendo realizado o "Risadaria". A repórter da Rádio Band News entrevistou humoristas, palhaços, curadores da mostra, enfim, todos os personagens ali no evento. E os jornais de 20 minutos foram quase todos para as calendas.

Mandando para longe
Isso é sensacional. Eles pegam um modelo americano e fazem do jeitão brasileiro. A Band News FM deveria se soltar mais. O melhor horário da emissora é notadamente o das 7h ás 9h da manhã, Em que Ricardo Boechat e seus "comparsas" mandam o esquemão para muito longe de lá.

Humanidade no ar
Boechat e sua turma até que tentam seguir tudo direitinho, terminar o jornal no horário e tudo mais. Mas no dia em que eles conseguirem, vai perder toda espontaneidade do único jornal humanizado no horário nobre do rádio.

Jornalismo sem repórter
Para não dizer que só elogiei a Band News FM, vai aqui um puxão de orelhas - no bom sentido. A rádio não tem repórteres na rua, diferentemente dos modelos que as inspirou. A Estadão/ESPN também não. Não estou me referindo aos setoristas, que é outro papo. Eu falo daquele profissional que cobre buraco de rua, amassa barro e tudo mais.

Lição dos veteranos
Elas querem disputar audiência com as demais? Ponha repórter na rua como a CBN, Bandeirantes e Jovem Pan - emissoras vetreranas no assunto - fizeram a vida toda.

Rádio ligeirinha
Não dizem que o rádio é muito mais veloz que a internet na hora de dar as notícias? Pois, é. Mas precisa ter alguém lá, registrando os fatos.

Tv presente, rádio ausente
A televisão manda repórter para o local dos acontecimentos. E olha que enviar uma equipe de tv para a rua é muito mais complicado do que mandar apenas o repórter da rádio ou do jornal.

Rádio Globo renova a sua programação

A Rádio Globo está de cara nova com a mudança na programação em 16 das 24 horas do dia. Mais debate, humor, mais alegria, claro, sem deixar de lado o jornalismo e a prestação de serviço.

domingo, 27 de março de 2011

Mudança no rádio começa a apresentar seus sintomas mais visíveis

O rádio está mudando com as novas tecnologias e os novos tempos. Para que o leitor entenda o que ocorre, vamos analisar alguns fatos que ocorreram nas duas grandes praças radiofônicas do Brasil.

Vejamos: a Rádio Antena 1 Lite FM do Rio, uma das mais conceituadas emissoras do segmento adulto contemporâneo do Rio de Janeiro é vendida para os Diários Associados transferir a Nativa FM, emissora do segmento popular, para os 103,7 MHz. No lugar da frequência original da Nativa, entrou a Rádio Tupi AM, que também transimitirá em frequência modulada. A Antena 1 promete, jura a seus fiéis ouvintes que começará a transmitir exclusivamente pelo seu site.

Em São Paulo, a FM 107,3 MHz, emissora educativa da Fundação Brasil 2000, é arrendada pelo grupo do jornal "O Estado de São Paulo" transferir sua Eldorado FM para os 107,3 MHz. Na antiga frequência, o grupo do "Estadão" fez uma parceria com o canal de tv ESPN Brasil - com quem já tem um acordo de conteúdo há 3 anos - a fim de replicar o sinal da Eldorado AM nos 92,9 MHz, mudando o nome para Estadão/ESPN.

O que ninguém sabe e nem se deu ao trabalho de avisar aos ouvintes: A ex-Brasil 2000, ou a rádio que havia assumido seu lugar antes da Eldorado entrar, está transmitindo dentro do site da Brasil 2000. Quero supor que para os ouvintes ddos antigos 107,3 MHz de São Paulo, seja uma grata surpresa em meio a essas mudanças, mas poderiam ao menos ter avisado.

