sexta-feira, 28 de abril de 2017

Quando a "imparcialidade" esconde a opinião no Rádio quem perde é o ouvinte

A entrevista feita pela CBN com o ministro da Justiça Osmar Serraglio por causa da paralisação desta sexta feira é emblemática e mostra a emissora jornalística do Sistema Globo de Rádio anda atordoada com o crescimento do prestígo e da audiência da concorrência . Enquanto a Rádio Bandeirantes, a Rádio Band News FM e a Rede Jovem Pan FM procuram deixar o mais claro possível as suas posições e o pensamento de seus comentaristas e colunistas, a CBN insiste em tentar manter uma certa pose de "neutralidade" inexistente, como se o veículo não fizesse parte do contexto da vida nacional e visse tudo de "fora", ou melhor, de cima. 

Tem-se a impressão de que há um certo medo de se posicionar objetivamente nas questões cruciais para o seu ouvinte, como se tal atitude interferisse no trabalho de apuração jornalística, que deve ser rigoroso, independentemente da ideologia que se segue. 

O paradoxo é que, ao tenta-se manter-se neutro, a emissora e seus profissionais deixam dúvidas sobre a sua forma de pensar, ao elaborar as questões e também na forma de conduzir a entrevista, como é o caso do exemplo abaixo. 

Por sorte, o experiente político e ministro da Justiça Osmar Serraglio - o entrevistado em questão - parece ter percebido a "armadilha" e resolveu "desarmar" o entrevistador apenas sendo sincero e dizendo o que pensava da situação, fazendo com que o jornalista sutilmente se revelasse com uma melancólica pergunta: "...então o senhor não reconhece a força da paralisação?". Serraglio, baseado no que conseguiu observar da situação, veementemente reafirma que o modo de pensar do entrevistador está estranhamente equivocado. 

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Vera Magalhães e a "Viagem ao Baú do Tempo"

A colunista Vera Magalhães participa do programa "3em1", no estúdio da Jovem Pan, em São Paulo. (Foto: Reprodução / redes sociais)
Na semana passada, a Polícia Federal promoveu mais uma operação. Trata-se de Operação Conclave que foi deflagrada na manhã da quarta-feira. O objetivo da ação era investigar a aquisição possivelmente fraudulenta de ações do Banco Panamericano pela Caixa Participações S.A. (Caixapar). A operação de aquisição de ações do Panamericano pela Caixapar é investigada por ter potencialmente causado expressivos prejuízos ao erário federal.

Para quem não se lembra, o Banco Panamericano era de propriedade do Grupo Silvio Santos. Tal fato fez com que, entre outras considerações, a comentarista Vera Magalhães, da Rádio Jovem Pan, dissesse que o também dono do SBT '"era useiro e vezeiro" em bajular quem estivesse no poder. E acabou relembrando de um antigo programete que ia ao ar ao longo do domingo, dentro do programa Silvio Santos, que na época tinha mais de oito horas de duração: "A Semana do Presidente":



O semanário jornalístico era veiculado entre uma atração e outra e destacava como tinha sido a semana do chefe do poder executivo, sempre em um tom contemplativo, como recordara a própria Vera. "A Semana..." começou a ser exibido logo no primeiro mês do governo do general João Figueiredo, em 1979, ainda quando o programa Silvio Santos era veiculado ao mesmo tempo na extinta TV Tupi e na TV Record, então comanda por Paulo Machado de Carvalho Filho, irmão de Tuta e tio de Tutinha, atual presidente da Rádio Jovem Pan.

Com a saída da Rede Tupi do ar, o programa passou a ser veiculado aqui em São Paulo apenas na minúscula Rede Record, da qual Silvio Santos era sócio, até o homem do Baú inaugurar a TVS na capital paulista.

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As aventuras da musa #tvcatiafonseca pela terra de Forrest Gump



Savannah é uma cidade muito fofa no interior do Estado da Geórgia, EUA, terra da Coca-Cola e da CNN. Uma de suas praças com uma igreja muito bonitinha é que se passa a primeira cena do filme "Forest Gump", com Tom Hanks que, como costumava dizer a turma do Casseta e Planeta era "um ator muito parecido com o @danstulbach" e vice-versa. 

Foi lá que a musa televisiva de todas as tardes da tv aberta Cátia Fonseca resolveu explorar durante suas férias, juntamente com seu companheiro de aventuras @ricco_rodrigo e que agora está disponível em seu canal no youtube, o #tvcatiafonseca. Se um ex-colega meu de rádio tiver visto esse vídeo, deve ter falado, com certeza: "ah, tá louco meu. Essa cidade tem mais pracinha do que Osasco. Sabia que os gringos tinham inveja de alguma coisa da gente. Mas tinha que ser das pracinhas?" Veja acima e confira.





@10Neto, um baiiita entrevistado dentro do #JPMorningShow


E não é que um dos melhores e mais polêmicos comentaristas esportivos da Tv aberta deu o ar se sua graça nas imagens (?) da Rádio Jovem Pan na internet na manhã desta quinta, dentro do programa "Morning Show"

Ele apareceu por meio de imagens do facebook para divulgar o espetáculo que ele fará nesta sexta feira no Teatro Bibi Ferreira, em São Paulo, em que, sozinho no palco, contará alguns casos de sua trajetória como jogador de futebol - dentro e fora do campo - e também na sua carreira como comentarista esportivo há quase 20 anos. Show(?) é inédito, garante. O atleta afirma que não faz a menor ideia do que dirá ali na hora, mas garante que quem for não vai se arrepender. Em breve, o canal da Jovem Pan no You Tube deve colocar no ar o vídeo da entrevista. Vale a pena ver, diga-se de passagem. 

domingo, 23 de abril de 2017

Ícone da Jovem Guarda, cantor Jerry Adriani morreu aos 70 no Rio

O cantor Jerry Adriani, 70, morreu na tarde deste domingo, do Rio de Janeiro; o cantor havia sofrido uma trombose em uma das pernas e agora enfrentava um câncer (Foto: Rodrigo Meneguello / Divulgação)



O cantor Jerry Adriani, ídolo da Jovem Guarda, morreu às 15h30 deste domingo (23), aos 70 anos, no Rio. Ele enfrentava um câncer e estava internado no Hospital Vitória, na Barra da Tijuca, Zona Oeste.

A família confirmou a morte do artista ao G1, mas ainda não deu informações sobre horário e local do velório e do enterro. Recentemente, Jerry Adriani havia sofrido uma trombose em uma das pernas. Ícone da Jovem Guarda, Jair Alves de Souza nasceu em 29 do janeiro de 1947, no bairro do Brás, em São Paulo.

Adotou o nome artístico de Jerry Adriani quando começou sua carreira como cantor, em 1964. O primeiro disco foi "Italianíssimo", quando cantava músicas em italiano, algo que seguiu fazendo em toda a carreira.

Em 1965, o cantor passou a gravar em português, com músicas reunidas no disco "Um grande amor".
Carreira na TV e no cinema - Também na década de 1960, Jerry virou apresentador do programa “Excelsior a Go Go”, da TV Excelsior. O programa coapresentado por Luiz Aguiar era um musical com apresentações de artistas como Os Vips, Os Incríveis e Cidinha Santos.

Outro programa musical que ele comandou foi "A grande parada", no ar pela TV Tupi em 1967 e 1968. Ele era um dos apresentadores ao lado de Neyde Aparecida, Zélia Hoffmann, Betty Faria e Marilia Pera.

