segunda-feira, 14 de junho de 2010

Pensata: O futebol no rádio em tempos de Copa

Sem dúvida alguma, para quem cobre a área de esportes - sobre tudo o futebol - o principal evento do setor é a Copa do Mundo. Mesmo com os reclamos daqueles ouvintes que não gostam do ludopédio - e que merecem ter suas preferências respeitadas - não dá para negar que as emissoras com programação esportiva substantiva vão transmitir todos os jogos do torneio. Curiosamente em São Paulo, onde estão as sedes das maiores redes de rádio do país, apenas a Jovem Pan e a Eldorado/ESPN honraram esse compromisso para com seus anunciantes e, principalmente, com seus ouvintes.

Vale ressaltar que ambas assim o fizeram sem prejuízo do noticiário diário "hard news" ou de sua programação normal, dentro do possível. As demais, curiosamente, apenas cobriram "à distância" - por meio de flashes - a maioria dos jogos que provavalmente consideraram "desinteressantes" até o dia de hoje. Em se tratando de um evento em que todos os resultados são importantes, isso é um erro. Mas não vamos discorrer sobre esse aspecto aqui. Deixemos isso para quem realmente entenda do assunto.

O atento leitor ouvinte já notou que duas dessas grandes redes, ao contrário da Eldorado e da Jovem Pan, possuem mais de uma frequência de transmissão na capital paulista na qual emitem a mesma programação. E ainda não deu para entender por qual motivo eles não usaram uma dessas frequências para transmitir uma programação especial da Copa e em outra, a normal. Seria falta de confiança no sistema AM digital que ambas instalaram a título experimental e que já revelou ser um verdadeiro fiasco? Seria por falta de pessoal para tocar mais de uma programação, ainda que temporariamente? Seria por força contratual com os organizadores da Copa, que cederam os direitos de transmissão? Ou seria mesmo falta de usar a imaginação e arriscar algo diferente e usar os recursos à mão? Bom, só eles sabem.

Felizmente, apesar de hoje em dia as emissoras de rádio também terem de comprar direitos de transmissão, não há exclusividade para tal, como ocorre em televisão. Portanto, o negócio mesmo é ouvir a transmissão por quem cobre a copa integralmente. Ponto para a Jovem Pan e Eldorado/ESPN.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá Marco
Eu sou o Paulo Octávio tenho 18 anos e o sonho de me tornar um narrador esportivo, e concordo com você no seu comentário.
Sei que é difícil transmitir os 64 jogos, tendo 3 narradores, e na última rodada da primeira fase as partidas são simultâneas. Mas como você disse, há rádios com duas frequências há serem utilizadas, e inúmeros bons profissionais no mercado que poderiam ser integrados para esse período de copa.
Outro ponto há ser discutido é o baixo número de profissionais enviados á África, a Pan só levou o Nílson e o Spimpolo, a 105 não levou nínguem.
Infelizmente algumas rádios perdem a oportunidade de registrar esse momento histórico, uma pena, já que comprou os direitos de transmissão que são caros deviam transmitir tudo o que é possível.
Se quiser entrar em contato comigo meu e-mail é pauloz6@hotmail.com
Paulo