terça-feira, 10 de novembro de 2009

Pesquisa revela hábitos de publicitários na web

Com o objetivo de analisar o comportamento dos profissionais de mídia, o IBOPE Mídia desenvolveu o estudo especial Conexão dos Mídias, que ouviu 85 entrevistados durante o MaxiMidia 2009, evento do setor que aconteceu entre os dias 6 e 8 de outubro, em São Paulo. A pesquisa busca retratar a percepção deste público específico em relação ao tema conectividade e compará-la com a média obtida na pesquisa "Conectmídia: Hábitos de consumo de mídia na era da convergência", que aponta como o cenário da convergência de meios atual afeta a vida, as ambições e os relacionamentos do consumidor brasileiro.

O estudo inédito revela que os profissionais de mídia são heavy users dos meios de comunicação e apresentam uma visão diferente desse momento cheio de possibilidades que é a era da informação. É interessante notar, porém, que em algumas situações a reação destes protagonistas é exatamente igual à da população, externando angústias e desejos similares.



Reações parecidas - Os profissionais de mídia aproximam-se da população quanto a sentirem-se pressionados com a quantidade de informações disponíveis atualmente: 57% deles sentem-se desta forma, enquanto esse resultado nos demais consumidores é de 53%. Os públicos estão em linha, porém, quando questionados sobre conseguir absorver toda a informação e tecnologia disponíveis: os resultados são praticamente iguais, com 60% e 59%, respectivamente.

Com relação ao comportamento midiático, muito provavelmente por força das exigências e especificidades do trabalho, os resultados foram diferenciados. Os profissionais de mídia revelam maior preocupação com a qualidade da informação (91%) do que a média da população, com um índice 10 pontos percentuais menor. Essa diferença de comportamento é maior ainda quando se trata de consumo simultâneo dos meios, que aparece como uma realidade expressiva no dia a dia desse profissional. Quando levados a ratificar a frase “na maioria das vezes, me dedico a um meio de cada vez”, apenas 38% dos mídias concordam, enquanto na população esse índice é mais que o dobro, batendo na casa de 82%. Além disso, 83% dos mídias declaram ter o hábito de ouvir rádio e navegar na internet simultaneamente.

Se o consumo simultâneo é rotina para os profissionais do setor, a vida online também está definitivamente incorporada nas atividades, já que 78% consideram as redes sociais como parte da rotina e 32% preferem relacionar-se virtualmente. São índices expressivamente mais altos comparados aos obtidos com o total da população para a qual 45% têm as redes sociais como rotina e apenas 16% preferem trocar o relacionamento pessoal com amigos/família/colegas de trabalho para falar por computador.

Além disso, mais da metade dos mídias (54%) afirma que habitualmente baixa fimes/séries pela internet, enquanto esse índice não chega a um quarto da população, sem falar que 65% dos mídias ouvem rádio pela internet com freqüência, índice que fica na casa de 26% no geral.

Internet supera - Como não poderia ser diferente, os profissionais de mídia estão mais sintonizados com as profundas transformações do padrão de consumo atual. Na medida em que o celular se firma como a multiplataforma de comunicação, para um terço da população as mensagens de propaganda são bem-vindas nesse canal, enquanto quase a metade dos mídias tem a mesma opinião. Mas, para esse profissional, o computador com acesso à internet supera todos os outros canais, seguido de outra plataforma de comunicação ativa instantânea: o telefone celular. “As pessoas estão dispostas a receber conteúdos diversos, propaganda, entretenimento. A eficiência será maior dependendo do momento de cada meio”, analisa Dora Câmara, diretora comercial do IBOPE Mídia.

http://www.ibope.com/conectimidia

--------------------


Profissionais de mídia, pra quem não conhece o "propagandês", é o responsável nas agências de publicidade por escolher em quais emissoras de rádio, tv, internet e veículos impressos irão as verbas de seus clientes, os anunciantes. Infelizmente, parece que a maioria desses profissionais despreza o meio rádio como veículo para suas campanhas. Se o rádio não é um veículo poderoso que deveria ser, se deve também ao fato das agências de publicidade, em sua maioria, diga-se depassagem, só ter olhos para a televisão, se esquecendo de que uma rádio pode não ter a audiência da novela das 7, (a novela do macaco, muito boa por sinal), mas um conjunto delas numa determinada praça (em publicitês, localidade específica) tem um número de ouvintes maior do que todos os canais locais, nacionais, por satélite e o escambau em determinados horário, sobretudo no da manhã.

E mais: as emissoras que possuem uma programação realmente segmentada em determinada audiência, tem muito mais poder de penetração da mensagem dos anunciantes junto a seu público. Isto até quem não é publicitário sabe (vide os livros "Pilares, via Satélite", de Paulo César Ferreira, "A Onda Maldita", de Luís Antonio Mello e "Eldorado, a Rádio Cidadã", de João Lara Mesquita).

Os profissionais de mídia sabem desta constatação óbvia, mas será que eles a seguem? Em emissoras consagradas do jornalismo, Jovem Pan, Bandeirantes, Gaúcha, CBN, por exemplo, essa regra parece ser respeitada. Grandes anunciantes prestigiam a programação delas e o investimento não sai barato, não. Pode ser até por isso que os "mídias" prefiram as rádios "jornalísticas", já que a margem para negociar as comissões das agências é maior. Afinal, o que mais dá credibilidade a uma emissora do que a programação baseada a veiculação de notícias? E quem não quer mostrar sua marca numa emissora assim?

É bem verdade que em outros tipo de emissoras o faturamento não vem exclusivamente da publicidade. É o caso de promoções de eventos, vendas pela internet e até serviços radiofônicos para terceiros. A dependência das verbas dos anunciantes é menor em emissoras educativas, públicas, estatais e nas de perfil "jovem", "popular" ou "adulto". Dizem, mas nunca provam, que o jabá também faz parte desse mix de receitas.

De qualquer maneira, é interessante saber que os "profissionais de mídia" ouvem rádio ao menos pela internet. Só não entendi por que eles não programam mais vezes todas as emissoras AM, FM, podcasts e werádios em suas campanhas. Com a palavra, o pessoal das agências da publicidade.

Nenhum comentário: