quarta-feira, 26 de março de 2008

Merchan ou não merchan? Eis a questão

Assunto espinhoso para o jornalismo, esse. Temos os prós, os contras e os motivos para cada um tomar sua decisão, todos com embasamento e alguns com conhecimento de causa. Afinal, fazer ou não fazer merchan?

Já fui xiita nessa questão e absolutamente contra o merchan feito por jornalistas, mas mudei de opinião (assim como posso mudar a opinião que vou escrever abaixo!). Acredito que seja possível, sim, o merchan, exclusivamente na mídia eletrônica, desde que feito sob uma série de cuidados da parte do profissional. Um jornalista âncora de telejornal, por mais despojado que seja o programa, não combina com a atitude de fazer um merchan. Agora, um jornalista apresentador de um programa de variedades, como é hoje o Brito Jr., por exemplo, pode perfeitamente realizar ações de merchandising. Nesses programas, o entretenimento fala mais alto do que a informação e o profissional fica mais livre para "conversar" com o telespectador/ouvinte sobre um produto ou um serviço. É claro que o jornalista deve ter a liberdade de vetar um produto em seu programa, pois vale aquele velho ensinamento: "Não indique para o seu público nada em que não confie".

Sou absolutamente a favor da diferenciação do que é editorial e do que é comercial. Um jornalista deve se preocupar exclusivamente com o conteúdo do seu programa. Na minha opinião, não deve atuar como departamento comercial, ou algo que o valha, fazendo contatos de publicidade, propectando anunciantes ou mesmo fazendo merchandising por conta própria, o famoso jabá. Para tudo isso, a emissora que contrate um departamento comercial competente e que saiba trabalhar a imagem da emissora e dos apresentadores juntos aos possíveis anunciantes.

De um lado, temos os anti-merchan Juca Kfouri e Jorge Kajuru. Do outro, Milton Neves e Flávio Prado. Reparem que a discussão aberta sobre o merchan praticamente se resume ao jornalismo esportivo, pois é nessa editoria que o anunciante busca se aproximar do seu consumidor de forma mais direta. No meio do debate acalorado sobre os últimos resultados do futebol, aparecem as mais diversas marcas, com o próprio apresentador parando uma discussão no meio. Juca Kfouri ironiza, anunciando em seu programa da CBN produtos que não existem. Milton Neves, ao contrário. Com um oferecimento do Bradesco, enche seus programas de produtos que existem e devem contribuir, e muito, para a sua renda mensal.

Na sua opinião, quem está certo?

Obs.: Esse post teve um oferecimento da Academia de Jiu-Jitsu Armando Briga e dos Cartões de Crédito Corporativos, os únicos que oferecem o prazo de um mandato para pagar, sem juros.

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