segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

89 FM é lembrada em prêmio da Bizz

A Adnews deu com destaque e o Rádio Agência resumiu:

89 FM e Lobão dividem título do Prêmio Bizz

Desde ontem, quinta-feira, 11 de janeiro, a BIZZ 209 circula por todo País apresentando os vencedores do "Prêmio BIZZ 2007" - premiação anual da revista que elege os destaques da música sob o ponto de vista tanto da crítica quanto do público. Entre as dez categorias, Coisinha Ridícula chama a atenção por sua irreverência em ressaltar as trapalhadas do mundo da música que marcaram o ano de 2006. Na votação popular, a 89FM de São Paulo faturou o título por ter mudado seu estilo "para ficar igual à concorrência".

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Vale lembrar que o jornalista Ricardo Alexandre, editor-chefe da Bizz, tem um livro inédito sobre a história da 89 FM. Seu lançamento estava previsto para as comemorações dos 20 anos e era um projeto oficial da emissora, mas atrasou. Com as mudanças de rumo, a obra parece que foi deixada de lado. Nunca mais se tocou mais neste assunto deste então. Em janeiro do ano passado, em entrevista ao Observatório da Imprensa, ele falou um pouco do livro e chegou a fazer um paralelo entre os dois veículos:

Um dos atuais projetos paralelos de Ricardo é um livro que conta a história da Rádio 89 FM, de São Paulo, cujo slogan é "a rádio rock". A emissora comemorou 20 anos em 2005. Previsto para ser lançado junto com as comemorações, o livro deve chegar às lojas este ano. "Tive momentos de grande reflexão enquanto escrevia o livro porque, de certa forma, os dilemas da 89 são muito parecidos com os da Bizz – a começar que surgiram no mesmo ano, 1985. Uma das grandes epifanias foi quando o coordenador, Luis Antonio Alper, falava sobre seus ‘ouvintes xiitas’, aqueles que vão pichar as paredes da rádio se ela tocar Bon Jovi, ameaçar de morte se tocarem Skank ou mandar bombas se rolar Jota Quest. Alper defende que existe um ponto se fazer o jogo dessas pessoas. Elas são importantes, são respeitadas e devem ser valorizadas. Mas, a partir desse limite, a gente passa a agradar apenas aos xiitas e começa a desagradar a todas as outras pessoas, que numericamente são muito mais interessantes, mas que são infinitamente menos barulhentas". Qual é o ponto de equilíbrio? "Cada veículo sabe o seu", entende. "E só com o tempo se chega a ele. Estamos sempre ajustando os nossos pontos de equilíbrio".

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Se vocês aceitam uma opinião, eu acho que o Ricardo Alexandre que escapou de pagar um mega mico. Afinal, não existe coisa mais chata e mais suspeita do que esse papo de "biografias autorizadas", "projetos oficiais" ou coisa que o valha. Não entendo muito desta história de mercado editorial, mas, se fosse ele, tentaria publicar esta obra por outros meios. É claro que daria uma revisada e atualizada antes, uma vez que teria mais liberdade de expor todos os fatos relevantes da história de 89 FM. (Marcos Ribeiro)

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