sábado, 30 de outubro de 2004

O rap do locutor

Que quiser baixar o Rap do locutor, da equipe da ex-Nova FM,netre no site do nosso leitor Ronald Rios, nesse endereço:

http://paginas.terra.com.br/lazer/umchato/som/rapdolocutor.mp3

quinta-feira, 28 de outubro de 2004

Big Boy e Valdir Vieira

Olá, tudo bem?
Meu nome é Talvane Lukatto, sou pesquisador do rádio brasileiro e coleciono tudo que se referente ao assunto. Gostaria de saber dos amigios do Rádio Base se alguém tem registro sonoro do saudoso radialista Big Boy e Valdir Vieira. Estou há 12 anos atrás dessas vozes para colocar no meu museu do rádio. Aguardo respostas dos amigos. Um forte abraço e saudações radiofônicas!!!

Visite e assine meu
site:www.talvanyramos.hpg.com.br
Talvane Lukatto
São Luís - MA

Classic Pan em São Paulo!

Em breve estréia nas ondas do rádio de São Paulo (capital) a Classic Pan, emissora alternativa do grupo Jovem Pan que irá concorrer diretamente com a ascendente Scala FM. Aliás, numa prova de que a guerra será pra valer, emissários da Pan já andam sondando o cantor, ator e locutor Gilbert Stein (quase 20 anos de Scalla) para fazê-lo trocar de lado.

FONTE: Coluna Ooops!

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Agora, me respondam: Em que frequência? Sucesso?

quarta-feira, 27 de outubro de 2004

Workshop mostra os bastidores do rádio

Conhecer a dinâmica que está por trás das notícias, das músicas, da programação de uma rádio é o objetivo deste workshop de 4 horas a ser realizado a partir do dia 8 de novembro na De Pieri Comunicação.
O Rádio é sem dúvida nenhuma o veículo que consegue atingir basicamente todas as pessoas, não só pela facilidade em se obter um aparelho, como também pela presença constante em diversos lugares por onde passamos. Ele é o companheiro de uma dona de casa, de um executivo, de um operário, que ao mesmo tempo que trata de seus afazeres consegue se inteirar dos acontecimentos, ou até, aliviar as tensões com uma agradável música de trilha sonora.
É exatamente pra desvendar esse mistério que atrai tantas pessoas que a jornalista, locutora e empresária Sonia De Pieri, junto com o consultor de áudio Marcelo Oliveira dos Santos estarão ministrando esse workshop a partir da segunda semana de novembro.
Como sempre a De Pieri Comunicação tem como diferencial oferecer aos alunos a oportunidade de escolher os horários que melhor se adaptam às suas agendas, por isso mais uma vez serão as pessoas que irão selecionar os dias e horários.
Serão vários workshops de no máximo 4 pessoas por grupo que acontecerão a partir de 8 de novembro na sede da De Pieri Comunicação em São Paulo.
A quem se destina
O workshop está aberto a todas as pessoas que têm curiosidade em saber como funciona uma emissora de rádio, como também a estudantes e profissionais de comunicação.
Informações sobre preços, datas, horários, conteúdo programático e outras dúvidas podem ser esclarecidas através do telefone: (11) 3714-3464 ou pelo e-mail: falecom@depiericomunicacao.com.br
É importante frisar que a De Pieri Comunicação quer com os cursos de áudio Sound Forge, Como Montar um Home Studio, de Locução e com este workshop sobre Os Bastidores de uma Emissora de Rádio, capacitar, habilitar e até aproveitar os alunos que passam por essas aulas. A filosofia da empresa é valorizar o ser humano e o profissional que existe dentro dele.

Música Brasileira estréia na JB FM

Já está no ar pela JB FM (99,7), do Rio de Janeiro, o programa "Música Brasileira", apresentado por João Marcello Bôscoli, produtor musical e presidente da gravadora Trama. O programa vai contar com lançamentos, raridades e música brasileira em geral, além de entrevistas. Bôscoli já apresentou vários programas tanto na TV como no rádio. Em São Paulo, por exemplo, apresentou e produziu o "Onda Urbana", na época em que a Sucesso FM mantinha programação de música eletrônica a partir da 0h.
Para quem não é do Rio, a JB FM pode ser ouvida pelo site. http://www.radiobase.org/radiosaovivo/

Paulo Lopes deixa a Capital e abre rádios em Minas

Paulo Lopes vai deixar a Capital para inaugurar três FMs em Minas Gerais, no começo de 2005. A atuação nos microfones será esporádica. Aos 57 anos, Paulo Lopes, conhecido como o "amigão das mulheres" por conta de sua audiência majoritariamente feminina (87% dos ouvintes), resolveu deixar um salário de mais de R$ 100 mil na Capital AM para atuar no interior de Minas Gerais. No início de 2005, vai inaugurar três FMs no Estado. "Posso até continuar falando, mas não como agora, quatro horas por dia. Vou dirigir as emissoras", diz ele, que há 37 anos se dedica ao rádio.

Com cerca de 180 mil ouvintes por minuto na Grande São Paulo - só perde para padre Marcelo, líder na Globo, com 750 mil, e para Eli Corrêa, também na Capital, com 200 mil -, Lopes comanda diariamente o "Show do Paulo Lopes", das 9h às 13h. O segredo do sucesso, diz ele, que chegou a ter 560 mil ouvintes por minuto, é a espontaneidade: "Não pode ser teatral. Eu não sou um bom locutor, não pego um texto e leio bem. Sou só um bom comunicador", afirmou Lopes, em entrevista ao Portal Uol.

João Gordo detona 89, de São Paulo

Que João Gordo não tem papas na língua, todos sabem. O que ninguém desconfia é que ele não gosta de ser comentarista no "Giro 89", de segunda a sexta-feira, das 18h às 20h. Gordo afirma que detesta o horário ("justo na hora do trânsito") e as músicas que tocam - e que só aceitou fazer o programa por preocupação de ficar sem o "Tarja Preta", na emissora. "Só estou fazendo a participação porque me convidaram e porque não quero perder o programa de hardcore, que é o que gosto", diz. Questionado sobre se pensa que a atração sairia do ar caso não aceitasse o convite, ele manda: "Acho que sim. Foi por isso que topei".

No "Giro", Gordo fala de assuntos como economia, política e comportamento. Apesar de reclamar do horário, o músico pondera que pode vir a gostar, no futuro. "Estou começando a melhorar, a engrenar. O caso é que eles me censuram. Então, por que me querem lá? Não gostaram de coisas que falei no começo e cortaram. Agora, os comentários são gravados. Eles me passam as notícias do dia, e dou minha visão sobre os fatos." O músico também chia sobre a seleção musical da 89. "Ao vivo, eu não agüentaria. Teria de ficar ouvindo aquelas músicas horríveis, já que minha participação entra de meia em meia hora. Não estou gostando muito, mas quem tem de gostar é o ouvinte. Isso é apenas um teste."

Sobre o "Tarja Preta" ter sido trocado de domingo, das 22h às 23h, para segunda-feira, da 0h à 1h, João também estrila. "É um horário improvável. Eles me jogaram para o limbo do lixo, só para quem realmente gosta de hardcore." Gordo acrescenta que, no novo horário, está mais "bagaceira" que nunca. "Só falo palavras de baixo calão para baixo." (Publiquei no Agora)


"Não há censura", diz diretor

OUTRO LADO


Alexandre Hovoruski, diretor artístico da 89, diz que os comentários de Gordo são uma "bobagem". "O 'Tarja Preta' continuaria no ar mesmo se ele não topasse participar do 'Giro'". A intenção, diz ele, é explorar mais o lado de entrevistador de João Gordo, e não só o lado musical, "que é legal, mas extremamente alternativo".

Sobre o horário do "Tarja", Hovoruski explicou que os programas "mais alternativos" da 89 vão mesmo para a faixa de horário da 0h - caso do "Trip 89", às terças.

O diretor diz que não há censura. "Eu só falo para ele para tomar cuidado com o que fala. Afinal, ele comenta notícias. Não tem censura." Sobre o motivo pelo qual o programa passou a ser gravado, ele diz que é a "impaciência" de Gordo. "Ele não agüenta ficar duas horas no estúdio. Às vezes, faz a primeira entrada [de um total de quatro] e deixa as outras gravadas." Para os cortes, a explicação está na ponta da língua: "Editamos, pois, às vezes, fica muito longo, ou ele erra ou gagueja. Queremos o João Gordo com sua espontaneidade. Senão, fica sem sentido".(Portal Uol)

Antena 1 pode ganhar locução feminina

Após 10 anos, a locutora Venssa Calheros sairá da rádio Alpha FM e integrará o time de locutores da Antena 1 de São Paulo.A mudança será em novembro, quando a morena passará a fazer parte da equipe da Antena 1 - concorrente histórica de sua atual emissora.

