sexta-feira, 19 de março de 2004

Perguntas, indagações, questionamentos, interrogações...

Quando recebí esse e-mail do nosso leitor de longa data Renato Monteiro Kloss até me assustei!! Tem mais perguntas que o vestibular da FUVEST!!!!!!!Bom, aqui ele mostra que não mudou nem um pouquinho nos últimos tempos: continua doido pela Transamérica e pela Cléo Brandão (não necessariamente nessa mesma ordem). Mas então vamos lá, ele me encheu de perguntas, enche-lo-ei de respostas (linda mesóclise, hein!).

Obs.: As respostas com * são do Marcos Ribeiro.

*Eu juro que não ia entrar nessa conversa. mas reconheço que não resisti à tentação. (Marcos Ribeiro)


Marcos Lauro:

a) Como avalias o desenrolar do Transnotícias? Achas esse radiojornal fraco, morno, insipiente, muito repetitivo, bem editado, pouco atraente? Ele acrescenta algo em sua rotina? O que esse informe apresenta de diferente dos outros noticiários se raramente entrevista personalidades famosas e dá muita ênfase para o panorama político? Cléo Brandão influi diretamente na pauta desse informativo? De que maneira, se raramente opina ou reporta? Será que a baixinha dá ordens; manda o pessoal produzir matérias que a interessam? (Ouvi dizer que quem dá as cartas no setor de radiojornalismo da Transamérica é a superintendência da emissora, a direção da rádio. Se é assim, então pra que contratar Cleonice Campos Brandão e afirmar durante o transcorrer do Transnotícias que ela coordena este noticiário? Se o coordena, por que não interfere em sua pauta e este informe repete, copila a maioria das informações dos jornalões, fazendo uma espécie de transposição meia-boca das mesmas no melhor estilo “gilete-press”?). Como contatá-la? Sabe informar o e-mail dela? É verdade que a moça de Luiziânia está tentando regressar à telinha? Alguma emissora de TV a contatou? (enderecei esses questionamentos à mãe do Vinícius e infelizmente ela não me respondeu. Por que será, hein?). Por que rádios como a Jovem Pan e a Transamérica tocam músicas estrangeiras durante boa parte do dia e não investem na ampliação de seu radiojornalismo? Segundo os índices de audiência no Ibope (ou de qualquer outro instituto de pesquisa/Datanexus, por exemplo), qual o pior radiojornal do dial paulistano?


Kloss, infelizmente não ouço o Transnotícias. Até gostaria de ouvi-lo para saber como é. Quanto à bela Cléo Brandão, não tenho o contato dela e não sei nada sobre seu trabalho na Transamérica. Rádios como "a Jovem Pan e a Transamérica tocam músicas estrangeiras durante boa parte do dia e não investem na ampliação de seu radiojornalismo" porque simplesmente essa é a função delas. O ouvinte das rádios jovens não quer saber de locutores tagarelando notícias em sua orelha, e sim de músicas. Talvez um jornalismo musical bem feito até seja interessante, dá para testar, caso queiram. Para mim, IBOPE, Datanexus ou qualquer outro instituto de pesquisa não são competentes o suficiente para dizer qual programa é bom ou ruim. Mostram números...e só. Só o nosso leitor Marcelo Vieira é que gosta deles.

**Caro Kloss, o Transnotícias é um bom jornal. Se a Cleo Brandão influi na pauta, não sei. Se ela influenciasse, faria diferença para você? Para contatá-la, procure se informar no site da Transmérica. Já procurou lá? O que o jornal tem diferente é que é um jornal em rede nacional feito numa rádio essencialmente musical, o que não deixa de ser interessante. Por que as rádios como a Transmérica e Jovem Pan tocam muita música estrangeira? Porque seus diretores devem achar que seu público quer muito mais ouvir música do que notícia a maior parte do tempo. Também não estou preocupado com índice de audiência. Me preocupo muito mais com a qualidade do programa.


b) Política pública para a área de comunicação, sim, eu sei, é um baita vespeiro. O governo acaba, de um modo ou de outro, sempre conseguindo domesticar os meios de comunicação utilizando seus mais de 300 milhões de dólares de mídia veiculada por ano, sem ter de enfrentar eventuais acusações de censura, mas, por gentileza, defina pra mim o que vem a ser “política pública”. Como desenvolver no Brasil um projeto de política pública sustentável e responsável para o setor das comunicações?

Esse negócio de definir o que é "política pública" é mais para o pessoal do Comunique-se, mas tudo bem. Pelo que sei, significa a relação entre o governo e a sociedade civil.

** Esse negócio de "política pública", você pode perguntar também ao Alberto Dines, do Observatório da Imprensa, também. Mas o que isto tem a ver com a pergunta anterior?

c) A indústria da comunicação, no Brasil, é uma das atividades econômicas menos acompanhadas e estudadas pelo governo federal atualmente. É a única área dos serviços públicos operados por meio de concessões que atua sem uma efetiva regulação e fiscalização dos poderes constituídos. Por quê? Quando a sociedade brasileira fiscalizará com extremo rigor o chamado “Quarto Poder” e teremos por aqui uma Imprensa devidamente esclarecida e regulamentada, de forma que as normas previamente estabelecidas sejam cumpridas à risca?

Isso é e sempre foi uma bagunça, Kloss! É só acompanhar nosso blog e as colunas da Laura Mattos e da Magaly Prado que você vai ver os desmandos que acontecem nas ondas eletromagnéticas do nosso país. Para isso ser resolvido, basta colocarem alguém entendido do assunto no MiniCom e a ANATEL começar a agir de verdade e fiscalizar não só as piratas, mas também as legalizadas.

