sábado, 23 de janeiro de 2021

Play FM finalmente acerta o passo e mostra a que veio

 

Depois de um início um tanto quanto atabalhoado, parece que finalmente a Play FM começou a encontrar o "seu jeito" de fazer rádio. Não é imitando as co-irmãs Band e Nativa FM, tampouco tentando fazer exatamente o que as líderes de seu segmento adulto-contemporâneo - Alpha e Antena 1 - ou pior, tentando simular algo no segmento pop rock.

O "pulo do gato" da Play FM foi justamente atacar nos pontos fracos das suas concorrentes diretas - que por vezes se perdem tocando um repertório estrangeiro de outros países que pouco dizem ao ouvinte brasileiro ou ainda tentando passar um verniz de programação AC moderninha com hits atuais. 

A Play FM é simplesmente uma rádio de flash backs, baseadas somente em hits radiofônicos dos anos 1970, 1980, 1990, diferentemente da Eldorado FM, por exemplo, que entre agradar a um antigo público minúsculo e elitista e fazer algo "pop", não está indo a lugar algum e está estacionado entre o limbo e o purgatório.

É óbvio que vai demorar um bom tempo para chegar a posições de destaque nos rankings de audiência, mas se firmar o rumo de sua programação, certamente ultrapassará rapidamente as concorrentes que estão oscilando muito na qualidade se sua programação de forma perigosa.

A nova emissora do grupo Band Rádios simplesmente descobriu que é o ouvinte que manda e o tipo de público não quer saber de novidades e sim, as músicas que formaram a trilha sonora de suas vidas (esta aí um excelente slogan, não é verdade).

Engana-se quem acha que as novas gerações - que teoricamente não fazem parte de seu target - não se encantem com a sua programação de "músicas antigas". No atual cenário musical - que é mais árido do que os desertos do Saara e de Atacama juntos - recheado de canções ruins, em sua imensa maioria, o ouvinte mais jovem se encanta e se surpreende com a produção musical de décadas anteriores em todos os estilos musicais, até mesmo nos considerados mais "populescos".

É claro que ainda falta muita coisa a ser feita, mas o que já se ouve no ar já é satisfatório. Pelo menos a Play, aparentemente não tem vergonha do gosto musical um tanto quanto exótico, às vezes, de seu ouvinte. E a sacada genial de colocar o "Café com Bobagem", bem na hora do almoço, concorrendo com o outrora "arquirrival" "Pânico" - que hoje erroneamente se transformou num programa jornalístico, focado em política, no que pese o fato de ser muito bem produzido e bem conduzido por Emílio Surita e equipe - deve render bons frutos, inclusive comercialmente falando, assim espero. afinal, nem todos ouvintes querem saber de "hard news" o tempo todo, ainda mais em emissoras que não são do segmento jornalístico, não é verdade?

De resto, é esperar para ver (e ouvir) se a Play FM continuará no rumo certo ou não. De qualquer forma, falta um pouco mais de criatividade e conteúdo, para não se tornar um mero "vitrolão bobo e alegre" sem utilidade alguma. Boa audição!


terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Canção inspirada em vida de uma cantora revela como a arte pode quebrar barreiras


 A força de uma mulher guerreira e sua capacidade de superar os desafios foram os pilares para a mais nova canção da artista Ana Lélia. Da parceria com o produtor Jonathas Pingo para letra e música e do duo de vocais com Rosana Brown, o trabalho Sente o Som, já disponível pelo Spotify, agora está prestes a ser lançado em vídeo pelo Youtube.

“A música fala sobre a Rosana, uma mulher inspiradora, forte, e, ao mesmo tempo, desconcertante pela sua beleza e sua imensa musicalidade”, adianta a cantora mineira, que atualmente vive em Brasília (DF), onde atua em diversas frentes do setor cultural e é empresária do Girassol Studios. “Para transmitir essa ideia que a letra traz, o clipe celebra a diversidade em todas as suas formas. Por exemplo, participa da dança a Natália Ladislau, que é cadeirante. Ela mostra pra todos nós de forma tão linda e emocionante que não há limites para a arte. Ela é de todos e para todos”, completa.

Segundo revela a mulher que inspirou a canção, Rosana Brown, a música nasceu de uma despretensiosa conversa entre as duas cantoras. “Falamos sobre coisas que me marcaram ainda na infância, no Rio de Janeiro, que apesar de pobre, foi bem feliz. Falamos sobre alguém que se apaixonou pela música tão cedo e que indo sempre por esse caminho conseguiu inserção no mundo da arte”, relembra. “A primeira forma de inclusão, de alguém que veio da comunidade e que foi, literalmente, capturada para algo tão potente como a música e teve a vida transformada por ela”, afirma.