Ao longo desses dez anos, Vanessa ficou conhecida como a voz da Alpha, pois é a mais antiga das locutoras da rádio, que só possui vozes femininas à frente dos programas.
"Recebi uma boa proposta da Antena 1", disse Vanessa em entrevista ao Portal Uol.

A equipe de locutores da emissora não tem nenhuma mulher, e Vanessa diz não saber ainda se apresentará algum programa específico. Na Alpha, a morena deixará o "Alpha Ilustrada" e o "Disco Classics".

terça-feira, 26 de outubro de 2004

PF fecha 17 rádios-pirata em BH e Região Metropolitana

(Portal Uai)

A Polícia Federal (PF) fechou, nesta segunda, 12 rádios-pirata e dois pontos de transmissão em Belo Horizonte e outras três rádios em Santa Luzia, na Grande BH, durante a Operação Capitão Gancho. Nenhuma delas tinha autorização para funcionar. Foram presas e liberadas em seguida 14 pessoas. Elas assinaram um Termo Circunstancial de Ocorrência, que será encaminhado ao Juizado Especial Criminal. Se condenadas, terão que pagar multa, cesta básica ou prestar serviços comunitários.

Os equipamentos apreendidos vão ficar sob custódia da PF e vão passar por perícia. Para continuarem a funcionar, os representantes das rádios terão que requerer autorização junto ao Ministério das Comunicações.

Segundo a Polícia Federal, as investigações começaram há um ano, depois de denúncias da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e da Infraero, de que as rádios interferiam no sistema de comunicação das aeronaves. De acordo com o assessor da Polícia Federal em Belo Horizonte, delegado Ricardo Amaro, havia risco de interferência nos rádios comunicadores, com perigo de acidente.

Durante este período, a polícia conseguiu fazer contato com muitos representantes das rádios, que se apresentaram espontaneamente. Ao todo, desde o início da operação, foram assinados 60 termos de ocorrência.

segunda-feira, 25 de outubro de 2004

Aniversário da Tropical FM termina em quebra-quebra

Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo de hoje, a festa de aniversário do programa "Era Só o que Faltava" da Rádio Tropical FM rendeu um tumulto que durou cerca de 3 horas na porta do Playcenter, local escolhido para receber cerca de 15 bandas de forró e reggae, entre elas Falamansa, Rastapé, Circuladô de Fulô, Expressão Regueira e Maskavo.
Por volta de 0h30, a direção do Playcenter decidiu fechar o portão de entrada. O detalhe é que, dentro do parque havia 10 mil pessoas, mas o número de ingressos vendidos foi de 12 mil.
Cerca de 4 mil pessoas participaram do tumulto, que gerou arrastões, assaltos e invasões de propriedades.
Ainda segundo a reportagem, nada ocorreu dentro do Playcenter e os shows aconteceram normalmente. Testemunhas afirmaram que ainda às 6h havia confusão na porta do parque.

Infelizmente, está cada vez mais difícil realizar um evento de grande porte aqui em São Paulo com segurança. No penúltimo show da Mix FM também houve grande confusão, deixando várias pessoas com ferimentos leves.

domingo, 24 de outubro de 2004

Fórmula 1

Caramba, tô mais tenso que o Rubinho!!!!
Estou acompanhando a cobertura do GP Brasil de Fórmula 1 pela rádio Bandeirantes desde às 8h da manhã e, como esperava, está perfeita.
Infelizmente na hora da corrida não estarei em casa, então terei de aturar o Galvão mesmo... mas para quem nunca experimentou assistir à F1 pela TV e ouvir pelo rádio, está aí a oportunidade.
O treino já foi um show, imagine a corrida!

sábado, 23 de outubro de 2004

Justiça tira do ar rádio e TV ligadas a Garotinho

Aloysio Balbi e Maiá Menezes
Fonte : Jornal O GLOBO

CAMPOS. A Rádio e a TV Litoral, de Campos, foram retiradas do ar ontem à noite por 24 horas, por determinação da juíza Márcia Alves do Rego. Nas duas emissoras, o ex-governador e presidente regional do PMDB, Anthony Garotinho, tem dado entrevistas freqüentes, nas quais acusa de corrupção o prefeito Arnaldo Vianna (PDT), que apóia o candidato Carlos Alberto Campista. Garotinho trabalha pela eleição de Geraldo Pudim, do PMDB. A representação com o pedido para que as emissoras fossem retiradas do ar foi feita pela coligação de Campista.

A rádio FM e a emissora a cabo, que retransmite a programação da rádio, foram tiradas do ar às 20h45m. De acordo com o advogado Manoel do Rego, da coligação de Campista, as duas emissoras também fazem diretamente propaganda de Pudim, apoiado por Garotinho. O advogado das emissoras, Antônio Costa, disse que vai recorrer da punição, mas que enquanto isso a determinação será cumprida.

sexta-feira, 22 de outubro de 2004

Revista da FM O DIA de outubro nas bancas

Já está nas bancas a edição de outubro da Revista da FM O DIA. Na reportagem principal, a Festa de aniversário dos 7 anos da FM O Dia, que traz a cantora Ivete Sangalo na capa. Duda do Borel fala tudo sobre a carreira na coluna "Funk". Ricardo Gama traz o grupo Pique Novo na sua "Garupa" e na seção "Raio X" tem Missy Elliot e Usher.

E ainda tem muito mais: todas as novidades do mundo da música, que nesta edição traz também o lançamento do CD de Waguinho, as conhecidas colunas de Mauro Leão, DJ Marlboro, Vagaba e David Brazil, que também está no pôster.

Com 60 mil exemplares mensais atualmente, distribuídos para todo o Rio de Janeiro e Grande Rio, a publicação é voltada para o público da própria rádio FM O DIA (100.5 mhz), líder de audiência entre as emissoras cariocas.

Nova coluna de rádio no Estadão?

Daniela Brusco
Especial para Rádio Base

E na tão aguardada estréia no "novo" Estadão de domingo, a primeira pisada de bola. Na coluna de rádio do jornal, o programa da Eldorado mais antigo da rádio,e talvez o com maior audiência, que é o Jornal Eldorado, teve seu nome trocado para Eldorado Primeira Edição. Lamentável, principalmente por mostrar que, alguém da própria casa (uma vez que a rádio pertence ao jornal ), não fez o dever de casa antes de escrever, que seria, no mínimo, escutar a rádio.

Parece que há uma falta de jornalistas no mercado que escrevam sobre rádio.
Será porque não há interesse por parte dos jornais e revistas? Ou a falta de interesse é por parte dos leitores, ou dos ouvintes?

Acredito mais que seja porque o rádio, como sempre, é jogado no limbo dos veículos de comunicação, e sendo assim não glamuriza quem trabalha nele ou para ele.
A verdade é, que mesmo com a péssima qualidade das programações do rádio brasileiro, ainda existe muito ouvinte masoquista, que além de escutá-lo, ainda lê sobre ele.



quarta-feira, 20 de outubro de 2004

Que fim levou Reinaldo Costa????????

Caro Marcos Ribeiro,


Qual não foi minha alegria ao descobrir este site maravilhoso que fala das coisas e pessoas do nosso rádio. Fiquei emocionado demais quando li a reportagem sobre Helio Ribeiro com quem tive a trabalhei por um ano e meio na extinta Rádio Excelsior, quando ainda seu gerente era Izidro Barioni. Mas o que me fez escrever é o seguinte:

A respeito do rádio, lógico, mas do rádio esportivo. Eu tive a oportunidade de trabalhar com uma pessoa maravilhosa. Suas qualidades são fantásticas, sua capacidade de criação e conhecimentos gerais são de deixar, sem restrições alguma, um Alexandre Kadunk revirar-se no túmulo (de alegria). Eu falo do locutor esportivo Reinaldo Costa, que sumiu e não sei por onde anda. Ultimamente ele estava na equipe
do Fiori Giglioti na Record.

Se você me permite, deixe-me traçar o seu caminho, pois o conheci quando foi pra antiga Globo Nacional, em 77, a convite do Osmar Santos. Ele trabalhava em Campo Grande, chegou aqui e foi ocupando o seu espaço. Imitava com perfeição o Osmar a ponto do próprio Osmar se confundir por diversas vezes.

Na época, Reinaldo era o terceiro narrador, depois do Osmar, Oswaldo Maciel e do Oscar Ulisses, irmão do pai da matéria, que logo saiu para a Bandeirantes. Reinaldo foi se livrando das imitações do então chefe e vieram as transmissões da Excelsior e da Globo. A coisa foi tão forte que em pouco tempo a audiência da Excelsior se consolidou e Reinaldo ficou como segundo locutor da Globo aos sabados nos jogos. Na Copa do Mundo da Espanha, em 82, a chefia da equipe mandou-o para Barcelona para transmitir o jogo que classificaria a Itália pra jogar com o Brasil. Antes, o mandaram para o Japão para fazer a final do Flamengo contra o Liverpool.

