domingo, 25 de abril de 2004

Em noite de música eletrônica, quem tem uma guitarra é rei!

Terminou há pouco a edição 2004 do festival de música eletrônica Skol Beats, no Anhembí. Foram mais de 60 atrações, mas como a Rádio Base não está assim com essa bola toda, mandou somente um "representante": Eu! Então vamos à uma geral das atrações que pude acompanhar.
O festival começou com o Drum 'n' Bass pop do Kaleidoscópio, banda do renomado DJ Ramilson Maia. Com Janaína Lima no vocal e um ótima banda de apoio, o Kaleidoscópio fez a lição de casa e conseguiu levantar o público com seus hits.
Outro renomado músico que mereçe destaque é Edgar Scandurra, que à frente de seu projeto Benzina une seu virtuosismo na guitarra com batidas de tecno e house. Mas esse foi só o primeiro "roqueiro" a aparecer no Skol Beats.
O badalado DJ Benni Benassi mostrou sua verve roqueira ao misturar seu hit "Satisfaction" com o outro hit "Satisfaction", só que dos Rolling Stones.
A banda de Detroit White Stripes também "apareceu" no festival, e em dois momentos distintos: no meio do show do Basement Jaxx, sai das caixas de som a linha de baixo de "Seven Nation Army", primeiro single do álbum Elephant. Em seguida, numa mistura estranha nos primeiros segundos mas extremamente feliz nos seguintes, entra o vocal da música "in da Club", do rapper norte americano 50 Cent. É isso mesmo que você leu, o Basement Jaxx mixou White Stripes com 50 cent. E não é que ficou bom? Já um pouco mais tarde, no set do DJ Darren Emerson (aquele do Underworld!), apareceu uma versão tecno da mesma música do White Stripes já citada pelo Basement Jaxx. Fica uma pergunta: o que seria da música eletrônica sem o rock?
O melhor show da noite foi da banda Fischerspooner, que usou e abusou de efeitos visuais (teve até vendaval!!!!!), mas também foi muito competente no som ao vivo, feito pela banda presente no palco. Nem os vocais feitos em playback prejudicaram a qualidade do show. Até a Britney Spears faz playback!
Mas não existiu ninguém, em nenhuma tenda do festival, melhor para levantar e agitar o público como DJ Marky. Seu set de 2 horas se baseou em Drum 'n' Bass daqueles de fazer o chão tremer. É muito bonito e emocionante ver a relação que o público tem com o DJ Marky. É como se ele fosse um super herói, ou algo do gênero. A qualquer virada de música ou movimento do DJ, o público pulava insandecido e seguia o ritmo que saía dos falantes sem descansar um segundo sequer. Com certeza, é presença garantida em qualquer outro festival de música eletrônica que se preze.
Agora só me resta uma pergunta a fazer: esse zumbido que ficou no meu ouvido vai sumir quando?

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