sábado, 31 de maio de 2008

Outra Versão #37

Mais uma edição nacional do Outra Versão, com destaque para o Rei do Calipso do Pará, Wanderley Andrade:

Mundo Novo – Ive Brussel
Érika e Autoramas – Let me sing Let me sing
Wanderley Andrade – Runaway/My Pledge of Love/Oh Carol





Para fazer o download e ouvir depois, clique aqui.

Até semana que vem...

Rádio Nacional de Brasília completa 50 anos hoje

Está no ar o hotsite em homenagem aos 50 anos na Rádio Nacional de Brasília, completados hoje, 31 de maio.

Nesse mesmo dia, mas em 1958, a Rádio Nacional de Brasília era inaugurada com essas palavras: “Das vertentes amazônicas às coxilhas gaúchas, e dos contrafortes andinos ao litoral atlântico, Brasília fará ouvir a sua voz, a partir deste momento, graças aos possantes transmissores da Rádio Nacional, que ora inauguramos”. Depois de um discurso (baixe em formato StarOffice) do então presidente Juscelino Kubitschek, houve um show com os artistas da Rádio Nacional do Rio de Janeiro.


Confira a série de reportagens realizada sobre o aniversário da emissora, em áudio e texto: 1ªparte, 2ª parte, 3ª parte, 4ª parte e final

Coluna sem dor

* Depois do "fantasma" 92,5 - que ninguém ainda sabe o que será no futuro, finalmente a Antena 1 criou mudou sua programação.

* Saem os genéricos que ninguém conhece e ela não diz quem são e entram os hits clássicos de sempre.

* E quem está no comando da Venenosa FM é, nada mais nada menos do que Luis Antonio Mello, criador da Fluminense FM.

* A rádio está muito boa. Toca de tudo, inclusive bandas independentes sem nenhum espaço nas FMs "convencionais".

* Tenho a impressão que a audiência da Venenosa está muito mais na Internet do que

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Ricardo Côrte Real fala sobre música e comunicação, ao vivo

No programa Kizumba desse sábado, 31 de maio, teremos a honra de receber no estúdio da Hype MixBrasil o ator, músico, apresentador de rádio e TV e publicitário (ufa!) Ricardo Côrte Real.

Ricardo começou na TV aos 9 anos de idade, em 1962. Com essa baita experiência, vamos bater um papo sobre comunicação.

A visita serve também para falarmos sobre o show beneficente que Ricardo Côrte Real vai apresentar no Paddy´s Pub, na zona norte de São Paulo. Além de Côrte Real, cerca de vinte músicos vão se revezar no palco com o melhor do jazz e blues. A jam gigante vai acontecer no dia 5 de junho e a entrada é 3 quilos de alimento não perecível. Mais informações: www.paddyspub.com.br .

Para participar da entrevista e mandar suas perguntas, adicione o endereço radio.hype@hotmail.com no seu MSN.

Você ouve o programa Kizumba ao vivo todos os sábados, 20h. A reprise é no domingo, 14h.

www.radiomixbrasil.com.br

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Blog traz notícias aprofundadas sobre midia

Nosso leitor Anderson Diniz Bernardo está de blog novo. Na verdade, nem é tão novo (ele me mandou o link há algumas semanas).

É o Midia Clippling, onde ele reproduz notícias sobre comunicação e alia informação à opinião. Para quem não quer ler somente notinhas e se aprofundar um pouco mais na notícia, é uma boa pedida: http://midiaclipping.blogspot.com.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Rádio Gaúcha também é FM

Saiu no Zero Hora:

Gustavo Brigatti | gustavo.brigatti@zerohora.com.br

Depois de se tornar líder em seu segmento em AM, ondas curtas, satélite, TV a cabo e internet, a Rádio Gaúcha agora já pode ser sintonizada também pelo FM. Desde o primeiro minuto desta quarta-feira, a emissora proporcionará aos seus ouvintes mais opções de plataformas para ser acompanhada, como celulares e MP3 players habilitados.

— O rádio tem que estar onde o ouvinte quiser, no momento em que ele quiser e como ele quiser — define o gerente de Jornalismo da emissora, Cyro Silveira Martins Filho.

A entrada em freqüência modulada é mais um passo que a Gaúcha dá no sentido de ampliar sua audiência, estimada hoje em 59,1% do público de talk & news (notícias e cobertura esportiva) da Grande Porto Alegre, conforme medição do Ibope no trimestre fevereiro-março-abril.

O novo sinal, que poderá ser sintonizado no dial em 93,7 FM, transmitirá o mesmo conteúdo produzido atualmente pelos profissionais da rádio e disponibilizado pelos outros meios. A estréia na faixa acontece durante o programa Brasil na Madrugada, sob o comando de Sara Bodowsky e Marcelo Matusiak, mas o anúncio oficial vai ocorrer no tradicional Sala de Redação, nesta quarta, a partir das 13h, pelo presidente do Grupo RBS, Nelson Sirotsky.

A entrada no FM deverá alcançar, mesmo que indiretamente, toda uma geração mais jovem, usuária de aparelhos portáteis que não costumam sintonizam emissoras AM.

— Há uma migração natural dos jovens, à medida que amadurecem, na busca de informação, ao perceberem que a informação é essencial para fazer frente ao mundo, à vida, ao mercado de trabalho, enfim: que informação é imprescindível. E informação imediata é o rádio que fornece — acredita Martins Filho.

A parte técnica da nova operação foi coordenada pelo gerente técnico da rádio, Caio Klein, e pelo diretor de Tecnologia da RBS, Fernando Ferreira.

Quem acompanha as jornadas esportivas da Gaúcha — e se encontra, assim, entre os ouvintes que dão à rádio 67% do share de ouvintes de esportes, conforme a mesma medição do Ibope — também será beneficiado com a expansão da Gaúcha à FM, que com 70kw de potência deverá alcançar cidades num raio de 90 km a 100 km a partir da Capital.

— É uma possibilidade para aquele torcedor que costuma levar o rádio ao estádio ou ouvir as transmissões dos jogos em casa: poderá fazer o mesmo com o celular ou o MP3 player adequados — esclarece Martins Filho.

Kajuru critica Rede TV! e é tirado do ar

do Agora

Jorge Kajuru criticou a transmissão do Corinthians na Série B, feita pela Rede TV!. "A Rede TV! é anti-jornalística", disse ele, ao vivo, no "Bola na Rede", do qual era comentarista havia três meses. Depois disso, o jornalista foi tirado do programa. A Rede TV! nega que o tenha dispensado. Diz que ele não tinha contrato, só ganhava cachê. Kajuru não foi encontrado pela coluna. Em outra ocasião, na Rede TV!, ele se demitiu no ar.

*

Existe uma outra versão, publicada no Blog do Paulinho. Kajuru teria perdido espaço na Rede TV! graças a pressões vindas de Andrés Sanchez, presidente do Cortinthians, atual participante do campeonato brasileiro da série B. Evento esse, cujos direitos de transmissão também pertencem a emissora. Em edições anteriores do Bola na Rede, o jornalista tem feito criticas a atual administração do clube. Prefiro ficar com a versão do blog. No entanto, Kajuru merece um puxão de orelha. Sua ansiedade em voltar à televisão dos grandes centros é tamanha que ele nem parou para analisar direito o convite da Rede TV! Ora, se a emissora transmite a série B, é óbvio que, em determinado momento, sua liberdade para falar seria tolhida.

Eu até entendo que o Kajuru tem dívidas, contas a pagar, etc. Mas acho que ele não pode aceitar o primeiro convite que aparece. Do contrário, fica esse entra-e-sai do ar toda hora.

Posso estar enganado, mas acho que Kajuru tem duas alternativas. Voltar para o rádio ou explorar melhor as possibilidades da Internet. Com relação a esse segundo item, quem vem fazendo isso de forma inteligente é, goste-se dele ou não, Paulo Henrique Amorim. Na Rede Record, ele faz um tipo de jornalismo. Enquanto isso, em seu site, ele faz um outro estilo, mais combativo.

terça-feira, 27 de maio de 2008

E se eu fosse presidente...

Levante a mão quem já fez no colégio a redação com o tema "E se eu fosse presidente da República". E o manjadsíssimo "Minhas férias"? Tive de fazer os dois a pedido das minhas queridas professoras do primário. Não sei bem o que uma criança de 7 ou 8 anos poderia propor de diferente ao país, mas lá estava eu gastando a tinta da caneta para entregar a redação logo e sair correndo a fim de curtir o recreio.

Mas passados tantos anos, ganhei uma certeza do que faria se um dia fosse presidente da Repúlica. Seria uma atitude apenas, talvez a suficiente para me eternizar na história. Não, eu não acabaria com a fome, nem melhoraria a distribuição de renda. Milagre é só na Igreja e essas coisas não dependem só do presidente.

Mas há outras que podem ser resolvidas com uma simples canetada. Meu primeiro e único decreto seria proibir a execução pública de qualquer faixa do disco "Brothers in arms", do Dire Stratis e da música "Sultans of swing".

Antes de mais nada, é lógico que sou contra qualquer tipo de censura, mas acho que a proibição cabe nesse caso.

Hoje de manhã, liguei o rádio bem na hora em que estavam tocando "Sultans of swing" pela enésima vez. E na semana que passou eu ouvi também "Walk of life", "So far away", "Your latest trick".... Há anos ouço essas músicas no rádio de São Paulo. Não tenho uma estatística para oferecer, mas esses hits listados são os campeões de repetição.

Infelizmente, nossos amigos programadores de rádio continuam se lembrando das mesmas coisas na hora de bolar a lista do que vai para o ar. Não há variedade. Não há ousadia. E só mesmo um decreto presidencial para ajuda-los a não recorrer mais a essas "muletas" musicais.

Para ninguém ficar triste, deixarei liberado o "On every street". "Calling Elvis", que abre esse álbum, é muito bacana. O meu medo é ter de voltar ao Planalto novamente só para proibir a overdose de execuções dessa faixa. Vida de presidente não é fácil...


*

Publicado no site Laboratório Pop em 2005 ou 2006, acho. Olhando agora, acho que o título deveria ser "Se eu fosse presidente...", mas f***-se.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Duplex é tradição no rádio esportivo gaúcho

No último sábado, a tabela do campeonato brasileiro marcava para o mesmo horário dois jogos de clubes gaúchos. O Grêmio receberia em casa o Naútico. Enquanto isso, no Maracanã, o Internacional iria visitar o Flamengo. Em casos como esse, as rádios de Porto Alegre apelam para o bom e velho duplex, que é a transmissão simultânea dos dois jogos. Esse recurso se justfica pela acirrada rivalidade entre os grandes clubes da capital rio-grandese. Como nenhuma rádio quer ser acusada de favorecer a um deles, a saída é dividr para agradar.