Depois do mundial, o diretor da Excelsior, na ocasião, Chico Paes de Barros, cria com Osmar, Juarez Soares, Braga Junior, Fausto Silva e o Reinaldo Costa o programa Balancê, que mais tarde consagrou Fausto Silva. O Osmar falava do geral, o Braga e o Jorge de Souza de automobilismo, o Juarez de política e o Reinaldo, de música, pois ela era um profundo conhecedor do assunto. O programa vários prêmios até ir para o auditório.

Todos que trabalhavam no Balance eram funcionarios da Rádio Globo, e não da Excelsior. A direção da Excelsior prometeu dar uma ajuda financeira pra quem trabalhasse no programa. O Juarez Soares, por outros motivos, foi mandado embora; o Castilho de Andrade saiu e foi para o Jornal da Tarde. Restou o Reinaldo comandar a atração ao lado de Osmar Santos que acabou saindo por causa de seus vários compromissos. Reinaldo ficou sozinho no programa por quase um ano e meio.

Como a emissora não cumpriu a promessa de pagar a tal verba, Reinaldo disse ao seu chefe Edson Scatamachia que sem dinheiro não faria mais o programa. Pediram-lhe que tivesse calma. Como ele era "jogo duro" disseram que na semana seguinte iria sair o dinheiro porque o Balance teria bons anunciantes, quando fosse apresentado
no teatro Pimpão, na Rua Apa, ali na Santa Cecilia. Mais uma vez ele acreditou. Quando chegou o dia da mudança, estavam no palco Reinaldo Costa e Fausto Silva a convite do Osmar para comandarem o programa. O dinheiro não saiu e Reinaldo pediu para sair do programa. Dali em diante trabalhando de graça pra Excelsior o Fausto Silva, com a Yara Peres que acabou fincando no lugar do Paulo Matiussi e Odir Cunha passaram a produzir o Balancê no teatro, estreando depois no Teatro Zaccaro, com a presença do governador Franco Montoro.

Os produtores quiseram homenagear Reinaldo Costa e o convidaram para receber a homenagem no programa. Na hora "H", numa entrevista pra Folha de S.Paulo, o Odir Cunha, sentado nas escadarias do teatro, afirmava que fora ele quem criou o Balancê. Reinaldo, que estava embaixo das escadas, ouviu tudo. Saiu dali correndo, foi pra casa, fez sua carta de demissão e a entregou ao Osmar sem dizer nada.

Foi uma correria geral nos corredores da Globo e da Excelsior, principalmente do Braga Júnior, que tentava a todo custo demovê-lo dessa idéia. Eu estava com o Reinaldo naquela hora sentado na padaria da Rua das Palmeiras. Em menos de uma semana, Reinaldo já estava na Record, a convite de Chico Paes e Barros que havia saido da Globo, um mês antes.

Escrevi este relato porque participei diretamente da vida desse brilhante narrador. Trabalhava diretamente com o Scatamachia e com a Lucimara Parisi, e nunca mais ouvi o Reinaldo. Posso lhe afirmar, sem medo de errar, que ele sofreu muitos "nãos" dos considerados monstros do rádio, hoje praticamente todos eles na TV, num tempo em que tínhamos na Globo a melhor equipe e que só se podia falar do Osmar Santos porque ele deu toda a força pro Maciel - que acabou não vingando - , para o próprio irmão Oscar - que continua o que sempre foi, um intérprete de jogadas de futebol. Na minha opinião e também dos demais companheiros da época como, Loureiro Jr, Henrique Guilherme, Roberto Carmona e o próprio Scatamachia, Reinaldo Costa era o mais técnico dos narradores esportivos do Brasil.

Conheci o melhores narradores esportivos do Brasil, mas igual ao Reinaldo ainda não tinha ouvido. Certa vez disse isso na frente do Osmar Santos e do saudoso Pedro Luis. Desculpe se me alonguei mas eu preciso saber por onde anda esse brilhante narrador esportivo, penso que assim como eu muitos devem tambem querer saber, eu tenho muitas saudades dele, eu moro hoje em Londrina, no Paraná, a Rua Itibere, 451, bairro Nova Lima. Assim que estiver instalado farei questão de passar a você.

Ouço todos o jogos do brasileirão por todas as emissoras de radio do Brasil, aqui nos temos o privilegio de ouvir o Brasil, e posso te afirmar, sem medo de errar, que não encntro em nenhuma emissora de radio um narrador com o Reinaldo Costa, não porque ele seja meu amigo, a quem não vejo a mais de 12 anos, mas pelo seu conhecimento e profissionalismo, gostaria ate que você, se pudesse, perguntasse (sei dos seus conhecimentos) as pessoas que com ele trabalham na Record ou o próprio Fiori que vez por outra cita o seu nome nas transmissões.

Para finalizar, eu pergunto por que será que o Fausto Silva quase que sempre fala dele em seu programa dos domingos? Eu sei da resposta porque eu estive lá.

Um abraço amigo espero não ter importunado pois sei que seu tempo vale ouro, mas gostaria de obter uma resposta, por onde anda esse que na minha opinião foi o último dos melhores narradores esportivos do Brasil, obrigado.

Eduardo G.(?)
Londrina - Paraná

A quem possa interessar......

A Mix FM, cuja concessão pertence ao Município de Diadema, por um descuido ou sei lá o quê, está deixando de apresentar o horário eleitoral daquela cidade, para retranstir a propaganda eleitoral da capital. É a primeira vez que vejo uma emissora da rádio ter vergonha de mostrar onde é sua concessão. "Aqui, todo pernambucano nasce em Recife", como costumava dizer o mestre Mané Gancho, eletrecista da extinta Ford Ipiranga. Em tempo: se não me engano, Mané Gancho era de Exu, terra do não menos ilustre Luis Gonzaga.

terça-feira, 19 de outubro de 2004

Fernanda Abreu no Palco MPB

A cantora carioca faz todo mundo dançar com seus sucessos.

Nessa terça-feira (19/10), às 16hs, o programa Palco MPB tem mais um encontro marcado e imperdível: a cantora Fernanda Abreu. A 'Garota Sangue Bom' está lançando o CD Na Paz e promete colocar todo mundo para dançar com muito swing.

A apresentação fica por conta do jornalista Fernando Mansur, que comanda ainda uma super entrevista durante o show. A festa será no auditório da Rádio MPB FM (90,3 Mhz) e para concorrer a ingressos, ligue para o telefone (21) 2509-4790 ou acesse o site http://www.mpbfm.com.br/.

Rádio Inconfidência realiza concurso para preencher 34 vagas

Da Redação - Comunique-se


Quem quiser se candidatar a uma das 34 vagas para analistas de comunicação em diferentes funções na Rádio Inconfidência, em Minas Gerais, precisa se apressar. As inscrições começaram no dia 11/10 e vão até 22/10 para quem fizer pelo correio e até dia 20/10 para aqueles que preferirem se inscrever pela Internet. Os salários variam de R$ 845,70 a R$ 1.315,47. As funções são de Repórter (9 vagas); Redator (2); Editor (3); Produtor Executivo (5); Locutor - PSS (12) e Coordenador de Jornalismo, de Esportes e de Produção (uma vaga cada). Há vagas para portadores de necessidades especiais.
As provas, de língua portuguesa e conhecimentos específicos, serão realizadas no dia 12/12, em Belo Horizonte. Os candidatos às vagas de locutor terão que fazer prova prática.
De acordo com o cargo, o valor da inscrição será de R$ 16 ou R$ 26.
Informações e inscrições no site da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa.

sábado, 16 de outubro de 2004

Até a Alcaidessa maltrata o idioma de Camões e Fernando Pessoa

Figura triste e lamentável a da prefeita da maior cidade do Brasil diante das câmeras de TV, no debate da Bandeirantes se atrapalhar ao ter que pronunciar por letras o número ordinal 111º. Em vez de centésimo décimo primeiro lugar, Marta Suplicy, (que segundo ela própria, frequentou bons colégios) cometeu um grosseiro erro e disse que São Paulo ocupava o "cento-e-ônzimo" lugar(!!!). Será que é esse o ensino da língua Portuguesa dado nos CEUs que a prefeita tanto quer implantar na cidade?

Atenciosamente,

Daniela Brusco
São Paulo

Até a Alcaidessa maltrata o idioma de Camões e Fernando Pessoa

Figura triste e lamentável a da prefeita da maior cidade do Brasil diante das câmeras de TV, no debate da Bandeirantes se atrapalhar ao ter que pronunciar por letras o número ordinal 111º. Em vez de centésimo décimo primeiro lugar, Marta Suplicy, (que segundo ela própria, frequentou bons colégios) cometeu um grosseiro erro e disse que São Paulo ocupava o "cento-e-ônzimo" lugar(!!!). Será que é esse o ensino da língua Portuguesa dado nos CEUs que a prefeita tanto quer implantar na cidade?

