No meio da escuridão, o fato é que só uma coisa funciona: o rádio. Por mais que alguns tenham daquelas TVs de bolso, à pilha, isso é 0,00001% da população. O forte, não tem jeito, é o rádio.
Pude acompanhar a cobertura do apagão desta terça-feira por três emissoras diferentes. SulAmérica Transito, Bandeirantes e Eldorado FM (que entrou em rede com a AM).
A SulAmérica não fugiu do seu apelo: o trânsito. Apesar das informações pontuais sobre o apagão em si, as orientações se voltaram para o deslocamento dos ouvintes pela cidade de São Paulo. A Bandeirantes colocou repórteres de praticamente todos os estados atingidos para falar e dava a real dimensão do problema.
Já a Eldorado deu voz para um dos novos concorrentes do rádio nesse tipo de cobertura: a internet. E mais precisamente, o Twitter.
Do microblog vinham mensagens de vários locais atingidos pelo problema e, inclusive, de outros lugares em que o apagão não chegou, para dizer que estava "tudo bem". Isso fez com que o concorrente se tornasse aliado.
O segredo é o suporte: o celular. Dele dava para mandar e receber informações. E não ficavam represadas somente em um destinatário (como um SMS ou uma ligação normal), mas ficavam disponíveis para quem quisesse ler (e tivesse energia elétrica ou estivesse com um celular/laptop com internet).
Nesse caso, parabéns à Eldorado que soube acrescentar à sua cobertura mais um importante elemento de interatividade.
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