O duplex funciona de maneira bem simples. Duas equipes de transmissão em cada posto e os narradores de cada um delas vão descrevendo os principais lances (as vezes, com atropelos), em forma de revezamento, sem esquecer dos comerciais.

Separamos aqui um trecho da transmissão duplex feita pela Rádio Bandeirantes, de Porto Alegre. Daniel Oliveira acompanhava a partida do Grêmio. Enquanto isso, Marcos Couto ficava em cima dos lances do jogo do Internacional.





UPDATE: 27.06 (01h20): Quando eu escrevi "duas equipes de transmissão em cada posto", não tinha me dado conta de que apenas o repórter da Bandeirantes-POA estava no Maracanã. O narrador Marcos Couto não foi deslocado ao Rio de Janeiro.

E no final-de-semana que vem, as emissoras gaúchas vão repetir o Duplex. Será a vez do Grêmio ir ao Rio. O time enfrenta o Vasco. O Internacional estará no Beira-rio enfrentando o Sport Recife.

domingo, 25 de maio de 2008

Vitrola do Janja - o podcast



Artistas brasileiros visitando os Estados Unidos, Inglaterra e Irlanda. Nessa edição:

Garotos Podres – Nasci pra ser Selvagem;
Ronnie Von - You've Got to Hide Your Love Away;
Sepultura – Bullet the Blue Sky





Para fazer o download e ouvir depois, este é o endereço direto do arquivo mp3.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Vitrola do Janja - Novos programas

No ar, mais um.....ops, mais 3 programas Vitrola do janja. E aproveita que estou de bom humor para produzi-lo e baixe logo os três de uma vez para você ouvir no seu Ipod ou na página que você abrir nos links abaixo

Vitrola 01
Ação Direta -Amén
Indigesto - Petróleo ou religião
Mamelo Sound Sytem - primitivo do futuro
Deserdados - Eu não quero mais

Vitrola 02
Pedra - Sou Mais feliz
Pedra - Estrada
Pedra - Madalena do Rock and Roll

Vitrola 05
Pedra - Sou mais feliz
Velocímetro - Descansando no sofá
Julia Says - Mohamed Saks Saks
Manoel Otávio - Neurastênico

Recordar é viver;"Levis é no centro...."

Quem não se lembra do bom e velho Mister Sam, um dos grandes Dj's dos anos 70 e 80 e o primeiro VJ da televisão brasileira? E do comercial que ele fazia de uma loja de Jeans famosa na Rua Direita, no Centro de São Paulo?. Pois é, se você não ouviu, ouça clicando neste link aqui.


http://www.4shared.com/file/37523046/af65b614/_Trilha_antiga_da_rdio__Mister_Sam_-_E_no_centro.html

28 anos de Canção Nova

Esse blog reclama muito das rádios religiosas. Seja por conta de muitas operarem na ilegalidade (alô! É da Anatel?) ou do despreparo de alguns profissionais que nelas atuam, que num esquema zero de profissionalismo nem radialistas são. Pensam que padres e pastores comunicativos podem ocupar os estúdios e está tudo certo.

Mas acho que temos de reconhecer as excessões que existem no dial. Nesse domingo, 25 de maio, completa 28 anos de operação a rádio Canção Nova, emissora da igreja católica com sede no interior de São Paulo, no município de Cachoeira Paulista. É um exemplo de profissionalismo que deveria ser seguido por outros evangelizadores que acreditam na força do rádio.

Juntos, rádio, web e TV batem vendas de CD e DVD pela primeira vez na Inglaterra

EFE - O Globo Online

LONDRES - Os músicos britânicos ganharam em 2007, pela primeira vez na história, mais pelas transmissões de rádio e televisão e por downloads na internet de suas canções do que pela venda de CDs e DVDs, anunciou esta quinta-feira a MCPS-PRS, entidade que cuida dos direitos autorais do setor musical no país.

A entidade arrecadou em 2007 US$ 1,1 bilhão junto a emissoras de rádio, redes de TV, provedores de serviços na internet e gravadoras. As rádios e TVs, ao lado da internet, foram responsáveis por US$ 308,4 milhões, um crescimento de 8% com relação a 2006 - o faturamento com downloads, sozinho, aumentou 54%.

Os produtos físicos, como CD e DVD, que sempre foram a maior fonte para os músicos do país, tiveram uma queda de 11% na comparação com 2006, com receita de R$ 301 milhões de dólares.

A MCPS-PRS afirmou que a queda da venda dos CDs foi em parte compensada pela comercialização de outros produtos físicos, como pen-drives com canções embutidas.

Apesar do crescimento, a internet ainda representa pouco no bolo total - US$ 19,8 milhões de dólares.

- Muito se escreve sobre a situação da indústria musical, mas estes resultados mostram a boa saúde do setor, com aumento de receita em quase todas as áreas - afirmou o presidente da MCPS-PRS, Steve Porter, que previu novo aumento de receitas em 2008.

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Não sei se somos privilegiados por vivermos e presenciarmos um período de grandes mudanças ou se somos azarados por estarmos num momento em que não se sabe muito bem o que fazer em relação ao futuro das comunicações (música incluída). De qualquer forma, notícias como essa nos dão um pequeno feixe de luz no fim do túnel.

Conheça o "Derrubado" de Alagoas

O nosso amigo e agitador cultural de Alagoas Cláudio Roberto nos enviou este texto abaixo falando sobre o famoso Alves Correia, o "Derrubado.

"Filho de uma simples lavadeira e um garçon, que ao longo da vida lhe ensinaram os caminhos de como fazer o bem sem olhar a quem, Alves Correia vem a cada dia se consagrando no meio artístico e radiofônico, não só de Alagoas, mas de todo o Nordeste.

Tudo começou na década de 70, quando ele Alves Correia, iniciou sua vida profissional na Rádio Correio de Penedo na função de operador de áudio.
Depois veio para Arapiraca, onde na Rádio Novo Nordeste AM, fez uma carreira de sucesso, passando vários anos, indo em seguida para a Rádio Gazeta de Maceió.

Hoje, na Rádio Gazeta FM Arapiraca, onde apresenta seu Programa Alves Correia “O Derrubado” das 5h00 às 9h00, com uma maneira própria e irreverente de ser, ele recebe diariamente centenas de cartas pela sua grande audiência em todo o Estado de Alagoas e até além fronteiras.

Como cantor, o derrubado como ele mesmo gosta de se autodenominar, Alves Correia tem conquistado na Região Agreste de Alagoas, uma imensa legião de fãs que o acompanham em todas as apresentações circenses, onde em sua grande maioria, o dinheiro ganho com as apresentações doa para as pessoas necessitadas.

Hoje, ele faz um grande sucesso com o grupo denominado de Alves Correia suas Bundudas e a Banda Derrubada, onde teve a oportunidade de abrir grandes shows com bandas de grande nome nacional como Magníficos e Balança Nenen. Com uma completa interação com o público, Alves Correia, brinca com seus fãs, chamando-os para o palco para dançarem com suas bundudas.

Durante as apresentações, o cantor, radialista, ex-vereador e ex-deputado, não gosta de gente gaiata, quer sim, que a platéia participe com todo respeito, principalmente as pessoas que vêm de longe assistir aos seus shows.

Com uma veia artística, de dar inveja, Alves Correia que é considerado um verdadeiro showman, se transformou em um verdadeiro artista popular, onde inclusive participou de concursos de humorismo, que contou com a participação de Chico Anísio e Jô Soares."

Diários Associados implantam rede de rádios

Do portal Bastidores do Rádio

Desde domingo (18), a maioria das Rádios dos Diários Associados, um dos grandes grupos de comunicação de massa do Brasil, que inaugurou a extinta TV Tupi, além das lendárias Tupi 1040 AM (hoje "Rádio Capital") e Difusora 960 (hoje "Rádio São Paulo") integrou-se a uma nova rede nacional de emissoras.

A "Clube FM" é um grande projeto que inclui as Rádios 105 FM de Brasília e Clube FM de Recife, mais cinco emissoras AM nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Distrito Federal, formando a Rede Brasil Clube de Rádio, dirigida por Anderson Carlos. O nome é alusivo à Rádio Clube de Pernambuco, considerada a emissora privada mais antiga em funcionamento no Brasil.

A programação será totalmente independente, compartilhando apenas o nome e as logomarcas, além das promoções e o playlist musical, que pode variar conforme a audiência local de cada praça.

A Rede Brasil Clube, porém, não contará com as Rádios Tupi AM e Nativa FM do Rio de Janeiro, que também pertencem aos Diários Associados, e que são dirigidas por Alfredo Raymundo e seu filho Ricardo Henrique, respectivamente.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Rádio Scalla ou Bradesco Prime e ainda o Brilhantina

Do blog da Magaly Prado

Fernando Barreto continua no comando do “Brilhantina”, na rádio SulAmérica Trânsito (SP), mesmo depois de entrar para o time da nova Scalla, adquirida pelo grupo Bandeirantes, que deverá virar rádio Bradesco Prime ou rádio outronomedepatrocinador, já que existem três outros na negociação.

Trata-se de seguir o modelo da própria SulAmérica Trânsito, ou seja, o nome de quem banca a rádio aparece exatamente no nome da emissora. Enquanto isso arredondam a programação com um pouco de Alpha + um pouco de Antena 1 + um pouco de Nova Brasil e por que não um pouco do lado mais leve da antiga 89? Vão afinando o que eles acham que poderia agradar o público adulto que não quer só flashback nem só música internacional nem só MPB tradicional e que tem saudades da 89 mas não quer nada muito pesado. Bom, é assim que eu imagino que devam estar pensando.Estou equivocada?

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Pois é, Magaly. Que tal fazermos um bolão? Eu acho que ela ainda pode virar a Oi FM
de São Paulo, uma vez que a operadora de celular está chegando a este lado da Via Dutra. Pode também virar a tal Bandsports FM, ou a Play FM, que dizem que o sócio é o filho do Lula, aquele que seria um dos donos da empresa que arrenda vários horários na Play TV. Talvez os 92,5 Mhz vire a MTV FM. Em suma: tudo que a ex-Brasil 2000 FM deveria virar e não virou.

Futilidades à parte, ainda me preocupa esta concentração de canais na mesma praça por parte de uma única empresa. Isso é o que importa. O que acontecerá com a qualidade da programação e a liberdade de escolha do ouvinte? Façam suas apostas.

Kid Vinil é o cara!!!!!!!

Veja só o que Kid Vinil postou recentemente em seu blog


Em apenas quatro meses 2008 revela-se mais um ano de grandes lançamentos, resolvi postar abaixo uma lista das melhores coisas que ouvi até agora.

