quarta-feira, 29 de novembro de 2006

A revolução na audiência teen

Nos últimos dias, o glutão Grupo Bandeirantes de Comunicação diz estar travando uma guerra suja promovida pela Editora Abril por uma certa hegemonia no mercado de comunicação televisivo focado no público jovem. Diz o grupo sediado no Morumbi que a Abril, sócia da operação brasileira da MTV - emissora cujo target está voltado para o público adolescente - está melindrada com entrada da rede 21 neste setor com a programação da Play Tv, cujo sócio é a Gamecorp, de Fábio Luís Inácio Lula da Silva, filho do presidente da República.

Nessa história toda, sobram acusações de que uma estaria com medo da concorrência direta e assim usa seus veículos de comunicação junto com o seu poder de persuasão para amedrontar futuros patrocinadores. Do outro lado, vem as denuncias não comprovadas de que o concorrente estaria se beneficiando do novo sócio para usar seu poder de influência sobre empresas estatais que são grandes anunciantes, entre outros diz-que-diz e choramingos. Tudo "denunciado", nada comprovado.

Picuinhas corporativas e televisivas à parte, a verdade é que, no rádio AM/FM, esses mesmos personagens travam uma guerra muda pelo filão da audiência teen, cujo mercado de consumo é promissor e atrai os cada vez mais escassos grandes anunciantes de rádio. Comenta-se por aí que a ex- Rádio Brasil 2000, emissora educativa da Universidade Anhembi Morumbi, teria sido comprada, pela MTV Brasil, que pretende transformá-la no braço radiofônico do canal de tv. Ao longo deste ano, a Music Television brasileira começou a investir em internet e passou a produzir conteúdo exclusivo para o seu novo site MTV Overdrive, que também inclui o melhor da programação. Segundo alguns especialistas em mídia, é uma tentativa de estar presente em todas as mídias que seu público alvo frequenta: TV, Internet, rádio FM, celular. Há quem diga que, com medo de um certo estranhamento do mercado, a Abril poderia "comprar" a ex-Brasil 2000 e transformá-la num braço radiofônico da Revista Bizz, também de sua propriedade. Há pouco mais de um ano essa publicação foi "ressuscitada", mas com um viés multimídia: revista e internet e o que mais aparecer pela frente.

Criada em 1985, a Rádio Brasil 2000, de São Paulo, foi ao longo destas duas décadas pivô maior de suas crises. Teve um início cambaleante, cuja programação musical oscilava entre o pop, o popular e o popularesco. Na década de 90, sob o comando de Roberto Miller Maia, ganhou prestígio e credibilidade junto ao público jovem. Mas o lucro e faturamento não vieram dado à baixa potência de seus transmissores. Com a saída de Maia, a crise de identidade se instalou junto com equipamentos mais potentes. Grandes nomes do mercado - e alguns medíocres também - se revezaram no comando da emissora. O prestígio e a audiência subiam ou desciam conforme a competência do diretor de plantão.

Em certa época, a emissora da Anhembi Morumbi retransmitiu o horário nobre da Rádio Bandeirantes AM pelo custo estimado de R$ 70 mil por mês. Dizia-se na época que era o primeiro passo para a Band adquirir a Brasil 2000 e transformá-la em Bandsports FM, braço radiofônico da emissora homônima de TV por assinatura. Tal profecia não se concretizou.

Em passado recente, o grupo Band adquiriu a lendária 89 FM, a rádio rock. Segundo comantava-se então, é que a idéia era transformá-la em Play FM, uma extensão da Play TV. Até o momento esse projeto não se concretizou. Em contrapartida a 89 mudou sua programação, investindo numa grade musical pobre e sem imaginação, visando brigar com redes de maior fôlego como a Mix, a Transamérica, a Jovem Pan e nanica e insignificante Metropolitana.

O grande filão teen e as nova tecnologias

O público que vai hipoteticamente dos 14 aos 29 anos é muito promissor para o mercado de consumo. É justamente aquela faixa que escolhe o que quer para si, mas ao mesmo tempo "lê" a opinião de seus pares e de suas referências, buscando uma identidade aos seus iguais. Ao sair dessa faixa, os consumidores desse target tornam-se adultos com poder de compra. Ganhar a confiança de um público dessa nesta hora pode significar possuir um cliente para o resto da vida, se ele for bem trabalhado.