Não chega a ser uma novidade, como o caro leitor pode observar, mas é o sintoma de que algo está para mudar para melhor ou para pior. A primeira emissora migrar e ficar exclusivamente na internet foram a Cidade FM e a Globo FM, ambas do Rio de Janeiro. A primeira foi alugada ou vendida e virou cabeça de rede da Oi FM, a primeira emissora "customizada" do Brasil; a segunda, simplesmente virou a repetidora da CBN AM, a exemplo do que já acontece há 15 anos na CBN paulistana.

Juntamente com esse fenômeno de "replicância" de rádios AM para o FM e da migração das FM para a internet, vemos também a multiplicação das chamadas emissoras "customizadas" - patrocinadas por empresas privadas e estatais de diversos segmentos que "colam" algumas de suas marcas ao nome das emissoras, passando estas a funcionar como ferramenta de divulgação, canal de vendas de serviços ou oferecem uma programação diferenciada para que o ouvinte sempre lembre dos produtos da mantendora, quando ouvir a rádio.

A Estadão/ESPN é apenas mais uma que adere a essa tendência: como a ESPN, que pertence ao grupo Disney, não tem mais a possibilidade de conseguir uma concessão de rádio no mercado de São Paulo - ainda que com um sócio brasileiro - resolveu se juntar a uma emissora jornalística e colocou seu projeto de ter uma rádio no ar. De fato, a parceria é ótima: trata-se de dois respeitáveis grupos de comunicação. Creio que o ouvinte só terá a ganhar, principalmente aqueles que não tem acesso á tv por assinatura, onde atua a ESPN. Penso eu que se trate de alguma estratégia da empresa americana, que possui estações de rádio ESPN em alguns países do mundo e, claro, nos EUA.

Agora é engraçado ver como as empresas de rádio americanas se comportam na terra deles e aqui fora. Nos EUA, por exemplo, a rede ESPN de rádio possui mais de 271 emissoras em todo o território nacional. Mais de 90% transmitem em AM. Eu disse AM. É claro que lá eles usam plenamente o sistema digital, algumas poucas emissoras usam canais secundários de áudio, a legislação de telecomunicações americana é muito amis clara e mais simples do que aqui e coisa e tal. Mas ali as emissoras AM locais são locais mesmo. Falam para a cidade e olhe lá. A coisa lá é altamente profissional, imagino eu.

Aqui nas grandes cidades do Brasil parece que chega a ser um "mico" possuir apenas uma emissora de AM, ao menos para a maioria dos radiodifusores. Eles parecem sonhar apenas com os grandes lucros que podem aferir transmitindo em FM.

O mercado está supervalorizando o FM e menosprezando o AM. Um dos poucos, para não dizer os únicos, que valoriza o AM são Antonio Augusto Amaral de Carvalho, o Tuta, da Jovem Pan e a EBC, do Governo Federal. Mas citá-los é quase chover no molhado. Um sabe porque apoia o AM e o outro tem quase a obrigação de fazê-lo.

Pelo cheiro da brilhantina, a praça de São Paulo vai ser dominada por emissoras jornalísticas e "customizadas". Mas ainda é carente em um segmento que é natural numa grande cidade: as rádios "especializadas". Existe a Cultura FM - Fundação Padre Anchieta, que só toca música erudita, a exemplo da WQXR, da prefeitura de Nova York e da rede pública BBC Radio 3, da Grã Bretanha. Há quem lembre a Nova Brasil FM, que só toca música brasileira. Mas não vale como exemplo porque as emissoras ditas populares também tocam música brasileira. Só que de um nível não muito alto. Mas fiquemos com a Cultura FM que é ainda o exemplo mais visível do que é uma rádio segmentada, que serve de referência para outras estações, ainda que estas não sejam de música erudita.

