quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Professor Pasquale e Globo se calam diante da "reforma ortográfica" e realizam série sobre o assunto

A reforma ortográfica assinada este ano pelo presidente Lula entra em vigor no dia 1º de janeiro de 2009 e prevê a unificação dos registros escritos do Brasil, de Portugal e de mais seis países de língua portuguesa. Mudar a grafia de palavras certamente vai causar muitas dúvidas num primeiro momento; por isso, haverá um período de transição até 2012.

Mas o ouvinte da Rádio Globo não precisa esperar todo esse tempo. Em dez lições simples e didáticas, o professor Pasquale Cipro Neto vai provar que essa mudança não é um bicho-de-sete-cabeças. A série especial do boletim "Com a palavra, o professor Pasquale", que a Rádio Globo apresenta a partir do próximo dia 1º, será uma oportunidade única para quem quer se adiantar e ficar por dentro das novas regras. As edições vão ao ar de segunda a sexta, às 11h05min, com reprises às 15h45min. Uma aula imperdível para quem ama a língua portuguesa.


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É incrível como as pessoas aceitaram alegre e passivamente estas mudanças sem propósito. Como se não bastasse o brasileiro mal dominar o idioma, ainda temos a arrogância de querer ensinar a escrever aos portugueses o idioma que eles inventaram e nós recriamos. Nossa idioma é outro idioma. Nada tem a ver com o falado em Portugal e em outras paragens.

Fico triste em saber que só o radialista Jose Paulo de Andrade - até onde pude ouvir - questionou estas mudanças, em algum casos, sem propósito. Para que tirar o acento da jibóia? Para falarmos "jibôia"? Mais um pouco o Presidente Lula convenceria os lusitanos a acabar com a concordância verbal e com a concordância nominal. Por que não dizer "nóis vai" e "nóis fica" como infelizmente já é comum se ouvir nas ruas? Por que precisamos escrever " Os portugueses criaram o idioma", se é "mólegal" falar "Os portuga balaram esse lance de língua portuguesa", como bem diria o chefe de estado deste iletrado país.

Aliás, o presidente é um hipócrita vernacular. Ele sabe conversar num nível coloquial como poucos, dado a seus anos de política. No entanto, ele insiste em usar uma língua tosca, que envergonha os demais falantes da última flor do Lácio. Pensa ele, na mente perversa de político no poder que assim o povão o entenderá. Em suma: nivelar por baixo ao invés de melhorar o que já é tão ruim. Cada povo tem o governante que merece. Eu, não.

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