Atenciosamente,

Daniela Brusco
São Paulo

quinta-feira, 14 de outubro de 2004

Padre Marcelo é proibido de pisar na rádio Capital

FABÍOLA REIPERT
Colunista do Agora


Marcelo Rossi foi à emissora falar de seu filme no programa de Paulo Lopes. No mesmo dia, a direção da Capital pediu para ele gravar sua opinião sobre as radionovelas da rádio. O padre se negou, dizendo que seria falta de ética, afinal ele é da rádio Globo. Mas falar do filme pode... A Capital não gostou e não o quer mais participando de seus programas.

domingo, 10 de outubro de 2004

Os 10 anos da extinção da Fluminense FM

No dia 1 de outubro de 1994, os roqueiros do Grande Rio ficaram estarrecidos com a extinção da Rádio Fluminense FM, que passou a fazer parte da Jovem Pan Sat. Vieram muitos protestos que no entanto foram em vão. Passado esse tempo todo, foram seis anos de Jovem Pan Sat que no entanto foram suficientes para enfraquecer a primeira rádio alternativa de rock do país.

A trajetória da Jovem Pan 2 nos 94,9 MHz foi humilhante. Seus locutores faziam bravata com o fato de tocarem dance music baba numa freqüência antes dedicada ao rock. De fato a Fluminense FM cometeu muitos erros, uns bobos, outros constrangedores, mas nada que merecesse ser substituída por uma emissora fútil, que nessa época tocava intérpretes sem a menor identidade, que faziam um som dançante típico das academias de ginástica.

Arrogantes, os profissionais da Jovem Pan Rio ridicularizaram a Fluminense e pagaram um preço alto por isso. Quiseram mandar no Grupo Fluminense de Comunicação e perderam audiência. Tentaram o popularesco e até o "pop rock", até a Jovem Pan Rio sair do ar e dar lugar à fracassada Jovem Rio, na verdade um aproveitamento dos locutores da afiliada da JP2. Uma outra Jovem Pan Rio, menos arrogante e mais profissional entrou no ar no espaço da antiga Imprensa FM (102,1 MHz).

A venda da Fluminense FM pode ter sido uma armação. Nada foi esclarecido com a súbita venda de rádios de rock originais para emissoras não comprometidas com o rock. Entre 1994 e 1996, quase todas as rádios de rock originais foram desativadas: Fluminense FM em Niterói (RJ), 97 FM em Santo André (SP) e Estação Primeira em Curitiba (PR). Somente a Ipanema FM foi poupada, mas ela acabou sucumbindo ao ecletismo, pois por razões do mercado ela tem que compartilhar o rock autêntico com hits de pop, hip hop e música eletrônica.

Seria coincidência tanta rádio alternativa extinta quase ao mesmo tempo? Haveria um complô contra a vida inteligente no rádio? É algo que não foi devidamente investigado, até porque iria comprometer a reputação dos grandes donos de rádio, sempre afeitos para fórmulas descartáveis, apelativas ou paliativas.

Rádio Cidade age mais contra do que a favor dos roqueiros

Pior do que o fim da Fluminense FM, foi o grande Cavalo de Tróia que os roqueiros do Grande Rio receberam quando a Rádio Cidade jogou sua trajetória original no lixo e, num delírio de perda de identidade - o nome de um programa da fase dance da emissora, "Amnésia", é bastante ilustrativo - , virou caricatura de rádio de rock em março de 1995.

Deturpando violentamente os conceitos de rádio de rock, sob o pretexto do "profissionalismo", da "modernidade" e de qualquer outra desculpa que seus produtores arrogantes usem, a Rádio Cidade, na prática, tirou do imaginário policial e trouxe à realidade concreta os estereótipos reacionários do jovem roqueiro. Assim, o ouvinte da Rádio Cidade se configura num jovem alienado, imbecilizado, arrogante e que vê sua irritabilidade fácil com orgulho e vaidade. Sem exagero, pode-se definir o perfil do "público roqueiro" da Rádio Cidade como sendo de extrema-direita, dentro do contexto social da democracia brasileira (não chegam ao nível sanguinário dos neo-nazistas).

A Rádio Cidade avacalha mais o rock do que milhares de camburões juntos. Reprime a cultura alternativa mais do que dezenas de tanques do Exército. Graças à sua atuação, o Rio de Janeiro viu seu cenário de rock alternativo cair na clandestinidade, como se estivéssemos no período da ditadura. Algumas bandas com sonoridade mais acessível no entanto buscam divulgar seu trabalho no programa "A Vez do Brasil", da Rádio Cidade, menos por prazer do que por falta de outra opção. Nos bastidores do rock, é notória a má fama daRádio Cidade, cuja performance no segmento rock não agrada sequer os funcionários do Sistema Jornal do Brasil.

A Rádio Cidade teve sorte de obter faturamento com a percentagem do lucro dos ingressos com o patrocínio dos shows de rock. A rádio está cheia de dinheiro, somando ainda o que arrecada de "jabaculê". A emissora, pelo seu poder, truculência e arrogância, acabou se tornando uma espécie de "Antônio Carlos Magalhães" das 'rádios rock' brasileiras.

A volta da Fluminense FM não fracassou por causa da Rádio Cidade

É completamente mentirosa a versão de que foi a força da Rádio Cidade entre o público roqueiro que fez abortar a programação da Fluminense FM.

É bom deixar claro que a programação rock resgatada pela Fluminense AM em 2001 estava fazendo sucesso, tendo um bom respaldo de ouvintes. A volta da Flu foi bastante elogiada e teve uma cobertura da imprensa que a Rádio Cidade nunca teve. Nem mesmo os melhores programas da Cidade chegam a receber reportagens elogiosas.

A Fluminense contou com excelentes profissionais nessa fase 2001-2002. Seus produtores José Roberto Mahr, Lia Easter e Leandro Souto Maior buscaram dar o melhor de si para oferecer uma programação de qualidade, respeitando as lições da Fluminense nos anos 80 e evitando os erros dos anos 90. O responsável pelo Tributo ao Rádio do RJ, Marcelo Delfino, e o colaborador Ernesto Pina também se esforçaram para dar o apoio necessário a essa nova fase da emissora. O autor deste texto também fazia sua parte divulgando textos sobre a emissora na Internet.

Mas o que derrubou a Fluminense foi a pressa do proprietário Alexandre Torres em obter faturamento. Ele queria lucro imediato, e não teve paciência quando investiu na volta da Fluminense FM. Fez pressões para a Flu se tornar uma rádio de "pop rock" e a rádio fracassou porque seu empresário o quis. Portanto, não foi porque a Rádio Cidade se consolidou como "rádio rock". Se tirar o marketing e o departamento comercial, o que sobra da Rádio Cidade é apenas uma rádio maltrapilha que junta o pior da Fluminense FM de 1991-1994 com o pior da Jovem Pan Rio nos 94,9 MHz.

Pode parecer irônico, mas os "paruaras náuticos" que Luiz Antônio Mello falou se uniram com os algozes da "Maldita". Entre os primeiros, vieram "profissionais" como Rhoodes Dantas e um músico, hoje produtor da Rádio Cidade, que está por trás dos comentários pró-Rádio Cidade que publica na Internet sob vários pseudônimos. Entre os segundos, o ex-escudeiro de Tutinha, Alexandre Hovoruski. Todos transformando a cultura alternativa numa carniça de urubu, num município que já sofre pela violência do narcotráfico, pelo vandalismo das gangues de favelas, pela truculência dos pitboys, pela tirania dos bicheiros e agora pelo fascismo de uma minoria de jovens riquinhos e pretensamente rebeldes, para os quais a Rádio Cidade se tornou um gueto. Da rádio pop criada com muito trabalho por Fernando Mansur e equipe, resta agora um cadáver junkie que ainda renderá triste memória.

Marcelo Delfino
Rio de Janeiro - RJ

*Extraído do site Tributo ao Rádio do Rio de Janeiro

O importante é que a nossa amizade sobreviva

Uma coisa que eu sempre digo que é importante pra mim são as amizades que faço. Seja as na própria família e seja com pessoas com quem mantenho contato virtualmente ou de corpo presente. Algumas amizades que tenho são bem mais fortes que outras, mas todas as pessoas que se lembram de mim ou por quem eu tenho alguma afeição eu considero especiais. Parei e pensei nisso depois que li a última coluna de José Paulo Lanyi no Comunique-se, onde ele reproduziu uma carta de uma jornalista brasileira, Tônia Azevedo, que está residindo em Londres, e escreveu sobre a dor que ela sentiu ao saber do assassinato do comentarista esportivo Pedro Luiz Júnior, de quem ela era muito amiga, mas com quem não tinha contato há muito tempo. Afora umas coisas que ela fala sobre fazer boicotes a filmes nacionais, que não vem ao caso neste momento, o depoimento dela me tocou muito. Mostra que neste mundo cada vez mais capitalista, ainda existem aqueles que dão valor à vida, ao ser humano. A seguir, o depoimento emocionado da jornalista Tônia Azevedo, que tomo a liberdade de pegar da coluna do Lanyi no C-se:

“Amigos, desde que cheguei na Inglaterra tenho lutado para mostrar às pessoas que conheço daqui que o Brasil não é feito apenas de futebol, samba, bundas e violência. Faço propaganda das belezas naturais e da espontaneidade do povo para tentar equilibrar esse quadro.

