Anunciada nesta sexta-feira, com certa "pompa e circunstância" por seu "discípulo" José Paulo de Andrade, a saída do veteraníssimo jornalista e apresentador Salomão Ésper do matutino "Jornal Gente", atração que ajudou a criar 40 anos atrás, juntamente com o saudoso Joelmir Betting e também Zé Paulo, seu companheiro de jornada desde então, para substituir "O Trabuco".
O antecessor do "Jornal Gente", era comandado havia 16 anos pelo comentarista político Vicente Leporaci, que havia falecido numa tarde de abril de 1978, poucas horas depois de apresentar aquela que seria a última edição do programa na Bandeirantes.
O então "Jornal da Bandeirantes Gente" fora criado à toque de caixa para substituir "O Trabuco" já na segunda-feira da semana seguinte, pelo trio citado acima e que acabou ficando no ar por mais de 35 anos de forma contígua. Trata-se, sem dúvida alguma, da "solução improvisada" mais bem sucedida da história das comunicações brasileiras.
O "Jornal Gente" continua sua trajetória com José Paulo de Andrade e os "novatos" Pedro Campos e Rafael Colombo, além das participações eventuais ou semanais de Luis Felipe Pondé, Delfim Neto, Eduardo Oinegue, Gesner de Oliveira, entre outros analistas.
Mas o bom e sábio Salomão não sairá da Bandeirantes, onde está desde 1954. Ele vai reforçar o time do "fim de tarde", dentro do programa "Rádio Livre", ao lado de Caetano Curi e Ricardo Capriotti, que ainda atua na equipe de esportes também.
Tal medida foi tomada, ao que parece, por conta da ascensão que a "arquirrival" Jovem Pan nos índices de audiência no horário, não só pelo "dial", como pelas redes sociais.
A Bandeirantes deu um mau passo quando cerca de dois anos atrás resolveu promover um verdadeiro desmanche em sua equipe, demitindo muitas pessoas da parte operacional, o que comprometeu a qualidade de sua programação, sobretudo no jornalismo. Nem todos os radialistas/jornalistas conseguiram se adaptar ao comando da parte técnica, tal qual acontece na Band News FM, cujo formato, "importado" da americana 1010WINS, da rede CBS, em Nova York, facilita a presença de "apresentadores/operadores".
Desde 2018, a Bandeirantes vem sem muito êxito se aventurar na era do "rádio com imagem", na qual a Jovem Pan tem alguns dos canais mais vistos tanto no You Tube quanto no Facebook. A emissora líder do Grupo Band Rádios citou alguns programas de TV exclusivamente para a web, mas ficou esquisito porque quem iria assisti-los se na rádio está passando geralmente um conteúdo muito mais interessante, não é mesmo?
Sem dúvida, o velho mestre dará sua cota de contribuição para a melhoria da situação da Bandeirantes vespertina. Só não entendi porque já não o colocam ao lado de Cláudio Humberto e, quem sabe também de Claudio Zaidan, nos "Bastidores do Poder", programa que vem logo a seguir o "Rádio Livre". Quando começou, aquele jornalístico contava com a presença do mesmo Cláudio Humberto em dupla com José Paulo de Andrade, que deu muito certo e que acabou por "alavancar" o horário, travando uma bela disputa com "Os Pingos Nos Is", à época apresentado por Reinaldo Azevedo (hoje na Band News FM), na emissora de Tutinha.
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