quinta-feira, 11 de setembro de 2003
As FMs de Ponta Grossa
Olá, amigos da Rádio Base,
Gostaria de manifestar minha opinião sobre a atual posição do dial em minha cidade. Simplesmente lastimável. Ponta Grossa, 300 mil habitantes, a 130 km de Curitiba, possui 3 emissoras FM da própria cidade e mais 3 imigradas de cidades vizinhas.
Quem detém o primeiro lugar em audiência, Nunca se sabe ao certo.
Todas acusam-se vencedoras, porém o último Ibope de que se tem notícia na região foi realizado em fevereiro de 1997 em que constatava-se o seguinte :
Em primeiro, estava a Tropical FM 97,3, com 45% da audiência, tinha pretensões de virar rede. Inclusive fez a aquisição e a instalação de todos os equipamentos, porém, nunca ninguém se interessou. Possui afiliadas hoje em Telêmaco Borba e anuncia há mais de um ano na sua emissora local que, em breve, estará também em Guarapuava. Até agora, nada...
Voltada ao popular e ao gauchesco (?), tinha o slogan de "música nacional 24 horas por dia". Nos dias de hoje, não é bem assim e tem até um programa de música Light e eletrônica (fracos), a programação continua "popular".
A Tropical FM tem a sua concessão na cidade de Palmeira - PR. Em segundo lugar, estava a afiliada da Jovem Pan FM, nos 93,1 MHz, onde eu trabalhava. Ela entrou no ar no mês da pesquisa. E então, nunca soubemos se realmente estava com boa audiência ou era a novidade. Hoje, ela não existe mais, foi arrendada em 1999 para um político da cidade que infelizmente desvirtuou sua programação para interesses "populares". Não deu certo e, em julho de 1.999, virou a tão sonhada Tropical Light, voltada ao público acima de 30 anos, segmentado.
Também não deu certo, até que, em outubro de 1999, devido ás pressões do Grupo que também era proprietário da Tropical FM, ela foi arrendada (até os dia de hoje) para a Igreja Universal. Encerrou-se aí a história da única emissora jovem da cidade.
Em terceiro estava a Mundi FM, 99,3 MHz. Na época era um clone da Jovem Pan. Após a entrada da afiliada na cidade, a emissora virou popular, e continua assim até os dias de hoje. Sempre teve uma ótimo formato e ótimos estúdios, mas costuma a clonar outras emissoras. É uma pena. Dizem por aí que é primeiro lugar. Nunca se sabe...
Em quarto lugar, segundo o Ibope, estava a "jurássica" Vila Velha FM. Na época, teimava em utilizar o slogan "94 FM, indo mais longe para chegar mais perto do seu coração". Durante esse tempo, tinha a programação mistureba, não tinha nem programador, os próprios locutores escolhiam as músicas. Curiosamente, era a emissora que mais lucrava com anúncios publicitários. Hoje, é afiliada à Rede Rock de Curitiba, virou Vila Velha Rádio Rock, mas, me perdoe a sinceridade, essa rede rock é muito mal organizada. Está sendo muito bem ouvida. Até quando, não se sabe.
Em quinto lugar, e na lanterninha, estava a então recém-chegada na cidade, a Radio Antena Sul, 102,7 MHz. Nessa época, tinha aumentado sua potência e estava invadindo o dial de Ponta Grossa. Programação mistureba que continua até hoje estacionada.
A Antena Sul, digo eu, seria a rádio dos meus sonhos porque, com seu sinal, é a radio mais potente do Paraná. Alcança até a região metropolitana de Curitiba. Nada contra ninguém, mas, se pudesse, eu iria dar uma reformada geral nessa frequência.
Hoje, a Rádio Najuá, de Irati, também faz parte da vida dos pontagrossenses desde 1999, mas nunca esboçou nenhum interesse. Bom, vamos esperar que venham dias melhores.
