terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

O Rádio, esta tv com muita imaginação


Diário de Bordo, data solar 2015021001
Por Marco Ribeiro


Boa noite!!!!

* Lamento não saber como representar graficamente essa sensacional vinheta que abria a programação noturna da saudosa Rádio Excelsior "pós-máquina do som". Era quase uma "Hora da Ave Maria", bem sintética e desprovida de qualquer sentido religioso ou sacro. Era apenas um "Boa Noite". Cá entre nós, preferia a vinheta "Bom Dia'', que entrava sempre às 0h e às 6h, não antes do locutor Nilton José decretar "Um Novo Dia", ou após o providencial "A Palavra de Dom Paulo Evaristo Arns", provavelmente os cinco minutos mais calmos e sensatos do rádio dos anos 80 e 90.

* A propósito: a figura acima não é do período descrito no parágrafo anterior. É de 1977, conforme o blog do qual foi extraído - Pandini GP.




Para gringo ver (ou ouvir)

* Nesse período de férias, a TV Cultura de São Paulo está apresentando uma série de programas com entrevistados estrangeiros que foram previamente gravados "por conta da legendagem", segundo seu apresentador Augusto Nunes. 




* O programa também é transmitido simultaneamente pela Rádio Cultura Brasil - AM 1200 kHz, de São Paulo. Não é um expediente que eu particularmente aprove - como se a Fundação Padre Anchieta se incomodasse com isso. Afinal, senhores, rádio NÃO É TV SEM IMAGEM!!!! Que fique claro! Enfim, boa parte das emissoras de rádio usam desse expediente. Paciência.

* Pois bem, a menos que você seja um exímio poliglota ou um falante nativo dos idiomas das personalidades que até então se apresentaram no excelente jornalístico, é impossível saber o que se está falando. O motivo é simples: não há uma tradução simultânea para que o conviva esteja dizendo. 


* No "Programa do Jô", da TV Globo, que é transmitido simultaneamente pela Rádio CBN, ouve-se a voz do tradutor enquanto o entrevistado fala, caso seja estrangeiro e não fale português, e sim, o idioma de origem. 


* Já é meio ridículo ouvir um programa de tv pelo rádio, mas não deixa de ser um bom recurso, tipo, quebra galho. É possível acompanhar razoavelmente um telejornal não estando em frente à tv ou outro aparelho que reproduza imagens. Não nos esqueçamos que a tv brasileira é filha do rádio. Se vão usar o rádio para transmitir conteúdos "televisivos", que usem direito. Quem ouve rádio é ouvinte e não um telespectador "sem vídeo".  


* Só para arrematar o assunto, lembro certa em que Boni, no próprio Roda Viva, salvo engano, proferiu o seguinte pensamento quando lhe foi perguntado o que era o Rádio: "O Rádio é a tv com muita imaginação". E fim da transmissão.

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