Os adolescentes atuais possuem uma grande diferença dos de décadas passadas. Eles podem ter acesso à interatividade por meio da internet, comunicação celular, etc. Isso era impensável até para jovens que viviam na década de 90. A interatividade mudou os conceitos do mercado, sobretudo o do mercado "teen". O ouvinte / telespectador / leitor deixou de ser mero receptáculo de conteúdo e passou a consumir e selecionar muito mais informações e a produzir também.

No caso do rádio, podemos dizer que Excelsior, Difusora, Tamoio e Mundial, emissoras musicais AM de grande sucesso na década de 70, cuja principal função era despejar conteúdo e ditar a moda musical, são impensáveis hoje em dia. Até poderiam dar certo comercialmente, mas talvez não tivessem prestígio ou credibilidade. Esse tipo de programação começou a dar sinais de fadiga a olhos vistos.

Com a derrocada da ditadura militar e a chegada das FMs, tudo levava a crer que novos tempos se instalariam nas ondas do rádio nos anos 80. Mas a crise econômica e fatal falta de visão do meio publicitário e dos comandantes desta nova mídia, levaram o rádio para o atraso. A ordem era martelar um sucesso até ele se desgastar. O jabá corria solto e as grandes gravadoras multinacionais impunham o que o consumidor iria ouvir e comprar, uma vez que eles eram os grandes produtores de música sem concorrentes.

Lentamente, criou-se uma geração de profissionais acostumados a não inovar, a não pesquisar, a não criar e a não aprender sobre a principal matéria prima de seu trabalho: a Música Pop. Ao menos na década de 70, os profissionais de rádio, mesmo com poucos recursos, se esmeravam em aprender mais sobre música, apesar da censura e da minúscula produção de então. Os poucos profissionais que teimaram e não sucumbiram à "má formação" da maioria, acabaram indo para a mídia impressa, ou conquistaram espaços minúsculos mas altamente importantes de resistência em alguma FM independente de baixa potência, mas de muita garra. Boa parte da audiência, aquela que ansiava por novidades, cobrava criatividade dos profissionais de então, saiu frustrada da década perdida, com um sentimento de derrota nos ouvidos. Eles não conseguiram o espaço suficiente no rádio para expressar suas idéias, muito menos dominar os meios de produção da música, manifestação artística que lhes é tão caro e que fala direto aos seus corações.

A década de 90 traz o Brasil toda a desilusão de um presidente almofadinha, equivocadamente eleito pelo povo. E também a Music Television. Rapidamente a MTV assumiu o posto de "referência na moda musical" do país, posto este que pertencia às FMs de um modo geral. Os gênios da rádio - aqueles que na década anterior contribuíram enormemente para a queda da qualidade radiofônica - decretaram que a ordem agora era segmentar, uma vez que o surradíssimo modelo de "broadcast" americano apontava para isso também nos EUA. Como não poderia deixar de ser, a segmentação foi deturpada em terras tupiniquins. Simplesmente separaram as emissoras de rádio por gênero de programação que transmitiam, e não por tipos de público alvo. Afinal para que fazer o ouvinte pensar por meio de uma identificação com a sua rádio predileta, não é mesmo? Foi o fim da diversidade musical, último traço de vida inteligente no rádio herdado dos anos 70.

Como foi dito, a falta de visão dos homens de rádio, foi minando a qualidade do veículo aos poucos. Alguns até apostavam que o rádio sumiria de vez com as novas tecnologias. Para felicidade dos ouvintes e órfãos dos anos 70 e 80, tudo saiu ao contrário. Nenhuma mídia se beneficiou tanto da parceria com a internet e a telefonia celular como o rádio. Novas formas de transmissão de rádio foram criadas dentro da web. Aos poucos, quem apenas lamentava ou se contentava em "consumir" as sobras culturais das rádios FM musicais de agora, passou para atividade e montou sua própria programação de rádio. Emissoras literalmente virtuais criadas em "fundos de quintal" começaram a competir de igual para igual com rádios convencionais. Em favor destes pequenos empreendedores, a vontade de mexer com essa mídia, o gosto pelas ondas hertzianas e a experiência acumulada em outros campos de atuação. Músicos, jornalistas, especialistas em informáticas e leigos começaram a produzir coisas novas e novas formas de linguagem para o rádio. Passou a ser emissor e destinatário de si e de outras emissoras virtuais ou não.