Um Abraço
Alessandro Schneider
Ponta Grossa - PR
Ok, Alessandro, muito obrigado por nos contar o que acontece nas rádios de sua cidade. Pena que você não falou nada sobre as rádios AM daí de sua região. É bom saber que São Paulo não é o "centro do universo" da radiodifusão brasileira. E que os leitores de outros lugares se preocupam com a qualidade do que ouvem, mesmo não tendo uma vasta experiência em fazer rádio.
Só não entendi porque você pediu desculpa pela sinceridade em dizer que a tal emissora Vila Velha Rádio Rock é mal organizada. Aí na sua cidade tem alguma lei que impede de dizer que a emissora não é tão boa assim? Deixa disso, rapaz, se você não gosta, não gosta e acabou. Pelo menos aqui neste blog você pode dizer isso.
E é curioso saber que há seis anos o Ibope não faz uma pesquisa de audiência aí. Bom, se você não entende essa história de pesquisa de audiência, eu estou entendendo menos ainda. Se aqui em São Paulo eles pegam uma pessoa por dia no meio de um grupo de 50 mil para perguntar o que ela ouviu no dia anterior, aí.....bem nem imagino como eles devem ter feito a pesquisa. A menos que tenham pego uma boa amostragem, né? Não liga muito para esse negócio de pesquisa de Ibope. Você que mora e conhece tudo por aí, já deve ter sacado quem tem mais audiência ou não, embora você tenha dito que está mais preocupado com a qualidade das emissoras, certo?
Um abraço e continue na nossa "escuta".
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
ola amigos, achei esta noticia pelo google, nem eu lembrava mais.
hoje , 8 de agosto de 2007. posso dizer que ponta grossa conta com um dial tranquilo. os tempos de vacas magras acabaram, pelo menos por enquanto.
abraço
alessandro schneider.
Alerta!!!
Segue abaixo o relato de uma pessoa conhecida e séria, que passou recentemente em um concurso público federal e foi trabalhar em Roraima. Trata-se de um Brasil que a gente não conhece.
As duas semanas em Manaus foram interessantes para conhecer um Brasil um pouco diferente, mas chegando em Boa Vista (RR) não pude resistir a fazer um relato das coisas que tenho visto e escutado por aqui.
Conversei com algumas pessoas nesses três dias, desde engenheiros até pessoas com um mínimo de instrução.
Para começar o mais difícil de encontrar por aqui é roraimense, pra falar a verdade, acho que a proporção é de um roraimense para cada 10 pessoas é bem razoável, tem gaúcho, carioca, cearense, amazonense, piauiense, maranhense e por aí vai. Portanto falta uma identidade com a terra. Aqui não existem muitos meios de sobrevivência, ou a pessoa é funcionária pública, e aqui quase todo mundo é, pois em Boa Vista se concentram todos os órgãos federais e estaduais de Roraima, além da prefeitura é claro. Se não for funcionário público a pessoa trabalha no comércio local ou recebe ajuda de Programas do governo. Não existe indústria de qualquer tipo. Pouco mais de 70% do Território roraimense é demarcado como reserva indígena, portanto restam apenas 30%, descontando-se os rios e as terras improdutivas que são muitas, para se cultivar a terra ou para a localização das próprias cidades. (Na única rodovia que existe em direção ao Brasil (liga Boa Vista a Manaus, cerca de 800 km) existe um trecho de aproximadamente 200 km reserva indígena Waimiri Atroari) por onde você só passa entre 6:00 da manhã e 6:00 da tarde, nas outras 12 horas a rodovia é fechada pelos índios (com autorização da FUNAI e dos americanos) para que os mesmos não sejam incomodados.
Detalhe: Você não passa se for brasileiro, o acesso é livre aos americanos, europeus e japoneses. Desses 70% de território indígena, diria que em 90% dele ninguém entra sem uma grande burocracia e autorização da FUNAI.