Meu protesto solitário inclui um boicote a filmes como ‘Cidade de Deus’, ‘Carandiru’ e afins, altamente elogiados mas que, para mim, propagam a imagem de violência que já se tornou uma assinatura para o País. Até carta para uma revista daqui já escrevi, pedindo menos estereótipo e mais justiça.

Hoje, essa mesma violência que eu abomino me atingiu. Perdi um grande amigo no Brasil por causa da violência. O radialista Pedro Luiz Júnior, de 51 anos, com quem trabalhei em 1995/96 na Equipe de Esportes da Rádio Gazeta AM, foi assassinado com três tiros quando chegava em casa no ultimo sábado, em Campinas. Ao que tudo indica ele foi vítima de um assalto. Mesmo testemunhas afirmando que o Pedro não reagiu, o assaltante atirou e fugiu.

A dor é muito, muito forte. O Pedro foi muito importante na minha vida, tanto pela sua pessoa quanto pelo que o período na Gazeta representou para mim. Foi uma época em que tive grandes alegrias, conheci muitas pessoas mas também descobri algumas coisas a meu respeito que não gostei mas fui forçada a aceitar, e ele estava lá para participar desse processo. As pessoas que participaram daquela época ao meu lado podem imaginar o que estou sentindo. O fato de estar longe, de não ter podido participar do sepultamento está tornando essa perda um pouco irreal. Eu não falava com o Pedro há mais de três anos (ele me ligou na véspera de eu viajar para cá) e desde o ano passado ele não me mandava nenhum e-mail. A última notícia que recebi dele foi de sua entrada na equipe da CBN Campinas.

Não tenho planos imediatos de voltar ao Brasil mas acredito que até o ano que vem devo estar por aí - se não definitivamente, porque ainda estou batalhando para conseguir ficar legalmente na Inglaterra e aproveitar as inúmeras oportunidades de crescimento profissional, pelo menos de férias, para rever família e amigos. Uma das coisas que planejava fazer era voltar aos estádios, tentar reacender a paixão pelo futebol que anda bem apagada já há alguns anos. Agora, não sei se vou conseguir fazer isso. Cada estádio de São Paulo, cada cabine de transmissão vai me lembrar do Pedro.

Junto com a dor dessa perda veio uma constatação. Eu percebi que sou péssima para manter o contato com meus amigos. A culpa por ter me afastado do Pedro está tão forte quanto a dor da perda. Sou egoísta o suficiente para admitir que não quero sentir essa culpa de novo. Entre os destinatários desse e-mail estão desde uma amiga de infância que conheci com seis anos de idade até amigos mais recentes, feitos na Inglaterra e que já voltaram para o Brasil. Tem gente para quem eu estou devendo respostas. Tem amigos de escola, faculdade e trabalho. Há pessoas que eu ‘roubei’ de e-mails recebidos de outros amigos e que até agora não tinham recebido nenhuma notícia minha- na maioria porque eu não tinha esses e-mails até recentemente. Para vocês, fica a promessa de eu escrever com mais detalhes, o mais breve possível.

Por favor, me ajudem a não perder o contato com vocês. Se eu demorar muito para escrever, me cutuquem. Amizade é uma das coisas da vida mais importantes para mim. Eu vou tentar ser mais constante. E, se vocês souberem de alguém que deveria mas não está na lista, sintam-se livres para passar meu e-mail. Hoje estou me sentindo arrasada, terrivelmente sozinha e precisando ter certeza de que ainda tenho amigos, mesmo estando longe.

Grande beijo e muitas saudades,
Tônia”.

Este depoimento me tocou porque eu me identifico muito com ele. Tem algumas pessoas que eu estimava muito e com as quais acabei perdendo contato ao longo do tempo, e que me rendem saudade quando lembro delas, como um primo que eu tinha que foi cruelmente assassinado quando eu era ainda gurizote, tinha meus 8, 9 anos, por volta disso, e uma tia minha que faleceu há poucos meses, a qual vi pela última vez há tanto tempo que nem lembro direito, embora a presença dela ainda esteja viva pra mim. Além, claro, dum caso que eu contei aqui na coluna duma gata que era muito especial pra mim, a qual perdi há pouco menos de seis meses, a qual tive praticamente desde meus 5 anos de idade. Também de pessoas que eu mal conhecia virtualmente eu sinto saudades, caso dum amigo que fiz uma vez numa sala de bate-papo de futebol, torcedor fanático da Portuguesa, e que morreu de causas naturais.

É por isso tudo que, volta e meia, quando eu envio uns e-mails pra minha longa lista de endereços, não o faço por mal. Faço também para manter contato com todas elas, nem que seja por meio de inúteis avisos de coisas relativas a meu site e coisa e tal. No fundo, o site nem importa neste caso. Receber um "olá, tudo bem?", um "como vai?" é o que me gratifica. Até eu sei que fico devendo em matéria de lembranças de algumas pessoas que tenho muita estima, não me comunico com elas como queria. Mas acho que agora não vou me furtar a fazer isso sempre que tiver vontade. Ler o depoimento desta jornalista me fez colocar como lema máximo uma frase usada pelo Sílvio Luiz ao encerrar suas transmissões de futebol: "o importante é que a nossa amizade sobreviva".

Por isso que deixo claro para todos aqueles com quem mantenho contato e todos aqueles com quem não tenho tanto contato, enfim, todas as pessoas com quem já me comuniquei ao menos uma vez: todas vocês podem se considerar amizades minhas. Porque se tem algo que eu considero importante, é um amigo. Mais do que um presente material. A prova maior foi no dia do meu aniversário. Só ganhei um presentinho bem simplezinho da minha mãe. Acham que eu reclamei? Que nada. Foi muito bom porque ela se lembrou de mim, e só isso já me encheu de felicidade. Assim como me encheu de felicidade as manifestações de parabéns que recebi de alguns amigos.

Então, você que lê esta coluna, que é sempre marcada pelo bom humor, pela brincadeira, pela crítica dura e constante e pelo sarcasmo, saiba que agora eu falo muito sério, quase com lágrimas nos olhos, quando digo: dê muito valor às pessoas que você quer bem e que te querem bem. Elas são a melhor coisa que pode lhes acontecer. Mais do que tudo. E vou fechar por aqui, porque tô sem lenço e as lágrimas já tão escorrendo, he.... Vamos lá, gente boa, que essa aventura chamada vida segue e não espera pela gente!

Grande semana a todos nós!
Edu Cesar
Editor-chefe de
PAPO DE BOLA - O SITE
www.papodebola.com.br

Rádio é empresa, sim!!!!

Em todas as discussões que se faz sobre a questionável qualidade musical do rádio FM, consequencia do jabá, uma das principais desculpas que os profissionais que nela trabalham é a seguinte: "rádio é uma empresa como outra qualquer". Quanto a isso, não há o que se discutir. Quero lembrar apenas de um texto de Mino Carta publicado como posfácio de um livro sobre a Folha de S. Paulo. Nele, o jornalista fala sobre o conceito de um jornal se assemelhar a uma empresa. Basta trocar aqui o jornal pelo rádio. Rádio é empresa, sim. Resta saber como cada empresário enxerga o seu negócio. Existem aqueles que são comparáveis a Al Capone. Enquanto isso, outros se assemelham muito a Henry Ford.

Certa vez, Alexandre Hovoruski, diretor da Rádio 89FM deu a seguinte declaração à reportagem da revista Frente a respeito do fato de que se ouvem as mesmas coisas na programação musical das rádios. Ele disse: "faltam produtos bacanas para a gente tocar". Como já escreveu certa vez o companheiro Marcos Ribeiro, trata-se de um colóquio flácido para suíno dormir. Com base em que Hovoruski pode afirmar isso? Nas tais "salas-de-teste" que ninguém sabe como funciona, quais são os critérios usados para avaliação, como são escolhidos as pessoas de que dela participam. A impressão é que trata-se de mais uma série de desculpas para se manter o estado atual das coisas. Com um pouco de boa vontade, dá para se colocar bandas novas no ar. Basta usar os horários noturnos, que poderiam servir como um laboratório para que as emissoras fizessem experiências até com programas novos.