Além da TV, Jerry se aventurou pelo cinema. Ele cantou e atuou em “Essa gatinha a minha” (com Peri Ribeiro e Anik Malvil); “Jerry, A grande parada”; e “Jerry em busca do tesouro” (com Neyde Aparecida e os Pequenos Cantores da Guanabara).

Parceria com Raul Seixas - Jerry Adriani também aproveitou de sua fama para dar apoio a novos artistas. Ele, por exemplo, foi um dos primeiros a incentivar um então pouco conhecido Raul Seixas.

Raulzito e os Panteras atuaram como banda de apoio de Jerry por três anos. O cantor gravou músicas de Raul (”Tudo que é bom dura pouco”, “Tarde demais” e “Doce doce amor”) e foi produzido pelo maluco beleza entre 1969 e 1971.

Depois da TV e do cinema, Jerry tentou a sorte no teatro. Em 1975, participou do musical “Brazilian Follies”, tendo ficado um ano e meio em cartaz.

Após essa experiência, ele seguiu fazendo shows e gravando discos. Em 1985, lançou "Tempos Felizes", com regravações dos tempos de Jovem Guarda.

No inicio da década de 1990, Jerry se dedicou a um disco sobre as origens do rock, com o nome "Elvis Vive". Em 1994, participou da novela “74.5 uma onda no ar”, exibida pela TV Manchete. Um ano depois, fez shows para comemorar os 30 anos da Jovem Gurda e participou como convidado especial de uma coletânea do estilo.

Em 1996, voltou à música italiana, com o disco CD “IO”. Em 1997, teve duas músicas em trilhas de novelas da Globo. "Engenho" fez parte da trilha de "A Indomada", e “Con Te Partiró" foi parar na trilha de "Zazá".

Versões de Legião Urbana - Também na década de 90, saiu o disco "Forza Sempre" (1999). O trabalho tinha apenas músicas da Legião Urbana regravadas em italiano. Foi um dos maiores sucessos da carreira de Jerry Adriani desde os tempos da Jovem Guarda. 

De acordo com o site oficial do cantor, bateu a marca de 200 mil cópias. De quebra, "Santa Luccia Luntana" foi bastante tocada na novela "Terra Nostra". O primeiro DVD da carreira foi gravado em 2007, no Canecão, no Rio. “Jerry Adriani Acústico Ao Vivo” trouxe sucessos e inéditas em formato acústico. 

Em 2011, lançou o CD “Pop, Jerry & Rock”, incluindo homenagem para Raul Seixas e Tim Maia na música “2012”. A ideia de cantar outros ícones da músicas brasileira e do rock rendeu ainda o show “Jerry toca Raul & Elvis”. Em 2014, Jerry Adriani completou 50 anos de carreira. Ele seguia em turnê pelo Brasil.

Fonte: Portal G1


sábado, 22 de abril de 2017

CBN demite Ethevaldo Siqueira e expõe ainda mais a crise no Sistema Globo de Rádio

Ethevaldo Siqueira, no estúdio da CBN São Paulo, em janeiro de 2017 (Foto: Gabriela Gonçalves / Divulgação / CBN)

Às vésperas de estrear uma nova programação em sua emissora do segmento popular, o Sistema Globo de Rádio promove mais uma demissão nos quadros de sua rádio jornalística - a CBN. Desta vez, a vítima foi o colunista Ethevaldo Siqueira, titular da coluna "Mundo Digital" , que também é o nome do portal que o jornalista mantém na internet.

Ethevaldo Siqueira está no jornalismo há mais de 50 anos, sempre cobrindo a área de tecnologia e telecomunicações. Salvo engano é o mais antigo profissional de imprensa a atuar neste setor e que está ainda em atividade. É curioso que sua demissão aconteça precisamente no momento em que a CBN contratou alguns nomes da Band News FM - sua concorrente direta - para supostamente ajudar a "renovar" a programação, na visão da direção da casa.

Será que a atual direção da emissora considerava Siqueira "obsoleto e ultrapassado", para usar dois jargões comuns do mundo tecnológico? Se a resposta for afirmativa - tomara que não - creio que os novos gestores do SGR fizeram outra grande tolice, mais uma entre as já citadas aqui em postagens anteriores. Dispensando alguém com tamanho conhecimento em tecnologia e, consequentemente, em radiodifusão, tenho absoluta certeza de que o experiente jornalista, se quiser, provará com toda a competência que possui, que a CBN perdeu e muito com a sua saída é esperar para ver (e ouvir).

Não sei quais são seus planos futuros. Porém, me arrisco a especular que não me surpreenderei se Siqueira começa a produzir conteúdo radiofônico nas ondas da internet, tal qual já faz em seu portal.
Resta saber se o Sistema Globo de Rádio conseguirá sairá desta crise em que, em vez de chamar seus colaboradores mais antigos e dedicados simplesmente resolve demiti-los, como se eles fossem a causa de todos os males. Justo eles que foram a chave para que as emissoras do Grupo Globo não tivessem ido à "bancarrota", sendo arrendados para alguma denominação religiosa qualquer? Ao que parece, nuvens negras continuarão a rondar por muito tempo as rádio Globo e CBN.

Saiba mais sobre a demissão de Ethevaldo Siqueira da CBN, acessando este link.

Saiba o que já foi escrito sobre a saída do colunista Ethevaldo Siqueira na internet

Depois de 10 anos como colunista da CBN, o jornalista Ethevaldo Siqueira é demitido da Rádio CBN (Foto: Reprodução / redes sociais)

O MAL QUE OS CHEFETES FAZEM AO RÁDIO E AO JORNALISMO

Por Ethevaldo Siqueira

Dizia um filósofo que uma das piores consequências da pena de morte é exigir o trabalho de um carrasco – como profissão, que não dignifica nenhum ser humano. Por analogia, eu identifico um problema ético muito parecido em nosso capitalismo subdesenvolvido, com o papel dos chefetes escalados para, a qualquer custo, reequilibrar as finanças de alguns jornais e emissoras de rádio. Ou, talvez, de muitas outras empresas além das Comunicações.

Reconheço o tamanho do desafio que o mundo enfrenta com a mudança de paradigmas tecnológicos. Mas, no Brasil, as tentativas de solução têm sido desastrosas. Como dizia um personagem de Eça de Queiroz sobre certo médico: “com ele, se o paciente não morre pela doença, morre pela cura”.
Mas, no meu caso pessoal, acabo de viver uma situação triste ao sair da CBN, depois de uma década, ao deixar uma emissora extraordinária, construída pela associação do trabalho de grandes profissionais e uma grande líder, Mariza Tavares ao longo de mais de 14 anos.

Esta é a primeira vez que eu falo aqui sobre o conteúdo da carta que escrevi a Ricardo Gandour, diretor executivo da CBN e que vazou para a internet sem nenhuma participação minha.
Afirmo, em primeiro lugar, que ela foi escrita exclusivamente para registrar os fatos que me levaram a recusar um contrato inaceitável que me foi oferecido – não apenas pela forma de remuneração baseada em percentual da publicidade eventual de meu programa – mas, acima de tudo, pela redução da frequência de cinco comentários semanais (de segunda a sexta-feira) para apenas um programa de 30 minutos, no fim de semana.

O argumento cínico usado por Ricardo Gandour para reduzir ou praticamente sepultar meus comentários diários sobre tecnologia digital foi o de que eu “teria dificuldade para encontrar novidades tecnológicas para comentar todo santo dia”. Nem Gandour acredita numa bobagem desse tipo, em especial com relação às tecnologias digitais, cujas inovações explodem a cada minuto.

