quarta-feira, 28 de julho de 2004

Ana Paula quer trabalhar em rádio ( e eu também!!!)

Oi pessoal, gostaria de pedir um ajudinha. Sou estudante de jornalismo e minha paixão é o rádio. Montei um portifólio com os meus trabalhos de rádiojornalismo da facul e quero mandar para as emissoras, mas estou com dificuldade de arrumar os endereços. Vocês poderiam me arrumar os endereços e contatos de pessoas que eu possa falar nas rádios, se não for pedir demais? É, gente, está super difícil arrumar empregos nesta área hoje em dia. De qualquer forma, muito obrigada, Valeu mesmo!

Ana Paula Marques
São Paulo - SP


É, Aninha, se é que você me permite que a chame assim, a coisa tá feia. Foi-se o tempo em que a sua xará - a minha tia Ana Lúcia - chegou a São Paulo e, na primeira semana, escolheu em que tipo de fábrica iria trabalhar. Um belo dia, estava ela passando em frente a fábrica da Adria, em São Caetano, e pensou: "deve ser legal trabalhar numa fábrica que faz massa". Entrou no escritório, falou com o chefe do departamento pessoal e, meia hora depois estava empregada pronta para se apresentar para trabalhar no dia seguinte. Mais tarde, outra tia minha entrou lá, começou a namorar um rapaz que trabalhava em outra seção e acabou casando com ele (simbora mudá o rumo da proza...)

É mentira, Terta? Verdaaaaade!!! É que a moçada de hoje nem imagina como é o mercado de trabalho quando a Lei da Oferta e da procura está a nosso favor. O finado Vandir costumava me contar que quando começou a trabalhar no extinto Diário Popular, ganhava muito pouco. Certo dia, um colega o chamou para fazer alguns free lances no antigo DCI durante o fim de semana. Geralmente eram matérias sobre alguma cidade do interior. Ele viajava com ônibus, hotel, tudo pago pelo jornal. Na época, o DCI era o segundo maior jornal de São Paulo, só perdia para o Estadão. O dinheiro que ele ganhava num fim de semana era mais do que ele ganhava no mês trabalhando no Diário Popular. Nessa época também, final da década de 70, início dos 80, muitos jornalistas tinham 3 empregos ou mais, embora o salário fosse baixo.

Mas o que será pior: trabalhar 15, 16 horas por dia em 2, 3 emregos diferentes para ter um ganho razoável- como era outrora, ou não ter emprego nenhum. Sinceramente,a cho que a última opção é pior.

Pois bem, pessoal, quem puder dar uma luz para a Ana Paula, escreva aí embaixo. E, se sobrar vela, não se esqueçam dos pobres editores aqui, ok?

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