Quero mandar um salve para o nosso querido e um dos mais antigos leitores, Jorge Ribeiro, locutor da Mix FM de São Paulo, emissora líder de audiência, segundo alguns institutos de pesquisa. Apesar da emissora ter uma programação abaixo de qualquer crítica, sou obrigado a admitir que é o melhor "case" de rádio dos últimos tempos. Eles descobriram um nicho de mercado, constataram as falhas da concorrência, trabalharam em cima e estão entre as mais ouvidas de fato. Não é à toa que eles estão expandindo sua rede a olhos vistos, para desespero de quem gosta do bom rádio.
É duro, galera do contra, mas os caras, apesar de botarem um produto sofrível na praça que só a molecada consegue ouvir e gostar, são campeões de audiência e faturamento. E sem estes dois quesitos, nenhuma rádio comercial vai pra frente. Nem podcast sobrevive, vide o ROTA 77, o CRASH ROCK e DJ SOULFLYER. Sem contar as lendárias FLUMINENSE FM, BANDEIRANTES FM e tantas outras, campeãs de qualidade, com audiência qualificada, e que no entanto não tiveram o suporte financeiro para continuar no ar, por incompetência comercial ou falta de visão de seus proprietários.
A menos que seja uma emissora que viva de subvenção pública, nenhuma rádio sobrevive se não faturar, mesmo que tenha a melhor programação do dial. Talvez seja este o grande drama brasileiro.
Para quem acha que estou falando bobagem, recomendo que leia "A Onda Maldita", de Luis Antonio Mello, da Xamã Editora, do Rio de Janeiro.
Um comentário:
Não sou ouvinte da Mix, prefiro a Transamérica, mas por que dizer que a Mix tem uma programação abaixo das críticas? Só porque o autor da crítica neste blog não curte o pop da rádio? Desde quando uma rádio que se enquadra perfeitamente aos gostos de seu público-alvo e consegue, por mérito, a liderança de audiência, faturamento e expansão de sua rede pode ser chamada de rádio "abaixo das críticas"? Em relação às rádios qualificadas, elas têm seu lugar, desde que, assim como a Mix, definam bem seu público-alvo. A Eldorado, embora uma das últimas em audiência, segue forte em faturamento, pois vende-se para o mercado como uma rádio focada nos adultos da classe A. Definido o target, a emissora age. Então, por que uma rádio que escolhe trabalhar em um campo mais amplo é tão criticada apenas por não satisfazer o gosto pessoal de quem aqui escreve?
Abraço!
Postar um comentário