Do blog do Haisen
Ônibus do créu, créu, créu
Hoje vamos contar a história do Penna, um ouvinte da Rádio Bandeirantes que usa o transporte público de São Paulo. Atrasos? Superlotação? Não, ele já está acostumado e nem reclama disso mais. A dor de cabeça do Penna é a barulheira que é obrigado a ouvir.Outro dia, andando de ônibus pela Marginal do Pinheiros, quase ficou surdo por causa de um sujeito que ouvia música no último volume e sem fone de ouvido. O som de qualidade duvidosa saía de um telefone celular, aquele aparelho que até serve pra fazer e receber ligações.
Mas o pior ainda estava por acontecer. Numa outra viagem, quatro passageiros compartilhavam com todo mundo o barulho que vinha do que o coitado do Penna batizou de tralha infernal. Quando pensou que já tinha ouvido tudo, entrou uma passageira com o desejo permanente de cantar a música da Dança do Creu do Largo da Batata até a ponte Transamérica! E para desconsolo geral nem era a Mulher Melancia. A letra ficou martelando no cérebro do Penna, principalmente aquela parte que diz: Pra dançar créu/Tem que ter disposição/Pra dançar créu/Tem que ter habilidade/Pois essa dança/Ela não é mole não/Eu venho te lembrar/Que são 5 velocidades....
E aí vem uma sucessão de Créu, créu, créu, créu que não acaba mais, começando bem de-va-gar até chegar num ritmo alucinante. O pobre Penna, que não é um nome fictício, ainda com o créu nos tímpanos, esclarece que é fã dos Beatles, mas que não gostaria de ouvir o som deles no mais alto volume dentro de um ônibus. Antes de descer, ainda atordoado com o créu, créu, créu, créu, o Penna leu uma frase de ficção perto do motorista: É proibido o uso de aparelhos sonoros.Além do ônibus, nosso ouvinte também sacode por aí em vans e trens da CPTM. Amanhã, vamos contar mais histórias dele. Histórias do barulho com muito créu, créu, créu, créu. Credo!
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Quem quaiser ajudar o Penna, entre lá no blog do Haisen na Rádio Bandeirantes e deixe a sua sugestão. Eu já deixei a minha.
Um comentário:
Tá lá!
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