quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Rádios podem ter de dedicar uma hora a músicas locais

O Projeto de Lei 2041/07, do deputado Dr. Nechar (PV-SP), obriga as emissoras de rádio a destinar uma hora diária de sua programação a músicas locais e regionais. Pelo texto, essa será uma condição para os interessados receberem concessão, permissão ou autorização para explorar o serviço. Caso não respeitem a determinação, as emissoras ter seu funcionamento suspenso.

Como música local ou regional, a proposta define aquela criada, interpretada ou produzida por residentes no município ou no estado onde se localiza a sede da emissora. Segundo o deputado Dr. Nechar, o objetivo é obrigar as rádios a cumprir a determinação constitucional de promover a cultura nacional e regional, assim como a produção independente.

*

Essa vai ser mais uma daquelas leis que, se aprovada, não vai pegar. A educação musical do povo brasileiro nunca foi tão baixa, tão ruim, como vaticina o MAestro Julio Medaglia. Quem faz rádio musical, em sua maioria, não entende nem tem noção da importância da música brasileira como fator de expressão cultural. Agora imagina obrigar este bando de paruaras que "programam" os playlists das emissoras a veicular música regional. Tirando o pessoal que trabalha numa rádio USP, numa Rádio Mec, numa rádio universitária, numa ou outra rádio com uma programação mais alternativa ou mais conceitual, o restante dos profissionais de rádio nem desconfiam do que seja música regional.

O senhor está perdendo o seu tempo e o nosso, nobre deputado. Procure outra coisa mais produtiva pra fazer aí na Câmara. Se a preocupação é tanta, o senhor deveria apresentar projetos para melhorar o ensino das artes e da cultura nas escolas do ensino fundamental, isso sim. Qualquer coisa fora disso, é enxugar gelo com o dinheiro dos impostos que pago.

Segunda edição

Informo que já está no ar a segunda edição do meu podcast. Desta vez, fiz uma pequena retrospectiva alguns lançamentos do ano passado que eu resenhei para o tradicional Jornal do Brasil. Adianto que o playlist tem Stereo Total, Bonde do Rolé e o duo Robert Plant-Alisson Krauss.

Basta clicar no player abaixo, no item Segunda Edição:


Click here to get your own player.



Ou então, você pode baixar diretamente por este link.

Roberto Maia, o homem-enciclopédia, volta em podcast

Oi , tudo bem?

Se você costumava ouvir o programa Momento Maia no rádio, ele esta de volta agora aqui na Internet . Clique no link abaixo e escute .

http://maiapodcast.podOmatic.com/entry/eg/2008-01-29T12_13_55-08_00

http://maiapodcast.podOmatic.com/entry/eg/2008-01-30T08_46_26-08_00

Se você nunca ouviu falar é uma boa oportunidade de conhecer o Momento Maia Podcast , um programa musical criado e apresentado pelo jornalista Roberto Maia . O programa traz uma seleção de momento relevantes da História da música pop mundial .

Se você gostar, ajude a divulgar!

Obrigado e um grande abraço

Maia

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Turismo sonoro

Hoje coloquei um playlist sobre músicas que falam dos mais variados lugares do Brasil. Se for bem votado, vai pro ar. Há cerca de duas semanas, outro playlist meu com músicas bem-humoradas tocou. Foi bacana.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Ex- humoristas assinam contrato com Universal Music



Os ex-humoristas do programa Pânico, da Rádio Jovem Pan, Carlos Alberto da Silva e Vinícius Vieira começaram 2008 com a corda toda. Mal estrearam no programa ‘Show do Tom’, da Rede Record, e já assinaram outro contrato, dessa vez com a Universal Music. Uma das faixas já garantida no CD é a música “Vô Num Vô”, que conta com a parceria do rapper Cabal. Música não é novidade para essa dupla. Vieira é vocal da banda Libby, ao lado da namorada Raíssa Machado – que já se apresentou em várias casas noturnas.

*

Isso é que é otimismo, hein? Alguém se habilita a comprar este disco? Me incluam fora dessa, por enquanto.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Titãs no Estúdio Ao Vivo Transamérica

Foi em 1995, em comemoração ao dia internacional do Rock.

A reportagem é do SBT.

