Filho da escritora Zibia Gasparetto, 91, e que também está internada, Luiz Antonio Alencastro Gasparetto apresentou na RedeTV! o programa "Encontro Marcado", com brigas familiares que ele tentava solucionar. A atração foi ao ar entre 2005 e 2008.Também apresentou um programa sobre paranormalidade na Rede Bandeirantes nos anos 1980. Seu último trabalho na mídia foi como apresentador de seu próprio programa semanal na Rádio Mundial de São Paulo, de 1993 até 2014.
Com quase cinco décadas de experiência, Gasparetto começou a carreira aos 13 anos, quando apareceram os primeiros sinais de mediunidade. Ele publicou mais de 30 livros relacionados a espiritualidade e autoajuda e vendeu mais de 1 milhão de exemplares, segundo seu site oficial.
Em fevereiro, Gasparetto revelou lutar contra um câncer no pulmão. Em vídeo publicado no Facebook, reapareceu mais magro, desabafou sobre a "escuridão" que trouxe a doença e disse não ter medo da morte. "Não estou triste nem abatido. Estou diagnosticado fisicamente com câncer no pulmão. Eu não tenho medo de morrer, porque convivo com fantasmas o dia inteiro, como vou ter medo de morrer? A única coisa é essa escuridão na minha vida, que me apareceu tão forte e me desafia. Muda tudo. Você reavalia tudo: a comida, como as pessoas agem, meu trabalho, meu amanhã", afirmou.
"Morrer não significa que essa escuridão não vai seguir comigo. Morrer não é a solução. Deixei de alguma forma minha ignorância penetrar em mim um ressentimento, por exemplo. Não tanto com pessoas, mas com a vida", continuou o apresentador, que disse ter tomado até morfina para aliviar as dores. Brincalhão, ele chamou o tratamento de "chiquérrimo".
"Não tenho medo de morrer, mas claro que não quero a dor. Hoje, entendi que não. Quanto mais entendi que não, mais a dor foi embora. Vocês sabiam que eu não estou com nenhuma dor nem estou tomando remédio? Porque já tomei até morfina nessa coisa toda. É chiquérrimo tomar morfina, nunca tinha tomado, tão incrível o poder, mas é uma droga terrível. Ela aplaca a dor. É uma experiência incrível, mas ao mesmo tempo é estar ali completamente sem poder, completamente dependente, impotente", descreveu.
Gasparetto negou sentir culpa pela doença: "Percebi que não estava errado amar, mas os canais com que eu expressava o amor. Você tem que esperar ter um câncer como eu para voltar a reassumir a sua alma como ela é e rever esse seu canal? Eu estou nesta prova. A coisa é séria, viu? Não brinca com isso, não. Também não brinquei, fiz o que eu sabia. A culpa só piora, deprime, deplora. Culpa é escuridão, não é luz. Mas não percebia que eu alimentei minha escuridão, ficou preta, sólida aqui dentro. Eu a vi quando vi a chapa do pulmão esquerdo cobrindo o coração. Ficou real. Eu a fiz ficar real". (Folha de Pernambuco)
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