The Magnetic Fields - Distortion
Radiohead - In Rainbows
Cat Power - Jukebox
British Sea Power - Do You Like Rock Music?
Black Mountain - In The Future
Hot Chip - Made In The dark
The Mars Volta - The Bedlam In Goliath
Lightspeed Champion - Falling Off The Lavender Bridge
Vampire Weekend - Vampire Weekend
These New Puritans - Beat Pyramid
Nick Cave & The Bad Seeds - Dig!!! Lazarus Dig!!!
Get Cape, Wear Cape, Fly - Searching For The How And The Whys
Neon Neon - Stainless Style
The Mae Shi - Hillyh
Laura Marling - Alas I Can Not Swim
Los Campesinos!" - Hold On Now, Youngster
I Was A Cub Scout - I Want To Know That There Is Always Hope
Hercules And Love Affair - Hercules And Love Affair
Elbow - The Seldom Seen Kid
MGMT - Oracular Spectacular
The Gutter Twins - Saturnalia
Stephen Malkmus & The Jicks - Real Emotional Trash
Billy Bragg - Mr Love & Justice
R.E.M. - Accelerate
Foals - Antidote
We Are Scientists - Brain Thrust Mastery
The Young Knives - Super Abundance
Be Your Own Pet - Get Awkward
Adam Green - Sixes & Sevens
Mystery Jets - Twenty One
The Teenagers - Reality Check
Does It Offend You, Yeah? - You Have No Idea What You're Getting Yourself Into
Muse - HAARP
Supergrass - Diamond Hoo Ha
Portishead - Third
Blood Red Shoes - Box Of Secrets
Forward Russia! - Life Processes
The Last Shadow Puppets - The Age Of Understatement
The Courteeners - St Jude
The Breeders - Mountain Battles
Spritualized - Songs In A & E
Martha Wainwright – I Know You’re Married But I've Got Feelings Too
Willard Grant Conspiracy - Pilgrim road
Crystal Castles - Crystal Castles
Pete Molinari - A Vritual Landslide
Brian Jonestown Massacre - My Bloody Underground
Times New Vicking - Rip it Off
The Dirtbombs - We Have You Sorrounded
We Are Physics - ...Are Ok At Music
The Dexateens - Lost And Found
Operator Please - Yes Yes Vindictive
Vincent Vincent & The Villains - Gospel Bombs
Black Francis - Svn Fngrs
Pete & The Pirates - Little Death
The Duke Spirit - Neptune
The Long Blondes - Couples
Clinic - Do IT!
American Music Club - The Golden Age
The Accidental -There Were Wolves
Cazals - What of our Future
Cut Copy - In Ghost Colours
No Age - Nouns
Tapes´n´Tapes - Walk It Off
The Raconteurs - Consolers of the Lonely
Tokyo Police Club - Elephant Shell
Grand Archives - The Grand Archives
Santogold - Santogold
Sons & Daughters - This Gift
Islands - Arm´s Way
Fuck Buttons - Street Horrsing


Relançamentos e coletaneas:

Eels - Meet The Eels/Useless Trinkets
Nick Lowe - Jesus Of Cool
Morrissey - Greatest Hits
Michael Jackson - Thriller
Beck - Odelay: Deluxe Edition
The Lemonheads - It's A Shame About Ray
The Groundhogs - Hogwash
Dennis Wilson - Pacific Ocean Blue - Legacy Edition - (Out June 16th)
Elvis Costello & The Attractions - This Years Model (Deluxe edition)
Free - Fire & Water (Deluxe Edition)
The Beat - You Just Can't Beat It
Love - Forever Changes
Otis Redding - Otis Blue - Collectors edition
Paul Kossoff - Back Street Crawler
Lynyrd Skynyrd - Street Survivors
Squeeze - Argybargy
Whyiskeytown - Strangers Almanac
The Replacements - Let it Be
The Replacements - Hootenanny
The Replacements - Sorry Ma, Forgot to Take Out the Trash
The Replacements - Stink
Mission of Burma - Vs.
Mission of Burma - Signals, Calls and Marches
Mission of Burma - Horrible Truth about Burma
Gram Parsons with The Flying Burrito Brothers - Live at the Avalon Ballroom 1969
The Doors - Live in Pittsburgh - 1970
Rocket From The Crypt - R.I.P.

Como diria o meu amigo Pedrinho Barreto:"Quem conhece, conhece"

Ainda há espaço para a reportagem no rádio

Quem diz que não há espaço para reportagens de fôlego no rádio pode começar a rever seus conceitos. Felipe Motta, da Rádio Jovem Pan, esteve em Helsique, na Finlândia, e voltou de lá com uma excelente reportagem sobre a trajetória de Kimi Raikkonen, atual campeão munidal de F-1. Motta entrevistou tanto o piloto como seus pais, Masa e Paula. É mais uma história de família que investe tudo para que seu filho tenha sucesso em um esporte. O internauta pode acompanhar a reportagem completa neste link. Basta clicar no player. E em seu blog, Felipe Motta publica fotos e traz histórias de bastidores.

Mauro Beting relembra comerciais antigos

E O Terceiro Tempo da quarta a noite se supera a cada semana na Rádio Bandeirantes. Esgotado o assunto sobre a desclassificação do São Paulo na Copa Libertadores, Milton Neves e Mauro Beting resolvem relembrar comerciais e jingles antigos. Detalhe: Mauro até interpretou alguns textos clássicos e cantou (ou tentou cantar) alguns deles. Ouça o resultado no player abaixo.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Hype MixBrasil e os preparativos para a 12ª Parada GLBT

A Rádio Hype MixBrasil preparou uma programação especial para cobrir a 12ª Parada GLBT de São Paulo, que terá como tema: "Homofobia mata! Por um Estado laico de fato".

Confira as atrações abaixo:

22/5 – Diva
Transmissão ao vivo da já tradicional festa Diva, na The Week, comandada por Cida Araújo. Presenças confirmadas dos DJs Marcos Paulo e Robson Mouse. A partir das 17h.

22/5 - Feira Cultural
Flashes da Feira Cultural GLBT, na Praça da República, durante todo o dia.

24/5 – Gay Day Playcenter
Nesse dia, o Playcenter estará "fechado" para o aquecimento para a Parada GLBT. A Hype MixBrasil será transmitida ao vivo do parque, com destaque para o show da cantora Joe Welch e da drag Silvetty Montilla. O programa Kizumba, às 20h, será transmitido ao vivo do parque e encerrará as transmissões do dia.

24/5 – Caminhada Lésbica
Flashes da caminhada que acontece um dia antes da Parada.

25/5 – 12ª Parada GLBT - Homofobia mata! Por um Estado laico de fato
A Hype MixBrasil terá uma base transmitindo do Lounge MixBrasil. A partir das 11h, o ouvinte acompanhará toda a movimentação pela Paulista por meio da participação de dois repórteres, que estarão captando a vibração da Parada. A transmissão segue ao vivo até o último trio elétrico chegar na Rua da Consolação.

Com esse trabalho, a Hype MixBrasil espera alcançar novamente o sucesso da transmissão do ano passado, quando foi a primeira rádio a estar presente e transmitir a Parada GLBT de São Paulo, o maior evento gay do mundo.

Muqueca de Siri convida...

Conrad Rose, produtor e apresentador do podcast Muqueca de Siri, está organizando um dia de samba do bom lá no Magnólia Bar, na Lapa (a Lapa paulistana, ok?). O preço para quem tem nome na lista é R$ 32,90 para o almoço (com moqueca de siri e mais o que está no flyer à vontade!).

Então, quem estiver a fim de ir pode colocar o nome e e-mail aqui nos comentários que eu repasso pra ele. Mais infos no flyer em abaixo (clique para visualizar em tamanho real).


domingo, 18 de maio de 2008

Outra Versão #35

Mais uma edição recheada de versões nacionais:

Sandra de Sá e Funk como le Gusta – Olhos Coloridos
Zé Ramalho – Bate na Porta do Céu
Trio Mocotó – Chiclete com Banana


Click here to get your own player.

Clique aqui para fazer o download e ouvir depois.

Até...

sábado, 17 de maio de 2008

Um pouco mais sobre Antonio Carvalho

Talvez muitos nem lembrem, mas Antonio Caravalho apresentou na TV Bandeirantes a primeira versão televisiva do Brasil Urgente, em 1984. Era uma revista eletrônica que batia de frente com a novela das oito da Globo e ficou pouco tempo no ar. O título seria reaproveitado, anos depois, numa atração do final da tarde que hoje é comandada por José Luis Datena.

Antonio Carvalho faz parte daquilo que eu chamo de "minha memória afetiva do rádio". Sempre quando eu o ouvia no Grande Sampa, relembrava de alguns momentos da minha infância e adolescência. Um deles era ver minha avó passando roupa ou cozinhando a janta (era ela quem cozinhava lá em casa) sempre com o radinho ligado na Bandeirantes AM, acompanhando os programas vespertinos comandados por ele.

Ele apresentou durante muitos anos o Ciranda da Cidade, que ia ao ar das 17h as 18h. Depois teve o Bandeirantes Acontece, das 15h as 17h, que foi um programa criado para José Nello Marques, vindo da Jovem Pan. Porém, quando Nello se transferiu para a Globo, e lá dividiu o microfone com Milton Parron para substituir Afanásio Jazadi, o comando do jornalístico foi passado para Antonio Carvalho. Nessa dança de cadeiras, quem entrou em seu lugar, na Ciranda, foi Nei Costa.

Durante o Terceiro Tempo deste sábado, pós Gama x Corinthians, Claudio Zaidan lemrou que Antonio Carvalho era um sujeito muito bem-humorado, que sempre vinha com uma tirada engraçada. Ricardo Capriotti disse que quando entrou para a Bandeirantes, em 1993, recebeu vários conselhos de Carvalho.

Já escrevi aqui e não custa repetir: a direcão da Bandeirantes merece os parabéns por ter mantido no ar um de seus mais antigos profissionais e não abandona-lo à própria sorte durante o período de sua doença.

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Ouça abaixo a homenagem feita pela Rádio Bandeirantes. A montagem foi feita por Edu Cesar, do site Papo de Bola. A locução é de Walker Blaz.

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Na sequência, reproduzimos a versão em texto de um bate-papo promovido pelo site da Rádio Bandeirantes entre Antonio Carvalho e seus ouvintes. Ele contou um pouco de sua história profissional e falou também sobre sua batalha contra a leucemia.

Andréia diz: Você lembra como foi a sensação quando estreou nos microfones da Rádio Bandeirantes? Vote logo!