O importante é que o rádio está mudando, a concorrência vai ficar infinitamente maior. O radiodifusor que não observar esses sintomas e não levá-los a sério vai ser engolido pelas webradios, podcasts, etc. O Estado (poder público) comete o grave erro de não incentivar a produção de conteúdo para o AM e faz vistas grossas ao fato de várias emissoras o terem "abandonado". Estão todos correndo para o FM, na certeza de que o plano de digitalização do rádio não vai vingar. Não confiam na estratégia governamental. Entretanto, não se tem notícia de algum empresário que tenha devolvido sua concessão de AM para ficar apenas com o FM. Se assim o procedessem, abriria espaço para a criação de emissoras universitárias, públicas ou que pertencessem a ONGs sérias, despreocupadas com momentâneos baixos índices de audiência do AM e focadas no conteúdo de qualidade.

Todos os "players" do mercado terão de se definir quanto ao conteúdo, ao segmento e em qual mídia vai atuar. Se atuar em mais de um formato, terá de fazer conteúdos diferentes para cada um deles. E é essa é a grande mudança a que me refiro. Se aqui no Brasil será para melhor ou para pior, ainda não se sabe (afinal, aqui é Brasil). Mas com certeza a mudança começou a acontecer. O case Estadão/ESPN/Eldorado/Brasil 2000 é apenas mais um sintoma disso tudo.

sábado, 12 de março de 2011

Programa noturno da CBN ganha nova apresentadora

Noite Total, da CBN, ganha nova apresentadora

Do blog da Magaly Prado

No dia 14 de março, p´roxima segunda feira, Cristina Coghi assumirá a ancoragem do CBN Noite Total no lugar de Fabíola Cidral, agora âncora do CBN São Paulo. Cristina tornou-se repórter do Sistema Globo de Rádio em 1990 e está na CBN desde a sua criação, em outubro de 1991, já tendo atuado como âncora em diversas ocasiões. Formou-se em jornalismo pela Universidade Braz Cubas e tem especialização em Comunicação Pública pela Escola Superior de Propaganda e Marketing. Com ampla experiência na área política, vem cobrindo as eleições municipais, estaduais e presidenciais desde 2002. Em 2009, foi finalista do prêmio Embratel com a série “Caminhar sobre rodas”. (informação oficial da CBN)

Pela demora do anúncio do nome para entrar na dança de horários da grade da CBN com a saída de Heródoto Barbeiro, dá para constatar que não deve ter sido fácil para a diretora Mariza Tavares tirar um (ou uma) âncora da cartola de um dia para o outro. Conhecemos bem o trabalho de repórter de Cristina Coghi, vamos conferir agora na ancoragem. Tarefa nada fácil, porém, alguns acabam tirando de letra e outros decididamente não dão para a coisa. Acho decisão interessante aproveitar o pessoal da própria emissora do que trazer alguém de outra rádio: demonstra consideração por quem trabalha na casa. Porém, continuo querendo sugestão de nomes possíveis, nomes fortes para entrar nas rádios que estão surgindo recentemente, como a Rádio Estadão, por exemplo. Escrevam aqui nos comentários, pois ultimamente as pessoas tem me mandado direct messages pelo Twitter, Facebook... Aliás, isso passa a ser tendência, cada vez mais as pessoas conversam pelas redes sociais e menos pelos blogs.

Vai vender ou não vai?

Venda da rede Transamérica: boato ou possibilidade

Por Débora Podda, do grupo Os Radislistas, no Facebook

Nos últimos dias, voltaram a circular notícias sobre a compra da Rede Transamérica de Rádio por parte da Record. A intenção, seria de se desenvolver um trabalho para a Record News, semelhante ao da CBN.

Segundo crítico de TV da Jovem Pan, José Armando Vannucci, a informação não procede e que executivos da Record estarão reunidos nos próximos dias em um cruzeiro onde será anunciada a programação da emissora para 2011 e garantem que não há projeto para uma rádio apenas com notícias.

A revista Veja publicou em 1 de dezembro de 2010, na coluna "Holofote" a nota que deu origem às especulações.