Tudo que disse a Ricardo Gandour se baseia em fatos concretos, cujas consequências eu senti na pele. E, curiosamente, em 50 anos de jornalismo, nunca tive um chefe tão hostil e fechado ao diálogo. Ao sair da CBN, por minha decisão, depois de 10 anos, escrevi uma carta não para ofendê-lo, mas para – talvez ilusoriamente – tentar dizer-lhe que ele poderia mudar, que poderia rever seus princípios e pontos de vista como executivo, em especial como executivo de emissoras de rádio (campo em que nunca havia trabalhado antes).

Por que divulgo e comento aquela carta, agora?
Num primeiro momento, fiquei constrangido com a divulgação de minha carta a Gandour, sem nenhuma participação de minha parte. Depois, recebi um telefonema de Sidney Rezende, pedindo que confirmasse o conteúdo e a fidelidade do texto que lhe havia chegado pela internet. Confirmei e achei que, talvez, pudéssemos usá-la como um bom material para reflexão sobre o terrível papel dos chefetes nos jornais e nas emissoras de rádio e TV. Armados de facão, os mais eficientes agem como aqueles algozes do Estado Islâmico, que degolam friamente seres humanos perante o mundo.
Para quem não leu e tem interesse no tema, aqui vai a íntegra do texto de 02 de abril 2017 e não 02-01 (janeiro)-2017, como digitei equivocadamente:

“Prezado Ricardo Gandour
Nesta altura de minha vida, com maior experiência acumulada, posso dizer-lhe algumas verdades relacionadas com o meu trabalho. Meu propósito é unicamente contribuir para a melhoria do mundo em que vivo, ainda que isto lhe pareça algo quixotesco.

Reveja os fatos, Gandour. Quis o destino, caprichosamente, que entrássemos em rota de colisão duas vezes, em nossa vida profissional. Primeiro, no Estadão, com a deterioração progressiva de nosso relacionamento, a ponto de me levar a encerrar minha colaboração com o jornal em 2012, após 45 anos de casa.

Nesta segunda vez, o impasse começou quando você propôs cortar meus comentários diários e reduzir minha remuneração fixa a uma hipotética comissão sobre patrocínios publicitários de um único programa de final de semana. Essa proposta inaceitável foi sua resposta à sugestão que eu lhe havia feito de manter meus comentários diários sobre tecnologia e ampliar minha contribuição com novos programas semanais e mais coberturas internacionais. Tudo sem nenhum aumento de minha remuneração ou ônus para a CBN.

Ignorando tudo que lhe propus, você me informou em mensagem de 10-02-2017 que meus comentários diários, em vigor há 10 anos, seriam “descontinuados” sob o argumento ridículo de que eu não teria novos assuntos para esses comentários “dada a natural carência de assunto e novidades todo santo dia”. Até jovens adolescentes sabem que o mundo é inundado “todo santo dia” por inovações tecnológicas. E você, como engenheiro, mais do que ninguém, sabe disso. Em resumo, sua proposta de trabalho era apenas um pretexto para me forçar a encerrar minha colaboração ao final do contrato, em 31-03-2017. Foi o que fiz.

Suas atitudes, Gandour, são o retrato de sua personalidade. Já que havia decidido abrir mão de minha colaboração, teria sido muito mais honesto e elegante para você responder-me: 'Ethevaldo, seu contrato de trabalho não será renovado. Você estará dispensado a partir de 31 de março de 2017. Obrigado por seus serviços, ao longo de 10 anos na CBN.'

E ainda escreveu na mensagem de 10 de fevereiro que a CBN continuaria a me conceder o privilégio de 'me enviar cartas de apresentação1, para meu credenciamento como jornalista na cobertura de eventos internacionais. Quanta generosidade de sua parte. Aliás, é bom relembrar que, desde 2013, tenho feito todas as coberturas nacionais e internacionais com recursos pessoais, sem qualquer remuneração e sem nenhum reembolso das despesas de viagens.

Temo pela sobrevivência da CBN, Gandour. Sua estratégia e suas “decisões de planejamento” trazem o desencanto para muitos profissionais. Você não dialoga, não cria boa vontade, não soma, não agrega. Parece estar perdido num tiroteio. Não conhece o mundo da radiodifusão. Muda por mudar. Detesta profissionais mais experientes do que você.

Gandour, eu tinha ilusões de que você fosse hoje outro ser humano e melhor profissional. Mas me enganei. No seu dia a dia, você continua o mesmo profissional imaturo, recalcado, vaidoso e incapaz de despertar o menor entusiasmo e colaboração criativa em seus comandados. Continua sendo aquele chefete que conheci no Estadão, muito longe de ser um líder.

Com seu estilo autocrático, acabará por transformar a CBN, na melhor das hipóteses, numa emissora qualquer, medíocre, sem nenhum carisma e com muito menor credibilidade. Aliás, já se especializou nesse tipo de desmonte. Mas apenas em jornais. Basta ver de perto o resultado de sua passagem pelo Estadão.

Digo-lhe, no entanto, que guardarei com orgulho e muita saudade a lembrança dos 10 anos que passei nessa emissora. Sinto que pus um minúsculo e humilde tijolo nos alicerces de um grande edifício. Da mesma maneira, guardo na memória os 45 anos vividos no Estadão, um jornal quase lendário ao qual dediquei o período mais produtivo de minha vida. Sei que, a rigor, nada disso lhe interessa, até porque você não tem a menor ideia do que significam esses valores.

Sem nenhuma experiência em radiodifusão, que caiu na CBN como paraquedista, você está aqui para executar à sua moda as “decisões de planejamento”. E cumpre sua missão magistralmente: tapa o nariz e faz o serviço frio e cruel (para não dizer “serviço sujo”).

Supunha que, depois de um estágio em Columbia, você tivesse aprendido algo muito mais moderno e eficaz, como as estratégias de renovação criadora, muito mais avançadas do que as de sua terapia vesga e rancorosa.

Veja apenas um exemplo do que já tem sido adotado por grandes veículos no mundo, nesta era de mudanças de paradigmas. Refiro-me à associação do poder de comunicação do rádio com as redes sociais. O site das empresas modernas funciona como uma vitrine, ou uma sala de visita, não apenas para as novas gerações mas para os ouvintes em geral.

Note a pobreza visual e de conteúdo do site da CBN – situação que, aliás, vem de longe. Mas você consegue piorar. E lembre-se que o Brasil tem hoje mais de 100 milhões de usuários de smartphones e tablets. Mas isso talvez seja grego para você.

Entendo a urgência de equilibrar as contas da rádio, mas isso não pode ser feito simplesmente com a demissão de jornalistas e comentaristas comprovadamente capazes. É claro que você pode e vai equilibrar as finanças da rádio, mas pelo pior caminho, pois seu sucesso poderá ser uma vitória de Pirro, a nova CBN poderá ser apenas um espectro do que já foi.

E, ao final de seu contrato, se ainda houver quem acredite na sua competência como executivo, você será chamado para negociar o aluguel da emissora a uma igreja qualquer. Como aconteceu recentemente com a Rádio Estadão.


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Demitido da CBN, Ethevaldo Siqueira afirma que diretor transformará a rádio em “uma emissora qualquer”

Do Portal Comunique-se -  Na quarta-feira, 19, o jornalista Ethevaldo Siqueira falou sobre sua saída da rádio CBN em texto publicado no Facebook. Por meio da rede social, o jornalista que comandava a coluna ‘Mundo Digital’ – descontinuada em 31 de março – divulgou carta ao diretor executivo da emissora, Ricardo Gandour, responsabilizando-o por transformar o veículo, “na melhor das hipóteses, numa emissora qualquer, medíocre, sem nenhum carisma e com muito menor credibilidade”.