A sensação que tive quando estreei nos microfones da Bandeirantes foi de estupor, de que eu estava no paraíso, porque era um sonho muito grande trabalhar na rede Bandeirantes. Eu entrei mais fácil na USP do que no teste da Bandeirantes. Eu só consegui entrar em Rádio Bandeirantes, em outubro de 1969, em um segundo teste, porque no primeiro eu não passei. Estreei nos titulares da notícia, mas eu ainda estava muito nervoso, cheguei a passar alguns meses sentindo que o coração ia sair pela boca, mas depois fui me acalmando.

Sérgio Antônio diz: Existe tristeza pelo seu afastamento ou você considera que tudo isso que está acontecendo faz parte de um processo de aprendizado?

Não existe tristeza pelo fato do afastamento. Considero parte do aprendizado.O que sinto é saudades dos ouvintes e dos colegas. E eu com aquela conversa de tentar ensinar os ouvintes com palavras, nunca pensei em tristeza. Hoje estou preparado para enfrentar qualquer coisa, não tenho medo de morrer. Tudo o que começa, cresce, dá frutos e termina.

Danilo diz: Desde quando você se interessa por temas místicos e esotéricos? Qual foi a reação da direção da Rádio Bandeirantes quando você começou a abordar esses temas espiritualistas na Rádio pela primeira vez? Qual o retorno que você tem dos ouvintes ao abordar temas como esses?

A Bandeirantes sempre me deu muita liberdade, nunca fui muito policiado. Uma vez ou outra, me pediram para maneirar alguns comentários sobre algum assunto, mas foi só isso. Agora, a entrada nesses assuntos esotéricos foi se dando devagar, eu ia passando as informações aos ouvintes. Se eu fosse falar o que falo hoje há dez anos, eu seria internado. Ainda não fiquei louco, e continuo descobrindo coisas e passando para os ouvintes. Esse assunto fica muito árido, a não ser que as pessoas passem antes por uma escola de iniciação nesses mistérios. O retorno que tenho dos ouvintes é fantástico. Um dia eu disse algo no ar sobre quando vi o Sol, uma visão. Eu não vi o Sol, vi um arcanjo enorme, identifiquei como Mikael. Quando eu contei o que vi, no ar, colegas e a produção do Grande Sampa questionaram que resposta eu receberia. Recebi 35 e-mails. O retorno dos ouvintes é fantástico. Tudo o que falo no ar tem um começo, meio e fim.

Dezenas de internautas e ouvintes dizem: Olá, Antonio Carvalho, quando o senhor volta para a Rádio Bandeirantes?

Eu gostaria de responder a todos, meus queridos amigos ouvintes, que se dependesse de mim, já teria voltado. Estou em um tratamento difícil, de leucemia, mas é uma leucemia tratável. Ela está paralisada, praticamente não existe mais. Porém, se transformou em linfomas, são gânglios que incham e viram uma tumoração dele. No meu caso, os glóbulos brancos diminuíram por isso a minha resistência física não está boa. Assim, não posso me misturar com outras pessoas. Como há uma boa recuperação, acredito que não demoro a voltar, mas não posso fixar uma data. Estou bem, e se não der para voltar neste ano, volto no começo do ano que vem.

Carmem diz: Carvalho, querido. Você faz falta. Queria saber qual foi, na sua opinião, a melhor fase na Rádio Bandeirantes?

Eu tive várias fases na Bandeirantes, e gostei de todas elas. Para mim foi um prazer muito grande ser um noticiarista e comentarista de notícias na equipe Os Titulares da Notícia, pois isso era um máximo no jornalismo de rádio da época. Na década de 70 eu tive um programa que foi verdadeira coqueluche nos rádios de São Paulo. Era o Bandeirantes Freqüência Balançada, nas 9h às 11h30 da noite, todos os dias, e foi nesses programa que comecei a fazer crônicas convidando o ouvinte a pensar um pouco, e daí acabei caindo nos assunto que comento hoje. Todavia, acho que a minha melhor fase é a atual, pois como me sinto muito feliz comigo mesmo, pelo que descobri sobre a vida, sinto-me bastante útil ao passar este conhecimento aos ouvintes.

Nanda diz: Sou estudante de jornalismo e queria dizer que o admiro muito. O que mais mudou no rádio desde que começou sua carreira?

Eu acredito que mudou tudo, Nanda. Para começar, quando ingressei no Jornalismo, não escolhi um curso. Depois a Eca começou, a Cásper Líbero também. A ECA é o mais conglomerado atual. A rádio mudou muito. Hoje a concepção de locutor mudou muito porque houve uma época que o Helio Ribeiro, vetou um nome porque parecia que a pessoa tinha uma batata na boca. Hoje caiou esse tipo de concepção. Não se escolhe mais uma voz bonita, mas sim pela capacidade de assimilação de fatos e pelo conhecimento de outras línguas. Essa pessoa pode ser enviada para várias partes do mundo. Mudou muito o jornalismo, e eu acredito que a internet vem dar um colorido diferente. Ela tem muito a crescer e a inventar nessa área de jornalismo

Rosângeladiz: Carvalho, estamos torcendo por sua recuperação. Do que você mais sente falta neste período de afastamento? Luciana diz: Fico feliz por estar um pouco mais próximo de nós, já que não esta me acordando todos os dias. Gostaria de saber dos programas que você apresenta qual que está sentido mais falta.

Rosângela, eu agradeço a você e a todos que torcem pela minha recuperação. O que mais sinto falta é o contato diário com vocês, mas principalmente no Grande Sampa em que faço aquela conversinha no ouvido. Confesso que havia pensado em qual programa sinto mais falta, Luciana. Tenho um carinho especial pelo Arquivo Musical, que apresento desde o começo da década de 70. São Praticamente 32 anos apresentando o programa, que é o mais antigo apresentado pela Rádio Bandeirantes.

Claudete diz: Você já pensou na primeira coisa que vai dizer quando voltar a comandar o microfone do Arquivo Musical?

Claudete, parece que você leu meu pensamento. Acho que o melhor que posso fazer é comentar sobre eu mesmo e relacionar a vocês, sobre tudo o que vocês fizeram pela minha volta. Eu tenho pensado um pouco e acredito que devo falar um pouco sobre isso e sobre o meu aprendizado. Eu sempre digo que o mal é bem, e que o bem é mal. A vida é um jogo, do certo e do errado, da esquerda e da direita. Não consigo ser um ou outro, sou os dois. Obrigado

Palavras de carinho: Ubertinas diz: Meu irmão, como está fazendo falta! Esperamos o seu retorno o mais breve possível. Luiz diz: Escuto o arquivo há mais de 35 anos. Tenho muitas saudades das musicas italianas nos anos 60 Osvaldo diz: Que Deus ilumine sua saúde e sua volta para muitos e muitos anos mais. Avanilton diz: Espero que esteja se recuperando bem.

Ubertinas, muito obrigado pela sua manifestação. Como já disse, espero voltar em breve. Muito Obrigado. Luiz, eu também tenho. Se eu fosse tocar as músicas só da minha preferência, talvez eu viesse a perder audiência, porque gosto de músicas e épocas anteriores à minha. Mas infelizmente a Bandeirantes não tem mais disco de vinil. Só podemos tocar o que tem em CD, por isso fica mais difícil tocar músicas mais antigas. Osvaldo, obrigado pelos votos, desejo o mesmo a você e à sua família. Avanilton, estou me recuperando, e espero voltar ainda no fim deste ano, ou no começo do ano quem.

Manuel diz: Por que o rádio tem tão pouca memória? Estou, faz pelo menos dois meses, buscando dados biográficos sobre Coripheu de Azevedo Marques, sem nenhum tipo de resultado. Já consultei ABI, CEDOM, Almanaque Abril, Enciclopédia Delta Larouse, Jornal "O Estado de Sao Paulo"... Um grande abraço!

Manuel, você quer dados sobre Coripheu de Azevedo marques e foi apresentador do Grande jornal falado Tupi, das décadas de 50, 60. Eu não gosto de dizer que o Rádio tem pouca memória, nós é que temos pouca memória. Na verdade, o ser humano não gosta dês se apegar ao passado, seguindo uma frase, de minha autoria: a vida é para frente, para o alto, por isso o dia de hoje é melhor do que o de ontem e será pior do que o de amanhã. Acredito que, neste contexto, é que pensamos mais em presente e futuro do que em passado. Acredito que você consiga bastante informação sobre o Coripheu no Google. É lá que você encontra. Outro local em que você pode procurar é o Museu da Imagem e do Som.

Juca diz: Haveria a possibilidade de uma mensagem gravada de cinco minutos sobre o título que dá origem a esta mensagem?

Juca, não sei a qual mensagem você se refere. Mesmo que eu gravasse, não sei como isso poderia chegar a vocês.

Padinha diz: Você acredita que a luta cultura é mais importante do que a política?

Padinha, eu acho que você usa palavra luta como metáfora. Eu prefiro dialética, seria o choque dos contrários, que acaba sendo uma luta também, mas esse choque dos contrários é em decorrência do que eu comento sempre no Grande Sampa. São os pólos negativo e positivo. Você encontra isso até nas religiões. Na bíblia, Eu sou o Alfa e o Ômega, ninguém chega ao Pai sem passar por mim. Atribuem essa frase a Jesus. O sentido dela é: ninguém ao plano da intuição sem passar pelo jogo da inteligência ou da razão. Não sei como estabelecer diferença entre política e cultura. Nós temos uma política monetária, uma econômica, partidária, cultural. Então, política, é um termo aplicado com um sentido mais amplo, por isso, acredito que ela é tudo hoje em dia, até na cultura. Apesar de que quando ouvimos falar em política, a expressão soa mal devido à corrupção.

Sandra diz: Carvalho, você deve receber apoio de muitos ouvintes, pois sem você estamos órfãos. Você tinha idéia de que era tão querido?

Sandra, quando a gente está no ar não temos noção exata das pessoas que estão nos ouvindo. Não dá para ter idéia de que somos muito, ou pouco, querido dos ouvintes, por isso, agradeço à minha doença, que me permite saber como sou tão querido dos ouvintes.

Mais palavras de carinho: Dirceu diz: Sou assíduo ouvinte do seu programa, gostaria de saber quando você voltará. Pedro diz: Quero agradecer pelas boas madrugadas em que tive ouvindo o Grande Sampa. Sua conversinha de pé de ouvido mudou minha vida. Álvaro diz: Nunca escrevi para programa algum de rádio, mas desta vez não posso deixar passar esta oportunidade. Não quero perguntar nada; apenas desejar tudo de bom e dizer que estou torcendo por sua recuperação.

Dirceu, muito obrigado pelas suas palavras, e como disse anteriormente, espero voltar no fim deste ano, ou no começo do ano que vem, assim que tiver liberação médica. Pedro, não há o que agradecer. Eu, sim, tenho que agradecer a receptividade de todos vocês, e fico contente com o proveito que você tirou do conversinha de ouvido. Álvaro, você disse que nunca escreveu para programa de rádio, mas acho que você não precisa dizer mais nada, acho que já disse tudo. Obrigado.

