domingo, 14 de dezembro de 2003

O ocaso da rádio (as emissoras paulistas são bregas?)

O rádio na marginalidade
Escrito em 9 de dezembro de 2003 por Isabel Pinheiro

Quem ouviu o rádio do Rio ouvia e não vai ouvir mais grande coisa. E o pior que isso não vale só para o Rio de Janeiro.

A diferença é que o rádio do Rio fazia a diferença. Desde 1995 a rádio Globo-RJ está uma droga. Para completar, o Marco Aurélio dá os CDs encalhados da Som Livre. O programa dele já é uma porcaria e ele se acha o máximo. Nos últimos anos a Globo-SP estava melhor do que a carioca, por incrível que possa parecer, embora paulista goste de breguice, eles estavam melhorzinho. Tendo o Rio melhores profissionais, disparado.

Mas, o que vai se fazer? O Antonio Carlos ganha R$ 80 mil por mês e não deve estar nem aí; ele é muito bom, mas ha anos o programa vem sendo levado com a barriga. O melhor da Globo-Rio hoje, fora a programação esportiva (que continua melhor do que a da Tupi, o Penido não é páreo para o Jose Carlos Araújo), continua sendo o Mário Esteves, que consegue ser bom mesmo em meio a mesmice.

A Tupi, aproveitando a grande audiência, deveria ousar e achar um substituto para o diferencial que foi o Doalcei Bueno de Camargo, e daí os esportes iriam às alturas, pois eles tem uns repórteres muito bons.

A Tupi está matando até o Apolinho. Outra chatice da Tupi: todo o dia é o mesmo tipo de programação, embora os comunicadores sejam bem melhores do que os da Globo, com exceção do Mário Esteves. Por que não lançar outro tipo de programação que pode ser até popular-popularesco, mas mais alternativo?

Tem um programa no Rio que eu acho muito bom, que é o Alô Daisy da Daysi Lúcidi (Nacional AM 1130). A Daisy continua sendo a tal, uma pena que os donos de rádio não estejam nem aí. É diferença por que a TV Globo sempre tem grandes patrocinadores e o rádio em geral perdeu-os para as TV.

Por pior canal de TV que se assista hoje, é bem melhor do que ouvir rádio. Olha que eu não sou telespectadora, dificilmente vejo TV, mas acho isso cada vez mais. O rádio não vai morrer, mas vai continuar na marginalidade. Pegando os profissionais que sobram da TV e dos jornais.

Isabel Pinheiro
Santa Maria - RS


Do Tributo ao rádio carioca

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Por que o rádio de São Paulo é brega? Por que tem comunicadores como Paulo Lopes e Paulo Barboza que, por sinal, fizeram muito sucesso no rádio carioca antes de virem para São Paulo? São Paulo é brega por que é sede de 13 redes de rádio? O rádio daqui é brega por que cobra dez vezes mais por um anúncio de 30 segundos? Por que o rádio de São Paulo é brega? Por que está no maior mercado publicitário do país?

E o que acontece no rádio do interior gaúcho? Será que dona Isabel sabe? Será que o rádio de lá é brega? É chique? Ou é mais fácil meter o pau na rádio do quintal dos outros (sem alusão ao horroroso programa noturno da Rádio Globo)?

E qual é o problema em ser brega? Ser brega é o mesmo que ter mau gosto? Cartas para redação, por favor (mesmo acreditando que nenhum ouvinte ou radialista paulista dificilmente vá discorrer sobre o assunto. Se o fizer, fico agradecido)!!!!!!

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