O diretor superintendente da rede de rádio, Luiz Guilherme Albuquerque, enviou um e-mail aos responsáveis pelo blog FG News e diz que tudo não passa de notícias plantadas e que o assunto não tem fundamento.

A Rede Record, até o momento, não se pronunciou sobre o assunto.


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É bom lembrar que a Aleluia, rede de FMs da Igreja Universal é tão grande ou maior do que as 3 redes da Transamérica.

Sinceramente, não entendi até hoje qual foi a lógica de se dividir esta rede sediada na Lapa. Até a 35ª afiliada, a Transamérica era líder de audiência em todo o país. Resolveu-se então, sabe-se lá porquê, criar a rede "Hits" - destinada à música mais "popular" - "Pop", que já estava implantada - e "Light, baseado em "flash backs" e música romântica.

A verdade é que largaram esse filão "pop" para a emergente Rede Mix e criou-se a confusão. Muitas afiliadas trocaram de "bandeira", perderam-se praças importantes e no fim só a rede "Hits", mesmo não tendo presença nas grandes capitais, é que foi bem sucedida. A ex-toda poderosa emissora da praça paulistana, que sedia as três redes, amarga um 22º lugar no ranking de audiência, segundo a divulgação de alguns sites.

Em entrevista à Rádio Base, em 2005, o então coordenador da Transamérica Ruy Balla disse que essas mudanças vinham para atender as necessidades de cada praça: umas queriam "Hits", outras, "Pop" e algumas, "Light".

É possível que talvez esse tenha sido o grande erro: brigar com concorrentes de vários segmentos em várias praças, "Tudo ao mesmo tempo agora", tal qual o título de um famoso disco dos Titãs, foi um esforço hercúleo. E talvez por isso mesmo a Jovem Pan tenha se sagrado líder no segmento de redes de música jovem, sendo ambiciosamente seguida pela Mix, cujo dono já fora sócio dos controladores da Pan em outros empreendimentos mal sucedidos (Nota da Redação: leia o livro "Ninguém faz sucesso sozinho", de Antonio Augusto Amaral de Carvalho, o Tuta).

Também é bom salientar que os criadores da programação da rede Mix saíram justamente das trincheiras da Transamérica do começo dos anos 90, quando esta era líder absoluta de audiência em São Paulo, possuía o estúdio mais moderno do país, a antena mais potente, etc.

Há quem diga que hoje o que sustenta o conglomerado de rádio seja a rede "Hits" e que a rede "Pop" seria deficitária. Não faz sentido tal afirmação. A Transamérica foi uma das pioneiras em transmitir futebol em FM. E, como o caro leitor sabe, programação esportiva sustenta mais da metade das rádios do Brasil, pelo menos aquelas que vivem de publicidade exclusivamente.

Outro grande filão do momento é a programação jornalística, líder de faturamento dentro do rádio. É mais lógico pensar que a Transamérica queira apostar neste segmento - montar uma "Transamérica News", por exemplo, o que seria ótimo para o mercado de trabalho em rádio. Ou quem sabe até arrendar a rede para a Record News (sé é que a Record quer gastar esta grana preta, já que hoje foi noticiado que ele desistiu de concorrer à compra dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro de Futeboldos próximos três anos).

Simplesmente vender, como dizem os boatos, não me parece uma decisão inteligente. Não para um ex-banqueiro como Aloysio Faria, dono da Transamérica, que vendeu o Banco Real por alguns bilhões de dólares e pegou esse dinheiro para montar a maior rede de lojas de materiais para construção no mercado imobiliário mais aquecido do país: São Paulo.

Agora, é sentar e esperar para ver. Ou ouvir.

quinta-feira, 10 de março de 2011

O verdadeiro significado do carnaval, segundo Sheherazade

Se você ainda não viu, veja agora. A jornalista Rachel Sheherazade, do Tambaú Notícias, da TV Tambaú, de João Pessoa (PB), tece comentário polêmico acerca das festividades de Carnaval. Dica do "Blog do Paulinho", que afirma que este desabafo está bombando na internet.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Kennedy Alencar assina com a CBN

Do AD News

“A política como ela é” – este será o comentário que o jornalista Kennedy Alencar fará na CBN duas vezes por semana. O novo quadro estreia no dia 15 de março e irá ao ar às terças e quintas-feiras, às 8h55min, no Jornal da CBN, ancorado por Milton Jung.