Luis diz: Carvalho, a partir de qual idade você adquiriu essa voz potente?

Essa sua pergunta é interessante, Luis. Eu tinha 12 para 13 anos quando eu fiz um curso chamado Admissão ao Ginásio. Era um curso de férias, de três meses, e eu me lembro quando a professora chamou meu nome. Meu nome completo é Antônio de Carvalho Filho. Eu respondi com uma voz tão aguda que parecia voz de menina, o que contrastava com o meu porte físico. Eu já era grandinho. No final desse curso, numa chamada de alunos, quando fui responder presente saiu agudo e grave ao mesmo tempo, e daí passei a falar grave, nunca mais falei fino.

Anônimo diz: Qual é a sua bíblia esotérica???

O ouvinte anônimo me pergunta qual a minha bíblia esotérica. Eu poderia responder que ela simplesmente não existe, por que, esotérico é o que não foi publicado. O que foi publicado é exotérico e, portanto, é de acesso à todas as pessoas, mas confesso que aprendi muito na Teosofia de Blavadsky e principalmente com os ensinamentos do professor Henrique José de Souza, fundador da Sociedade Brasileira de Eubiose.

wilson decaris0 diz: Na visão espiritual, como pode definir as doenças e sofrimentos em geral que todos nos passamos neste planeta?

Wilson, Paracelso, na idade média, afirmava que não há doenças. Nós, é que nos fazemos doentes, o que foi repetido pelo pai da homeopatia, Samuel Haneman. Mokiti Okada, fundador da Igreja Messiânica, afirma com razão o que os esotéricos conhecem desde a quarta raça atlante: Somos, hoje, frutos do que fomos ontem. Ninguém passa pelo que não merece passar.

Agradeço a gentileza das colegas Sheila e Déborah e de todos os colegas da Bandeirantes, e principalmente, a você que participou desse rápido bate-papo comigo. E como mensagem final, para você raciocinar mais um pouquinho, deixo a velha frase que sempre digo: Que o dia de hoje seja melhor que o de ontem e pior do que o de amanhã. A vida é um eterno para a frente e para o alto porque obedece à um plano cósmico pré-estabelecido.


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No vídeo abaixo, o registro feito pela TV Band News, com direito a fotos e imagens de arquivo.



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Nesta segunda-feira, o apresentador Zancopé Simões falou um pouco mais sobre Antonio Carvalho no Bandeirantes, a Caminho do Sol, que o próprio Carvalho comandava nas madrugadas de domingo para a segunda feira. Com o avanço da doença, ele se dedicou apenas ao Grande Sampa.



UPDATE (20.05 - 17H30) A expectativa de Zancope Simões não se confirmou (veja vídeo acima). Nesta madrugada, estrearam as novas vinhetas do Bandeirantes a Caminho do Sol, com a voz de Nelson Gomes. O BG continua o mesmo.

Morre Antonio Carvalho

Faleceu às 4 da manhã deste sábado o radialista e locutor da Rádio Bandeirantes Antonio Carvalho. A poderosa voz de Carvalho fará muita falta no meu dia-a-dia. Acostumei-me a ouvi-lo nos mais diversos horários nas mais diversas fases da minha vida, desde pequenininho, ainda no jardim da infância, até chegar aqui a este blog, passando por algumas das mais importantes redações do país. Fica aqui a minha saudade e a minha tristeza.

"Que seu dia de hoje seja melhor do que o de ontem e pior do que o de amanhã. A vida é um eterno ir pro alto e avante e não para trás".

Dick Farney, Toninho e Sabá

Teresa da Praia é um grande clássico, sem dúvida. A gravação original é de Farney com Lúcio Alves. No vídeo abaixo, ele faz a dupla com o baterista Toninho. No contrabaixo está Sabá, que o público de São Paulo conhece também pelo seu trabalho como radialista.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Jornalistas usam blogs como fonte

Do Portal AD News

Uma pesquisa da empresa de comunicação Textual afirma que 82% dos jornalistas utilizam blogs como fonte de pesquisa para suas matérias e reportagens. A empresa entrevistou, por questionário, 100 profissionais da mídia, nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte e Brasília, durante o mês de maio.

Os resultados foram apresentados na quarta (14/05), numa palestra com a sócia-diretora da Textual, Carina Almeida, no 11º Congresso Brasileiro de Comunicação Corporativa, em São Paulo.

Apesar de consultarem blogs, a maioria dos jornalistas consultados não os possui. Trinta e quatro por cento disseram que não ter páginas pessoais na internet. A empresa não chegou a perguntar o porquê da não-aderência.

Quanto à qualidade dos blogs, 54% dos jornalistas deram nota 3, numa escala de 0 a 5, enquanto 19% forneceram nota 2, e 16%, nota 4.

Para Carina Almeida, o uso dos blogs pela imprensa é uma mostra do potencial de comunicação em conteúdos participativos (blogs, comunidades como Orkut, Youtube e Wikipedia). “Se os jornalistas consultam blogs, as empresas também precisam se ater às novas mídias”, disse.

A diretora da Textual defendeu um monitoramento da mídia social por parte das companhias, como forma de evitar uma possível crise. “As empresas precisam, ao menos, saber o que dizem os canais da mídia social se quiserem identificar as tendências e opiniões de seus consumidores e da imprensa”, afirmou.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Vem aí a "CBN estatal"

Governo prepara rádio exclusiva de notícias
15/05/08

O Governo Federal pretende desenvolver uma rádio recheada exclusivamente com programação noticiosa. A Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), ligada ao Palácio do Planalto, tem atualmente oito emissoras radiofônicas e a expectativa é que uma delas transmita notícias de forma ininterrupta. A informação foi repercutida por Mônica Bergamo, nesta quinta-feira, pelo jornal Folha de S.Paulo.

Segundo a jornalista, as outras rádios não devem sofrer adaptações significativas e continuarão a transmitir programações culturais como música clássica e brasileira. (AD News)



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E a primeira atração desta nova emnissora será um programete de 5 minutos chamado "Óbvio Lulante, o dicionário dos companhero", em que o professor de Português e de outras etnias Macaco Simão explicará toda a gramática deste idioma nascido em uma certa região industrial nas cercanias de São Paulo

domingo, 11 de maio de 2008

Outra Versão #34 - Especial 40 anos da Radio 1-BBC (parte II)

Segunda e última parte do especial “Radio 1 – Established 1967”, lançado em comemoração aos 40 anos da BBC de Londres, no final de 2007.

Razorlight – Englishman in New York (original do Sting)
The Kooks – All that She Wants (original do Ace of Base)
Hard-Fi – Toxic (original da Britney Spears)



Click here to get your own player.

Para fazer o download e ouvir depois, acesse www.outraversao.podomatic.com.

Até mais!

Confusão a bordo no site da Scalla

Entre no site da Scalla FM e veja a confusão estabelecida. O título do site marca "Scalla FM - 98,3". Se entrar no link de áudio, você ouvirá a Scalla FM. De onde? Provavelmente dos 98, 3 MHZ de Campinas. Se ligar o seu radinho aqui em São Paulo, ouvirá os "92,5 MHz", sem "Scalla FM". E agora ela está tocando pop rock. Vai entender o que a Bandeirantes quer fazer com ela, né?

A palavra do presidente (da APCA)

Por uma agenda mínima para a arte

Por Marcos Bragato*

A APCA nasce como ação de um setor artístico, o teatro. Ao se expandir, a partir dos anos 70, para os dez setores atuais, assume portentosos compromissos. Eles têm desafiado as sucessivas gestões a encontrar soluções para a sobrevivência de sua fundamental tarefa, prevista estatutariamente: a escolha e a entrega dos melhores das artes do ano em curso.

Hoje, entregamos os Melhores de 2007 - sem o setor de música erudita por falta de quorum votante. Para uma premiação dessa amplitude, a responsabilidade certamente é o da dimensão de seu alcance e repercussão junto aos setores artísticos que produzem no Brasil. Como sabemos, um país de inúmeras dificuldades.

O produto artístico percorre um longo trajeto e, muitas vezes, na direção independente das correntes majoritárias. Diferente não poderia ser com a tarefa da APCA, uma instituição sem fins lucrativos de utilidade pública municipal e estadual.

Alguns entendem a importância de nosso ato e compreendem a necessidade da existência da crítica sobre a produção artística nacional. Graças a essa compreensão temos o patrocínio para esta festa da Secretaria de Estado da Cultura, da Associação dos Amigos da Arte, do Teatro Sérgio Cardoso, da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e do Bradesco, e o apoio da Coffee Studio e da Fundiart – Fundição Artística Ltda.

Sem esses parceiros seria impossível estarmos aqui. É claro que mais precisaríamos, mas é o que pudemos erguer para esta festa.

As soluções deixarão o terreno da impossibilidade quando artistas (premiados) perceberem que este deve ser também mais um tópico de sua luta por uma agenda mínima para as artes e cultura nacional.


* Marcos Bragato é jornalista e presidente da Associação Paulista dos Críticos de Arte

sábado, 10 de maio de 2008

Corre que ainda dá tempo

O "Memória" da Rádio Bandeirantes focaliza hoje a vida e a carreira do grande cantor e radialista Luis Vieira. Entre agora no site www.radiobandeirantes.com.br. A reprise é no domingo às 23h.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Radar Cultura precisa sair da fase beta

Vinte semanas e 4 dias depois, o Radar Cultura parece viver um período de estagnação. Quando foi lançado, em dezembro, seu principal atrativo era a possibilidade de interferência dos ouvintes na programação por meio de um site na Internet. Os primeiros dias (e até meses) foram bem agitados, com uma resposta bem positiva dos ouvintes/internautas, o que é bem característico de novidades. O pico de participações se deu durante a Campus Party, em fevereiro. Coincidência ou não, vários dos profissionais que desenvolveram o projeto do Radar Cultura tiveram participação ativa no evento, como palestrantes ou no apoio à organização.

Pouco antes, os frequentadores habituais apareciam com idéias de melhorias, tanto na interface web, como na oferta do menu musical. A resposta era quase que padronizada: novidades seriam introduzidas para depois da Campus Party.

É bem verdade que alguns pequenos avanços aconteceram, como a ampliação das opções musicais para a escolha dos internautas. Com isso, a programação que vai ao ar já não privlegia tanto os medalhões. Só tenho notado uma presença constante de canções interpretadas por Elizeth Cardoso. Prova de que ela tem um fã-clube ativo. Ainda no campo das novidades, uma sala de bate-papo foi implantada. Escrevo este texto numa sexta à noite, por volta das 21h20 e não há mais ninguém além de mim por lá.

