Para o Atlético Paranaense, clube que disputa a primeira divisão do campeonato brasileiro, as emissoras de rádio que queiram transmitir seus jogos deverão pagar por isso a partir de agora. O pacote está fechado em R$ 486 mil e engloba 38 partidas até o final do ano. A taxa individual por partida foi fixada em R$ 15 mil. Tal decisão sai às vesperas do Brasileirão-08.
Em entrevista à Agência Estado, Cezar Telles, presidente da Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná se disse perplexo com a quantia divulgada. "Não sei de onde tiraram esse valor", acrescenta. Uma reunião da Aerp, marcada para hoje, iria decidir qual a atitude a ser tomada. Existem duas opções: boicote ou batalha jurídica. A primeira é a que vem ganhando mais força, segundo a Folha On Line.
Procurada pelo Rádio Base, a Rádio Capital (SP), informa através de sua assessoria de imprensa que não tem condições de pagar o que o Atlético-PR está pedindo. Essa situação deve ser extensiva a outras emissoras.
No começo do ano ocorreu algo semelhante em Santa Catarina. A Associação de Clubes de Futebol Profissional daquele estado entrou numa queda de braço com as estações de rádio. Conforme publicou o Diário Catarinense à época, "(...)emissoras da Capital também não concordaram com a determinação, que prevê uma espécie de permuta: em troca do uso da cabine e acesso ao campo, as rádios devem fazer 900 inserções (por clube) durante o campeonato. Estes comerciais seriam utilizados nos intervalos das emissoras. Em reais, segundo o diretor da rádio Nereu Ramos, Evelásio Paulo Vieira, significaria um custo de R$ 40 mil. As rádios entendem que, na verdade, a Associação de Clubes quer cobrar direitos de transmissão, algo não existe em nenhum lugar do Brasil".
Em 1991, o então presidente da Federação Paulista de Futebol, Eduardo José Farah, também pensou em cobrar direitos de transmissão do campeonato paulista de futebol. Depois de muita discussão, a idéia não foi levada adiante. Recentemente, Carla Duailibi, então responsável pelos contratos de marketing do Corinthians na gestão de seu avô, Alberto Duailibi, tentou ressucitar esse assunto, mas não obteve sucesso.
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