sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Metropolitana cria espaço de visitas para ouvinte


Com o objetivo de tentar reviver a década de ouro dos anos 40 e 50, a Metropolitana FM montou uma estrutura para que seus ouvintes assistam o que acontece na rádio ao vivo e em cores. Para isso, a emissora diz ter feito um investimento em equipamentos importados 100% digitais, incluindo uma mesa Harrys Netwave e 16 TVs LCDs, sendo 12 de 19 polegadas, distribuídas por todos os estúdios; e duas de 32 e 40 polegadas nos dois estúdios principais, para exibição de playlist e programação. Os seis estúdios são interligados, o que possibilita que a mixagem seja feita na hora.

A partir de agora, a rádio dispõe de estrutura para promover pocket shows durante a programação, já que durante a reforma foi construído um estúdio de 29m2 com minipalco, em que os artistas têm à disposição uma bateria, um baixo e dois violões. O ouvinte é o principal foco da modernização da rádio e, portanto, tem lugar garantido na nova estrutura da Metropolitana FM. O público pode acompanhar as transmissões e apresentações pessoalmente, ao lado do estúdio, já que é envidraçado, como uma espécie de aquário, ou ainda na arquibancada montada no lado de dentro, com capacidade para 15 pessoas, em que é possível interagir no ar com locutores e convidados, assegura os diretores da rádio.

Segundo Jayr Sanzone, diretor artístico da emissora, nenhuma rádio tem essa tecnologia à disposição. “Além da variedade musical e das melhores promoções, a nossa estrutura é outro grande diferencial. A Metropolitana FM se destaca por ter o primeiro complexo de rádio com esses atributos e pensado como uma forma de aproximar o ouvinte do nosso dia-a-dia”, garante Sanzone.

Bacaaaaaaana, legaaaal. Com esta estrutura toda será que eles vãoc omeçar a rolar música brasileira de qualidade, chorinho, samba de roda, ou quem sabe jazz, blues e boa música pop? Se for pra isso, ponto para a Metrô. Agora se for pra continuar tocando essa programação furreca e chinfrim de quinta e metida a música pop que eles colocam no ar, nem precisa gastar tanto dinheiro. Quem ouve emissoras como a Metropolitana, nem sabe que rádio está ouvindo. Passeia pelo dial, ouve alguma coisa que ele considere audível e fica até mudar de idéia. E se ele se irritar, se manda pro Ipod. Se não for pra isso, ele só vai na rádio se for pra ganhar prêmios. Mas como os grandes marqueteiros da mídia atual dizem que o negócio é rolar música massificada, descartável e dar brindes para o ouvinte o tempo inteiro - e que se dane o conteúdo.

Ainda sim, como ex-colaborador da Metropolitana AM, a de Mogi das Cruzes, torço para que dê certo, se colocarem uma programação mais inteligente no ar. Nos meus "áureos tempos" de Metrô AM, a gente não tinha 1% dos recursos tecnológicos que existiam na época, quanto mais esta parafernália atual. Em compensação, a garra, a determinação, a criatividade e a imaginação de todos que lá trabalhavam asseguravam a qualidade e superavam quase todas as barreiras.

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