Aumente o som, porque o volume está meio baixo:

Observatório da Imprensa (que cobre rádio)

Bom, fico feliz que o meu post sobre a Playground FM tenha rendido um belo debate. No fundo, o que desejamos aqui no Rádio Base é estimular isso: a troca de idéias sobre o rádio, amado por uns e visto como um negócio por alguns ou como um patinho feio para outros.

Não acho que o repórter responsável pela nota original que informava a estréia da Playground FM nos 107,3Mhz tenha errado. Vendo daqui, aparentemente ele confiou em sua fonte (ou fontes; mais de uma fonte sempre é desejável) e publicou a informação. Penso apenas que poderia ter ocorrido uma contextualização da notícia e lembrar que pelo menos outros três grupos demonstraram interesse na freqüência: Bandeirantes, Transamérica e o que administra a MTV.

Como a informação não se confirmou, é necessário que se faça uma reflexão para se tentar saber o que houve de fato. Coloco aqui três possibilidades:

-A negociação não foi adiante ou está empacada (Até que se prove o contrário, hipótese é a mais provável).

-A informação foi plantada para se tentar descobir a reação do mercado. (Coisa frequente nos noticiários de politica e economia. Exemplo: a assessoria de um presidente da República deixa vazar que o mandatário irá mandar ao Congresso uma Medida Provisória bem impopular. Dependendo da reação, ele vai adiante na idéia, ou não).

-A "informação" não passava apenas de um desejo da fonte (Isso é bem perigoso. Cabe ao repórter tentar discernir se é o caso. Em se confirmando, nada mais legitimo do que entregar a fonte).

A partir do momento em que alguns sites sobre rádio tiverem essa malícia para se trabalhar com a informação, a quantidade de bolas dentro será bem maior que as de furos n'agua.

Vale lembrar que nem mesmo o blog Rádio Base está sujeito a erros. Há algum tempo, publicamos aqui a informação de que Pedro Luis Ronco perderia seu programa na Band FM. Não demorou muito e a mesma não se confirmou. Um dia talvez a gente (alô Manuel Bandeira) descubra o que aconteceu de fato, mas não há duvida de que esse episódio foi um belo aprendizado.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Ainda sobre a Rádio Playground

Dentro do post sobre a Rádio Playground a leitora Fernanda Lima fez o seguinte comentário sobre a análise de nosso editor Rodney Brocanelli:

É, vocês tem razão: muitos desses sites sobre rádio,são tocados por radialistas que tem medo de se 'queimar' no futuro...
Sou colunista do site 'TudoRadio', tenho liberdade p/ escrever o que quiser.Todas as notícias (ou boatos) que recebemos,nós checamos na medida do possível. Nem tudo é possível checar por um motivo muito simples: as rádios são como dizia Marcelo Nova: "Muita estrela p/ pouca constelação", ou seja; as rádios tem um sério problema em não manter Relações Públicas ou Assessores para desmentir ou confirmar notícias e isso p/ nós é uma dificuldade sem tamanho, então trabalhamos da forma que dá.Já é muito o fato de existirem sites e blog´s como este, que conta um pouco (ou nada) do que acontece em rádio, assim como li em outro'post' onde nós, radialistas somos desunidos...somos mesmo.Todo mundo tem medo de perder o seu banquinho e ter que sair de mansinho.
Medo de se quimar? hummm, tem muita rádio aí que eu não passo nem na porta,nem por isso tenho medo de dizer oque penso...e quando isso acontece, vc paga um preço: seja estar fora de rádio, ou seja queimar o seu filme.O que não dá é ficar calado vendo sindicatos serem capachos de rádios e TV, e ver um monte de radialista fazendo média p/ se dar bem.Se fosse assim, todo mundo estaria trabalhando...e o rádio estaria muito bem, obrigado porém, isso não acontece.Já foi o tempo em que rádio (pelo em SP) fazia a diferença, hoje é sempre mais do mesmo.
Quanto a Playground FM, deve ser mais uma 'barriga' como se diz em jornalismo, ou seja: as coisas continuarão como sempre foram.É Brasil 2000 e ponto final.


Aproveitando este gancho, resolvi desenvolver o meu comentário:

Olha, Fernanda, o nosso blog é muito diferente do site de vocês. Como os diretores de lá costumavam dizer pra gente: "nós nem somos concorrentes". O pessoal de outros sites costumavam dizer o mesmo para nós. Costumavam. Parece que nenhum deles não gosta da gente. Talvez não seja pra eles gostarem mesmo. Mas aí o azar é só deles.

