Izabela Vasconcelos, de São Paulo, do Portal Comunique-se
Profissionais de rádios do interior de São Paulo afirmam que fiscais da Federação Paulista de Futebol (FPF) proibiram a cobertura de quatro emissoras no jogo entre São Paulo e Palmeiras, no último domingo (30/08), no Morumbi, pela 22º rodada do Campeonato Brasileiro.
A reclamação partiu de repórteres e narradores da Rádio Globo (Presidente Prudente), Rádio Itaipu FM (Marília), Rádio Central (São José do Rio Preto), além de uma emissora da cidade de Bauru. De acordo com os profissionais, os fiscais da FPF afirmaram que, por não acompanharem todos os jogos do campeonato, os repórteres não poderiam entrar na área do campo e ter acesso aos jogadores.
“É um absurdo isso. Somos credenciados na Aceesp e desde 1994 cobrimos campeonatos. Montamos todos os equipamentos, mas não deixaram o repórter trabalhar. Não vimos nenhum jogador e tivemos que fazer a cobertura da arquibancada”, conta Cléber Lima, narrador da rádio Itaipu FM. A emissora não cobre todas as partidas da série A porque também acompanham a série C do campeonato, já que o time de Marília participa da competição.
O narrador da Rádio Globo, de Presidente Prudente, relatou o mesmo caso e afirmou que não é a primeira vez que acontece. “Sempre que tentamos, eles querem impor barreiras, não gostam das rádios do interior. Viajamos 600 km e o repórter não pode fazer seu trabalho. Não é a primeira vez que isso acontece. Até jogos na nossa própria cidade eles colocam barreiras”.
A Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo (Aceesp) disse que ainda não tinha conhecimento do fato. A FPF afirmou que obedece a critérios de credenciamento da CBF, que estabelece um limite de 25 emissoras nos jogos. Em casos de grande demanda, como do último domingo, a preferência é das emissoras que acompanham todos os jogos do campeonato, sendo elas do interior ou não.
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Ué,não é que a Federação Paulista de Futebol tem razão? Se é uma regra da CBF e eles estão dando preferência a quem sempre cobre jogos, conforme eles alegam, parece que eles estão certos, não? Ou será que essas emissoras não sabiam que funcionava assim e "deram uma de Migué", isto é: "vamos lá, se colar colou". Agora se a FPF inventou essas regras na hora, aí é outra história. Precisa apurar tudo isso direito.
De qualquer forma, é muita sacanagem fazer um repórter viajar 600 Km num domingão em que ele poderia estar em casa descansando, vendo o Faustão, ou qualquer outra coisa, para chegar na hora no estádio e não poder cobrir a partida. É muito humilhante.
No entanto, se essa censura é verdade, o pessoal dessas rádios tem de ter ATITUDE: não cobre mais a série A do Brasileirão e pronto!!!! Se todo mundo que foi prejudicado fizesse isso, com certeza a Federação Paulista mudaria o tratamento. Quem trabalha com comunicação, sobretudo em rádio, tem de ter consciência de que tem de ser tratado com dignidade. Se não fosse as centenas de profissionais do meio que se dedicam de corpo e alma à divulgação e à promoção dessa porcaria de futebol brasileiro, o esporte bretão não teria metade da importância que tem hoje, mesmo com o apoio da TV.
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