O público "teen" mais acostumado ao uso destas novas ferramentas, foi o primeiro a entrar de cabeça. O rádio, comandado por gente atrasada e sem visão, percebeu e começou a perder ouvintes aos montes. Aquele jovem que décadas atrás se resignava apenas a ouvir e consumir a música que lhes era imposta, de repente, sumiu. O FM deixou de ser referência na hora do ouvinte escolher o que vai ser a sua trilha sonora pessoal. Okut, My Space, Trama Virtual, Itube, Google, MSN Messenger, entre outros portais e ferramentas, passaram a ser o referencial de música em quase todos os gênero. Grandes hits começaram a ser forjados em ringtones de celulares para depois caírem em algum site especializado e daí sim, ganhar as decadentes lojas de CD e FMs "campeãs de audiência". Hoje em dia é comum ver bandas novas criarem seus sites, com direito ao internauta baixar as músicas do grupo, antes mesmo de eles lançarem o primeiro CD. Outros artistas disponibilizam obras inteiras ao seu público de forma totalmente gratuita. Assinando serviços de podcast ou RSS, o usuário recebe automaticamente atualizações de todos os sites ou rádios virtuais que costuma ouvir, sem se preocupar em ter de visitar as urls todos os dias.

Apesar desse admirável e desconhecido "mundo novo" o rádio de um modo geral, sobretudo aquele que quer se voltar ao público jovem, insiste em permanecer na idade média do "broadcasting". Timidamente, estações voltadas ao jornalismo - CBN, Bandeirantes, Band News FM, Eldorado, Gaúcha, usam algumas destas ferramentas para colocar à disposição dos ouvintes os seus principais programas, quadros e atrações para aquele que não pode acompnhar a programação ao vivo em tempo real. Revistas especializadas em música, esporte, notícias incrementam seus sítios com gravações e programaetes de rádio que complementam ou até atualizam suas edições impressas. As rádios "teens" - objeto de nossa análise, por terem uma programação musical totalmente anacrônica e superada, não consegue sucesso com o uso dessa implementação. O prbolema é que maioria continua no atraso, há 20 ou 30 anos. Não chegaram à era da internet ainda. Os recursos que disponibilizam em seus portais não atraem ninguém. Não há uma interatividade verdadeira entre eles e os ouvintes porque o Jabá - prática abominável que, por ironia do destino, foi esvaziada pela pirataria contra as grandes gravadoras - não tem como imperar onde o destinatário tem voz ativa.

Emissoras como a 89, Fluminense, Rádio Cidade (Rio) que não compreenderam essa nova relação mercado / consumidor vão sumir sem deixar rastro ou saudade. Grandes redes como Transamérica, Mix, Jovem Pan, Atlântida , vão evaporar, caso não se integrem aos novos tempos. Aos poucos, a ditadura das FMs vai minguando. Novos conceitos de rádio - como a Oi FM, uma emissora voltada exclusivamente para o público da operadora de celulares Oi - levam a sério a relação rádio/internet/ouvinte/internauta e e expandem seu mercado de telefonia usando inteligentemente o rádio como ferramenta de marketing. Emissoras virtuais como a Hype, Fênix, Pool web radio, Rádio Mundo Rock, se especializam em nichos de mercado, com públicos altamente qualificados, não disperdiçando um byte sequer para atingir seu target, como é do gosto do anunciante de rádio. Ainda não foi dessa vez que o estrábico mercado publicitário enxergou esse apuro de audiência. Se não começarem a pesquisar o quanto antes, vão perder clientes também.

É engano dizer que na pré-historia da internet que ainda vivemos, todas estas constatações caem por terra porque o número de internautas é pequeno. Mentira! O número de aparelhos domésticos pode ser ainda pequenos. Mas o acesso à rede mundial de computadores aqui no Brasil é mais facilitado do que se imagina: Lan Houses que cobram R$ 2, 00 a hora de uso nas periferias das grandes cidades e nas cidades do interior distante; Centro de consulta digital instalados em instituições de ensino privados e públicos; terminais de consulta gratuitos em diversos locais públicos; as facilidades de crédito para aquisição de computadores domésticos em lojas do grande varejo; tudo isso contribui mais do que se imagina para a tão propalada "inclusão digital".

