quinta-feira, 8 de março de 2018

Memória - Conheça a trajetória de Hebe Camargo nas ondas do Rádio

A cantora e apresentadora Hebe Camargo (ao centro), durante transmissão de um programa da Rádio Tupi, nos anos 1940: estrela promissora que virou rainha da Televisão Brasileira (Foto: Reprodução / Internet)
O dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, marca o aniversário de uma grande radialista, que se tornou um dos maiores nomes da tevê: Hebe Camargo. Se viva estivesse, a "Rainha da Televisão Brasileira" estaria completando hoje 89 anos. Ela morreu em 2012, vítima de complicações em decorrência de um câncer no peritônio.

Segundo o portal "Wikipedia", sua carreira no Rádio começou quando sua família mudou-se de Taubaté, sua cidade natal, para a capital, São Paulo, em 1943, quando ela tinha 14 anos de idade. Seu pai, Sigesfredo Monteiro Camargo, passou integrar a Orquestra da Rádio Difusora, onde ele regeu a orquestra da emissora  e sempre levava consigo a jovem Hebe. Ela iniciou sua carreira como cantora na Rádio Tupi aos 15 anos de idade no programa "Clube do Papai Noel".

Ainda na década de 1940, juntamente com sua irmã e duas primas, Hebe formou o quarteto Dó-Ré-Mi-Fá; o grupo durou três anos. Já na Rádio Difusora no programa Arraial da Curva Torta, em 1944, ela criou com sua irmã Stella Monteiro de Camargo Reis a dupla caipira Rosalinda e Florisbela.

Continuou na carreira musical com apresentações de sambas e boleros em boates. Ao gravar um disco em homenagem a Carmen Miranda, ela ficou conhecida como "estrelinha do samba" e posteriormente como "a estrela de São Paulo".

Em 1950, Hebe lançou sua primeira música cantada, "Oh! José", juntamente com "Quem Foi que Disse" em um compacto de 78 rotações. Após essa "empreitada fonográfica", ela abandonou a carreira musical para se dedicar mais ao rádio e à televisão.

Hebe ajudou o grupo que foi ao porto de Santos (SP) pegar os equipamentos para dar início a primeira emissora de televisão brasileira, a TV Tupi, canal 3 VHF, de São Paulo. Foi convidada pelo proprietário do novo canal, Assis Chateubriand, para participar da primeira transmissão ao vivo do novo veículo na América Latina, no dia 18 de setembro de 1950, mas acabou faltando ao compromisso e foi substituída por sua colega Lolita Rodrigues.

A volta para o Rádio - A "Grande Dama da Televisão" voltaria a atuar em Rádio mais de uma década depois. Segundo o livro "Ninguém Faz Sucesso Sozinho" (Editora Escrituras, 2009) de Antônio Augusto Amaral de Carvalho - o "Seu Tuta"- Hebe Camargo, Roberto Carlos, Jô Soares, Elis Regina e outros grandes artistas da época, que faziam parte do elenco da TV Record - e que erem produzidos e dirigidos por ele e sua famosa "Equipe A"- foram convidados a apresentar programas com seus nomes na Rádio Panamericana, em que Tuta acabara de assumir a direção. Como não tinha dinheiro, ele propôs a ela e aos demais que, em vez de ganhar um salário, eles poderiam divulgar seus trabalhos, shows, produtos, etc, e falar diretamente com o seu público, e responder às suas perguntas, em troca do espaço. "Na televisão você canta sua música. É aplaudido e vai embora para casa. No rádio, não. No rádio, você vai poder responder às cartas dos fãs. Vai haver uma interação com as pessoas que gostam de você. Vai poder 'vender seu peixe'" (páginas 186 e 188)", argumentou o diretor da Panamericana, que na época teve sua marca fantasia mudada para "Rádio Jovem Pan".

Em 2000, após quase duas décadas longe do microfones, Hebe Camargo, a convite de Neneto Camargo, volta às ondas do Rádio através da Nativa FM, na época de propriedade da Rede Autonomista de Rádio (que ainda hoje controla a 89 FM a Alpha FM), segundo reportagem da Agência Estado de 5 de novembro de 2000. Nesse meio tempo, Hebe Camargo teve participações esporádicas por telefone, comentando os fatos do dia-a-dia na programação da Rádio Jovem Pan, de seu amigo Tuta.

Um comentário:

Alessandro Araújo disse...

Pois bem. A fase radiofônica de Hebe não tem sido destacado. Ela ficou por quase 10 anos, até 1985, na rádio mulher 1260khz. Como conseguir áudios? Será que a Morada do Sol em Araraquara possui esse acervo?