Bom, fico feliz que o meu post sobre a Playground FM tenha rendido um belo debate. No fundo, o que desejamos aqui no Rádio Base é estimular isso: a troca de idéias sobre o rádio, amado por uns e visto como um negócio por alguns ou como um patinho feio para outros.
Não acho que o repórter responsável pela nota original que informava a estréia da Playground FM nos 107,3Mhz tenha errado. Vendo daqui, aparentemente ele confiou em sua fonte (ou fontes; mais de uma fonte sempre é desejável) e publicou a informação. Penso apenas que poderia ter ocorrido uma contextualização da notícia e lembrar que pelo menos outros três grupos demonstraram interesse na freqüência: Bandeirantes, Transamérica e o que administra a MTV.
Como a informação não se confirmou, é necessário que se faça uma reflexão para se tentar saber o que houve de fato. Coloco aqui três possibilidades:
-A negociação não foi adiante ou está empacada (Até que se prove o contrário, hipótese é a mais provável).
-A informação foi plantada para se tentar descobir a reação do mercado. (Coisa frequente nos noticiários de politica e economia. Exemplo: a assessoria de um presidente da República deixa vazar que o mandatário irá mandar ao Congresso uma Medida Provisória bem impopular. Dependendo da reação, ele vai adiante na idéia, ou não).
-A "informação" não passava apenas de um desejo da fonte (Isso é bem perigoso. Cabe ao repórter tentar discernir se é o caso. Em se confirmando, nada mais legitimo do que entregar a fonte).
A partir do momento em que alguns sites sobre rádio tiverem essa malícia para se trabalhar com a informação, a quantidade de bolas dentro será bem maior que as de furos n'agua.
Vale lembrar que nem mesmo o blog Rádio Base está sujeito a erros. Há algum tempo, publicamos aqui a informação de que Pedro Luis Ronco perderia seu programa na Band FM. Não demorou muito e a mesma não se confirmou. Um dia talvez a gente (alô Manuel Bandeira) descubra o que aconteceu de fato, mas não há duvida de que esse episódio foi um belo aprendizado.
Um comentário:
Ainda tenho mais uma hipótese cabível nesta situação: o negócio não se concretizou porque alguém furou o cerco de proteção à notícia e a divulgou. Se foi o próprio repórter que fez isso, parabéns, isso é da natureza do jornalismo. Mas se o "cerco" fora furado por uma fonte provavelmente contrariada e que acabou jogando lama no ventilador, o repórter simplesmente bancou o garoto de recados e deixou-se usar por gente mais esperta do que ele. Ou seja, passou recibo de otário. Sem querer ofender, claro. Afinal todos nós estamos sujeitos a isso.
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