Do Cosmo On-Line
Fabiano Ormaneze
Em 1930, Jolumá Brito, no estúdio improvisado numa chácara, no final da Rua Barão de Jaguara, recebeu um telefonema de Vinhedo. O contato era a resposta a um pedido: “Aqui fala de Campinas. Quem estiver nos ouvindo, telefone ou escreva para nós”. Jolumá era um entusiasta da radiofonia e se transformaria num dos homens mais atuantes e importantes do rádio campineiro desde aquela primeira transmissão, que daria origem à Rádio Clube, embrião da PRC-9, primeira emissora da cidade. Com o telefonema, se consolidava o sucesso de tentativas iniciadas cerca de três anos antes e começaria a trajetória do rádio campineiro. Toda essa história pode ser conferida no livro Nas Ondas do Rádio: da PRC-9 à Educativa — a Trajetória das Emissoras de Campinas (Editora Setembro, 220 páginas, R$ 45,00), que a jornalista, professora e pesquisadora da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) Ivete Cardoso do Carmo Roldão lança hoje, às 19h30.
No livro estão passagens do rádio AM que procuram reconstruir os tempos dos programas de auditório, do radioteatro e das primeiras transmissões esportivas da cidade. Ivete lembra também a chegada tímida da FM, no início da década de 80, com o surgimento das rádios voltadas ao público jovem. Retrata ainda a perda de espaço do jornalismo para os programas de entretenimento e religiosos. No livro, a autora recorda os tempos em que o jornalismo no rádio campineiro era forte, com equipes montadas em todas as emissoras. “Naquela época, a segmentação não era objetivo do rádio AM. A programação mesclava programas de grandes comunicadores com jornalismo e entretenimento.”
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