Alguns pontos da projeto inicial do Radar Cultura ainda não foram colocados em prática. A questão dos Podcasts produzidos pelos internautas é o principal deles. Cito um exemplo pessoal. Produzi dois podcasts musicais, sendo que um deles teve ampla votação do público, condição sine qua non para que o mesmo possa ir ao ar. Até agora não sei se ele foi veiculado ou não. Numa das vezes que eu cobrei sobre essa questão, a resposta que tive era a de que faltava uma solução técnica. Ora, isso não foi pensado antes?

E tem mais: mesmo se meu podcast fosse veículado, eu não teria como saber, uma vez que não há um aviso por parte da equipe, seja ele manual ou eletrônico. Os mentores do Radar talvez se esqueçam de que não dá para viver as 24 horas do dia tanto on-line ou como o ouvido colado no rádio. Um aviso seria muito bem vindo para se programar e avisar outras pessoas. Isso vale também para os playlists, que são mais frequentes na programação.

O programa de rádio é decepcionante. As músicas são tocadas, anunicadas e desanunciadas pelos locutores do horário. Algumas mensagens postadas no site são lidas. Mas tudo isso ocorre sem ritmo, muito menos vibração. A Rádio Cultura ainda não achou um tom certo para a atração.

O Radar Cultura precisa sair urgentemente da fase Beta. No ar e na web.

Luto: jornalista Artur da Távola morre aos 72 anos

do portal Terra

O ex-senador e jornalista Paulo Alberto Monteiro de Barros, conhecido como Artur da Távola, 72 anos, morreu em casa, vítima de problemas cardíacos, no bairro do Leblon, zona sul do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pelo coordenador de jornalismo da rádio Roquette Pinto, Miro Ribeiro. Artur da Távola era presidente da rádio, que pertence ao governo do Estado do Rio, conhecida como 94 FM.
Nascido no dia 3 de janeiro de 1936, Autur da Távola foi senador entre 1995 e 2003, atuando também como deputado federal e estadual. Na TV Senado, o jornalista apresentava o programa Quem tem medo de música clássica?.

Távola também era escritor e publicou vários livros. Ele era formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.


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da Folha Online

09/05/2008 - 19h14
Rádio Cultura transmite especial em homenagem a Artur da Távola

A rádio Cultura FM transmite neste sábado um programa inédito do escritor, crítico musical e político Artur da Távola sobre a Cantata Alexander Nevsky, Op. 78 de Prokofieff.

Távola, cujo nome verdadeiro é Paulo Alberto Moretzsohn Monteiro de Barros morreu aos 72 anos nesta sexta-feira no Rio de Janeiro

Ele apresentava o programa "Repertório" na rádio paulista aos sábados, às 8h, horário em que será veiculado o especial.

Artur da Távola começou sua vida parlamentar em 1960 como deputado federal. Ele foi um dos fundadores do PSDB e líder da bancada do partido na Assembléia Constituinte em 88.

Ele trabalhou como colunista nos jornais "O Globo" e "O Dia", e também na revista "Manchete".

Távola era o mais antigo funcionário em atividade da Rádio MEC, na qual estreou em 1957.

A emissora de rádio paulista enviou uma mensagem de pesar anexa às informações do especial: "Com esta audição nos despedimos deste valoroso colaborador, que nos últimos três anos encantou nossos ouvintes com sua erudição e sensibilidade musical".


*

Artur da Távola foi muito citado neste blog nas últimas semanas. Leia aqui e aqui. Além de ser crítico de televisão, Távola escreveu eventualmente sobre rádio em seu espaço no jornal O Globo. Muitos dos seus conceitos permanecem atuais.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

O Rádio, segundo José Nello Marques

Arrojado este tal de José Nello Marques, não? Um dos mais completos jornalistas brasileiros agora tem um site com o seu nome no ar. Já que é para virar multimídia, que seja com um portal, não é mesmo? Afinal, o Zé é um dos comunicadores mais sérios e bem humorados que eu já ouvi e tive a honra de trabalhar. Não o li direito ainda, mas já gostei. Para não dizer que eu só elogio o site dos amigos, vou dizer para ele colocar uns arquivos de áudio, um streaming, uma webradio, ou qualquer coisa que excite as caixinhas de som do computador, tá certo?

Ah, você quer o endereço do site, né? http://www.zenello.com.br/

PS.: Não sei se o Zé Nello lembra, mas ele foi da mesma turma da faculdade do meu saudoso colega da redação do DCI Vandir do Santos.

terça-feira, 6 de maio de 2008

APCA premia os melhores de 2007

Na noite de ontem, segunda-feira, o Teatro Sergio Cardoso recebeu a cerimônia de premiação da APCA, que entregou os troféus dos artistas escolhidos pelo júri em dezembro de 2007 como melhores do ano, em suas respectivas categorias.

Ao que nos compete, o rádio, tivemos a oportunidade de ver naquele palco um belo time de profissionais que sabe a importância do veículo e da responsabilidade de se trabalhar nele. Daniel Daibem, apresentador do "Sala dos Professores", ressaltou a falta de qualidade das atrações radiofônicas atuais e creditou o prêmio à ousadia e à liberdade dada a ele pela Rádio Eldorado.
Conrad Rose, do podcast Muqueca de Siri, agradeceu até ao atacante do Flamengo, Obina.

Para refrescar a sua memória, a lista completa dos ganhadores de 2007:

Grande Prêmio da Crítica: Rádio Eldorado AM – Ingresso no setor esportivo em parceria com a ESPN Brasil
Musical: Sala de Professores/Eldorado FM
Variedades: Fim de Expediente/CBN
Cultura: Noites Paulistanas/CBN
Internet: Podcast Muqueca de Siri/www.muquecadesiri.podomatic.com
Humor: Energia na Véia/Radio Energia 97
Programa: Plug Eldorado/Eldorado AM


Da minha parte, foi uma honra integrar o júri da APCA escolhendo os melhores de 2007 e discutir as decisões com pessoas como Marcos Ribeiro (deste humilde blog) e Silvio di Nardo (que dispensa apresentações). Já estamos de ouvidos ligados nos melhores de 2008. Em dezembro, a gente conta o resultado.

Rádio Bandeirantes-POA transmite filme em inglês

de Edu Cesar
da comunidade Ouvintes da Band AM 640 do Orkut


Uma vez passa, duas vezes ainda dá pra aceitar. MAS TRÊS VEZES, ME DESCULPEM, EU JÁ ACHO DESRESPEITO!!!

Liguei na RB à 0h45min e estava acabando o "Canal Livre" que entrevistava Ricardo Teixeira (o da CBF, não o nosso homônimo repórter esportivo). Estranhei porque, sim, o "Caminho do Sol" SAT reprisa o programa, mas depois dele ter ido ao ar. Aí que me toquei que estava no ar era o som da TV Bandeirantes, pois rodou o boletim olímpico e entrou o "Vídeos Incríveis" (é, "VÍDEOS INCRÍVEIS" NO RÁDIO DE NOVO!!!) e, neste momento, quase 1h40min, temos o ápice do desrespeito: FILME COM SOM EM INGLÊS NA RÁDIO BANDEIRANTES!!! (o filme é "Acerto Final", com Jack Nicholson e Anjelica Huston, exibido no "Cine Band Clássicos", que só exibe filmes legendados)

Pombas, amigos! Se vai deixar a rádio sem operador a madrugada inteira a ponto de deixar um som direto no ar por todo este período, coloque-se o som do Bandsat então! Se deu qualquer zebra com ele, paciência, recorre até ao da BandNews FM (mesmo sendo algo que eu não considere correto). Ou, então, liga o automatizador e toca música a madrugada inteira. ATÉ O SOM DA BANDNEWS TV EU TOPAVA!!!

Eu achava que filme erótico (lembram daquela madrugada de sábado pra domingo onde rodou um "Cine Band Privê" inteiro?) fosse o auge da desconsideração. MAS FILME COM SOM EM INGLÊS É DEMAIS PRA MINHA CABEÇA!!! Os ouvintes da Bandeirantes não merecem isso, não merecem mesmo.

Neste momento, em termos de rádio AM, diferente das duas boas opções que tenho, só restou uma ("A Música da Guaíba"). As demais são complicadas (Cláudio Brito na Gaúcha - gosto dele, mas perdi totalmente o hábito de ouvir a Gaúcha de madrugada; Nelson Marconi na Farroupilha, sem comentários; Altair Venzon na Pampa, nunca fui chegado; e "CBN Madrugada" com um apresentador pior que sonífero). Além das músicas da Guaíba, me resta o "Caminho do Sol".

Desculpem o desabafo, mas é que nem falei: uma vez passa, duas até aceito. MAS TRÊS É DEMAIS PRA MINHA SANIDADE!!!

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Será que a Band tá "catando" a Scalla???

Olá, você ouve a Scalla FM como eu e a minha Tia Ana Lúcia, lá de Santo André? Pois é, dizem por aí que a Rede Bandeirantes de Rádio assumiu o controle da emissora. Pelo menos a rádio agora tem mais notas sendo lidas no ar. Comerciais das atrações dos canais da Band passam a toda hora. Fernando Barreto, ex-Kiss FM da Rede CBS, e que há pouco apresentava o seu programa brilhantina na Sulamérica Trânsito (Rede Bandeirantes), também voltou pra lá. E o melhor de tudo: a programação que já era razoável, deu uma melhorada, de leve, mas deu. A se confirmar esta "compra", como alguns sites dizem estar alardeando há algum tempo, a Bandeirantes entrará na briga com a Antena 1 e a Alpha.

Mas isso é uma boa notíicia? Perguntará o prezado leitor. Sim, mas por outro lado, não, como diria meu ex-colega de faculdade, o jornalista Trajano Raposo, de Belo Horizonte. De fato, é uma boa notícia para quem acredita gostar de boa música e que, assim como eu, anda meio "farto de rockenroll", como diria aquela velha canção do Ira!. Todos sabem que a Bandeirantes é um grupo competente em termos de rádio. Tem um departamento comercial competentíssimo, o que garantirá a solidez da "nova" emissora. Sem contar que a Scalla terá a marca "Bandeirantes" em seu sobrenome daqui para frente, o que dá outra visão ao mercado.

O leitor bem lembra que, desde a aquisição da Nativa FM e a criação da Band News FM, os editores deste blog estranhavam o fato de a Bandeirantes não ter uma emissora no segmento "musical adulto", que poderia também ser ouvida por aqueles que escutam a velha Bandierantes AM e a Band News FM. Na época, Nativa e Band 96,1 começaram a concorrer entre si no segmento "popular". Para ser sincero, esperava que os 96,1 voltasse aos bons tempos da década de 70/80, em que a Bandeirantes FM era uma referência, citada até no livro "Feliz Ano Velho" de Marcelo Rubens Paiva, grande sucesso literário dos anos 80.

