segunda-feira, 26 de janeiro de 2004

Ouvindo a Kiss FM

Prezados Marcos Ribeiro e Marcos Lauro:

Desde a semana passada tenho sintonizado com maior freqüência a Kiss FM. Olha, até que a programação é boa, mas prestei atenção em um detalhe que deixam ouvintes mais atentos furiosos.

Nessa Quarta, dia 21, ouvi um trecho da "Madrugada Kiss FM". No horário da 1h as 2h, eles tocaram The Romantics, Elvis Presley, Paralamas do Sucesso, Rita Lee, entre outros. Eis que para minha surpresa, esses mesmos artistas e
as mesmas músicas voltaram ao ar das 13h as 14h. A rede CBS não toma jeito mesmo! Já utilizou esquema parecido com a extinta Rádio News e com a Iguatemi na fase "adulta", e agora tenta enganar os ouvintes alterando a ordem das músicas, com o mesmo playlist.

Chega de mesmice! Não é a toa que rádios como a Brasil 2000 tem revolucionado o dial e conquistando ouvintes de saco cheio do "lugar comum" que se transformou as FM's.

Helena Marinho
São Paulo - SP


Pois é, cara Helena, por falar em revolução, estive no Rio neste fim de semana e claro, fiquei de butuca nas rádios de lá. Não tive um pingo de saudade da Alpha, da Antena 1e muito menos da Nova Brasil FM. A Globo, a Paradiso, a JB, a Antena 1 dão bem conta do recado nessa praia do "adulto contemporâneo".

A Fluminense é a coisa mais largada do mundo: toca de tudo um nada, não tem mais locutor e é cheio de promoções vazias. É um vitrolão para lá de abandonado. Estou quase me oferecendo para ir botar ordem naquela bagaça, mesmo não sendo conterrâneo do índio Araribóia ou do Pocotó Marques. Pelo menos já sei onde se pega a barca para o lado de lá da Baía da Guanabara.

Contrato bons locutores da concorrência, levou alguns daqui, coloco o Rota e o Garagem na programação, ressuscito outros bons programas locais esquecidos por aí e mando bala. A briga é meio indigesta, pois a Cidade não dá para chamar de "Rádio de Rock", mas é bem armada, tem um departamento comercial aparentemente bem estruturado, potência, rola a nata da Rede Rádio Rock,etc. A Jovem Pan carioca investe muito na cor local, a exemplo da Transamérica. Rola o mínimo possível de programação da rede. Não que isso tudo que falei sejam necessariamente qualidades, mas mostra que parece - parece - eles sabem em que terreno eles pisam.

Em suma: falta muito rock no dial do Rio mesmo, como nossos leitores já denunciaram. Agora me digam: pode um bando de paulistas consertar uma rádio carioca que já foi marco (sem trocadilhos) da cultura pop deste país?

Quanto a Kiss, é bom saber que o nosso leitor é atento e não se contenta com pouca porcaria ou material de segunda. Parabéns, Helena.

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