sábado, 27 de fevereiro de 2010

A memória sonora da Rádio Onze

Entre os anos de 1995 e 1997, eu tive uma experiência do outro lado do balcão. Explico: nesse período, fiz parte da equipe da Rádio Onze, uma rádio livre sem concessão ligada ao Centro Acadêmico XI de agôsto da Faculdade de Direito-USP. Apesar dessa ligação com os estudantes de direito, a rádio, nessa fase, teve uma ampla participação de pessoas de fora, como artistas, jornalistas, agitadores culturais, entre outros grupos. Para saber um pouco mais de sua história, leia aqui uma série de textos que eu escrevi num outro blog. O que eu quero destacar agora são as vinhetas da Rádio Onze, as quais tive acesso agora graças a ajuda de Emerson Luís, que se destacou naquela época como um de seus articuladores.

Todos os programas eram precedidos por uma vinheta especial que funcionava como uma "carta de intenções" da emissora, além de introduzir a próxima atração. A trilha sonora é de Steve Vai.



A vinheta abaixo era veiculada durante os intervalos dos programas. Era a identificação da Rádio Onze, informando inclusive o endereço onde ficavam os estúdios.




A Rádio Onze tinha espaço para editoriais e campanhas. No player abaixo, reproduzimos "Pirata é a Mãe!", cujo texto foi redigido pelo saudoso José Roberto Reder Borges, conhecido como Pato. Clique aqui e conheça um pouco mais dessa figuraça que deixou saudades.



A programação da Rádio Onze era recheada de especiais músicais. Aproveitando o lançamento da triologia Anthology, que revelou gravações inéditas dos Beatles, a emissora fez um especial que varou a madrugada. No player abaixo, é possível ouvir sua abertura.



Na sequência, vinhetas curtas identificando a Rádio Onze, com a participação de vozes conhecidas do rádio paulista.





6 comentários:

Marcos Lauro disse...

Eu conseguia ouvir a Rádio Onze aqui de casa, no centro de São Paulo. Mas, sinceramente, nunca prestei muita atenção na programação.

Assim como hoje, na época eu já era contra rádios piratas. Esse papo de "rádio livre" é muito bonito, muito democrático... mas é colóquio flácido. Não tem concessão? É rádio pirata e pronto. Sem choro nem vela. Merece a visita de uns fiscais pra ver o que é bom. E não é porque o Rodney trabalhava nela que eu vou aliviar... heheh

Menos mal que a Onze, ao menos, tinha uma certa ideologia por trás. Mas hoje, graças a Deus, quem quer dar voz a sua ideologia tem a internet. Faz uma web-rádio e para de poluir nosso dial, já tão cheio de chiados e interferências.

Anônimo disse...

Olá, estou criando meu blog voltado minha rádio que tmb tá começando... e gostei daqui.

Marco Antonio Ribeiro disse...

Realmente uma bobagem fazer rádio pirata hoje em dia. Muito em breve, ipods, podcasts, streaming e tudo mais dominarão o rádio.

Será um castigo garnde para emissoras que insistem em viver na "ditadura radiofônica" dos anos 70 e 80, tratando ouvinte como idiota.

Rodney Brocanelli disse...

Eu acho que uma proposta de rádio como a da Onze sobreviveria muito bem na Internet. No entanto, o perfil das piratas é bem diferente hoje em dia. As emissoras pertencem, em sua maioria, a denominações evangélicas ou então elas estão na mão de gente que quer ganhar um dinheiro fácil vendendo anuncios ou espaço de programação

Peças Raras disse...

Caramba, sempre fui contra rádio pirata, mas contraditoriamente cheguei a colaborar com a Rádio Onze. O clima no alto do prédio onde a emissora ficava era o máximo. À época eu estava na faculdade e meu grande amigo Emérson Luís era um dos cabeças da Onze. Que bela saudade. Concordo que hoje, com a internet, não só a emissora teria um bom caminho como um maior alcance. A Rádio Onze tinha um sinal muito limitado. De certa forma, respeitava os limites do que se considerava "rádio livre".
Aproveito para agradecer a todos do Rádio Base pelo carinho e atenção que sempre têm me dado neste espaço nobre para amantes do bom rádio.

Marco Antonio Ribeiro disse...

Taí uma boa proposta comunicação pro pessoal do Centro Acadêmico 11 de agosto.