Siqueira trabalhou durante 10 anos na CBN. O jornalista informou que sua saída da rádio foi resultado de proposta contratual “inaceitável”, em que foi oferecida a redução de sua frequência de cinco comentários semanais (que iam ao ar de segunda a sexta-feira), para que ele assumisse programa de 30 minutos, que seria transmitido aos finais de semana.

De acordo com o ex-colunista, a argumentação de Gandour para tal proposta é que o jornalista “teria dificuldade para encontrar novidades tecnológicas para comentar todo santo dia”. Siqueira afirmou, ainda, que no novo contrato a CBN reduziria sua remuneração fixa a comissão sobre patrocínios publicitários do programa de fim de semana.

A carta - Por meio de seu Facebook, Ethevaldo Siqueira afirmou que a carta endereçada a Ricardo Gandour não foi escrita para ofender o diretor da CBN, mas para tentar dizer que ele poderia mudar sua postura como gestor, rever seus princípios e pontos de vista como executivo de rádio.

Nos primeiros parágrafos do texto, o radialista destaca que o desgaste de sua relação com Gandour vem acontecendo desde 2012, ano em que Siqueira deixou de ser colunista do Estadão, após 45 anos no jornal. Na época, o atual executivo da CBN era diretor de conteúdo do Grupo Estado.

“Nesta segunda vez, o impasse começou quando você propôs cortar meus comentários diários e reduzir minha remuneração fixa a uma hipotética comissão sobre patrocínios publicitários de um único programa de final de semana. Essa proposta inaceitável foi sua resposta à sugestão que eu lhe havia feito de manter meus comentários diários sobre tecnologia e ampliar minha contribuição com novos programas semanais e mais coberturas internacionais. Tudo sem nenhum aumento de minha remuneração ou ônus para a CBN”, disse o profissional.

Siqueira afirmou que a proposta feita pelo diretor era pretexto para forçá-lo a encerrar sua colaboração ao final do contrato. O comentarista informou, ainda, que Gandour lhe enviou mensagem em 10 de fevereiro, declarando que a CBN continuaria a lhe conceder o “privilégio de enviar cartas de apresentação”, para o credenciamento do profissional na cobertura de eventos internacionais.

“Quanta generosidade de sua parte. Aliás, é bom relembrar que, desde 2013, tenho feito todas as coberturas nacionais e internacionais com recursos pessoais, sem qualquer remuneração e sem nenhum reembolso das despesas de viagens”, disse Siqueira.

O destino da rádio - No texto, Siqueira também disse que teme pelo futuro da CBN e que Gandour não conhece o mundo da radiofusão, fazendo críticas a postura do executivo como gestor da emissora. “No seu dia a dia, você continua o mesmo profissional imaturo, recalcado, vaidoso e incapaz de despertar o menor entusiasmo e colaboração criativa em seus comandados. Continua sendo aquele chefete que conheci no Estadão, muito longe de ser um líder”, afirmou.

Por último, Siqueira criticou o site da CBN, afirmando que o portal tem pobreza visual e de conteúdo. Além disso, o jornalista disse que entende a urgência de equilibrar as contas da emissora, mas avalia que isso não pode ser feito por meio da demissão de jornalistas e comentaristas comprovadamente capazes.

“É claro que você pode e vai equilibrar as finanças da rádio, mas pelo pior caminho, pois seu sucesso poderá ser uma vitória de Pirro, a nova CBN poderá ser apenas um espectro do que já foi. E, ao final de seu contrato, se ainda houver quem acredite na sua competência como executivo, você será chamado para negociar o aluguel da emissora a uma igreja qualquer. Como aconteceu recentemente com a Rádio Estadão”, declarou Siqueira.

A reportagem do Portal Comunique-se entrou em contato com Ricardo Gandour para esclarecimentos sobre a saída de Ethevaldo Siqueira da CBN. De acordo com o executivo, “entre novembro e março, alguns colunistas da grade diária não tiveram seus contratos renovados. O objetivo foi abrir mais tempo para reportagens, entrevistas, checagens e debates” na rádio.

Gandour confirmou, ainda, a proposta de mudança de frequência de Siqueira nas transmissões da emissora: “pela especialidade reconhecida, foi oferecido o desenvolvimento de um programa semanal sobre tecnologia e pesquisas espaciais”, disse o diretor. Questionado sobre a carta divulgada pelo jornalista, o executivo da CBN não se pronunciou.

Procuramos Ricardo Gandour para fazer suas considerações, e estamos aguardando retorno, caso seja este o seu interesse.

Quem quiser conhecer um pouco mais o que pensa o jornalista Ethevaldo Siqueira sobre tecnologia, jornalismo e futuro da comunicação deve assistir à entrevista que ele concedeu ao programa “Roda Viva”, em 3 abril. Ela foi realizada um dia após a redação da carta enviada pelo entrevistado ao jornalista Ricardo Gandour.

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Ethevaldo Siqueira deixa a CBN e envia carta destemida ao diretor executivo

Do portal SRZD - O jornalista Ethevaldo Siqueira, de 84 anos, mais de 50 de profissão, certamente não recomendará o uso da  qualificação, mas ele é uma lenda. Um profissional que persegue a precisão em tudo o que faz.

Ethevaldo construiu sua carreira tijolo a tijolo desde que cursou jornalismo, na primeira turma da Escola de Comunicações da Universidade de São Paulo (USP). Em 1967 escreveu  pela primeira vez no jornal “O Estado de S. Paulo” e por lá permaneceu por 45 anos, onde assumiu funções de repórter, editor, repórter especial até chegar ao patamar de colunista respeitado de hoje.

Também enveredou por outros meios: comentarista da Rádio CBN da coluna diária Mundo Digital até este ano, quando não teve o seu contrato renovado.

Inconformado com as condições que a emissora do Grupo Globo pretendia lhe oferecer, Ethevaldo Siqueira escreveu uma carta, ainda desconhecida do grande público, mas que virou leitura obrigatória em todos os grupos de whatsapp que discutem o presente e o futuro do Rádio.

Logo abaixo a carta de despedida da emissora redigida em 2 de abril deste ano por Ethevaldo Siqueira ao novo diretor executivo da CBN, Ricardo Gandour, que assumiu o posto em outubro de 2016. Após dez anos no Estadão, Gandour retornou ao Grupo Globo em substituição a Mariza Tavares, que deixou a rádio em julho, após comandá-la por 14 anos.

Procuramos Ricardo Gandour para fazer suas considerações, e estamos aguardando retorno, caso seja este o seu interesse. Quem quiser conhecer um pouco mais o que pensa o jornalista Ethevaldo Siqueira sobre tecnologia, jornalismo e futuro da comunicação deve assistir à entrevista que ele concedeu ao programa “Roda Viva”, em 3 abril. Ela foi realizada um dia após a redação da carta enviada pelo entrevistado ao jornalista Ricardo Gandour. Veja:


terça-feira, 18 de abril de 2017

A CBN erra naquilo em que as outras acertam e vice-versa. Como isso acontece?

As novas apresentadoras Cassia Godoi e Tatiana Vasconcellos, ao lado de Milton Jung, nos estúdios da CBN, em São Paulo (Foto:Fábio Portugal/Divulgação/CBN)
Muito se fala sobre as novas contratações recentes da CBN. Egressas da "arquirrival" Band News FM, as profissionais contratadas vieram a fazer parte da emissora jornalística do Sistema Globo de Rádio, com a promessa de quem as contratou que "renovariam" a linguagem da emissora "global" que, segundo alguns analistas, estaria um tanto "ultrapassada". 

