sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Conheça o primeiro disco da cantora Sara Não Tem Nome

Álbum contou com produção de Julito Cavalcante (Bike e Macaco Bong) e masterização do australiano Rob Grant, que assina as masters de Tame Impala (Foto: Divulgação)
“É esse mesmo o nome dela?”. A pergunta recorrente dá indícios da autenticidade de Sara Não Tem Nome, mineira que começou a compor aos 15 anos.
Agora com 22, ela promove um resgate de suas primeiras canções, que abordam a adolescência passada em Contagem (MG) e suas implicações: solidão, conflitos familiares, desilusões amorosas, questões existencialistas e territoriais. Se os temas soam corriqueiros, não se engane ao pensar que sua representação o é. Em seu álbum de estreia, Ômega III, Sara Não Tem Nome apresenta o cotidiano jovem de maneira irônica, non sense e niilista.

Sara é, acima de tudo, uma artista. Estudante de Artes Visuais da Universidade Federal de Minas Gerais, veio parar em São Paulo em fevereiro de 2015, quando integrou o programa de residência artística do Red Bull Station. Foi lá que o antigo desejo de gravar "Ômega III" foi levado a diante, junto à equipe artística e musical do espaço de criação. “Decidimos que o disco seria feito no estúdio de lá e, no mesmo período, conheci o Julito Cavalcante (Bike e Macaco Bong), que topou produzir o álbum comigo e gravar os baixos”, conta Sara. A partir dai, integraram as gravações as guitarras de Haffa Buleto e Gustavo Athayde (Bike), a bateria de Daniel Fumega (Macaco Bong), os teclados e sintetizadores de Fábio Gagliotti, violino e violoncelo de Marcelo Nunes, trompete de Vanessa de Michelis (Post) e a participação especial do parceiro Guto Borges (Dead Lovers Twisted Hearts).

Gravações e a mixagem ficaram por conta de Rodrigo Costa, ou Funai, engenheiro de som do Red Bull Studio São Paulo. A masterização foi feita por Rob Grant (que assina as masters de bandas como Tame Impala, Pond, Death Cab for Cutie e, no Brasil, da Bike) no Poons Head studio, na Austrália. O resultado remete à melancolia de artistas como Elliot Smith, Beck e Andrew Bird, ao folk de Karen Dalton e Bob Dylan e ao surrealismo de Connan Mockasin. Outras referências de Sara vindas de seu trabalho com video e performance, como Werner Herzog e  Harmony Korine, ajudaram a compor a atmosfera sensível e abstrata do disco. O artista Pedro Veneroso fecha o “pacote” de Ômega III assinando o projeto gráfico da obra.

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