Em suma, a responsabilidade dos que trabalham em rádios dita jovens torna-se enorme: ou eles mudam essa postura de não ousar, não arriscar, não tentar e venerar o status quo do jabá em que vivem desde a idade média, ou nem mesmo o rádio digital que vem por aí salvará o lixo sonoro imposto aos ouvidos adolescentes.

25 comentários:

Anônimo disse...

Porra! Muito bom! E é a mais pura verdade.

Abraços.

Anônimo disse...

Perfeito!!! Não tem nem o que comentar...

É bom pra perceber que idéias de rádios diferentes (que muita gente "leiga"... ouvintes, mesmo) tem não existe por um motivo simples: essa falta de visão e esse pensamento atrasado de tantos profissionais de rádio.

Anônimo disse...

Puxa. Por isso que o blog ficou esses meses todos paradaço? Vc tava escrevendo esse textinho meio longo aí?
Parabéns, vc conseguiu hein...

Marco Antonio Ribeiro disse...

Ricardo Henrique, meu fofo, entenda uma coisa. Você deve ser meio novo aqui e acho que ainda não compreendeu como funciona o blog. Se você discorda do que escrevi, mande seu texto para cá e diga por que não concorda e nós publicaremos. Agora, se você trabalha em alguma emissora de rádio e também e quer dar sua opinião a respeito do que foi escrito ou comentado, mande seu texto para cá. Aí pedimos a gentileza de que você se identifique devidamente com nome, sobre nome e a cidade de onde você está escrevendo, certo meu lindo?
Aliás, você não disse se concorda com o conteúdo do meu texto ou não? O senhor por acaso tucanou e ficou em cima do muro? Beijos...

Anônimo disse...

Será que agora vai??

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u112784.shtml

Marcos Lauro disse...

Daniel, não é pessimismo de minha parte. Mas transformar jabá em crime não vai alterar de forma alguma a realidade do rádio brasileiro. Nem pra pior, nem pra melhor. Tantos atos cometidos por esse brasilzão são crimes e nada acontece... O que precisa é mudar a mentalidade.
Ou você acha que alguém vai preso por causa disso?

Anônimo disse...

Marquinhos Ribeiro "Moura", vc tá se revelando heon? Quando vc fica bravo, vc dá esses pitis assim?

Marcos Lauro disse...

Moura? Nâo entendí... é piada interna?
Marcão, não é só porque eu faço parte desse blog também, mas esse texto está digno de ser publicado numa Rolling Stone ou Piauí da vida, viu!

Anônimo disse...

Cara...
Texto show de bola. Parabéns !
Algumas coisas eu concordo em partes ou e outras não.
Um abraço e continue assim.

Anônimo disse...

Sim, M Lauro, muitas leis são difíceis de serem cumpridas aqui no Brasil e eles (donos de rádios e gravadoras) vão achar outros meios de fazer uso da tal da "verba de publicidade". Mas só o fato de existir uma lei incomodando a vida deles nos calcanhares, já é uma boa coisa.
Abraços!

Anônimo disse...

Putz! Markinhos Moura foi foda hein... rá rá! Que bizarro.
Ei M Ribeiro... Acho que se esse Ricardo trampa em alguma rádio, deve ser de alguma beeeeem bregona.
rê rê rê!

Marcos Lauro disse...

Prefiro Odair José...

Marco Antonio Ribeiro disse...

