Aparentemente foi uma ideia boa, não tivesse sido feita à toque de caixa e, por coincidência, após a saída de Mariza Tavares do comando da CBN. O projeto também peca por não ter tido um planejamento comercial que tal cobertura exige. Talvez este seja o pecado "inicial". Aliás, há muito tempo, o Sistema Globo de Rádio não possui um projeto comercial que atraia anunciantes para as suas emissora AM em São Paulo, o que torna a situação nesta praça um pouco mais complicada.
A avaliação nestes primeiros dias é que a transmissão está um tanto quanto confusa, com os apresentadores se "atropelando" ao microfone, algo que tecnicamente é horrível para a audição em rádio. É preciso que fale cada um por vez para que o ouvinte entenda o que está acontecendo. Qualquer estudante de rádio e tv ou de jornalismo aprende isto logo no primeiro ano. Quero crer que seja devido ao nervosismo da estreia e pelas milhares de informações que chegam à redação da Globo / CBN no Centro Internacional de Transmissão (IBC) dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, localizado na Barra da Tijuca.
Outro fator que não está favorecendo é o fato de trabalharem com um quadro reduzido de profissionais. No começo deste ano, o Sistema Globo de Rádio promoveu uma demissão em massa, extinguiu os departamentos de esportes das rádios Globo e CBN, tanto no Rio como em São Paulo e criou uma equipe única, reunindo os remanescentes de ambas emissoras em cada praça. Desta forma, a programação esportiva passou a ser transmitida simultaneamente nas duas estações.
Até o início da Olimpíada, a praça carioca conseguia um desempenho razoável na coordenação dessas transmissões, uma vez que possui duas AMs e duas FMs. Assim, uma partida poderia ser transmitida pela Globo AM e CBN FM, ao mesmo tempo em que outro evento seria veiculado pela CBN AM e Globo FM.
Em São Paulo esse esquema não funciona tão bem pois o SGR só possui uma FM. Nem sempre transmitir um jogo por apenas uma emissora funciona a contento porque a qualidade de áudio e os sinais da Globo AM e da CBN AM tem piorado a cada ano, ao contrário do que acontece com a CBN FM.
Para criar o projeto "Estação Rádio Globo CBN", a rede está usando as rádios Globo AM e FM e CBN, todas no Rio de Janeiro, além da retransmissora AM da CBN na capital paulista. As demais emissoras do grupo continuam veiculando a programação normal, inclusive com a cobertura do campeonato brasileiro de futebol.
Dados as todas estas dificuldades e incongruências, a conclusão é que teria sido melhor, com os recursos que possuem no momento, optar por uma cobertura mais "discreta", como fazem a Jovem Pan e a Transamérica.
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