quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Artistas do ABC Paulista promovem a segunda passeata "raulseixista" neste feriado, em Mauá



Já virou tradição nessa cidade do ABC Paulista. Com o apoio da Prefeitura Municipal de Mauá, do Coletivo Rock ABC das rádios Plano B e Epaminondas, e de artistas e produtores culturais da região, A banda Clínica Tobias promove neste feriado de finados, a partir das 17h, a "Segunda Passeata Raulseixista", em homenagem ao grande cantor e compositor baiano Raul Seixas.

A concentração começa às 13h na Avenida Dom José Gaspar, em frente ao número 102 e a saída é às 17h em direção do Parque da Juventude de Mauá. Neste local várias bandas se apresentarão fazendo "covers" das músicas de Raul, que morreu há 30 anos. Os shows tem início às 17h30 e terminam às 21h30.

A entrada é franca.

Onde fica:


Baixe o aplicativo para o sistema android e ouça a emissora citada nesta postagem 



Para ouvir a Rádio Epaminondas, clique nesse link - http://www.radioepaminondas.com.br/

sábado, 26 de outubro de 2019

Crônica - A Vitória do Quadrúpede


Fernando Jorge*

No ano de 1955, o eleitorado de Jaboatão, em Pernambuco, elegeu vereador um bode. O animal chamava-se Cheiroso e teve 460 votos, o dobro do que necessitava um cidadão daquele município para se eleger seu representante. Três anos depois, candidato à Câmara dos Vereadores de São Paulo, o rinoceronte Cacareco foi o mais votado. Em seguida, decorridos vários anos, o macaco Tião, do Jardim Zoológico do Rio de Janeiro, teve a sua candidatura fictícia lançada pelo também fictício PBB (Partido Bananista Brasileiro). E há pouco tempo, no Balneário Camboriú, de Santa Catarina, um cachorro de rua, o Sorriso, tornou-se candidato a deputado. O seu comitê de propaganda era dirigido pelo jornalista Nagel de Mello...

O eleitor desses lugares, bastante desiludido com a política, fez bem em votar num bode, num rinoceronte, num macaco e num cachorro. Votos do protesto, da revolta.

É melhor eleger um bode do que certos cidadãos da nossa infeliz República. Lá no Nordeste o sertanejo costuma dizer: “Deus te dê o que deu ao bode: catinga, barba e bigode.”

Mas é mil vezes preferível o fedor do bode, a sua catinga, do que o cheiro nauseabundo da alma dos nossos políticos corruptos. Um esgoto furado não fede tanto como a alma podre desses canalhas.
É preferível votar num rinoceronte do que em certos fulanos da nossa infeliz República, porque ele, o rinoceronte, mamífero de pele espessa e dura, não sabe roubar. Só sabe roncar e comer capim. Além ser muito perigoso, esse bicho nunca meteu as suas patas no orçamento federal e o lesou.

É preferível votar num macaco do que em certos sujeitos da nossa infeliz República, porque o macaco, se sabe brincar, guinchar, pular de galho em galho, comer banana, fazer caretas, por outro lado não sabe trair, mentir e apoderar-se do dinheiro público, a fim de o esconder nos bancos da Suíça e nos paraísos fiscais. Viva pois o macaco e as suas macaquices! 

Abaixo o político corrupto e as suas canalhices! É preferível votar num cachorro do que em certos políticos cachorros da nossa infeliz Republica, porque ele, o cachorro, como disse Victor Hugo, é “a virtude transformada em animal”, e o político corrupto é a podridão mais asquerosa transformada em gente. Aliás, chamar um desses crápulas de cachorro equivale a xingar os cães.

A safadeza de dezenas dos nossos políticos gerou estas palavras de Rui Barbosa: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.”

Quando o povo decidiu votar nos animais evocados neste bate-papo, pelo menos não apoiou os patifes que ganharam milhões com obras superfaturadas. Juro, amigo leitor, prefiro ouvir os berros do bode, os bramidos do rinoceronte, os assobios do macaco, os uivos do cachorro, do que as palavras cínicas dos nossos políticos salafrários, exímios na arte de mentir, de enganar, de roubar, de afivelar no rosto a máscara da hipocrisia.

Os fariseus da política brasileira falam como moralistas e agem como ladrões. Se exibissem no rosto as suas verdadeiras naturezas - a imundice de suas almas - os nossos estômagos ficariam embrulhados, vomitaríamos de nojo.
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*Escritor e jornalista, Fernando Jorge é autor do livro As lutas, a glória e o martírio de Santos Dumont, lançado pela HaperCollins.

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Nando Reis e Arnaldo Antunes: 'Nos sentimos ameaçados e hostilizados'

Em entrevista ao jornalista Julio Maria, ex-titãs falam sobre o ambiente político de um país polarizado e contam um pouco sobre a apresentação que Nando fará nesta sexta (25) e sábado (26), no Espaço das Américas, com Samuel Rosa e Arnaldo como convidados. 

Rádio A Onda tenta reviver os melhores anos da lendária Fluminense FM


Surgida em meados deste ano, a Rádio "A Onda" começa a mostrar a que veio. Em princípio, parecia ser mais uma "rádio-tributo", em homenagem a algum programa ou emissora AM / FM que não esteja mais no ar, no caso, a lendária Fluminense FM, de Niterói (RJ), que, segundo alguns historiadores, foi fundamental para  o surgimento de várias bandas de rock dos anos 1980 (Blitz, Paralamas do Sucesso, Kid Abellha, Legião Urbana, Barão Vermelho, etc.). O começo desta história é contado por seus fundadores na obra "A Onda Maldita - Quem Criou e Quem Assassinou a Fluminense", de Luiz Antonio Mello, que também é o diretor dessa web radio.

Entretanto, a Rádio A Onda não quer virar um museu e "viver apenas do passado". Ao longo de sua programação, além de clássicos do rock de todos os tempos e pérolas desconhecidas do gênero, o internauta escuta também diversos artistas dos mais diversos estilos (blues, jazz, indi, mpb, pop, folk, etc), da região onde fica a sede da emissora, a mesma Niterói, que entrou para a história da radiodifusão brasileira, não só pela Fluminense FM, como também pela extinta Rádio Federal AM, também citada na obra de Mello.
Como se não bastasse, o fim de semana é recheado de programas de entrevistas em que os músicos convidados fazem a "playlist" da emissora. A Rádio A Onda anunciou recentemente anunciou que se tornou parceira de um festival de música pop local - a "Beatleweek - Niterói", que visa divulgar os talentos musicais locais, não só com apresentações, como também exibindo seus trabalhos pela webradio. 

O site da emissora ainda mantém um atualizado noticiário sobre as novidades do mundo do rock. É entrar e conferir.



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