domingo, 18 de outubro de 2015

"Crises são cíclicas", diz editor de revista, no Pânico JP


O editor da revista Superinteressante e autor do livro “Crash: Uma breve história da Economia da Grécia Antiga ao Século XXI”, Alexandre Versignassi esteve nos estúdios do Pânico nesta quarta-feira (14) para falar sobre economia e política no Brasil.




“A queda do Collor foi muito importante, porque se montou um governo de coalisão (não estou defendendo que isso seja necessário agora). Se tinha um baita problema político lá atrás e depois de um tempo conseguimos nós conseguir equilibrar nossa economia”, afirmou.

Questionado sobre a crise econômica no Brasil e os programas assistencialistas, defendidos pelo PT e que agora têm recebido muitas críticas, o jornalista expôs outra visão.

“Se fossem só os programas sociais, tudo bem. Eu acho que um dos problemas ali, foi o excesso de intervenção na economia. Não estou dizendo que a privatização foi um negócio maravilhoso, mas o Estado tem que existir para regular as coisas, fazer com que contratos sejam cumpridos e não para ser um ‘megaempresário’. Acho que não era nisso que o Governo deveria ter focado naquele momento”.

Mas ressaltou: “A eleição de 2002 foi um dos grandes fatos históricos mesmo. Era a primeira vez que se tinha no país um presidente que era respeitado lá fora”. Muito se fala também sobre o comportamento da imprensa, que por vezes assume uma vertente muito pessimista em relação aos fatos, Alexandre acredita que seja pela falta de clareza até mesmo na posição política, de esquerda ou de direita.

“As crises são cíclicas. Então complica quando você abre os jornais e vê as notícias. A gente tem que fazer uma análise mais sóbria, não basta pegar e dizer ‘está tudo caindo’, este tipo de visão também não ajuda nada”.

Superinteressante - Já sobre o trabalho realizado na revista, o editor chefe da publicação foi só elogios e explicou um pouco sobre a linha editorial que eles tentam imprimir em cada nova edição.

“É porque a gente pega a perspectiva histórica das coisas. Então você pega a figura de Jesus Cristo, não é ali que você vai falar sobre a mensagem, vai falar de história, quais são as evidências históricas, como era a economia na época, a política. E aí quem acredita fica incomodado, porque essa visão histórica às vezes bate de frente”, completou.

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