A rádio Cidade FM 102,9, a dita "Rádio Rock", continua enganando seus ouvintes. De uns tempos para cá, ela vem melhorando lentamente sua planilha musical. Obviamente, sem transformá-la em uma rádio rock de verdade.
A mudança tem uma explicação lógica. Como a "verba de veiculação comercial de músicas" (nome pomposo para o velho jabá) vem caindo em todas as FMs, os programadores da Cidade estão sendo obrigados a trabalhar um pouco mais, para preencher os buracos da planilha, antes ocupados pela "veiculação comercial".
Só que a máscara da "Rádio Rock" sempre cai, cedo ou tarde. Agora mesmo, a Cidade promove a apresentação do Iron Maiden, dia 16 de janeiro, no Claro Hall (ex-ATL Hall e ex-Metropolitan). A banda britânica está promovendo o CD que lançou em 2003.
Ao invés de tocar músicas do CD novo do Iron, os analfabetos da Cidade preferiram "ressuscitar", na programação normal e no duvidoso "Rock 10", a versão de "Fear of the Dark", do Rock in Rio de 2001. Eles próprios fizeram esta mesma sandice, na época do próprio festival da Artplan, quando preferiram tocar a versão de "Fear of the Dark" de estúdio.
Será que o CD de 2003 do Iron Maiden é ruim, não tem "verba de veiculação comercial", ou esse pessoal da Cidade só quer pegar uma música mais agitadinha da banda para dizer que a rádio tem "cara de mau"? Com uma postura dessas, a Cidade só consegue ter mesmo é uma cara de "Menina Mimada" (título de uma antiga música do Barão Vermelho). Com tatuagem e piercing.
Afinal, Jabá é ou não imoral? Ninguém expõe seu ponto de vista, nem gravadoras, nem rádios. Estive conversando com vários músicos amigos meus e boa parte acha que não vê mal nenhum no Jabá. A carne seca musical, segundo estes, é legítimo, tendo em vista que o dono da rádio é dono do espaço e que as gravadoras ganham muito ao divulgar seus produitos ali. Além do mais, programação musical não é radiojornal, alegam eles. E aí, o que vocês acharan do raciocínio deles?
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