Com longa experiência na cobertura de fatos políticos e dos bastidores do poder, Kennedy Alencar nasceu em Belo Horizonte. Na Folha de S.Paulo, foi redator, editor-assistente, editor da coluna de notas “Painel” e repórter especial. Participou de duas coberturas de guerra: no Kosovo, em 1999, e no Afeganistão, em 2001, e escreveu o livro “Kosovo, a guerra dos covardes”.

Atualmente, Kennedy se divide entre Brasília e São Paulo. É colunista da Folha.com e trabalha na RedeTV! desde 2008 como comentarista do telejornal noturno RedeTV!News. Em outubro daquele ano também passou a apresentar o programa semanal “É Notícia” e, em 2010, foi o organizador e mediador dos dois debates presidenciais RedeTV!-Folha."


Kennedy Alencar é sem dúvida um dos melhores analistas políticos do Brasil de sua geração. De forma simples e direta, analisa como poucos os bastidores do poder, sobretudo em Brasília. A aquisição vem bem na hora em que a emissora perdeu o seu principal apresentador Heródoto Barbeiro.

É claro que, se a tal Record News FM que tantos falam vier, as concorrentes terão de se movimentar de verdade para não ficar atrás no ranking de audiência. Não é segredo para ninguém que o segmento "jornalístico" é o mais rentável do rádio atual. Estão aí os esforços das emissoras do setor em duplicar o seu sinal na FM e incrementar a internet para obter mais audiência. É rentável, mas não é tão simples de se fazer como uma programação baseada em música e em suas "celebridades". É preciso equipamento, recursos técnicos e, o principal, profissionais especializados que possam operar isso tudo e botar a notícia no ar. Resta saber se esta hipotética nova movimentação vai gerar mais empregos para os profissionais do ramo, sem os quais rádio alguma existe, não é mesmo?

Lobão, agora sem gracinhas, no programa Pânico

O cantor e compositor Lobão esteve nesta quarta-feira no programa Pânico da Jovem Pan, lançando o seu livro "50 anos a mil". Desta vez, ele pode falar o que lhe perguntaram sem colocações, digamos, absolutamente fora de propósito. A conversa rolou em um alto nível, sem gracinhas importunas. falou sobre as novas e as antigas bandas de rock, de direitos autorais e a nefasta meia entrada, a qualidade de gravação dos discos nacionais e estrangeiros, o mercado independente de música e a internet, entre outros assuntos. Se você não ouviu, vale a pena ouvir. Bendito seja o podcast.
Acesse o site do programa Pânico.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Nota de repúdio ao desmonte da Rádio e TV Cultura

Do site "Salve a Tv Cultura"

Diversas entidades, encabeçado pela Frente Paulista pelo Direito à Comunicação e Liberdade de Expressão (Frentex), assinan documento em repúdio ao desmonte da Rádio e TV Cultura promovido pelo governado do Estado de São Paulo. Leia a íntegra:

A Frente Paulista pelo Direito à Comunicação e Liberdade de Expressão (Frentex) vem a público repudiar o desmonte da RTV Cultura promovido pelo governado do Estado de São Paulo.

A notícia das 150 demissões ocorridas na RTV Cultura de São Paulo na última segunda-feira, dia 7, só confirma a intenção do PSDB de desmonte da única emissora pública paulista, que faz parte do patrimônio do povo.