Taí o exemplo do Garagem, da Rádio Brasil 2000 FM, que não me deixa mentir. O programa começou a ser veículado a meia-noite, todas as segundas, e hoje está num horário bem "nobre", começando às 22h. Aliás, peço licença para reproduzir algumas de declarações de Paulo Cesar Martin, um de seus apresentadores, retiradas de uma antiga entrevista sua: "O programa tem três anos no ar. A gente não paga nada pelo horário. Eles não pagam nada para a gente. O programa começou a dar um retorno grande para rádio, tanto que hoje o programa é das dez à meia noite. Não porque todo mundo é bonzinho. Deu audiência. Dos programas da rádio só perde pro Na Geral (programa dedicado a esportes), em termos de audiência." - falando sobre o Garagem.

"É um negócio generalizado. Envolve uma outra coisa, que está impregnada na própria imprensa brasileira. E não é só em rádio. Em rádio tem esse esquema, a mesma música toca em 50 rádios, 10 vezes por dia. Mas se você pega, por exemplo... a Marisa Monte vai lançar um disco novo. Isso é capa de todos os cadernos de cultura dos grandes jornais, no mesmo dia! Quer dizer, ninguém mais tem vontade de pensar. A assessoria vai e manda material. E você não pode dar a notícia antes de ninguém. Rádio é a mesma coisa. Tudo está meio estagnado demais. Está num esquema viciado que é difícil quebrar. Televisão, a mesma coisa. Se o Zezé di Camargo lançar o disco dele antes no Gugu do que no Faustão, o Faustão vai puni-lo por dois meses, não vai mais chamar para ir no programa. É tudo assim..." - sobre a mesmicie no rádio (e na imprensa também. "Hoje está muito fácil fazer jornal, fazer rádio. A coisa cai no seu colo mastigada. Você chega lá bota no ar e tchau. Teu comprometimento é zero. O nível de riatividade é zero." - ainda sobre o mesmo assunto.

Parece até texto planfetário de um leitor do combativo blog Rádio Base (http://radiobaseurgente.blogspot.com), não? Mas se trata de alguém que está lá do outro lado do balcão, que deve conhecer os meandros do assunto. É a opinião de alguém que está há mais de três anos no ar com um programa de música, digamos, alternativa, com grande sucesso.

Para terminar, quero falar da velha questão da falta de anunciantes no rádio. Por mais de uma vez, já ouvi e li entrevistas de profissionais do setor dizendo que os criadores têm preguiça de gastar seus preciosos neurônios para elaborar peças ao meio. O povo das agências prefere mais o "glamour" da criação para a tv (prêmios, status, etc.). Esse é um dos motivos que impede o rádio de receber uma parte maior das verbas do bolo publicitário. Até quando essa mentalidade vai perdurar?

Rodney Brocanelli
São Paulo - SP


A expressão correta é: "Colóquio flácido para ninar bovino", que nada mais do que o famoso "Conversa mole para boi dormir", segundo o nosso grande mestre do radiojornalismo José Nello Marques.

Pelo que pudemos constatar até aqui, quase 40% dos nossos leitores trabalham em rádio ou com comunicação, em contraposição à outra parte do leitorado composta de leigos e ouvintes que gostam de rádio. De qualquer modo, todos são benvindos, "especialistas" ou não.

FESTA DE 1 ANO DO PROGRAMA ROTA 77

Finalmente, vem aí a Festa de 1 ano do programa Rota 77!!!!!!
Show com as bandas que fazem parte do primeiro e único de Punk Rock da internet, com as presenças já confirmadas de: 88 Não, Disritmia, Ato Público, DZK, Resistência Punk, Subexistência, Esgoto, Lixo Suburbano, Autogestão, Pátria Armada, Falange Negra, Chicanos, Social Decadente, Má Postura, Calamidade Pública, Social Decadente e Sistema Homicida

Dias 13 e 14 de novembro, a partir das 21h
No Ball Rock Bar - Estrada da Baronesa, 123
Perto da Represa do Guarapiranga
Dia 15 de novembro, a partir das 13h
No Clubinho Rock Bar - Rua Regente Feijó, 323
próximo à Igreja Matriz de Diadema
Mais informações:(11) 4056-4647, com Andrea

Vejo vocês lá!!!
Um grande abraço!!
Barata do DZK
Programa Rota 77, Rock da Periferia
http://www.rota77.rg3.net

FESTA DE 1 ANO DO PROGRAMA ROTA 77

Finalmente, vem aí a Festa de 1 ano do programa Rota 77!!!!!!
Show com as bandas que fazem parte do primeiro e único de Punk Rock da internet, com as presenças já confirmadas de: 88 Não, Disritmia, Ato Público, DZK, Resistência Punk, Subexistência, Esgoto, Lixo Suburbano, Autogestão, Pátria Armada, Falange Negra, Chicanos, Social Decadente, Má Postura, Calamidade Pública, Social Decadente e Sistema Homicida

Dias 13 e 14 de novembro, a partir das 21h
No Ball Rock Bar - Estrada da Baronesa, 123
Perto da Represa do Guarapiranga
Dia 15 de novembro, a partir das 13h
No Clubinho Rock Bar - Rua Regente Feijó, 323
próximo à Igreja Matriz de Diadema
Mais informações:(11) 4056-4647, com Andrea

Vejo vocês lá!!!
Um grande abraço!!
Barata do DZK
Programa Rota 77, Rock da Periferia
http://www.rota77.rg3.net

sexta-feira, 8 de outubro de 2004

Viva a noiteeeeeee!

Oi!
Nesse sábado faremos mais um Kizumba Especial Anos 80 com a presença no estúdio da banda Viva Noite! Eles são conhecidos nos palcos paulistanos por interpretar os sucessos da década de 80 vestidos a caráter (Bozo, Ronald McDonald, etc).
Também vamos apresentar as entrevistas que fizemos durante a festa de 27 anos da Rádio Transamérica, que aconteceu na última 4ª feira. Rouge, Broz, Ira!, CPM 22, Detonautas e muito mais...
A partir das 10h (horário de Brasília), volte aos anos 80 com o programa Kizumba Net. Acesse www.radiofenix.net e faça a festa!


VIVA A NOITE!!!!
VIVA! VIVA! VIVAAAAAAA!



Marcos Lauro
kizumba@radiofenix.net

Aumenta que isso aí é Rock'n Roll

Já está no ar, o mais novo canal da rádio Base: ALTA ROTAÇÃO!!!!!! Somente o melhor e o mais alternativo som o do planeta. Pode procurar por aí que você não vai achar nada igual. Acessem, acessem, acessem!!!!!!!

http://www.radiobase.org/rota77/radio.htm

Valeu!!!!

Vovô Barata
Diadema - SP

terça-feira, 5 de outubro de 2004

História do Rádio no Rio Grande do Sul

Caro Marcos e amigos da Rádio Base,

Tenho acessado o site de vocês há algum tempo como fonte de pesquisa. Através dele, cheguei a uns textos do Getúlio Suman Schifino Filho. Como estou com algumas dúvidas sobre umas informações dele, preciso contatá-lo. É possível repassar esta mensagem para ele ou me fornecer o seu e-mail? Os dados que preciso tem relação com minha tese de doutorado sobre a história do rádio no Rio Grande do Sul, mais especificamente um detalhe sobre a Transamérica FM e o mercado gaúcho. Observo que o trabalho de vocês é muito importante.
Agradeço a atenção,
Luiz Artur Ferraretto
Canoas - RS
ferraretto@brturbo.com
ferraretto@ulbranet.com.br

Quatro anos sem Hélio Ribeiro

Caros amigos,

No próximo dia 6 de Outubro estará ocorrendo o 4º aniversário da morte do comunicador de rádio Hélio Ribeiro. Trata-se, talvez, de um dos maiores ícones do Rádio Brasileiro; alguém que modificou sua época e criou maneiras fantásticas de se fazer rádio. Maneiras estas que foram copiadas e são até hoje muito utilizadas.

A família e o Memorial Helio Ribeiro farão realizar missa em sua lembrança na Igreja São Carlos Borromeu, na rua Oratório, 3.712, Mooca, São Paulo, às 20:00 horas. Convido-os a fazerem uma visita ao Memorial Helio Ribeiro em: http://www.memorialhelioribeiro.com.br Nesta página existe biografia, informações, áudios e mais uma série de lembranças deste fantástico radialista brasileiro.

Helio Ribeiro, Bacharel em Direito pela Universidade Mackenzie; jornalista, publicitário, pintor, escultor, compositor, professor de Comunicações da USP; redator da UPI; detentor do mais extraordinário currículo em comunicações.