Olha, Daniel, sabemos que as rádios popularescas ou "bregonas", devem ter pessoas que trabalham pensando no que seu público quer, apesar do gosto duvidoso. Pior são as rádios jovens que posam de modernas, mas que vivem da idade média: elas tocam e você vai ter que ouvir o que é "música jovem". Li não sei onde aqui na internet há pouco tempo que, cada vez mais, as bandas de rock estão fazendo sua fama e notoriedade primeiro na internet e depois na mídia "real". É verdade. Ainda ontem fui a um Shopping em São Paulo e na mesa ao lado da praça de alimentação, o grande assunto entre os jovens ali sentados eram os novos MP3 de uma banda escocesa cujo nome nunca ouvi falar - o Marcos Lauro talvez a conheça. "Eu conheço a banda 'Fulana de tal', desde 2005, quando um amigo meu mandou o link da comunidade deles no orkut. E ouvi dizer que eles vêm fazer shows no Brasil o ano que vem. Demorou, né?", disse um dos convivas. Pena não lembrar o nome da banda. Em nenhum momento eles citaram terem ouvido alguma rádio fm como referência para saber notícias do grupo musical. É o mundo em que vivemos hoje em dia. Daniel.

Marco Antonio Ribeiro disse...

Desculpe-me, a frase correta é:"É o mundo em que vivemos hoje em dia, Daniel."

Anônimo disse...

Tolerância Zero - SP.

Que morram todas as malditas rádios "tins" e bregas. Vão para o inferno !!!!!

Marco Antonio Ribeiro disse...

Por que tanta ira, meu caro ......qual é o seu nome mesmo?

Anônimo disse...

E aí Marquinhos Moura, tá nervosa ainda?

Marcos Lauro disse...

Putz, cara chato! kkkk

Anônimo disse...

Eu sou chato sim e as rádios que eu comando mais ainda.

Anônimo disse...

Ricardo, há quanto tempo uma rádio que você comanda não aparece entre as cinco mais do Ibope. Você tá ultrapassado, cara.

Anônimo disse...

Eu sou o cara. Não sou radialista demitido de rádio comunitária que fica escrevendo blog na internet.

Marcos Lauro disse...

É cada coisa que me aparece nesses comentários...

Gostaria de saber a que você se dirige quando escreve "radialista demitido de rádio comunitária que fica escrevendo blog na internet".

Eu nunca trabalhei em rádio comunitária e creio que o Marcos Ribeiro também não.

Marco Antonio Ribeiro disse...

Não, nunca trabalhei em rádio comunitária, recebi até convite, só que se tratavam de rádios piratas. Logo, recusei por uma questão de princípios.
Mas terei o maior prazer de passar por esta experiência no dia em que uma emissora verdadeiramente comunitária me fizer o convite.

Anônimo disse...

Lembro-me que, na malfadada década de 90, havia um certo Ricardo Henrique, que comandou a chegada da Transamérica ao topo do ranking de audiência do Ibope, graças há muitos esquemas promocionais e outros expedientes usados por quem quer a liderança da audiência. Se não me engano, era esse o nome o cara. A Transamérica caiu no gosto da molecada que curtia locutores berrando nos seus ouvidos e tocando uma música atrás da outra - nem sempre na íntegra. Logo depois, Ricardo Henrique foi trabalhar na Jovem Pan FM. Será que é este mesmo cidadão que agora ataca os redatores deste blog? Creio que não. Uma pessoa com tamanha competência comercial, no mínimo, teria sido mais respeitoso com os editores deste espaço e os seus leitores. Dizer que esse compêndio foi uma perda de tempo, me desculpem, mas é passar atestado de analfabeto. Está tudo ali preto no branco. Creio até que a maioria dos leitores não concorde com a análise do nosso prezado blogueiro - o que não é meu caso. Mas hão de convir que o rádio, ou melhor, os profissionais que comandam as rádios deste segmento não estão acompanhando os novos tempos e, ao meu ver, preferem ainda se submeter aos desmandos das gravadoras multinacionais, tentando impor ao público o que eles creêm que os jovens queiram ouvir. Isso é uma prática do século passado que felizmente a molecada atual simplesmente se recusa a obedecer. E ISTO É ÓTIMO PARA O RÁDIO!!!!!

Marcos Lauro disse...

A edição de novembro da revista Bizz já decretou a morte do rádio. Pelo menos, da forma como ele existe hoje.

A análise do Marcão foi precisa. Tanto é que me comprometí com ele para escrever um texto defendendo o rádio e até agora não conseguí. Estou tentando achar os argumentos ainda. Está difícil. Me ajudem.

Ah, também não acho que esse "r. henrique" seja o citado Ricardo Henrique. Se for, espero dele uma contribuição mais útil e de melhor conteúdo para este espaço.