domingo, 21 de setembro de 2003

Nova Record e Nova América

Olá, Marcos e amigos da Rádio Base

Duas importantes emissoras de rádio modificaram suas programações nos últimos dois meses. Record (AM 1000 KHz) e América (AM 1410KHz), de certa forma, voltaram às origens com as tais reformulações, em busca dos milhares
de ouvintes perdidos há muito tempo.

Na Record o jornalismo superficial, característico de emissoras populares, é o que mais se destacou desde o início da reformulação. O matutino “Fala Brasil” (seg. a sex. 07h-08h) é bem movimentado, tem um agenda de prestação de serviço interessante e conta com colaboradores de quilate considerável. O problema é que o apresentador, Ricardo Capriotti, na ânsia em se tornar
intimo ao ouvinte, desliza em comentários esdrúxulos e bobos. Mesmo assim, o programa parece seguir uma linha que agrada ao ouvinte da Record, tornando o jornal uma boa opção para quem quer se interar do que está
acontecendo sem grandes aprofundamentos.

No mais, o destaque é para o esporte, que, mesmo nos tempos em que
a Igreja Universal resolve abocanhar a programação, sempre foi bom, sob o comando de Fiori Giglioti. Os programas esportivos de fins de semana tem tido
qualidade e conteúdo, raro nesse meio em outras emissoras. Além dos jornalísticos, Cacá Rosset foi a boa surpresa que a Record ofereceu aos ouvintes nessa mudança, inteligente e bem humorado, destoa um pouco de suas antecessoras, Liliane Ventura e Cristina Rocha.

Já a América vem com uma proposta, já colocada em prática, mais difícil. Além de voltar aos tempos em que a música era destaque em sua programação, está disposta a “qualificar”sua audiência, com programas que destacam
a natureza, o social, a tradicional MPB e a refinada música internacional. Resultado: dentre as rádios que possuem proposta similar, consegue ser bem original e agradável. Não tem um playlist morno como o da Nova Brasil FM, também nem muito “pesado”como o da Cultura AM. Raridades podem ser escutadas nas ondas na América.

O projeto deve ser consolidado no ínicio de 2004, quando o Paulo Barbosa deverá sai da emissora e o horário do moço for ocupado por programas mais alinhados a nova programação. O problema é saber se as emissoras citadas aguardarão o tempo necessário para que ouvintes e mercado publicitário comecem a entender e se adaptar aos novos programas. Para o bem do rádio é bom que esperem.

Alessandro Pereira
Jundiaí - SP


Também espero que não seja mais uma onda de "busca pela qualidade" só porque a coisa tá preta e o dinheiro de anunciantes anda escasso para quem faz uma programação popularesca e de baixa qualidade. Tomara que se as coisas melhorem, essa preocupação com a qaulidade da rogramação continue e seja permanente. Um abraço, Alessandro.

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