As emissoras de médio porte gastarão entre US$ 100 mil e US$ 125 mil (entre R$ 194 mil e R$ 242 mil) com a transição do sistema de rádio analógico para o digital, segundo a ABERT (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão). O Ministério das Comunicações já constituiu o Conselho Consultivo de Rádio Digital, que vai elaborar o planejamento da escolha do sistema a ser adotado. O grupo tem seis meses para apresentar um relatório com recomendações de regras para a rádio digital brasileira.
Há interesses diversos na escolha do padrão, já que o sistema que está sendo testado por algumas emissoras no País é o IBOC (In band on channel), sistema de propriedade da empresa americana IBiquity, que cobra royalties, mas mantém as mesmas freqüências já em uso pelas emissoras. A discussão interessa à indústria, aos radiodifusores comerciais, públicos e comunitários e à sociedade em geral, já que haverá necessidade de trocar os transmissores das cerca de 5 mil emissoras autorizadas, além dos aparelhos de rádio. Existem 200 milhões de receptores no Brasil, entre rádios portáteis, fixos e instalados em carros.
Rádio digital - Com a digitalização, haverá uma melhora na qualidade do áudio - a rádio AM terá qualidade de FM, a FM terá som de CD, e será possível transmitir até quatro canais dentro da mesma freqüência. Além disso, com a nova tecnologia, as informações, antes exclusivamente sonoras, passam a ser transmitidas em bits, o que torna possível às emissoras enviar textos e fotos (para aparelhos que tenham visor).
Para discutir a adoção da tecnologia digital na radiodifusão brasileira o tema a Câmara promove nesta terça-feira, 29/05, um seminário. O evento, que será realizado no auditório Nereu Ramos, reunirá especialistas e parlamentares para debater a implantação do rádio digital no País a partir da avaliação das leis em vigor e do que precisa ser atualizado para que as emissoras e os ouvintes se adaptem à nova tecnologia. Durante o seminário, os participantes vão conferir uma demonstração de transmissão digital e poderão avaliar e comparar a diferença tecnológica entre os sistemas.
Fonte: Agência Câmara
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