O lado ruim da notícia é que, com a aquisição da nova rádio, a Bandeirantes passa a ter 6 emissoras: Bandeirantes AM e FM, Sulamérica Trânsito, Scalla, Band FM e Band News FM. São seis emissoras somente na cidade de São Paulo. Desta forma, chega próxima do Grupo RBS Rádio, que possui 7 estações em Porto Alegre: Rádio Gaúcha AM, Rádio Farroupilha AM, Rádio CBN AM, Rádio Rural AM, Rádio Cidade FM, Rádio Itapema FM e Rádio Atlântida FM. Ou seja, uma concentração muito grande de emissoras em uma mesma empresa de comunicação. São 6 emissoras que vão seguir uma mesma linha editorial, uma mesma ideologia. Estes espaços poderiam ser mais bem distribuídos entre os membros da sociedade que tem a pretensão e vocação para operar um canal de rádio.

Esse é um dos motivos que levam pessoas bem ou mal intencionadas, a colocarem emissoras clandestinas no ar. Infelizmente o poder público não dá oportunidade a grupos e instituições de menor expressão de colocar uma emissora no ar. No que pese o fato do Grupo Bandeirantes ter "know how" e competência para prover estas emissoras, e muitos que pleiteiam um canal não ter nem ao menos competência para administrar um carrinho de pipoca, acho que o poder concedente deveria abrir mais espaços à concorrência pública o quanto antes, ainda mais com esta história de rádio digital.

Segundo os "experts" em novas tecnologias de radiodifusão, como meu amigo Cláudio Cabello, coordenador técnico do canal NET Cidade, o sistema digital proporcionará, além de um som de melhor qualidade, um número maior de canais disponíveis. Eu só espero que as novas outorgas não privilegiem com mais canais do que eles já têm as empresas como o Grupo RBS e a Rede Bandeirantes. Afinal, o sol nasceu para todos. E para muitos que amam fazer rádio, e para os profissionais vocacionados, um canal na sua cidade já basta.

Quatro “erres” contra o consumismo

Por Leonardo Boff*

A fome é uma constante em todas as sociedades históricas. Hoje, entretanto, ela assume dimensões vergonhosas e simplesmente cruéis. Revela uma humanidade que perdeu a compaixão e a piedade. Erradicar a fome é um imperativo humanístico, ético, social e ambiental. Uma pré-condição mais imediata e possível de ser posta logo em prática é um novo padrão de consumo.

A sociedade dominante é notoriamente consumista. Dá centralidade ao consumo privado, sem auto-limite, como objetivo da própria sociedade e da vida das pessoas. Consome não apenas o necessário, o que é justificável, mas o supérfluo, o que questionavel. Esse consumismo só é possível porque as políticas econômicas que produzem os bens supérfluos são continuamente alimentadas, apoiadas e justificadas. Grande parte da produção se destina a gerar o que, na realidade, não precisamos para viver decentemente.

Como se trata do supérfluo, recorrem-se a mecanismos de propaganda, de marketing e de persuasão para induzir as pessoas a consumir e a fazê-las crer que o supérfluo é necessário e fonte secreta da felicidade.

O fundamental para este tipo de marketing é criar hábitos nos consumidores a tal ponto que se crie neles uma cultura consumista e a necessidade imperiosa de consumir. Mais e mais se suscitam necessidades artificiais e em função delas se monta a engrenagem da produção e da distribuição. As necessidades são ilimitadas, por estarem ancoradas no desejo que, por natureza, é ilimitado. Em razão disso, a produção tende a ser também ilimitada. Surge então uma sociedade, já denunciada por Marx, marcada por fetiches, albarrotada de bens supérfluos, pontilhada de shoppings, verdadeiros santuários do consumo, com altares cheios de ídolos milagreiros, mas ídolos, e, no termo, uma sociedade insatisfeita e vazia porque nada a sacia. Por isso, o consumo é crescente e nervoso, sem sabermos até quando a Terra finita aguentará essa exploração infinita de seus recursos.

Não causa espanto o fato de o Presidente Bush conclamar a população para consumir mais e mais e assim salvar a economia em crise, lógico, à custa da sustentabilidade do planeta e de seus ecossistemas. Contra isso, cabe recordar as palavras de Robert Kennedy, em 18 de março de 1968: ”Não encontraremos um ideal para a nação nem uma satisfação pessoal na mera acumulação e no mero consumo de bens materiais. O PIB não contempla a beleza de nossa poesia, nem a solidez dos valores familiares, não mede nossa argúcia, nem a nossa coragem, nem a nossa compaixão, nem a nossa devoção à pátria. Mede tudo menos aquilo que torna a vida verdadeiramente digna de ser vivida”. Três meses depois foi assassinado.

Para enfrentar o consumismo urge sermos conscientemente anti-cultura vigente. Há que se incorporar na vida cotidiana os quatro “erres” principais: reduzir os objetos de consumo, reutilizar os que já temos usado, reciclar os produtos dando-lhes outro fim e finalmente rejeitar o que é oferecido pelo marketing com fúria ou sutilmente para ser consumido.

Sem este espírito de rebeldia consequente contra todo tipo de manipulação do desejo e com a vontade de seguir outros caminhos ditados pela moderação, pela justa medida e pelo consumo responsável e solidário, corremos o risco de cairmos nas insídias do consumismo, aumentando o número de famintos e empobrecendo o planeta já devastado.

(Envolverde/O autor)
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domingo, 4 de maio de 2008

Outra Versão #33 - Especial 40 anos da Radio 1-BBC (parte I)

Primeira parte do especial “Radio 1 – Established 1967”, lançado em comemoração aos 40 anos da BBC de Londres no final de 2007. É um CD duplo, com 40 faixas, uma para cada ano de vida da emissora, em que bandas fazem covers de sons que marcaram época não só para a BBC como para a cultura pop mundial:

Foo Fighters – Band on the Run (original de Paul McCartney & The Wings)
The Pigeon Detectives – The Power of Love (original de Huey Lewis and the News)
Lily Allen – Don’t Get me Wrong (original de The Pretenders)

No próximo podcast, a segunda parte do especial.

Até lá...

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Atlético-PR x rádios: fim da novela (ao menos, por enquanto)

por Edu Cesar
do site Papo de Bola


Novidade importante, enviada pelo Sidnei Campos, sobre o que eu denominaria "Furacãogate" (...): anteontem, a juíza de direito Nilce Regina Lima, da 5a. Vara Cível de Curitiba, determinou que as emissoras de rádio de todo o Brasil estão liberadas para transmitir os jogos do Atlético Paranaense, seja na Arena da Baixada ou em outros estádios. Se o clube colocar qualquer obstáculo para impedir as transmissões, pagará uma multa da ordem de R$ 150.000,00 por emissora obstruída, dez vezes mais do que pretendia por jogo. O Sidnei destaca que, segundo Cézar Telles, presidente da AERP (Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná) - que participou juntamente com a ABERT da ação -, mesmo que o Atlético venha a recorrer da sentença, o recurso pode ser concluído de 3 a 10 anos. E ele encerra afirmando que restou ao rubro-negro a herança de uma medida "altamente antipática", que fará as rádios de Curitiba a darem preferência a Coritiba e Paraná quando suas partidas coincidirem de horário. Para quem quiser ver a decisão da juíza, só clicar nas seis partes do documento: parte 1; parte 2; parte 3; parte 4; parte 5; e parte 6.

O locutor que lhes fala

Uma leitura para esse esse final de semana prolongado. Reportagem publicada em O Globo, no ano de 1977, sobre as transmissões esportivas do rádio carioca.

*

O LOCUTOR QUE LHES FALA

A briga pela audiência entre as rádios no Maracanã costuma ser muito mais disputada do que entre os times em campo

"Avança Osni pelas quebradas da direita, descola um passe jóia para Carpeggiani numa boa. Vai mais, vai mais, vai mais, garotinho, que esta pode dar samba. Carpeggiani para Zico que atira -vai entrando, vai entrando, vai entrando .. Entrou..." (José Carlos Araújo)

"Indivíduo competente o Zico! Deeeeeeez.. é a camisa dele! Tem peixe na rede do Vasco. O relógio maaaaaarca...'' (Waldir Amaral)

"Passa de passagem pelo Marinho e fuzila - é golaço... aço... aço... Dá-lhe, garoto! Jorge Curi)

"Bota no meio, Armando!" (Orlando Batista)

Do jeito que os jogos estão ultimamente, há quem prefira ouvi-los pelo rádio do que ir ao Maracanã. Pelo menos, tem-se a garantia da emoção. Bolas que passam a um metro do travessão "tiram tinta do telhado". Jogadas mornas e inconseqüentes na intermediária ganham vida e calor como se se passassem na pequena área. No febril entusiasmo dos narradores, gols de placa são marcados de 15 em 15 minutos. Não se trata de desvirtuar propositadamente a realidade, E' que as rádios descobriram que, se o jogo não fornece o espetáculo, os narradores são obrigados a fornecê-los. Além disso, a galera gosta.

Nessa guerra pelo espetáculo, as principais emissoras futebolísticas se empenham com muito mais garra do que certos times em campo. Todas as semanas uma delas introduz um novo sinal sonoro, que tanto pode ser um apito, um eco, uma batucada, um zumbido, um sino ou qualquer ruído não identificado. Na Rádio Globo, todos os locutores têm prefixo próprio, ao qual nunca deixam de responder: "Waldiiir Amaral!" - "Deixa comiiigo!" Recentemente, quando José Carlos Araújo mudou-se da Globo para a Nacional, levou junto seu prefixo, mas teve de alterá-lo ligeiramente.

No meio de toda essa babel eletrônica, os narradores ainda encontram tempo para ler os comerciais, relacionar as 600 rádios do interior que entram em cadeia, informar o andamento da Loteria e, eventualmente, narrar o que se passa no campo. Alguns, como Doalcei Camargo e José Carlos Araújo, vão realmente em cima da bola. Outros têm que pedir socorro ao repórter atrás do gol, antes de gritar o nome do atacante que acaba de estufar o barbante.

Ao contrário da famosa gaitinha de Ary Barroso, que só tocava com força para anunciar os gols do Flamengo, os atuais sinais sonoros são altamente democráticos: tocam para todo mundo. Gols do Madureira são festejados pela mesma batucada que a Rádio Tupi dispensa aos gols do Fluminense - mesmo que sejam gols contra o Fluminense.

