Morreu neste sábado o radialista, ator, dublador e compositor Muibo César Cury, que por muitos anos defendeu o microfone da Rádio Bandeirantes. Assim que a notícia foi confirmada, a emissora reapresentou na hora do almoço o Sofá Bandeirantes que contou com sua participação. O site da BandNews FM informou que ele esteve internado recentemente no Hospital São Luis devido a problemas cardíacos. O velório está programado para se iniciar às 20h deste sábado, no cemitério da Lapa, na Rua Bergson, 347 (o ponto de referência é a Rua Queiroz Filho). O enterro acontece no domingo, às 11h, também no cemitério da Lapa. Ainda neste sábado, a partir das 22h, será apresentado pela Bandeirantes uma edição especial do programa Memória. Haverá uma reapresentação às 05h de domingo. Logo após, às 07h, será levado ao ar o último Arquivo Musical apresentado por Muibo César Cury, veiculado originalmente no dia 13 de dezembro.
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Ouça aqui o Sofá Bandeirantes, que contou com a participação de Muibo César Cury.
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do site da BandNews TV
Morre neste sábado, aos 80 anos, o radialista Muibo César Cury. Ele foi vítima de problemas cardíacos.
Desde 1952, ele trabalhava na Rádio Bandeirantes AM como locutor e apresentador de vários programas jornalísticos, esportivos e musicais.
Muíbo nasceu em Duartina, no interior de São Paulo. Em 60 anos de carreira, sendo 57 deles na Rádio Bandeirantes, atuou como locutor, apresentador, repórter, dublador, ator, cantor e compositor.
Aos 71 anos, Muíbo se orgulhava de ser contratado com carteira de trabalho pela rádio Cultura de São Paulo.
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Clique aqui para ver algumas fotos de Muibo Cesar Cury no site de Milton Neves.
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por Flávio Ricco
Acabo de saber pelo amigo Luiz Fernando Maglioca do falecimento do conhecido e respeitado jornaista Muíbo César Cury, Muhib Cury.
Estava em casa, sob cuidados de um home care, com problemas de espessamento da aorta e outras complicações.
Tinha 80 anos, faria 81 no próximo dia 15/01/10. Passou praticamente toda a sua vida trabalhando na rádio Bandeirantes, desde os tempos que a emissora ainda funcionava na rua Paula Souza.
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Muíbo, meu amigo, vá em paz
por José Nello Marques
Quando o celular tocou e no visor aparecia o nome Zé Paulo, imaginei papo sobre festas, marcar uma cervejinha, falar de rádio ou coisa parecida. Zé foi seco, ao seu estilo:
- O Muíbo César Cury faleceu.
Enquanto ele me dava alguns detalhes do que tinha levado embora da terra mais um “bom caráter”, comecei a rodar um filme na cabeça sobre os momentos felizes que vivi ao lado deste “duartinense”.
Piadas e cantorias antes de entrar nos programas. Gestos do outro lado do vidro. Partidas sofridas no Palestra Itália, assistidas ao lado de Lourival Pacheco. As mesas de “pontinho” no Clube Vila Mariana ao lado de Gererê e Pedro Ronco.
Num dos meus últimos contatos com ele na emissora do Morumbi (o último foi no aniversário de Salomão Esper), lembro-me da sua angústia ao saber que um dos “chefetes” queria despedi-lo. O mesmo chefete que me disse certa vez que a rádio estava envelhecida, para corrigir imediatamente, jurando que não falava de Salomão e Zé Paulo.
Alguém com certa lucidez alertou a direção para o assassinato que seria cometido contra Muibo. Agora sim, ele se foi. E deixa um enorme vazio no rádio brasileiro com sua voz grave, caipira, doce, terna e todas as coisas boas que podemos pensar.
Fique em paz velho companheiro. Saiba que por aqui na terra, fica a saudade de um tempo maravilhoso com você…
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Ninguém, nunca, será igual a ele
por Flávio Guimarães
A nota triste deste sábado vem do rádio, minha paixão imorredoura. No rádio conheci pessoas que admiro até hoje. O rádio sempre teve o condão de transformar em sonho e magia os mínimos sons, agindo como se fosse a varinha mágica das fadas, cuja existência só é possível na imaginação. O que dizer, então, do efeito que o rádio ainda provoca no imaginário do ouvinte que tenta construir a imagem de uma voz especial. Hoje, com a diversidade da mídia, esse exercício de criatividade subjetiva tem sido menos empregado. A voz que se ouve no rádio também pode estar na televisão e a imagem do dono da voz, certamente vai aparecer em algum lugar da Internet, talvez a maior aliada do rádio em todos os tempos, na minha opinião. Sei que este raciocínio contraria muita gente que se diz especialista na área, mas sustento o que digo. Para ficar em apenas um exemplo, qualquer emissora de rádio, hoje, pode ser ouvida nos mais remotos pontos do planeta com a ajuda tecnológica da web.