Ao meu ver, tal afirmação não retrata a realidade com precisão. A começar, a CBN, assim como demais veículos do Grupo Globo, seguem um rígido código de conduta - instituído pela holding há pouco mais de dois anos. Na verdade, trata-se de uma consolidação das práticas já executadas de forma "instintiva" pelos seus colaboradores, ao longo de 25 anos de existência da rede noticiosa. Nesta longa lista de "regras", há diversos conselhos sobre como o jornalista deve proceder no trato de seu trabalho, de suas relações com o público, colegas, fontes, etc, entre outras recomendações, sob a justificativa de praticar os preceitos do bom jornalismo.

E, como o amigo internauta sabe, ter uma linguagem "mais descontraída e leve" não significa necessariamente que a emissora vá veicular um produto de melhor qualidade. Então qual seria o problema com o formato adotado pela CBN ao longo desses anos? Ao meu ver, nenhum. Por ser uma atividade humana, a produção radiofônica acaba adquirindo parte das personalidades de seus produtores e executores.

É sempre mau conselho tentar imitar a concorrência "ipsis litteris". Afinal, ainda que tal método fosse eficaz, teria de se "imitar" as condições em que a Band News produz seu noticiário: um número bem reduzido de funcionários se comparado à CBN - sobretudo na área operacional, um número de afiliadas infinitamente menor e que só atua nas capitais dos estados, uma equipe reduzidíssima de repórteres, que só vão à rua quando a chefia julga extremamente necessário e o compartilhamento de recursos das outras rádio do grupo - Bandeirantes e Rádio Trânsito - sobretudo nas reportagens, entre outros detalhes internos inerentes a própria emissora.

Mas o que a CBN deveria fazer para recuperar a suposta liderança no segmento jornalístico radiofônico? Pode-se começar observando o que as verdadeira concorrentes andam fazendo. Depois de muitos anos de uma certa letargia, Bandeirantes e Jovem Pan se "engalfinham" minuto a minuto pela atenção do ouvinte. Elas investem basicamente na análise e interpretação dos fatos sendo feitas pelos seus apresentadores e jornalistas que efetivamente participam da programação. E essa saudável briga tem dado bons frutos para ambas.

O resultado é que, consequentemente, a CBN - que foi e ainda é sinônimo de notícia no rádio - foi ficando para trás porque, de fato - nisso os analistas já citados têm razão, não tentou se renovar de alguma maneira, se tornando um tanto quanto "engessada". Mas este "engessamento" não é causado pela falta de imaginação ou de criatividade de seus funcionários. Arrisco dizer que talvez seja pela estrutura da empresa, bem maior do que a da Band News, o que não signifique que seja ruim.

Apesar de tudo, o ponto forte da CBN ainda é a reportagem de rua, um quesito em que as demais emissoras investem cada vez menos alegando questões "econômicas". Embora não seja tão incisivo como em temporadas anteriores, o trabalho do reportariado pode até ter mudado pouco nessas quase três décadas de história da Central Brasileira de Notícias, porém está muito longe de ser "antiquado", muito menos é "obsoleto" para os tempos atuais. A CBN acerta naquilo em que as outras erram e vice-versa.

Cantor e radialista Kid Vinil passa mal e é internado após show no interior de Minas


O cantor e radialistaKid Vinil passou mal e foi internado na madrugada deste domingo (16) depois de um show em Conselheiro Lafaiete, na Região Central de Minas Gerais. De acordo com o produtor do artista, Márcio de Souza, ele foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital e Maternidade São José.

Kid Vinil participava de um projeto com outros cantores dos anos 1980, como Kiko Zambianchi e Ritchie, neste sábado em um clube de Conselheiro Lafaiete. O produtor do artista informou que ele foi o primeiro a se apresentar e, depois de sair do palco, começou a passar mal e foi atendido por uma enfermeira no clube.

O representante do cantor afirmou que ele continua hospitalizado na tarde deste domingo e que o estado de saúde dele é estável. Segundo Souza, o artista aguarda o resultado de alguns exames. Kid Vinil tem 62 anos e é diabético, conforme informou o produtor.

Nome artístico de Antônio Carlos Senefonte, Kid Vinil destacou-se no cenário musical do rock brasileiro dos anos 1980, com o grupo Magazine. Cantor, radialista, compositor e jornalista, foi vocalista do Verminose, Magazine, Kid Vinil e os Heróis do Brasil, Kid Vinil Xperience.

Fonte: G1


domingo, 16 de abril de 2017

Jovem Pan e Globo/CBN transmitem semifinais do Paulistão 2017 neste domingo

A Ponte Preta recebe o Palmeiras no Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, a partir das 16h. A Jovem Pan e a Globo/CBN transmitem a partida (Foto: Cesar Greco / Agência Palmeiras / Divulgação)
Em confronto inédito nesta fase da competição, Ponte Preta e Palmeiras abrem a semifinal do Paulistão 2017, neste domingo (16), às 16h, no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas. Um dos principais favoritos ao título, o Palmeiras chega embalado pelo resultado heroico na Libertadores, enquanto a Ponte Preta sonha em fazer história chegando na quinta final de estadual em sua história.

Em casa, a Ponte Preta tem como principal trunfo a vontade de fazer história dentro do clube e da competição. O time campineiro busca a conquista de um título importante e esteve próximo disso em quatro oportunidades em que fez a decisão do título: 1977, 1979, 1981 e 2008.

A Jovem Pan transmite todas as emoções de Ponte Preta x Palmeiras pelo Campeonato Paulista com narração de José Manoel de Barros, reportagens de Zeca Cardoso e Fredy Junior e comentários de Beetto Saad. Wanderley Nogueira comanda o Intervalo e o Fim de Jogo. O plantão é com Raphael Thebas. Pela Globo / CBN a transmissão fica a cargo de Marcelo Duó e os comentários são de Paulo Massini.

O Corinthians realizou neste sábado o último treinamento antes da partida contra o São Paulo, neste domingo, às 19 horas, no estádio do Morumbi, na capital paulista, pela semifinal do Campeonato Paulista. Após a atividade, o técnico Fábio Carille divulgou a lista dos 23 relacionados para a partida tendo como destaque o retorno do atacante turco Kazim e a ausência de Guilherme.

O meia Cueva deve ser a principal novidade do São Paulo para o clássico diante do Corinthians, neste domingo, às 19 horas, no estádio do Morumbi, na capital paulista, em jogo válido pela primeira partida da semifinal do Campeonato Paulista O jogador treinou normalmente nesta sexta-feira e pareceu estar recuperado de uma lesão muscular na coxa esquerda que o deixou de fora dos últimos jogos.



As rádios Globo / CBN a transmitem este clássico com Oscar Ulisses e os comentários são de Rafael Prates e Mario Marra. Pela Jovem Pan, a narração de Nilson Cesar, as reportagens são de Marcio Spimpolo e André Ranieri e os comentários, de Bruno Prado e Vampeta. Wanderley Nogueira comanda o Intervalo e o Fim de Jogo. O plantão é com Raphael Thebas.

sábado, 15 de abril de 2017

Bandeirantes e Band News transmitem entrevista exclusiva com Michel Temer neste sábado

Participam da entrevista com o presidente Michel Temer os jornalistas do grupo Band Fábio Pannunzio, Sérgio Amaral e Eduardo Oinegue (Foto: Divulgação/Band)

Notícia urgente: A @RBandeirantes e a @RadioBandNewsFM, emissoras Band Rádios anunciaram apenas nesta tarde de sábado (15) que vão transmitir logo mais às 20h30, juntamente com a @BandTV, uma entrevista exclusiva do presidente Michel Temer. Participam da entrevista os jornalistas do grupo Band Fábio Pannunzio, Sérgio Amaral e Eduardo Oinegue. Pelo alarde que ambas emissoras estão fazendo, a entrevista deve ser bombástica. Tomara. Não deixe de ouvir.