Os grandes 'narradores do passado, como Gagliano Neto ou Oduvaldo Cozzi, ficariam provavelmente perdidos diante da nova terminologia dos repórteres-volantes. "Bater na latinha" significa mandar o som para a cabine. "Pegar na veia" é o chute em cheio com o peito do pé. "Esquentar o banquinho" é o que fazem os reservas - mais especificamente, os bancários. Quase todas essas inovações, assim como as denominações de geraldinos, arquibaldos e macários, são de autoria de Washington Rodrigues, agora na Nacional. Depois de algum tempo, esses nomes passam a fazer parte do argot do futebol e são como se sempre tivessem existido. Mais difícil é adivinhar o que Luís Mendes quer dizer quando afirma que "o goleiro se esticou todo e, com grande dose de estoicismo (sic), conseguiu segurar a bola".

Um som diferente a mais, um trecho do hino do time que fez o gol, dois comentaristas debatendo o jogo durante o intervalo, os inúmeros efeitos sonoros e as chamadas bolações lingüísticas - de bom ou mau gosto - são alguns dos artifícios usados pelas rádios cariocas para conquistar a preferência do ouvinte. Globo, Tupi, Nacional e, bem menos, a Continental, dizem-se líderes de audiência. No fundo, todas têm razão quando se arvoram essa liderança. A Globo pode ter a maior audiência nacional, mas a Tupi se orgulha de ser a mais ouvida dentro do Maracanã, enquanto a Nacional se dirige à audiência jovem. O importante é garantir a permanência dos patrocinadores . por mais uma temporada.

Waldir Amaral, chefe da equipe de esportes da Rádio Globo, toma para si a paternidade das inovações introduzidas nas transmissões esportivas. Conta que há cerca de 10 anos, incentivado por Chacrinha, passou a usar sinais eletrônicos, simultaneamente com algumas frases que caracterizassem as transmissões da emissora, tais como "o relógio marca". Waldir lembra que chegou a relutar, com medo de cair no ridículo, mas o sucesso imediato obtido com os barulhinhos acabou por animá-lo a imaginar outras coisas.

Hoje são inúmeros os sinais sonoros e as frases de efeito utilizados pelos locutores da Globo. A sofisticação chegou a tal ponto que os sons especiais são produzidos por estúdios especializados, contratados especialmente para isso. Até um aparelho chamado Mug - uma espécie de sonorizador - foi importado dos Estados Unidos. Segundo Waldir, o aparelho produz uma infinidade de sons, que serão introduzidos durante as transmissões.

A luta pela audiência é encarada com seriedade por Waldir Amaral. Em sua sala, boletins do IBOPE servem de base para que ele acredite em seu trabalho. Waldir explica que a audiência é de suma importância, pois sem ela a rádio não poderia cobrir o custo operacional das transmissões, que atingem cerca de CrS 1 milhão 500 mil por mês. Dois patrocinadores sustentam as transmissões esportivas da Rádio Globo.

Numa pequena sala do 22° andar do edifício do Ministério da Indústria e do Comércio, na Praça Mauá, José Carlos Araújo dirige a equipe da Rádio Nacional. Discípulo de Waldir Amaral, com quem trabalhou até bem pouco, ele também é de opinião que as transmissões esportivas têm que ser cada vez mais sofisticadas para atrair o ouvinte. Locutor jovem, José Carlos procura em suas transmissões falar como o jovem de hoje. Ele acha válida a gíria, que em sua opinião pode ajudá-lo a formar o seu público entre os mais novos.

Na Tupi, Doalcei Camargo, embora não seja um locutor tão sofisticado e cheio de bossa como José Carlos Araújo, compensa sua sobriedade com os mais variados efeitos sonoros. Além dos sinais eletrônicos, a Tupi utiliza muita música. Na hora do gol, uma batucada entra no ar e, depois que o repórter fica atrás da baliza descreve os detalhes do lance, o gol é festejado com um trecho do hino do clube. Doalcei acha que o futebol está muito ligado ao carnaval, daí a idéia de juntar a alegria do samba com a euforia do gol.

Sem a sofisticação dos outros concorrentes, mais por falta de condições do que por falta de criatividade, Orlando Batista procura garantir sua audiência transmitindo jogos para uma determinada parte do público. Ele procura sempre acompanhar os jogos do Vasco, deixando de lado o clássico do Maracanã.

- O Vasco é a segunda força - explica Orlando - por isso, se ele jogar com o Goitacás em Campos e o Flamengo com o Botafogo no Maracanã, centralizo minha transmissão em Campos, pois garanto minha audiência. Seria loucura tentar dividir com as outras a audiência do Maracanã.

Orlando trabalha por sua conta. Da Continental, ele aluga apenas o horário. Usa equipamento próprio e toda sua equipe de locutores e operadores é contratada da sua agência de publicidade. O programa A Turma do Bate-Papo, segundo, ele, é líder absoluto de audiência no horário das 18h15m. Lembra, inclusive, que foi o primeiro a criar um programa informal no rádio esportivo.

Além da sonoplastia, as emissoras se valem de outros meios para melhorar a audiência. A atividade infernal dos repórteres de campo durante as transmissões dos jogos é considerada fator primordial para o sucesso de uma equipe esportiva. A presença dos repórteres em cima dos acontecimentos acaba se transformando numa guerra particular. Um deles rastejando até a boca do túnel para ouvir a opinião de um treinador tornou-se fato corriqueiro para os freqüentadores do Maracanã. A presença dos rádio-repórteres em cima do fato também pode causar imprevistos, como o que aconteceu no jogo Seleção Brasileira x Combinado Vasco e Botafogo, quando Carlos Alberto foi expulso e disse aos microfones da Nacional e Tupi os palavrões que reservara para Armando Marques.

A parte de comentários também é importante. Um bom comentarista impede o ouvinte de mudar de estação no intervalo do jogo. Na Globo, João Saldanha ("Meus amigos...") é certeza de grande audiência. A Tupi, numa tentativa de melhorar seus índices, passou a promover uma espécie de debate entre os seus comentaristas principais, Gérson e Rui Porto. ("Rui, eu estou com você e não abro.") Doalcei Camargo acha que a contratação de Gérson há dois anos aumentou muito a audiência da emissora. A contratação de outro comentarista para trabalhar com Geraldo Borges deve ser tentada por José Carlos Araújo com objetivo de garantir a permanência do ouvinte na Nacional nos intervalos das partidas.

O horário que antecede as transmissões também merece tratamento especial por parte das rádios. Além da preocupação em começar a jornada esportiva cada vez Mais cedo, a programação que antecede a transmissão do jogo é produzida com pelo menos três dias de antecedência. O equipamento usado também é cada vez mais sofisticado. A Tupi, por exemplo, acabou de comprar microfones volantes dos mais modernos.

Além dos efeitos sonoros e das bossas cada vez mais utilizadas pelos narradores, as emissoras se valem de outros meios para conseguir audiência. Uma vasta programação esportiva durante a semana tem por finalidade prender o ouvinte até domingo. A Globo começa a falar de futebol às 5h45m da manhã, com um comentário de Alberto Rodrigues, chamado Da Pelada ao Pelé. Dai até à 23h30m, a programação da rádio é entremeada por vários comentários e resenhas, no quais também são incluídos efeitos especiais de som. Na Globo, José Cláudio, o Formiga, é o operador de som responsável por esse setor.

As 6h50m, a Tupi começa sua programação esportiva, que se estende até 23h. Até nos jornais falados, os repórteres Cléber Leite e Ronaldo Castro fazem flashes sobre acontecimentos futebolísticos. Um programa semanal especializado em Loteria Esportiva também é fator importante de audiência, segundo alguns componentes da equipe da Tupi.

. Na Nacional, José Carlos Araújo acredita que um programa ao vivo, logo de manhã, possa obter êxito. Em Os Trepidantes Comentam, os repórteres Denis Menezes e Washington Rodrigues analisam as principais manchetes esportivas dos jornais da cidade. José Carlos pretende também incluir programas especiais na programação esportiva da Nacional, onde se discutiriam temas como "A Personalidade de Rivelino", que seria analisada até por psicólogos.

As últimas pesquisas do IBOPE ainda apontam a Rádio Globo como líder de audiência esportiva, embora fontes oficiosas do próprio IBOPE garantam que a Tupi conseguiu superar a Globo no domingo passado, na transmissão de Botafogo e Fluminense. As pesquisas apontam também uma subida vertiginosa da Rádio Nacional desde a contratação de José Carlos Araújo. A Continental tem pouca cotação, mas Orlando Batista garante que tem audiência, tanto que está há vários anos com o mesmo patrocinador.

Um boletim do IBOPE sobre as transmissões do jogo Brasil e Colômbia, em. Bogotá, realizado no dia 20 de fevereiro, com visitas a 1 mil 200 residências, mostra a liderança da Globo com 47.3, vindo a seguir a Tupi com 29.7 e a Nacional com 20.1. O mesmo boletim mostra uma pesquisa feita em 134 bares da cidade - Globo 30.6; Nacional 9.0; e Tupi 1.5. Outra pesquisa de opinião feita no Maracanã durante o jogo Brasil e Paraguai, no último dia 20, teve os seguintes índices: Globo 58.5; Tupi 22.6; Nacional 16.7 e Continental..1.4.


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Jornal/Revista: O Globo
Data de Publicação: 3/4/1977
Autor/Repórter: Carlos Albero Rodrigues

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Rádio Globo de São Paulo completa 56 anos

No dia 1º de maio (quinta-feira), a Rádio Globo de São Paulo comemora 56 anos de sua fundação. O programa Manhã da Globo, exibido das 10 às 13 horas, terá edição especial com presença de músicos, depoimentos de arquivo de comunicadores que participaram da trajetória da emissora e participação de personalidades e ouvintes. Além disso, dois spots serão veiculados na programação do dia, um com o jingle "Cem por cento você" e outro com uma breve história da rádio.

Lançada em 1952 pelas Organizações Victor Costa, a Rádio Nacional de São Paulo – como era chamada na época – foi comprada em 1965 pelas Organizações Globo e só em 1978 foi batizada de Rádio Globo. A emissora é líder de audiência na capital paulistana desde a década de 60, posição que mantém até hoje entre as rádios de programação falada. Em todos esses anos, lançou formatos, propostas e linguagens diferenciadas, fazendo escola na programação, no estilo dos comunicadores, na plástica que serviu de inspiração para emissoras de todo o país, no esporte e na informação. Nos últimos anos, a Globo vem experimentando significativo rejuvenescimento, além de mudanças na programação. Atualmente, equilibra a participação dos quatro tipos de conteúdo que caracterizam a emissora: o entretenimento seguirá com peso, mas foi intensificada expressivamente, nos últimos meses, a presença do jornalismo, da prestação de serviços e da interatividade nos programas. (Blog da Magaly Prado)