sexta-feira, 30 de abril de 2004

Mesmo desprestigiada, Fluminense surpreende no segmento adulto

Marcelo Delfino
Do website Tributo ao Rádio
Do Rio de Rio de Janeiro

Neste dia 1º de maio de 2004, a Fluminense FM 94,9 completará um ano com a atual programação. Oficialmente, porque os ensaios para a transformação da ex-Maldita na mais nova rádio de "música contemporânea" do Rio começaram, na verdade, em fevereiro de 2003.

A programação continua "adulta" e desleixada, como ha um ano atrás. Alguns excelentes programadores, como Leandro Souto Maior, até se esforçam, colocando no ar algumas músicas excelentes, de MPB, de "música adulta" internacional e de rock antigo, excluindo, obviamente, rocks pesados. Mas no conjunto da obra, a rádio continua intragável.

Como boa parte do público-alvo da rádio (o dito público adulto) anda levando uma vida culturalmente fútil, sem ligar para a qualidade do que ouvem, a rádio está hoje num estágio no qual os ouvintes e os pioneiros da Flu FM de 1982 (Luiz Antonio Mello, Maurício Valladares e tantos outros) jamais imaginaram que a 94,9 niteroiense chegasse. A Flu FM é, simplesmente, a 2ª colocada em audiência, no segmento "adulto" do Rio. Atrás apenas da JB FM 99,7.

E, pelos sinais vindos de Niterói, o neo-yuppie Alexandre Torres Amora anda satisfeitíssimo com os índices de audiência e com o faturamento de "sua" FM.

Nem assim, o Grupo Fluminense se dispõe a reinvestir na Fluminense FM. Não coloca a rádio na internet (talvez com medo de comparações com outras FMs "adultas" do Rio e de fora) e nem encomenda uma nova logomarca. A oficial continua sendo aquela com a ponta do braço de uma guitarra, ainda da fase 2002-2003.

Investimento, mesmo, só no jornalismo estilo "gilette-press", marca das FMs: uma ampla reprodução de pequenas notas jornalísticas já publicadas em outras empresas. Há também os informes do trânsito.

Tudo isso é muito triste, para todos nós que lutamos por uma nova rádio autenticamente rock no Rio (vide artigo "Como se deu a campanha pela volta da Fluminense FM"). Satisfeitos, mesmo, só a cúpula da "Rede Rock" e seus iludidos ouvintes fiéis.

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