A briga entre Rádio Bandeirantes e Jovem Pan está cada vez mais acirradas no fim de tarde
Os comentaristas Carlos Andreazza, Vera Magalhães e Marcelo Madureira, do programa "#3em1": destrinchando a "lista de Fachin" ao vivo pelas ondas  da Rede Jovem Pan (Foto: Reprodução / redes sociais)

A transmissão do jogo Juventus 3X0 Barcelona, custou a @RBandeirantes e à Band News FM uns bons pontos de audiência. Enquanto transmitiam a partida de futebol, válida pela Liga dos Campões da Europa 2017, A @radiojovempan e a @CBNoficial levavam ao ar dentro dos programas "#3em1" e "Jornal da CBN - segunda edição", respectivamente uma lista como todos os políticos com cargos eletivos que seriam investigados no processo da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, a chamada "Lista de Fachin".

Apesar de ter sido divulgada de forma não-oficial por um furo de reportagem de Breno Pires, do site do jornal "@Estadão", a listagem causou um furor nacional meia hora depois, a ponto da sessão ordinária que corria na Câmara dos Deputados, em Brasília, ter sido encerrada imediatamente.

Nas redes sociais, os mais diversos sites especializados em política se desdobravam para tentar interpretar as aberturas de inquéritos promovidas pelo ministro do STF Edson Fachin, relator do processo da Lava-Jato. 

Nesses dois dias, infelizmente, o #BastidoresdoPoder começou mais tarde, "aos 45 minutos do segundo tempo", quando o programa estrelado por @veramagalhaes, @marcelomadu e @andreazzaeditor na Pan já estava quase na reta final. A turma do jornalístico da Bandeirantes teve de se desdobrar para recuperar o tempo perdido. Mas não foi em vão o volume de informações 
ali veiculadas foi tão grande ou maior do que na concorrência.

Para alegria dos paladinos do jornalismo do Morumbi, o "prejuízo" pode ser recuperado. Na sexta feira, a Jovem Pan não colocou no ar o "#3em1". Porém, os "#Bastidoresdopoder" foi ao ar normalmente com seus titulares Thais Freitas, @blogdopannunzio e @ColunaCH. Mesmo se tratando de um dia "morto" jornalisticamente, os três puderam nos brindar com "causos" 
vividos em anos de redação e reportagem nas ruas. Quem não ouviu, dançou. 

Há muito tempo não se via uma disputa tão acirrada pela liderança da audiência no segmento jornalístico entre Jovem Pan e Bandeirantes, adversárias no segmento há décadas. A disputa faz com que CBN e Band News FM - concorrente diretas entre si - acabem assumindo papel de coadjuvantes nesta guerra. Pior para a CBN, que vem sendo acusada de ter um modelo de programação "ultrapassado" por alguns internautas. Particularmente não concordo. Creio que o problema da "queda" seja outra, sobre a qual discorrerei em outra oportunidade. Mas o ouvinte/internauta mais atento já percebeu do que se trata. É só ficar de ouvidos abertos, tá certo?

"Vai um chazinho aí, excelência?"
O apresentador Jorge Moreno está à frente do "#ChádeLihaça", nova atração da Transamérica FM do Rio.(Foto: Divulgação)
Interatividade, bom humor, curiosidades e música de qualidade, esses são os ingredientes do “#ChádeLinhaça” um programa de rádio experimental inspirado no filme “talk radio” de @TheOliverStone (1988).

 A proposta, segundo seus produtores é apresentar um conteúdo relevante com abordagem irreverente e bem humorada sobre arte, comportamento e engajamento, sempre com convidados especialistas e interatividade com ouvinte.

Nos intervalos, a produção promete veicular poesia, reflexões, resenha sobre discos, livros, filmes e espetáculos; notícias sobre organizações sem fins lucrativos, personalidades "engajadas", projetos sociais e lançamentos da "Revista Reggae Brasil". Tudo isto regado à boas xícaras de chá de linhaça e trilha pop reggae.

Sobre a bebida, Moreno garante que o chá de linhaça é sagrado e tem um efeito impar em cada um que o consome. Pode estimular a criatividade, a solidariedade, ativar o bom humor e as boas memórias, ótimo para consumir durante um papo com uma boa trilha sonora e histórias inspiradoras.

Já passaram pelo programa o publicitário Luis Mario Martins da MKT Public, o psicanalista João Nolasco, advogada e cantora pop Mica Condé, o ator da Rede Globo Renan Monteiro, o diretor e produtor João Junior, da "Atores In Cena" e Ras Bernardo, uma dos autores do "hit" "Falar a Verdade", gravado nos anos 90 pela banda Cidade Negra.

O programa vai ao ar sempre primeiro sábado do mês às 23h55, pela Transamérica FM do Rio de Janeiro, em 101,3 MHz, pela internet pelo site http://www.radiotransamerica.com.br/pop/rio-de-janeiro e pelo aplicativo da Rádio Transamérica disponível em todas as plataformas.

O ouvinte pode participar em texto ou áudio pelo whatsapp 21 9 8012 3465 e pelas redes sociais - https://www.facebook.com/pg/chadelinhaca 


quarta-feira, 12 de abril de 2017

Veja o que as redes sociais andaram falando sobre Rádio por esses dias


Olá, amigo(a) internauta, nessa edição, #RádioBase comenta o que se falou sobre Rádio nas redes sociais nas últimas horas - 004 - 11 de abril de 2017


segunda-feira, 10 de abril de 2017

Coluna básica: Reinaldo Azevedo deixa o Jornal da Manhã; Amorim Filho conta sua trajetória no Rádio

Olá, amigo ouvinte. Veja o que eu ouvi de interessante no rádio nas últimas horas.

Coluna de Reinaldo Azevedo está fora do "Jornal da Manhã"

*A Jovem Pan anunciou na manhã desta segunda feira que a coluna "Os Pingos nos Is", de Reinaldo Azevedo não será mais exibido no "Jornal da Manhã".

*Entretanto, o apresentador Thiago Uberreich informou que o programa de mesmo nome nos fins de tarde da emissora, continuará no ar ainda no comando de Reinaldo. E mais explicações não deu sobre essas mudanças.

*O curioso é que "Os Pingos nos Is" foi um dos principais fatores do retorno do Jornal da Manhã aos primeiros lugares das pesquisas de audiência no horário e no segmento.

*Além do mais, foi a atração criada e apresentada por Reinaldo Azevedo que deu o pontapé inicial para a revitalização da audiência no segmento jornalístico no fim de tarde do dial paulistano. Vejamos a que acontecerá a seguir.


Dupla "Mano Véio e Mano Novo" agitam as madrugadas da Nativa


*Com mais de quarenta anos de experiência, variando entre o radiojornalismo e o entretenimento, o paraibano Amorim filho (o "Mano Veio"), ao lado seu irmão Expedito Duarte (o "Mano Novo"), está à frente do "Forró Nativa", todos os dias, das 2h às 5h da manhã.