Afinal, o foco principal de uns é a publicidade, só que no rádio. De outros, o jornalismo, inclusive de rádio. O de vocês é informar os profissionais do meio sobre o que acontece no "mundinho" rádio. Nós nos preocupamos no que julgamos ser mais importante para o ouvinte de rádio: CONTEÚDO. Como dizem os profissionais ingleses. "Why transmission?". Esse é o nosso foco.

Quando vocês deram que a esta tal Rádio Playground entraria no ar, logo eu pensei: "vai ser uma merda". Pensei, mas não lembro se escrevi porque ainda não tinha ido ao ar. Paradoxalmente, o Tudo Rádio e os Bastidores do Rádio informaram da chegada da

Saudade FM. No entanto, ambos, como é de praxe, não emitiram nenhuma opinião, que eu lembre. Nós ouvimos e gostamos a rádio. Muita gente deve ter torcido o nariz, mas creio que a maioria deve ter gostado. E se foi uma minoria, dane-se. Afinal, toda
"unanimidade é burra", como dizia o sábio Nelson Rodrigues.

Nunca nos queixamos de o fato de as emissoras terem ou não uma assessoria de imprensa. As maiores - Jovem Pan, CBN, Bandeirantes, Cultura, Transamérica, Mix, Metropolitana - pelo que eu sei, tem ótimos profissionais atendendo os jornalistas nesta

área, muito embora quase nunca nos mande nada. Suponho que eles saibam que a nossa preocupação é sobre o que está indo ao ar, o que o ouvinte efetivamente escuta e não sobre que há por trás dos microfones necessariamente. Mas apesar dessas premissas,

sempre procuramos contextualizar as nossas análises para que o leitor possa construir uma opinião abalizada, a partir das várias fontes que dispõe, inclusive este blog.

Sempre colocamos nossas opiniões - e também a dos leitores - de modo que todos pensem que aqui ninguém é dono da verdade absoluta. O rádio precisa ser criticado e discutido todo o dia. Para nós e nossos leitores, dar apenas a notícia não basta. O exercício da crítica bem fundamentada ou ao menos intuitiva - porém honesta - é de suma importância.

A radiodifusão está passando por uma mudança muito grande neste novo milênio. O broadcast como o conhecemos há quase 50 anos está morrendo. A interatividade total é a nova palavra de ordem. Hoje, uma emissora dos confins do sertão nordestino que possui um link de áudio na internet é muito mais importante do que uma grande rádio carioca que não põe seu áudio na rede. A exemplo da música, os grandes "produtores" do veículo estão tendo de se adaptar. Do contrário, sumirão, tal qual ocorreu com as grandes gravadoras.

Há muita gente competente - formada ou não em comunicação - fazendo a diferença no rádio, ainda que na web. Poucas emissoras de rádio estão atentas para este fato. Há ainda radiodifusorores que acham que a internet e as novas tecnologias não vão influir na maneira como seus "clientes" recebem seus "produtos". É bom lembrar que nos grandes centros é cada vez mais comum ver pessoas de 8 a 80 anos ouvindo suas músicas preferidas baixadas da internet em aparelhos de MP3, ipods e até celulares. Nas pequenas cidades do interior do país, crescem o número de lan houses onde quem não pode ainda ter um PC em casa usa os terminais de computador para pesquisar, estudar, trabalhar, jogar vários tipos de games, ver vídeos no youtube, escrever suas notícias no blogger, encontrar amigos e marcar encontros no Orkut, baixar, ouvir ou fazer podcasts no Podomatic, participar de salas de bate-papo, conversar em tempo real no MSN messenger e até ouvir rádio - seja ele on demand, streaming ou a própria estação local ao vivo. Isso sem contar as dezenas de outras coisas que se é possível fazer com um computador ligado à internet.

Sinto que a maioria das emissoras ainda não se deram conta deste fenômeno. Pelo menos a Rádio Cultura AM - uma emissora pública educativa de São Paulo - já saiu na dianteira e criou o Radar Cultural, tão badalado por nossos editores aqui do blog. A Rádio Câmara coloca à disposição dos internautas programas de música brasileira exclusivos para os ouvintes de seu site. Muitas rádios jornalísticas colocam no ar reprise das suas principais reportagens do dia. Enfim, é um vasto mundo ainda mal explorado.