Foi nesse veículo, o rádio, que conheci um dos mais completos profissionais do setor. Dotado de grande sensibilidade, o ex-locutor de quermesses em Duartina, cidade natal, no interior paulista, atuou como cantor (na capa do LP ao lado Muíbo é Barroso, à direita), compositor, ator, dublador e mais um sem número de atividades. Todas com rara competência. Em parceria com Teddy Vieira compôs um dos clássicos da música serteneja, João de Barro.
Dos mais de 60 anos de profissão, trabalhou na Rádio Bandeirantes durante pelo menos 57 anos. Pois o rádio chora copioso pranto por Muibo César Cury. (...)
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do site AIC Dublagem com Arte
Muíbo César Cury, ou simplesmente Muíbo Cury, é um dos profissionais mais talentosos do radiojornalismo brasileiro e, certamente, o mais versátil: “Faço estágio, estou terminando meu período de experiência”, brinca Muíbo, um paulista nascido na cidade de Duartina, interior de São Paulo, em janeiro de 1929, e que há “apenas” 37 anos empresta sua voz forte e emblemática à rádio Bandeirantes.
Locutor de auto-falante, auxiliar de escritório e contínuo de banco na sua cidade natal, em 1946 foi para São Paulo, onde iniciou sua carreira, em 1947, na rádio América. Muíbo, que hoje é locutor do “Jornal em Três Tempos”, ao lado do âncora Luciano Dorim, ingressou na rádio Bandeirantes como apresentador de programas de música sertaneja e como rádio-ator. Foi disk-jóquei na década de 1960.
Alguns anos depois, compondo e cantando música regional, tornou-se o Barroso, da dupla “Barreto e Barroso”, que fez muito sucesso. A consagrada “João de Barro”, com cerca de 60 re-gravações é de autoria de Muibo Cury e Teddy Vieira.
Além do trabalho na rádio Bandeirantes, Muíbo apresenta há cinco anos o programa “Raízes do Brasil”, na rádio Cultura AM, programa que substituiu o célebre “Estrela da Manhã”, apresentado por Inezita Barroso.
Com todo esse currículo, a sua ida para a AIC foi um caminho natural em sua carreira. Com uma voz bem nítida e forte, participou também do período áureo do estúdio. Devido às suas outras atividades, Muíbo César Cury fez diversos personagens convidados em séries de tv e integrou também a dublagem de filmes.
Não encontramos registros sonoros de nenhum personagem fixo que tenha dublado na AIC. Encontramos diversas séries de tv, nas quais dubla atores convidados: Viagem ao Fundo do Mar, Daniel Boone, Jeannie é um Gênio, Missão Impossível, Jornada nas Estrelas, etc.
Aqui relacionamos dois convidados que dublou, os quais o seu trabalho demonstra a sua experiência também com a arte de dublar:
**Na série Viagem ao Fundo do Mar: episódio "O Gigante Submarino" da 2ª temporada.
**Na série Jornada nas Estrelas: episódio "A Cortina" da 3ª temporada.
Na década de 1980, Muíbo César Cury retornou aos estúdios de dublagem, especialmente para as seguintes participações:
** Kaura em Flashman**
**Chang Kung Fu em Jiraiya**
**1ª voz do Mantor do Diabo em Lion Man**
Atualmente continua participando somente de seu programa de rádio. Um grande artista da voz desconhecido do público!!
**Marco Antônio dos Santos**
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O jornalista e apresentador Carlos Gatti, que dividiu com Muibo por anos a apresentação do Jornal de Amanhã, deu um depoimento à Rádio Bandeirantes sobre a perda do colega.
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A TV Bandeirantes também fez um registro sobre a perda de Muibo Cury. Clique aqui.
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Muibo também foi ator. Fez uma participação na minissérie Memórias de um Gigolô, da Rede Globo. Atuou também em comerciais, como é possível acompanhar abaixo:
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Acompanhe no player abaixo uma gravação de João de Barro, por Tonico e Tinoco
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Um comentário:
Uma perda irreparável.
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