Este é Hélio Ribeiro, que emprestou seu talento às seguintes organizações brasileiras: Rádio Tupi (duas vezes), Rádio Difusora (duas vezes), Rede Piratininga, Jovem Pan (duas vezes), Rádio Bandeirantes (duas vezes), Rede Capital de Comunicações. Nos Estados Unidos, atuou, como narrador, nas seguintes empresas cinematográficas: Paramount Pictures, Metro Goldwyn Mayer, Twentieth Century Fox, Columbia Pictures, Universal International

Hélio Ribeiro também foi: Correspondente nos Estados Unidos do Sistema Globo-Excelsior de Jornalismo e da Rede Bandeirantes de Rádio; Aprovado em concurso para a Voice of America (V.O.A.); Correspondente nos Estados Unidos da revista Marketing&Propaganda; Produtor Associado da Fundação Cásper Líbero; Diretor e apresentador do programa O Poder da Mensagem, veiculado e retransmitido pelas seguintes emissoras: Rádio Gazeta (SP), Jovem Pan (SP), Tupi (SP), Gaúcha (RS), Cultura (GO), Difusora (Mogi Mirim-SP), Atlântica (Santos-SP), Independência (PR), Itatiaia (MG) e Bandeirantes (SP)

É uma voz da qual terei sempre saudades.
um abraço a todos,

Adalberto Marques de Azevedo
py4wth@bol.com.br
Barbacena - MG - Brasil
DX Clube do Brasil
www.ondascurtas.com

segunda-feira, 4 de outubro de 2004

Literatura radiofônica

O lançamento do livro foi feito no Congresso Internacional de Comunicação (Intercom), o maior e mais importante evento de comunicação do país. O livro, que é resultado da dissertação de Mestrado de Cláudia Ruas em Desenvolvimento Local, contribui para a área da comunicação em geral, já que existem poucos títulos sobre rádio comunitária no país, especialmente sobre o rádio como meio de comunicação para a educação das comunidades.

O livro fala de um tema inédito: a interface entre comunicação comunitária e desenvolvimento local, com base em pesquisas com rádios comunitárias locais de vários estados brasileiros, além de tratar da questão da cidadania, que pode ser impulsionada pelos veículos de comunicação.
Cláudia Ruas é professora dos cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Rádio e TV e desenvolve projetos com os alunos de programas de rádio com foco na utilidade pública e na responsabilidade social.

InformaçõesEditora UCDB - www.ucdb.br
E-mail da autora: claudia@ucdb.br

FONTE: Observatório da Imprensa

domingo, 3 de outubro de 2004

Ladrão mata radialista da CBN em Campinas (SP)

da Folha Online

O radialista Pedro Luiz Paoliello Junior, 51, foi assassinado com três tiros na noite deste sábado durante um assalto, em Campinas (95 km a noroeste de São Paulo). Ele era comentarista esportivo das rádios CBN e Globo na cidade.

Paoliello Junior, filho de Pedro Luiz Paoliello --um dos mais importantes locutores esportivos do rádio brasileiro-- foi morto por volta das 21h30 quando chegava em sua casa na Vila João Jorge. Ele foi abordado por um homem a pé que disparou três tiros. O radialista foi atingido na cabeça, no peito e no braço.

O ladrão levou a carteira com os documentos de Paoliello Junior, que chegou a ser socorrido ao Hospital Municipal Mario Gatti, mas não resistiu aos ferimentos. O desconhecido fugiu depois do crime.

O radialista voltava dos estúdios da CBN, onde trabalhou na transmissão do jogo entre Ponte Preta e Cruzeiro, que terminou com a vitória da equipe mineira por 5 a 0, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte.

O caso foi registrado no 5º DP. A polícia não tem pistas do criminoso.

Protesto de um Radialista

Aproveitando esta data, gostaria de registrar aqui no blog o meu protesto contra a concorrência desleal que nós, radialistas que fazemos programas de humor, sofremos durante todo este processo eleitoral.
O horário eleitoral gratuito despejou em nossas casas, diariamente, figuras curiosas e algumas até bizarras que mexeram com as emoções dos telespectadores. Alguns fizeram chorar de raiva, já outros, intencionalmente ou não, causaram risos histéricos em desavisados que ligaram a TV naquele horário.
Eu, como produtor e apresentador de programa de humor, me sentí intimidado em fazer algum quadro humorístico sobre as eleições, pois o horário eleitoral já se apresentou como um programa de humor prontinho, com direito a jingles cômicos e as já citadas figuras curiosas. Em alguns momentos, parecia que tinha até roteiro! Então, qualquer coisa que eu fizesse em rádio não ficaria ao pés destes programas.
Para finalizar, gostaria de fazer um apelo aos futuros candidatos: nosso mercado já é tão pequeno e competitivo... por favor, se atenham à política. E sem gracinhas, por favor.
Obrigado.


Marcos Lauro
Programa Kizumba Net
www.kizumbanet.hpg.ig.com.br - em breve, com nova cara

sábado, 2 de outubro de 2004

Memória radiofônica de Itajaí

Olá, amigos da Rádio Base

Sou aluno do 9º periodo (formando) de jornalismo na Univali em Itajaí - SC. Estou fazendo um documentário sobre o passado, presente e futuro das locuções esportivas na cidade de Itajaí como meu TCC(?), para ser apresentado no fim do ano. Estou encontrando dificuldades para encontrar documentos ou livros sobre o histórico do gênero em SC. Gostaria de saber se vocês teriam algo a me indicar, algum livro lançado sobre o rádio esportivo catarinense, ou alguma informação sobre esse assunto.

Agradeço desde já
Ricardo Labajos dos Santos
Itajaí - SC

Big Boy:"atualmente só perco para o programa da Ave Maria

Propulsor do rock internacional no Brasil, Big Boy fala de si e do ambiente de sua atividade

Do "Tributo ao rádio carioca"

Extraído da seção "O Rock e Eu", da revista "Rock: a História e a Glória" (1976), da editora carioca Maracatu.

O disc-jockey Big Boy é mesmo um garotão, quer dizer, Big Boy, o personagem que vive e encarna quase 24 horas por dia. Na rádio (Mundial, Rio) tem dois programas diários - "Big Boy" e "Ritmos de Boate". Ao vivo, aparece no salão de clube que quiser promover seu "Baile da Pesada", hoje principalmente espalhado em sete a oito apresentações mensais, todas com mais de duas mil pessoas, todas custando entre 5 e dez cruzeiros o ingresso ("Às vezes fazemos de graça às garotas pra incrementar a freqüência").

Mas há outro Big Boy, o Newton Duarte, 31 anos, gordo, agitado, olhos fundos, de fala quase tão rápida e atropelada quanto o personagem. Este faz constante ponte aérea entre a Alemanha ("a boate Fabrique, de Frankfurt é que divulga o rock mais promissor do mundo, atualmente") e as casas noturnas do Harlem, de ambiente tão violento, que Newton só entra com especial pistolão de seu amigo, o cantor negro de soul James Brown. Newton Duarte é, e não é fã de Big Boy. Reconhece que é obrigado a tocar "muita música comercial" para garantir a audiência de seus programas ("Atualmente, no Rio, só perco para a "Ave Maria", às seis da tarde, do Julio Lousada"). Mas, quando um desavisado mais exigente critica o Big Boy, Newton pergunta o que acha da seleção musical da rádio Eldorado (Rio), FM, repleta de Pink Floyds, The Whos e Emersons, Lakes e Palmers. "Dessa eu gosto", costuma ser a resposta que envaidece o disc-jockey. Também é Newton Duarte quem escolhe a programação da Eldorado FM.

Antes de tudo, Big Boy, tanto quanto Newton, dispensa vaidades. Confessa-se um "bicão" obstinado, desde o começo da carreira. Foi de freqüentar diariamente os corredores da rádio Tamoio (discos importados debaixo do braço, trazidos por um amigo americano que trabalhava em aviação, Douglas Robert), que conseguiu um lugar de programador, na estação. Assíduo das rodas do rádio da década de 60, Big Boy foi levado junto com o locutor Humberto Reis, para a nova rádio Mundial, planejada pelo jornalista Reinaldo Jardim. O tempo da estação era dividido em programinhas que se alternavam, falando de música francesa, italiana, romântica, turbulenta, cada um de 20 minutos. "Big Boy", seleção de discos feita por Newton Duarte, era o horário que devia ser ouvido pelo garotão típico da época (estamos em meio da década de 60), o não careta, o que estava atualizado com as internacionais. Só que era apresentado pela voz impostada de Humberto Reis, o de "músicas na Passarela", da Tamoio, e depois, já decadente, dos júris de TV. Newton Duarte queixava-se daquela voz dura e formal do seu programa, dizendo o nome das músicas, e Reinaldo Jardim nem se perturbou com as reclamações: - "Eu criei o personagem Big Boy baseado exatamente em você. Quem deve apresentar o programa é você mesmo."