**Kloss, olhe para você e pergunte a si mesmo o que você tem feito para melhorar a situação. Nós temos feito o que podemos da forma que nós é possível, não mesmo? O governo tem de criar um órgão indendente para que possa atender aos anseios da sociedade e garantir o cumprimento das normas estabelecidas. O resto é por sua conta.

d) Por que jornais brasileiros não pagam imposto de importação do papel que consomem nem emissoras de rádio e TV arrecadam ICMS?

Ah, Kloss... aí cê já tá querendo demais, né? Não entendo nada de impostos. Joelmir Betting, por favor, responda a questão do rapaz.

** Leia o "O Papel do Jornal", um ótimo livro que Alberto Dines escreveu há alguns anos. Deve estar em catálogo ainda. Quanto às emissora que não pagam ICMS, deve ser porque está previsto em lei. Tem de perguntar para quem a fez qual o motivo dela existir, correto?



e) Em quem você procura se espelhar para desenvolver seu trabalho com retidão? Por que tipo de notícia você se interessa?

Tenho muitas referências na minha carreira de locutor. Beto Hora, Daniel Daibem, Emilio Surita e Roberto Miller Maia são alguns dos profissional em quem costumo me espelhar. Em relação às notícias, leio de tudo... o que cair na minha mão, eu leio! Até a revista Contigo!

Eu me inspiro em muita gente que eu conheço: nos faxineiros e nos porteiros do meu prédio, nos comerciantes do meu bairro, nos balconistas, nas minhas tias, nos meus tios, na minha avó, no meu pai, na minha saudosa mãe, nos meus vizinhos de condomínio, nos meus ex-vizinhos, nos meus ex-colegas e professores de faculdade, nos meus ex-colegas e ex-professores de colégio, nos meus ex-colegas das publicações e emissoras por onde trabalhei, nos meus ex-companheiros das fábricas e outros tipos de empresa onde também trabalhei, nas dezenas de pessoas que entrevistei, em muitas pessoas que trabalham em rádio, tv, cinema, teatro, etc, etc, etc, etc, etc, etc....

O que eu leio? Quase tudo!!!! De bula de remédio a Bíblia em latim, se algum dia aprender latim, claro. Ler bastante é obrigação de qualquer profissional de comunicação.


Quem é, na tua opinião, o melhor locutor de esportes do dial paulistano? Qual rádio faz o melhor programa de esportes aí em Sampa?

Sinceramente, faz um bom tempo que não acompanho um jogo de futebol inteiro pelo rádio. Mas acho que Fiori Giglioti é imbatível. Programa de esportes aqui em Sampa é o Na Geral, da Rádio Bandeirantes, e ponto!

* Por que vocês chamam São paulo de Sampa? Juro que não entendi até hoje. Desde que nasci, nunca ouvi ninguém aqui chegar para outra pessoa e dizer: "olha, nós aqui de Sampa moramos numa cidade privilegiada, né não?"

Detesto decepcioná-lo, mas dificilmente fico ouvindo transmissão espotiva por uma única rádio. Fico sempre mudando, mas a maior arte do tempo eu fico na Globo mesmo ou na CBN. Temos programas muito bons de esporte fora da jornada esportiva: Na Geral, O Globo Esportivo, No mundo da bola, Eldorado Esporte, Concentração, Terceiro Tempo, Record nos Esportes (Acho que é esse o nome), Balanço Final, etc. Mas durante a semana, sempre que posso ouço o CBN Esporte Clube, e no domingo não perco o "Enquanto a Bola não rola", na Rádio Globo porque é muito divertido e informativo. Como é em rede recomendo o senhor a ouvi-lo.

g) Jornalisticamente falando, qual dessas rádios faz um radiojornalismo mais analítico, mais contundente, mais detalhista: a Eldorado, a Bandeirantes ou a CBN?

Sempre achei o jornalismo da Bandeirantes o melhor, seguido de perto pela Jovem Pan AM. A Eldorado também é muito interessante pelo engajamento nas causas sociais.

**É isso que o Marcos Lauro falou aí em cima. Só acho que deveria ter mais repórteres cobrindo o que acontece na cidade. Mas aí é outra discussão....

h) Seu blog é atualizado diariamente, Marcos?

Nosso blog é atualizado "quase que" diariamente. O dia em que conseguirmos viver disso, aí sim vai ser diariamente. Até de hora em hora, se quiserem.

**Ufa!!! Ainda bem que seu questionário foi pequeno. Já pensou se fosse grande, heheheh

Aguardo retorno

Atenciosamente
Renato Monteiro
Curitiba – Paraná – Brasil
E-mail: rkloss@curitiba.org.br



Obs.: Na verdade, acho que ele só queria mesmo perguntar o item 1, mas para disfarçar ele colocou os outros também!
Brincadeira, hein Kloss!! Escreva sempre!


**Obs.: Na verdade, acho que ele está estudando jornalismo e ficou meio sem jeito de dizer que era um trabalho para faculdade. Brincadeira, hein Kloss!! Escreva sempre!(mas avise antes que é pra eu preparar o meu teclado psicologiamente, ok?)


Ah, moçadinha,e hoje tem chat, viu? Lá pelas 21h30, por aí. Se vocês não forem assistir ao filme do Mel Gibson, dá uma passada por aqui, ok?

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