terça-feira, 15 de agosto de 2017

O que o rádio tem a aprender com Tutinha e seus "front men" da notícia



Com palestra inaugural do juiz federal Sérgio Moro, a Rádio Jovem Pan está realizando nesta terça feira, em São Paulo, o Fórum "Mitos e Fatos", que nesta edição está enfocando a Justiça Brasileira. A série de debates está sendo transmitida ao vivo pelas redes sociais, com flashes dentro da programação das emissoras da rede. Com pouco menos de uma hora, e com direito a uma seção de perguntas dos presentes conduzida por Augusto Nunes, a palestra do juiz Moro foi a única transmitida ao vivo também pelo rádio. 

Na abertura dos trabalhos, o diretor-presidente da Rádio Jovem Pan, Antonio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o "Tutinha" fez questão de apresentar seus principais analistas políticos e comentaristas, mostrando que a Jovem Pan quer imprimir uma nova marca no radiojornalismo. Em vez de apenas noticiar os fatos (como fazia até poucos anos atrás), a Pan quer daqui em diante também analisar, comentar e, quando possível, se posicionar politicamente, sempre de maneira clara e direta. 

Um a um e em tom de descontração, Tutinha foi chamando ao palco seus principais jornalistas e apresentadores: Joseval Peixoto, Marco Antonio Villa e Denise Campos de Toledo, do Jornal da Manhã; Augusto Nunes (Morning Show); Vera Magalhães, Patrick Santos, Carlos Andreazza e Marcelo Madureira, do "3 em 1" - ao qual Tutinha chamou de "programa espetacular, que enchemos de cariocas"; e Joice Hasselmann, Felipe Moura Brasil e Claudio Tognolli, da nova versão de "Os Pingos nos Is"; 

A série de eventos "Mitos e Fatos", entre outras finalidades, pretende reposicionar a Jovem Pan dentro do mercado, não só radiofônico como também no de "mídia" de uma maneira genérica, fazendo uso de toda tecnologia disponível, sobretudo da transmissão de imagens pela internet. 

Não é algo realmente novo para o grupo. Nos últimos 10 anos, a família Amaral de Carvalho tem tentando usar a rede mundial de computadores para disseminar o seu conteúdo, sem muito sucesso em um primeiro momento. 

A virada aconteceu quando seus profissionais - capitaneados pelo experiente homem de televisão Nilton Travesso - entenderam que, mesmo tendo imagens, o rádio ainda é base do seu modelo de negócio e que difusão de conteúdos deve ser feita prioritariamente por esse veículo. Afinal, nem todos os ouvintes podem ter acesso simultâneo às redes sociais o tempo todo. 

Aprendida a lição, a Jovem Pan tomou o rumo certo nessa nova era da comunicação e assumiu a dianteira na disputa pela liderança no segmento jornalístico do meio Rádio, ficando um pouco adiante da Grupo Band Rádios ( Rádio Bandeirantes, Rede Band News FM, Band FM, Nativa, Ipanema FM, Stereovale, etc.) e bem à frente do agora confuso e por ora desorientado Sistema Globo de Rádio (Nova Rádio Globo e Rede CBN). 

No que pese o fato de a Pan não ter uma "tv aberta" como os concorrentes diretos -  o que em alguns casos "atrapalha" o desempenho dessas porque a imagem das emissoras radiofônicas ficam "ofuscadas"-, o seu grande desafio para os próximos anos é se tornar o grande líder no jornalismo em mídia eletrônica, sem perder a posição de principal "player" e referência no mercado do chamado, digamos, "rádio de entretenimento", marcado por sua programação musical e ações afins voltadas para o público jovem há quase quatro décadas ininterruptas. 




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