A emissora enfrenta uma das maiores crises de sua história. Já foi amplamente divulgado na mídia que o projeto da atual gestão da Fundação Padre Anchieta, ligada diretamente ao governo de São Paulo, é reduzir o quadro de funcionários e efetuar corte de verbas em algumas de suas produções. Com isso, pretendem economizar as custas dos empregos e da qualidade da programação da emissora, alterando inclusive o papel social da Fundação, gestora da TV Cultura.

Para honrar o Estado democrático que conquistamos após anos de arbítrio, é necessário que a TV Cultura propicie programação de qualidade, jornalismo independente e ético, participação da sociedade em seu Conselho Administrativo e condições de trabalho dignas a todos os funcionários.

O Estado de São Paulo não pode ser mero espectador no processo de avanço da democratização dos meios de comunicação que está sendo discutido em nível nacional, idéia que se fortaleceu mais ainda após a realização da 1ª Conferência Nacional de Comunicação, da qual o movimento social paulista teve grande representação, apesar do boicote promovido pelo governo do Estado.

Nesse sentido, defendemos um amplo debate sobre o papel da TV Pública no Estado de São Paulo para que ela continue sendo um instrumento de fortalecimento dos valores e costumes do povo, que tenha diversidade de idéias e de opiniões e ajude no fortalecimento de nossa democracia.

São Paulo, 10 de fevereiro de 2011.
Entidades que assinam a nota:

ABRAÇO/SP, Campanha pela Ética na TV, Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, CTB/SP, Cidadania e Saúde, Ciranda da Informação Independente, Coletivo Intervozes, Coordenação Nacional de Entidades Negras/Conen-SP, Conselho Regional de Psicologia - CRP, CUT-SP, Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa – FJLP, Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ, Grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo, Movimento Sindicato é pra Lutar, Observatório da Mulher, Revista Debate Socialista, Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, Sindicato dos Radialistas do Estado de São Paulo, Sinergia CUT (Sindicato dos Trabalhadores Energéticos do Estado de SP), União Brasileira de Mulheres, União Estadual dos Estudantes, União de Mulheres de São Paulo.

terça-feira, 1 de março de 2011

Flávio Guimarães analisa: O jeitinho brasileiro não tem limites

Prezado Marco Ribeiro.

Com base em seu artigo fiz postagem em meu blog, remetendo ao Rádio Base. Você levanta alguns pontos interessantes em torno da questão das atuais fusões de prefixos. Acrescentei algumas coisas. http://fg-news.blogspot.com/2011/02/fusao-entre-emissoras-mostra-que-o.html

Abração,
Flávio Guimarães

Veja os comentários de José Carlos Penha em:
http://fg-news.blogspot.com/2011/02/fusao-entre-emissoras-mostra-que-o.html#comments


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Fico muito agradecido pela referência ao meu artigo em sua publicação, Flávio. Concordo com o que você escreveu e o leitor José Carlos Penha comentou sobre esses processos de "reengenharia", que são promovidos por várias emissoras de um modo geral, como no caso da Estadão/ESPN. Quero dizer que não me esqueci dos "locutores/operadores" da maioria das FMs. Mas pelo que me consta, ao menos as emissoras que conheço pagam a eles o que a lei manda.

Só tenho uma discórdia, se me permitem o reparo, quando o Penha diz que "Se na televisão já é prática antiga a transmissão de programas para toda a rede nacional (e na televisão talvez isso se jusitifique, pois nem todos estados / cidades podem gerar conteúdo local)". Na verdade, essas emissoras não tem condições de fazer uma programação de tv da forma que conhecemos e qual estamos acostumados, o que não quer dizer que eles não saibam fazer do jeito deles pra eles mesmos. Mas como nosso assunto aqui não é TV e sim, rádio, recomendo aos prezados missivistas que assistam aos domingos, ou as reprises disponíveis na internet o ótimo "Ver TV", produzido pelo professor Laurindo Lalo Leal, um dos mais profundos estudiosos da tv brasileira. O link é esse aqui - http://www.tvbrasil.org.br/vertv/

Um abraço a todos.