*Sob o patrocínio das empresas que ele mesmo comanda - uma gravadora, uma casa de shows e uma agência especializada em viagens para o Nordeste - a atração não se limita apenas a tocar música típica do Nordeste. A dupla também discorre sobre muitos aspectos da cultural regional: a história, as curiosidades, a culinária, as atrações turísticas e tudo que fala direto ao coração dos nordestinos que moram em São Paulo e que sentem muita saudade de sua terra.


*Do ponto de vista, digamos, "mercadológico" do meio Rádio, trata-se de uma estratégia inteligente e honesta. Ao contrário do que uns poucos pensam, não há crime algum aliar a vocação natural de uma emissora e seus produtores com a demanda de sua audiência e os interesses comerciais de seus anunciantes, desde que se respeite a inteligência do ouvinte, como é o caso aqui. Nada mais óbvio, não é mesmo? Ponto para os "manos" e a Nativa FM.

E o prefeito de São Paulo viaja mais uma vez ao exterior....
*A Rádio Bandeirantes anuncia que destacará um repórter para fazer a cobertura da nova viagem do prefeito paulistano João Dória Júnior ao exterior.

*Desta vez o alcaide da capital paulista visitará autoridades e empresários sul-coreanos em Seul, capital da Coréia do Sul. O objetivo, segundo ele é atrair investimentos daquele país para a cidade de São Paulo, tal como fizera anteriormente em recente viagem à Dubai e que até agora não foram vistos resultados efetivos.

*Mas isto é outra história. O fato é que é de esperar que, como a concorrência pela hegemonia na audiência do segmento jornalístico anda bem acirrada, a Jovem Pan deverá também anunciar que algum profissional também fará esta série de reportagens "in loco", tal como acontecera na ¨tour" ao Oriente Médio.

A grande entrevista de estreia de Datena na Bandeirantes
*Repercutiu satisfatoriamente os primeiros dias de estreia da nova fase de José Luís Datena à frente do programa "90 minutos", da Rádio Bandeirantes.

*Somente na semana passada, o experiente jornalista entrevistou o presidente Temer e o técnico da seleção brasileira Tite, em primeira mão e com exclusividade.

*Aqueles que não gostam tanto do polêmico apresentador como de Michel Temer tiveram de engolir essa a seco porque, segundo consta, teria sido o chefe de governo que procurou a produção do "90 minutos" pedindo para conversar com Datena. Ponto para a produção do "90 minutos".

*Pena que a entrevista tenha sido curta dado a importância do entrevistado e da popularidade e carisma do entrevistador, mas o saldo foi positivo. Afinal, Datena sempre foi um hábil repórter e entrevistador.


"Você não gosta de mim, Mas sua filha gosta.."

*E na semana que passou a filha de José Luís Datena, Letícia Datena foi entrevistada no programa "Morning Show", da arquirrival "Morning Show".

*A jornalista e modelo é a capa da revista Playboy deste mês. Não faltaram perguntas sobre o que seu famoso pai teria achado de seu ensaio fotográfico para a revista masculina. Ela disse que "Datenão" reagiu bem e até incentivou a fazê-lo, embora não tenha visto o resultado final.

*O ponto alto da entrevista foi quando a produção ligou para o celular para o pai da modelo, que estava no ar naquele exato instante na Rádio Bandeirantes e atendeu à ligação. Não deixou de ser no mínimo engraçado, para não dizer criativo. Ponto para a produção do "Morning Show".

*Agora me pergunta você, amigo ouvinte, por que esta frase de uma música de Chico Buarque eu coloquei no título desta nota? Calma, foi apenas porque não achei título melhor, hehehe.




Por enquanto é só. Muito obrigado pela audiência e continue na sintonia.

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Não sabe o que ouviu na Antena 1? Relaxa, #perguntaprabia que ela sabe


Este vídeo acima mostra como saber o nome "daquela música linda que a Antena 1 acabou de tocar", mas que a direção da rádio não deixa que os locutores digam "quem é o cantor" que você acabou de ouvir. É simples: pergunta pra Bia que ela sabe.

A simpática funcionária da rádio atende através do e-mail: antena1@antena1.com.br, Skype: atendimento_antena1, WhatsApp: (11) 98436-4666 ou pela página da Antena 1 no Facebook! Simples assim. Se for uma canção que tocou em outro dia, mas você não lembra bem a hora, também não tem problema. Acho que vale até cantarolar o tal refrão "pa pa pa pa pa pel", que tocou antes daquela "renal, renal, dondinho is over",e depois de "ai no corrida" com aquele rapazinho que cantava como mulher e daquela música do U2 em que Bono Vox começava cantando "Um, Dois, Três, Catorze".....

Tenho certeza de que ela moverá mundos e fundos para descobrir que raio de música você está ouvindo!!!



Agora, cá entre nós, nunca entendi por que a Antena 1 insiste em não dizer qual é o nome do cantor e da música que está tocando. Ao contrário da sua concorrente direta - a Alpha FM, que tem quase o triplo de sua audiência - nem sempre foi assim na Antena 1.

Quando comecei a ouvir rádio FM, lá pelos anos 1980, a Antena 1 era a emissora mais badalada de São Paulo. Sua fama entre os ouvintes do outrora glorioso AM era enorme. Ter uma rádio que tocava os maiores sucessos do momento no mundo todo quase sem intervalos comerciais. Era um sonho de qualquer amante da música. Como o único recurso era o próprio áudio, havia uma equipe de locutores que se revezavam ao microfone, caprichando na entonação de voz para anunciar cada canção que entrava no ar, sempre com um pouco de informação sobre o artista que a interpretava: Pedro de Alcântara, Antonio Viviani, Júlio Cesar, Dárcio Arruda, Celene Araújo e tantos outros que por lá passaram ao longo de seus anos de glória.

Surge a Rádio Cidade, com seu estilo descontraído e jovem de locução, mas nada que abalasse a "sobriedade chic" da Antena 1, que continuava a ser líder do mercado. Entretanto a onda musical mudou no meio da década, o rock brazuca chegou acompanha da "invasão britânica" do pop e a sonoridade que marcou os anos 1980, pegando a Antena 1 no contrapé. A solução de seus proprietários foi "segmentar" a programação, tocando apenas uma versão mais "light" do "hit parade" internacional, com medo de esbarrar no populacho e no brega que assolou as rádios no fim da década.

John Legend e a música "sem nome" - Entretanto, algum "gênio" conseguiu colocar um "jaboti em cima da árvore" e fez o locutor parar de anunciar ou "desanunciar" o que acabar a de tocar. Ele continuou fazendo todo o restante, menos dizer "quem era o cantor". Como diria aquele antigo comercial de conhaque: "que dureza".

Graças a esta "providencial medida", a Antena 1 começou a perder audiência e até afiliadas pelo país afora. Logo surgiram "clones" da emissora no país inteiro, que aprenderam a lição que ela insiste em esquecer. Parece que seus diretores, ao longo do tempo, nunca prestaram atenção nos hábitos e costumes do próprio ouvinte. A começar que ninguém ouve rádio sem estar fazendo outra atividade, nem que seja deitado "quase cochilando" ou "descansando as vistas", como costumava dizer o mestre do rádio Jonas Rosa. Nem sempre ele consegue atentar para qual é o nome que o locutor da rádio disse. Aí, sim, é que entra os serviços de nossas "heroína" desse post, a Bia. Mas se nem quem apresentava a programação disse quem era, como é que ela vai fazer?

