"Continuarei contratando apenas pessoas com formação", disse Josemar Gimenez, dos Diários Associados
Por Thiago Rosa/Redação Portal IMPRENSA
Na última quarta-feira (17), o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela revogação da exigência do diploma para o exercício do jornalismo. Na ocasião, oito ministros votaram pelo fim da obrigatoriedade. Para o diretor de redação dos jornais Correio Braziliense e Estado de Minas, Josemar Gimenez, a decisão não mudará, a curto prazo, o mercado do setor.
"Confesso que já esperava pelo julgamento, mas fiquei surpreso com a decisão do STF e os argumentos do ministro Gilmar Mendes (...) Mas mesmo respeitando a decisão do STF, como comandante de empresa responsável por vários jornais, continuarei contratando apenas pessoas com formação profissional", ressaltou Gimenez.
Na avaliação do diretor do Diários Associados, a decisão do STF pecou ao se basear pelas questões políticas que envolvem a profissão, não considerando as exigências do mercado e as "milhares de pessoas que prestam vestibular para jornalismo todos os anos".
Mesmo ao criticar a revogação da obrigatoriedade, o jornalista acredita que a decisão não implicará, a curto prazo, nas contratações de profissionais. "Nós não temos uma formação específica ainda. Continuaremos dando prioridade àqueles que estão capacitados para desempenhar as funções de jornalista".
A longo prazo, porém, Gimenez ressalta que o parecer do STF possa levar instituições jornalísticas, - como Fenaj, ABI e Sindicatos -, a criar cursos de especialização voltados à prática do Jornalismo. Países como Estados Unidos e Inglaterra já contam com essa medida, que possibilita o ingresso de profissionais de diversos setores na imprensa.
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