quinta-feira, 24 de março de 2005

Brasil 2000 e 89 FM

"Você sabe a diferença entre a 89 FM e Brasil 2000?" Pergunta-me um amigo meu ligado nas coisas do rádio também. "Não", respondo. É que a 89 não tem Garagem nem Backstage, hahahahahahaha.

Gostaria de compartilhar desta visão bem humorada deste meu chapa. Na verdade, a saída do Kid Vinil fez cair muito a qualidade da programação normal da Brasil 2000, fazendo lembrar os tempos horrorosos de um certo diretor que passou por lá durante um tempo. Não diria que a Brasil está de toda ruim, afinal, como disse meu amigo, ainda tem Garagem e Backstage, mas o restante está quase igual à 89 e de vez em quando tem uns "surtos" de Kiss FM, em sua fase mais "Picolé de Chuchu".

De qualquer modo, a programação normal de emissoras deste segmento, 89, Brasil 2000, Metropolitana, Jovem Pan, Transamérica, Mix, Kiss (?), etc, continua, na média, muito ruim, salvo alguns programa diários e semanais. Alguns incluindo os aqui já citados da Brasil 2000. Aí vem a dúvida: quem seia o responsável por esse marasmo empobrecedor?

  • As gravadoras que sustentam comercialmente várias dessas emissoras e fazem valer a qualquer custo seu poder de compra?
  • O desinteresse de diretores que pensam em lucro imediato, em detrimento de um projeto de melhor conteúdo.
  • A leniência da maioria das agências de publicidade que só programam emissoras de maior "audiência" sem verificar o seu perfil ?
  • A qualidade dos ouvintes desse segmento, que são, segundo o que parece pensar este mercado deste segmento, alienados, passivos, consumidores pouco exigentesde qualquer coisa que lhes empurrem goela abaixo, no quesito "cultura e entretenimento" ou outro produto qualquer?
  • Serão os profissionais que em grande parte ganham baixos salários, não tem incentivo e, consequentemente, não têm estímulo para colocar no ar algo mais criativo no ar.
  • Será pura preguiça deste mesmos profissionais, cuja boa parte deles não é vocacionada para trabalhar no rádio e o usa como "trampolim" para outras metas?
  • Será o "modelo" de FM musical atual que pode estar ultrapassado, uma vez que praticamente não mudou desde a criação da Rádio Cidade do Rio de Janeiro, em 1977, e continua igual em sua essência?
  • Ou será que tudo faz parte de uma evolução, uma vez que o rádio e à TV, como se conhecia até o início dos anos 90, não domina mais a mídia, graças às novas tecnologias e formatos de comunicação como TVs por assinatura segmentadas, web rádios, internet, rádios via satélite, etc?

Se alguém tiver alguma idéia, por favor, nos envie um email, ok?

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