domingo, 1 de agosto de 2004

Brasil 2000 vai mudar por minha culpa??(2) Curioso, não?

Este texto foi enviado para o Colunista Lúcio Ribeiro, da Folha Online, com cópia para este blog.

Prezado Lúcio,

Eu li seus comentários acerca da inclusão da música "Aqualung" do Jethro Tull na programação da rádio Brasil 2000. Gostaria de que publicasse meus comentários.

Não concordo com sua opinião, por achar que Aqualung, apesar de ser bem antiga, de 1971 (por sinal o ano em que nasci), é uma canção respeitável de rock. A Brasil 2000, admito, ainda tem seus prós e contras, pois a rádio mal começou a se livrar da fase lamentável de Tatola e Lélio Teixeira, que desmoralizaram a rádio.

A Brasil 2000 tem uma programação boa e uma excelente seleção musical. Não há como duvidar do talento e das intenções do grande Kid Vinil. Mas seus senões estão ainda nas vinhetas, na linguagem dos locutores e até na presença de alguns locutores mauricinhos, como o chamado William Maier. Há até falação em cima das músicas, pois é inadmissível em tempos de MP3, um locutor falar ao mesmo tempo da introdução ou do final de uma canção.

Apesar disso, não acho exagerado a Brasil 2000 tocar "Aqualung" do Jethro Tull. Prefiro rock antigo, por exemplo, ao grunge, de quem nunca fui grande fã e do qual estou cansado de ouvir. Tocar "Man in the box", a chata canção do Alice In Chains, é que seria desandar. Da mesma forma que tocar nu metal ou bandas tipo Creed, The Calling ou mesmo Detonautas e Charlie Brown Jr..

Também seria um descaminho se a Brasil 2000 se ocupasse em tocar uma música como "Sultans of Swing", dos Dire Straits, que está para a banda de Mark Knopfler assim como "I feel good" está para James Brown e "Stairway to heaven" para o Led Zeppelin. Músicas legais, mas que ninguém mais suporta ouvir de tão marteladas.

A Brasil 2000 merece permanecer como rádio de rock. Até porque temos rádios bem piores, como 89 e Mix, estas sim uma grande piada. Mas eu sugiro que a Brasil 2000, mesmo tendo direito de tocar clássicos do rock, se concentre nas bandas mais alternativas (que tal tocar o maravilhoso Catherine Wheel?). E que deixe a missão do rock clássico para a Kiss FM.

Um abraço a todos.
Alexandre Figueiredo

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