sexta-feira, 30 de abril de 2010

Pré-candidata a Presidência inicia campanha em webradio


Em estreia de programa de rádio, Dilma defende Bolsa Família
Do portal Terra

Numa fase inicial da campanha na internet, a pré-candidata petista à presidência da República, Dilma Rousseff, estreou nesta terça-feira, 27, o programa semanal de rádio "Fala Dilma", no qual "vai tratar sempre de um tema importante da agenda nacional". Na primeira entrevista, ela avaliou "o que há de ruim e o que há de bom" no Bolsa Família, mas referiu-se apenas a aspectos positivos do programa social e de transferência de renda.

"Hoje, por causa do Bolsa Família, 12 milhões de famílias estão fora da miséria. Mais ou menos, 48 milhões de pessoas recebem a ajuda do Bolsa Família. E essas famílias têm uma responsabilidade: manter os filhos na escola e vacinar as crianças", expõe a petista. A gravação radiofônica tem uma linguagem simples, menos tecnocrática: "Não vamos tampar o sol com a peneira", afirma, ao defender a validade do principal projeto do governo Lula.

Dilma ressaltou a interligação do Bolsa Família com obras federais de infraestrutura, a exemplo do PAC no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, da Usina Santo Antônio, no rio Madeira em Rondônia, e da Ferrovia Transnordestina. "Nessas obras exigimos a contratação prioritária dos adultos do Bolsa Família", informa. "Eles estão estudando e aprendendo novas técnicas. Passam a ganhar mais e podem ocupar novos empregos".

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Isso talvez seja uma pequena amostra de como poderão os candidatos usar os recursos do rádio aliados a internet durante a campanha eleitoral. Afinal, produzir um programa de rádio na web é infinitamente mais barato e prático do que um programete na tv, muito embora os candidatos não descuidem jamais da "telinha".

Se nos anos 90 a campanha eleitoral saiu dos comícios e da rua e ganhou a televisão, a tendência dessa década parece ser a migração da televisão para a internet. Não é necessariamente ruim, pois o uso da internet, - se bem utilizada, claro - colocará em igualdade de condições grandes e pequenos candidatos. Daí a discussão a respeito do fato de a Justiça Eleitoral controlar ou não os meios virtuais nesse período.

É natural que o judiciário se preocupe com este tipo de questão. Mas eu creio que ele deveria partir da premissa de que o internauta é uma pessoa tão ou mais esperta quanto o telespectador - quando o assunto é política, que saberá identificar as malandragens de políticos incautos e que reagirá a altura, sem que os tribunais eleitorais se preocupem com isso.

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