Detalhe: Americanos entram na hora que quiserem, se você não tem uma autorização da FUNAI,mas tem dos americanos, então você pode entrar. A maioria dos índios fala a língua nativa além do inglês ou francês, mas a maioria não sabe falar português. Dizem que é comum na entrada de algumas reservas encontrarem-se hasteadas bandeiras americanas ou inglesas. É comum se encontrar por aqui americano tipo nerds com cara de quem não quer nada, que veio caçar borboleta e joaninha e catalogá-las, mas, no final das contas, pasme, se você quiser montar um empresa para exportar plantas e frutas típicas como cupuaçu, açaí, camu-camu etc., medicinais, ou componentes naturais para fabricação de remédios, pode se preparar para pagar 'royalties' para empresas japonesas e americanas que já patentearam a maioria dos produtos típicos da Amazônia...
Por três vezes repeti a seguinte frase, após ouvir tais relatos: "É, os americanos vão acabar tomando a Amazônia", e em todas elas ouvi a mesma resposta em palavras diferentes. Vou reproduzir a resposta de uma senhora simples que vendia suco e água na rodovia próximo de Mucajaí:
- 'Irão não, minha filha, tu não sabe, mas tudo aqui já é deles, eles comandam tudo, você não entra em lugar nenhum porque eles não deixam. Quando acabar essa guerra aí eles virão pra cá, e vão fazer o que fizeram no Iraque quando determinaram uma faixa para os curdos onde iraquiano não entra. Aqui vai ser a mesma coisa'.
A dona é bem informada, não? O pior é que segundo a ONU o conceito de nação é um conceito de soberania e as áreas demarcadas têm o nome de nação indígena. O que pode levar os americanos a alegarem que estarão libertando os povos indígenas. Fiquei sabendo que os americanos já estão construindo uma grande base militar na Colômbia, bem próximo da fronteira com o Brasil, numa parceria com o governo colombiano com o pseudo objetivo de combater o narcotráfico.
Por falar em narcotráfico, aqui é rota de distribuição, pois essa mãe chamada Brasil mantém suas fronteiras abertas e aqui tem estrada para as Guianas e Venezuela. Nenhuma bagagem de estrangeiro é fiscalizada, principalmente se for americano, europeu ou japonês (isso pode causar um incidente diplomático)...
Dizem que tem muito colombiano traficante virando venezuelano, pois na Venezuela é muito fácil comprar a cidadania venezuelana por cerca de 200 dólares.
Pergunto inocentemente às pessoas: "Por que os americanos querem tanto proteger os índios?" A resposta é absolutamente a mesma: "Porque as terras indígenas além das riquezas animais e vegetais, da abundância de água, são extremamente ricas em ouro (encontram-se pepitas que chegam a ser pesadas em quilos), diamante, outras pedras preciosas, minério, e nas reservas norte de Roraima e Amazonas, ricas em PETRÓLEO.
Parece que as pessoas contam essas coisas como que num grito de socorro a alguém que é do sul, como se eu pudesse dizer isso ao presidente ou a alguma autoridade do sul que vá fazer alguma coisa.
É, pessoal, saio daqui com a quase certeza de que em breve o Brasil irá diminuir de tamanho. Um grande abraço a todos.
Será que podemos fazer alguma coisa???
Acho que sim.
Repasse esse e-mail para que um maior número de brasileiros fique sabendo desses absurdos.
Mara Silvia Alexandre Costa - Depto de Biologia Cel. Mol. Bioag.
Patog. FMRP - USP
Opinião pessoal:
Gostaria que você especialmente que recebeu este e-mail, o repasse para o maior número possível de pessoas. Do meu ponto de vista seria interessante que o país inteiro ficasse sabendo desta situação através dos telejornais antes que isso venha a acontecer.
Afinal foi um momento de fraqueza dos Estados Unidos que os europeus lançaram o Euro, assim poderá se aproveitar esta situação de fraqueza norte-americana (perdas na guerra do Iraque) para revelar isto ao mundo a fim de antecipar a próxima guerra. Conto com sua participação no envio deste e-mail.
Celso Luiz Borges de Oliveira - Doutorando em Água e Solo FEAGRI/UNICAMP
Tel: (19) 3233-1840 Celular: (19) 9136-6472 e-mail´s:
Celso@ufba.br; celso@agr.unicamp.br; celsoborges@gmail.com
Postar um comentário