Trêmulo e amedrontado, ainda a meio caminho, Newton Boy, ou Big Duarte, o ex-professor de Geografia, diplomado na Faculdade Nacional de Filosofia, sentiu a responsabilidade, quando encostou a boca a primeira vez, no microfone. "A voz saiu empostada, cara, igual a dos outros locutores da rádio." Aos poucos, foi tomando o programa de assalto. No estilo Chacrinha, versão juventude, fez do sonoplasta outro personagem (o "Dr. Silvana", tirado das historinhas do Capitão Marvel), destacando sintomaticamente, na era do rock som, a figura do técnico. Ele mesmo, Big Boy, sacado por Reinaldo Jardim, era um reflexo da situação do Brasil diante do rock: o meio era a mensagem.

Formado nas audições diárias do programa "Hora da Broadway", da rádio Metropolitana, do Rio, fanático pela audição de Young Make Believe Ball Room, apresentada por Walter Finoti (programa em enormes discos de cera, que vinham exportados pela série "A Voz da América"), Big Boy consolidou estilo. De novo aconteceu numa cena em que fazia o insistente papel de "bicão": depois de quatro dias na neve, na frente da gravadora Apple em Londres, conseguiu encontrar-se com Paul McCartney, isso em 67, e a partir daí, figurar na lista mundial de disc-jockeys que recebiam as novidades dos Beatles um dia antes do lançamento oficial. Tocou "Sgt. Pepper's" quando o célebre LP ainda não havia chegado às lojas londrinas, ganhou prestígio e estourou em audiência. Seu programa passou a dar um acesso à informação de rock tão rápido quanto qualquer ouvinte americano ou londrino. Hoje Big Boy recebe tonéis de compactos e LPs de gravadoras normais ou piratas, selos que às vezes desaparecem após o primeiro lançamento. Disso vivem seu programa e ele - agora casado, pai, morador das Laranjeiras, ex-filhinho de papai, bicão aposentado, "hello crazy people, Big Boy pela Mundial é show musical".

Uma firma de publicidade, a J.P.S. cuida de vender e promover o "Baile da Pesada", atualmente uma firma como outra qualquer, com 15 funcionários especializados, técnico de som, montador, iluminador, chofer e um locutor que entra para esquentar, preparando o público, antes do astro, Mr. Big Boy. Responsável pela parte dos clip-films (filmes feitos pelos artistas internacionais para divulgar suas gravações novas) dos programas de TV "Fantástico" e "Sábado Som", ele não abre mão do improviso em suas apresentações no rádio. Pega uma pilha de compactos, fitas, encara o microfone, enrola a voz e cria slogans, inventa apelidos, regula impacto e clima. Big Boy poderia estar falando direto do Cavern Club, onde um dia Reinaram os Beatles, título e assunto exclusivo de seu programa dos sábados, há anos. "Não consigo acabar com ele, toda vez que ameaço chovem cartas de protesto".

Entre zona norte e zona sul, os repertórios do "Baile da Pesada" sintomaticamente variam, constata Big Newton Duarte Boy. No Monte Líbano, da Lagoa, no Rio, onde chegou a arrecadar 9 mil cruzeiros numa noite de clube superlotado e quebrado, o rock vai de Emerson, Lake & Palmer, muito Beatles e Rolling Stones. Ai dele (que nunca programa antecipadamente, vai sempre colocando os discos conforme a reação dos dançarinos) se tocar isso em Rocha Miranda, Olaria, Padre Miguel, Ramos. "Começam a vaiar. Igual nos Estados Unidos, eles querem é soul, e mesmo assim James Brown. Não aceitam música branca, mais lenta, sem a bateria marcada. O negro é muito plástico, gosta de ver seu próprio corpo dançando. Cada baile desses tem seus expoentes, locais, os cobras que todos rodeiam para depois copiar os passos. E só querem soul, talvez pela batida ser picadinha, igual samba".

E porque Big Boy, Ritmos de Boate, o Baile da Pesada, não tocam a música feita no Brasil? Questão de imagem, irreversível? "É, cara. Infelizmente acho que sim. Eles não aceitariam."

Popularização eleva audiência de rádios piratas

Rodney Brocanelli
Do Jornal Express

Em fevereiro de 2004, uma reportagem da Folha de S. Paulo assinada por Laura Mattos informava que as rádios piratas ocupam o quarto lugar no ranking de audiência das FMs medido pelo Ibope. A soma de todas elas chega a expressiva marca de 130 mil ouvintes por minuto. Sete meses após a publicação, o quadro não sofreu qualquer tipo de alteração.

Qual seria a causa desse fenômeno? Um dos moitvos pelos quais as piratas conquistaram esse lugar de destaque no Ibope foi o processo de popularização da programação de várias emissoras. Diferente do que ocorria entre a segunda metade dos anos 1980 e primeira metade dos anos 1990. Era a época de rádios sem concessão ligadas a grupos políticos, como a Dengue, mantida por simpatizantes do PT, entre outras. Outras pertenciam a estutantes universitários, como a Rádio Totó Ternura, dos alunos da ECA-USP, e a Rádio Vírus, dos acadêmicos de medicina também da USP. Uma menção especial pode ser feita ao projeto da Rádio Reversão, que abria espaço para artistas independentes que não tinham projeção na mídia.

Hoje, a coisa mudou. As estações que hoje estão aí copiam o modelo das rádios populares comerciais. São arremedos de Transcontinetais, Bands e Tupis (para ficar em exemplos paulistanos), só que transmitindo para uma região específica da cidade. Essas piratas não trazem nada de novo, buscam a audiência e o lucro fácil. Há cerca de dez anos, essa popularização havia começado, mas havia espaço para projetos menos comprometidos com o mercado, diria até românticos, como o da Rádio Onze, rádio livre que era ligada ao C. A. XI de agôsto da Faculdade de Direito-USP, da qual fiz parte.

Dá para contar nos dedos da mão o número de emissoras piratas que estão no ar com outros objetivos que não sejam apenas dinheiro.


É bom lembrar que pesa sobre o referido instituto de pesquisa a desconfiança de parte do eleitorado deste blog sobre seus levantamentos a respeito de audiência em rádio em São Paulo. Partindo do pressuposto que seus dados numéricos correspondam rigorosamente à realidade, creio que não há como afirmar com precisão o que realmente levam estes ouvintes a acompanhar as emissões das rádios que operam ilegalmente na Grande São Paulo. No mais, concordo com o autor da missiva. Deixe também sua opinião em nosso espaço de comentários.

Popularização eleva audiência de rádios piratas

Rodney Brocanelli
Do Jornal Express

Em fevereiro de 2004, uma reportagem da Folha de S. Paulo assinada por Laura Mattos informava que as rádios piratas ocupam o quarto lugar no ranking de audiência das FMs medido pelo Ibope. A soma de todas elas chega a expressiva marca de 130 mil ouvintes por minuto. Sete meses após a publicação, o quadro não sofreu qualquer tipo de alteração.

Qual seria a causa desse fenômeno? Um dos moitvos pelos quais as piratas conquistaram esse lugar de destaque no Ibope foi o processo de popularização da programação de várias emissoras. Diferente do que ocorria entre a segunda metade dos anos 1980 e primeira metade dos anos 1990. Era a época de rádios sem concessão ligadas a grupos políticos, como a Dengue, mantida por simpatizantes do PT, entre outras. Outras pertenciam a estutantes universitários, como a Rádio Totó Ternura, dos alunos da ECA-USP, e a Rádio Vírus, dos acadêmicos de medicina também da USP. Uma menção especial pode ser feita ao projeto da Rádio Reversão, que abria espaço para artistas independentes que não tinham projeção na mídia.

Hoje, a coisa mudou. As estações que hoje estão aí copiam o modelo das rádios populares comerciais. São arremedos de Transcontinetais, Bands e Tupis (para ficar em exemplos paulistanos), só que transmitindo para uma região específica da cidade. Essas piratas não trazem nada de novo, buscam a audiência e o lucro fácil. Há cerca de dez anos, essa popularização havia começado, mas havia espaço para projetos menos comprometidos com o mercado, diria até românticos, como o da Rádio Onze, rádio livre que era ligada ao C. A. XI de agôsto da Faculdade de Direito-USP, da qual fiz parte.

Dá para contar nos dedos da mão o número de emissoras piratas que estão no ar com outros objetivos que não sejam apenas dinheiro.


É bom lembrar que pesa sobre o referido instituto de pesquisa a desconfiança de parte do eleitorado deste blog sobre seus levantamentos a respeito de audiência em rádio em São Paulo. Partindo do pressuposto que seus dados numéricos correspondam rigorosamente à realidade, creio que não há como afirmar com precisão o que realmente levam estes ouvintes a acompanhar as emissões das rádios que operam ilegalmente na Grande São Paulo. No mais, concordo com o autor da missiva. Deixe também sua opinião em nosso espaço de comentários.