O clipe de Sente o Som, que será lançado no dia 20 de janeiro, foi uma produção da Kpella Produtora, e contou com os dançarinos do Grupo Tribo e Tribo Cadeirantes. A bailarina Natalia Ladislau Batista, uma das peças centrais da obra, conta como foi participar do projeto.

“Para mim, a letra e o clipe significam inclusão de pessoas com diferentes corpos, etnias, credos e condição social. É sobre a felicidade de estar incluída em uma sociedade mais justa e de saber que o mundo da arte proporciona essa visão de igualdade entre todas as pessoas. Para mim é mágico e muito especial”, conta. 

Carreira - Ana Lélia coleciona dezenas de interpretações e canções próprias. A cada semana, ela publica um cover diferente em seu Instagram @analeliaoficial. Duas de suas canções já foram usadas em telenovelas, sendo uma interpretação para Record e uma autoral para TV Globo. 

Ouça mais de Ana Lélia em - https://spoti.fi/3ir8s9n

Mulheres do coletivo Radialivres ministram oficinas de rádio e de podcast

 

O jornalismo e o radialismo mudaram muito desde que os celulares tornaram-se uma espécie de extensão corporal. O mesmo aconteceu com a produção e com o consumo de áudio, em especial os áudios com foco em prestação de serviços, disseminação de informações úteis, cultura, arte e música.

Pensando em ampliar a capacitação do mercado, o coletivo Radialivres, formado por 28 profissionais de todo país, criou a oficina “Fazendo Rádio e Podcast” que será ministrada, em formato on-line, por quatro profissionais atuantes no mercado radiofônico, entre os dias 25 e 28 de janeiro. 

Princípios básicos de jornalismo e radialismo (ética), produção, entrevistas, multi plataformas, o atual papel dos profissionais da música na era digital, novos produtos, comercialização e troca de experiências farão parte do roteiro desta oficina que será dividida entre quatro módulos. 

Fabiane Pereira, Gabriele Alves, Marilia Feix e Sarah Mascarenhas se uniram para oferecer um curso de quatro noites, com encontros diários de 2 horas, para partilhar suas experiências profissionais pelas rádios no Brasil. São quatro profissionais (3 jornalistas e uma radialista) que diariamente se preocupam em ampliar as ações de rádio e podcast.

Serviço: 
Oficinas Radialivres: Fazendo Radio & Podcast
Dias: 25 a 28 de janeiro de 2021
Horário: 19h30 às 21h30
Local: Online (link será enviado após confirmação da inscrição)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

APCA escolhe os melhores do Rádio em 2020

 


Na noite desta segunda-feira, a APCA - Associação Paulista dos Críticos de Arte - promoveu a escolha anual dos melhores nas artes e nas comunicações.

Devido a pandemia do covid-19, jurados de algumas categorias optaram por não fazer a escolha este ano. As que fizeram - entre elas a categoria Rádio - puderam escolher apenas três premiados. Ainda não foi definida a data de entrega dos troféus e se a cerimônia será presencial ou não, informa a APCA.

Veja aqui os vencedores na categoria Rádio:

Valorização do Rádio: 
Luiz Fernando Magliocca (foto) - pela série de transmissões de debates ao vivo nas redes sociais, abordando a história das extintas rádios musicais Excelsior e Difusora, ambas de SP; Veja mais em - https://youtu.be/0QFyDRBQHkg

Profissional do Ano:
José Eduardo Piedade Catalano - mais antigo profissional do rádio paulista, que comemorou 72 anos de trabalho, na Rádio Difusora de Santa Cruz do Rio Pardo (SP); Saiba mais sobre ele, clicando nesse link aqui - https://bit.ly/2XTVgjO

Podcast: 
"Atenção, Silêncio no Ar" (César Rosa) - Nesta série de três episódios, produzida, narrada e editada pelo próprio autor, o radialista e dublador César Rosa narra a história do rádio FM paulistano desde seus primeiros anos, contando a sua própria vida pessoal e profissional, traçando dessa forma, um paralelo entre as duas trajetórias. Ouça esse podcast em - https://open.spotify.com/show/1nfY3YETXXucbcHgU3XJqR?si=blxtMB02RHyHCcgFYmePUw

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Ouça no Podcast B3: #16 - 'Como essa música fez sucesso?'

 Neste episódio do B3, Benjamin Back, João Marcelo Bôscoli e André Barcinski escolhem músicas que nem eles sabem como fizeram sucesso. Histórias sensacionais sobre hits inesperados e alguns dos famosos "falsos cognatos".