Parece que foi ontem, mas foi num dia 23 de outubro de 1.999, que a Rádio 9 de Julho, emissora pertencente á Cúria Metropolina de São Paulo, voltou a funcionar, depois de longos 26 anos fora do ar, silenciada pela Ditadura Militar de 64.
A Rádio 9 de Julho nasceu em 1953 com autorização temporária para preparar e comemorar o 4º Centenário em 1954 da Cidade de São Paulo. Operava a freqüência de 540 kHz em Ondas Médias e 49 metros em Ondas Curtas, com a potência de 10 kilowatts, cobrindo todo o Estado de São Paulo, a maioria dos Estados do Brasil e muitos paises latinoamericanos.
Quando terminaram os festejos, o Presidente da República em exercício, Café Filho, ofereceu as duas emissoras em OM e OC para a instituição religiosa.
Para receber a concessão, foi fundada a Sociedade Comercial Rádio 9 de Julho Ltda. Composta pelo arcebispo Cardeal Motta, quatro bispos auxiliares e dois padres, em 1955.
A concessão da Rádio 9 de Julho para a Arquidiocese de São Paulo foi feita pelo então Presidente da República, Juscelino Kubitschek. Após a instalação no prédio da rua Wenceslau Brás, no centro da cidade, a emissora da arquidiocese entrou oficialmente no ar a 2 de março de 1956.
Seis anos depois, a ‘sociedade comercial’ se transformou na Fundação Metropolitana Paulista, mantenedora da rádio e do jornal "O São Paulo", substituto de "A Gazeta do Povo", de 1905, 1º jornal da arquidiocese de São Paulo.
Por suas posições contra o regime autoritário, pela defesa dos direitos humanos, denunciando a supressão das garantias individuais, as prisões políticas arbitrárias, as torturas nas prisões e o desaparecimento de pessoas, a Igreja Católica teve a concessão da emissora cassada pelo Governo Médici, em 1973. "O São Paulo" foi censurado durante todo o período em que o AI-5 esteve em vigor (1968 -1978).
Vinte anos depois da cassação, o presidente Itamar Franco dá início ao processo da concessão da rádio, anulando o decreto da cassação e estipulando a frequência de 1600 kHz para a operação. Depois de um longo processo jurídico-técnico", somente em 1999, a Rádio 9 julho foi reinaugurada.
Um comentário:
Sua história é bonita, mas não é isso que ela faz por seus próximos na prática.
Desde que ela foi reinaugurada - sem estudo de viabildiade, numa área totalmente residencial da Freguesia do Ó - ela inferniza a vida de quem mora na região.
A antena foi instalada numa rua residencial, instigando muitos problemas como: atração de raios, (que queimam os equipamentos do moradores, além de expô-los ao perigo); a frequência de transmissão é muito alta para o local aonde está situada, então todas as casa da região passaram a "dar choque" (em todos os objetos de metal, como panelas, fios de telefone - naturalmente de baixa tensão - e até banheiras, inviabilizando o uso) e a receber o sinal da rádio ininterruptamente em todos seus equipamentos amplificadores, não importa em qual estação estejam conectados - inclusive telefone, durante todo o dia, em alto volume.
A Anatel já foi chamada, a rádio já foi diversas vezes notificada, mas tudo continua igual.
Um absurdo tudo isso acontecer. Um absurdo tudo isso ter começado. Uma falta de vergonha e de bom senso da Igreja Católica, das autoridades e da Anatel.
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