Eu mesmo demorei uns seis anos para descobrir que quem cantava "P.D.A. (We Just Don't Care)" - que tocava direto quase que exclusivamente na Antena 1 era de John Legend. Na verdade tive de sintonizar na Eldorado FM para descobrir isso! Bonito, hein, Antena 1!!!!



Portanto, cuidado, senhores, lembrem-se de que a Oi FM - que tinha uma ótima programação de música pop - acabou saindo do ar, por causa desses e de outros "jabotis", que caíram da árvore e quebraram a cara daquela emissora. Tenso.

PS: A música em cujo refrão se canta algo parecido como "pa pa pa pa pa pel" é a conhecida "Build", do House Martins; "Renal, renal, dondinho is ovo", trata-se de "Don't Dream It's Over", do Crowded House; "Ai no Corrida" é "Ai no Corrida", do Quincy Jones; e a contagem "progressiva" de Bono Vox é da música "Vertigo", do U2. Mas melhor do que "falar" é "assistir", correto?

The Housemartins - "Build"


Crowded House - "Don't Dream It's Over"


U2 - "Vertigo"








Vídeo de Seu Jorge mostra um pouco da Rádio Transamérica por dentro


O cantor Seu Jorge deu a voz ao tema de verão de 2017, da Rede Transamérica. Confira como ficou o clipe produzido pela equipe da rádio.



Para quem não sabe, a Transamérica tem um dos maiores e mais sofisticados estúdios de gravação de áudio do país. Há quem diga que ele é o verdadeiro versão brasileira da "Abbey Road Studios", onde os Beatles gravaram seus principais álbuns na Inglaterra.

Curta o som e aproveite para conhecer um pouco dos estúdios da Rede Transamérica de Comunicação






quinta-feira, 6 de abril de 2017

Programa "Sons do Brasil" promove show do cantor Katito Alves


Atenção para uma boa dica de show para este fim de semana. O programa "Sons do Brasil", do meu amigo Sergio Sagitta, apresenta o projeto "Sons do Brasil Convida". Esta edição traz o som brasileiríssimo de Katito Alves, que está lançando o seu primeiro CD "Algures".

O espetáculo acontece no dia 9 de abril, a partir das 18h, no Brazileria, que fica na Rua Clélia, 285, na Pompeia, em São Paulo. O programa "Sons do Brasil" vai ao ar todos os domingos, às 14 horas, na USP FM


quarta-feira, 5 de abril de 2017

Ex-jornalista da CBN é a nova voz-padrão da USP FM

A produtora e apresentadora da USP FM, Miriam Ramos: programa com plateia estudantil no plano das emissoras em breve (Foto: Divulgação)

Quem estiver passeando pelo dial das FMs paulistanas e sintonizar nos 93,7 MHz FM vai reconhecer que a fala da radialista, jornalista e atriz Miriam Ramos é a nova voz padrão feminina de identificação da Rádio USP FM.

Seu timbre grave e suave, assertivo de voz já conquistou ouvintes na Eldorado AM, Alpha FM, Musical FM, Rádio Record e 9 de Julho, agora é a marca do prefixo da rádio USP. A locutora também trabalhou como redatora e apresentadora na CBN, nos anos 90.

A radialista Miriam Ramos, além da voz das aberturas dos diversos programas é o som cor de rosa das vinhetas institucionais dirigidas e produzidas pelo novo diretor da Rádio USP Dagoberto Alves.

Na emissora, ela também é a responsável pela produção e apresentação do programa "Abrace uma Carreira" que vai ao ar na própria USP FM toda quinta-feira, às 13 horas. Segundo a produtora, o "Abrace..." é o único programa de rádio que coloca frente a frente alunos, professores e profissionais do mercado de trabalho para responder perguntas de jovens estudantes. Em breve a atração começará a ser gravada nas escolas de primeiro e segundo graus da grande São Paulo, com a participação dos alunos na plateia, de acordo com a produção do programa.

Para saber mais sobre o programa "Abrace uma Carreira", é só entrar no site http://jornal.usp.br

domingo, 2 de abril de 2017

Sancionado com veto lei de revisão da radiodifusão. Será que isso ajuda?


Infelizmente no Brasil tem aquela velha história da "lei que pega ou não pega". Será que este "novo marco regulatório" do setor vai ser levado a sério? Como se não bastasse, ainda temos uma agência reguladora - a Anatel - que não pouco inspira a confiança dos usuários dos serviços de telefonia e de internet. E o que os ouvintes e telespectadores poderão esperar da Agência Nacional de Telecomunicações? 

De quebra, ainda temos a questão das rádios piratas que invadem a torto e à direito o dial FM, principalmente na periferia das grandes cidades. Aí, sim, justiça seja feita, nota-se o grande esforço da Polícia Federal, da própria Anatel e de demais órgãos públicos que se associam nas operações de busca e apreensão das emissoras clandestinas. 

A radiodifusão enfrenta outro problemas que extrapolam o terreno da Lei e tendem ao infinito. De qualquer maneira, ter uma legislação que atualize e tente corrigir parte das distorções praticadas no meio radiofônico e televisivo já é um alento. Vejamos (e ouçamos) o que acontece daqui para frente, não é mesmo? 

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Da Agência Brasil 

Brasília (DF) - O presidente Michel Temer vetou o parágrafo da Lei de Revisão do Marco Regulatório da Radiodifusão que proibia parlamentares de exercerem a função de diretor ou gerente de "concessionária ou permissionária" de serviço de radiodifusão. De acordo com a Casa Civil, essa proibição já consta na Lei de Radiodifusão que inclui ainda as rádios "autorizativas". Segundo o governo, a norma já permitiu a abertura de processos contra parlamentares proprietários de emissoras. Caso fosse sancionada sem este veto, o marco abriria uma brecha de forma a permitir que as chamadas rádios "autorizativas" - caso das comunitárias - fossem comandadas por parlamentares.

Defendido por diversas entidades do setor de radiodifusão, o marco regulatório foi criado com o objetivo de simplificar os processos de renovação e transferência de outorgas das emissoras de rádio e TV. A cerimônia de sanção ocorreu na terça-feira (28) no Palácio do Planalto. Durante seu discurso, Temer disse que a lei colaborará para a “imprensa livre no país”. Ele destacou que, “em um momento de imprensa livre”, os jornalistas devem relatar os fatos e apontar os erros quando eles ocorrerem.

“Estou fazendo um apelo para que a realidade dos fatos seja convenientemente divulgada e, quando erros se verificarem, que sejam denunciados. A crítica, muitas vezes na democracia, faz com que o governante tome o rumo adequado. A imprensa não tem que privilegiar ou não privilegiar. A imprensa tem que retratar adequadamente os fatos”, disse o presidente.

De acordo com a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel), o texto sancionado simplifica o processamento das renovações de outorga, tendo como “grande mérito a anistia às emissoras que perderam o prazo para ingressar com o pleito de renovação”.

Para a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), a medida é “uma das maiores conquistas” para o setor de radiodifusão nos últimos 50 anos. O presidente da Abert, Paulo Tonet Camargo, disse que as alterações na legislação evitarão que a burocracia continue sendo “um entrave” para a comunicação. “Os radiodifusores há muito esperavam a simplificação. Isso significa um avanço no rumo da desburocratização. A burocracia não pode ser um entrave para a comunicação social em tempos de novas tecnologias”.

O diretor de Rádio da Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET), Eduardo Cappia, destacou, entre as novidades, as facilidades para pedidos de renovação, bem como para os processos de transferência de outorga.