Há alguns estudiosos, catedráticos e profissionais de mídia que não consideram o que é feito na internet como rádio. Concordo com eles. Web rádio, podcasts, streamings não são formas de radiodifusão. São mais do que eles imaginam. São novas plataformas tecnológicas que vieram para dar mais força ao rádio convencional, se este estiver atento e melhorar seu conteúdo. E essa discussão, ao menos em nosso blog, vai longe. E tomara que vá.

De qualquer maneira ficamos contente em saber que você é nossa leitora assídua e pode ter certeza que este espaço é absolutamente democrático e aberto para suas opiniões.

Programa Outra Versão #19

Hoje tem até cover do Elvis fazendo versão pra forró:

Soundgarden - Come Together (ao vivo)
Elzyo Silver - Strawberry Of America
Talk Talk - It's My Life


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Os programas anteriores estão em www.futurodojornalismo.zip.net.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Projeto Distorção vai ao ar em breve

Nosso amigo e chapa das antigas Paulo Ueno manda avisar que, depois de 5 anos de muitas pesquisas e adiamentos, o Projeto Distorção vai sair do papel e vai ganhar as ruas em breve. Por enquanto, você vai baixando, ouvindo e se divertindo com alguns playlists bem "sui generis" do programa.

Clique neste link :
http://programadistorcao.podomatic.com/enclosure/2008-01-26T15_38_59-08_00.mp3


Playlist Distorção - módulo 0012
Eugênio Cruz - Solidão de Carnaval
FDS - Lute por você
Manoel Otávio - Pensamentos masturbatórios
Galo Cantô -Fina Batucada

Para ouvir e baixar os próximos playlists, clique na página do programa.

http://programadistorcao.podomatic.com

Alô, Antena 1, Alpha e Nova Brasil!!!! Aprende a fazer rádio com quem entende, porra!!!

Enquanto as emissoras "adultas-barangas" de São Paulo brincam de fazer rádio em rede via satélite, duas emissoras vem comendo pelas beiradas a audiência que é tratada como trouxa pela Antena 1, Nova Brasil e Alpha FM: a primeira é a Scalla FM; a outra, Saudade FM, de Santos.

A Scalla já está algum tempo no ar, mudou sua programação daquela música orquestrada horrorosa e colocou flashbacks mais atualizados, não só de MPB, como também de música pop e radio hits.

A Saudade FM 100,7 MHz vai mais fundo: num mesmo bloco musical pode juntar Ângela Maria, Temptations, Tim Maia na fase pré-racional, Kid Abelha nos anos 80,George Benson, Gonzaguinha, Jerry Adriani e Doobie Brothers, sem ligar muito pra essa porcaria de segmentação musical em rádio, que em nosso país virou piada e produziu verdadeiras porcarias radiofônicas. Ao que parece, o que vale na Saudade FM é a boa qualidade musical, independentemente de rótulos. Afinal, o bom gosto do ouvinte é muito mais variado do que in(competência) de certos programadores de rádio.

Outra que vai na mesma linha é a Transamérica Light de Curitiba. Pena que só dê ênfase a Flash Backs internacionais, o que já é melhor do que nada.

http://www.saudadefm.com.br

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Besteirol do Milton Neves

Virou tradição. Uma boa parte do Terceiro Tempo (o da Rádio Bandeirantes) das madrugadas de quarta para quinta é dedicada ao besteirol, especialmente quando Milton Neves "pega no pé" do comentarista Mauro Beting, do apresentador Zancopé Simões e lê as mensagens dos ouvintes. Um exemplo disso aconteceu no último dia 23 de janeiro. Acompanhe no player abaixo. (Obs. O arquivo tem uns ruídos, são decorrentes da gravação que eu fiz).




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quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

A moda agora é o Podcast...

Blog, fotoblog e Orkut são coisas do passado. A onda agora é o podcast. Eu resolvi colocar o meu na web. E nessa estréia, falo sobre a banda francesa Les Rita Mitsouko, grande nome do rock eurpeu. Você pode ouvir o resultado (e depois meter a lenha) no player abaixo:


Click here to get your own player.



Se você não conseguir ouvir pelo player, é possível fazer download aqui.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Rádio Base - o seu radinho de pilha em podcast

Rádio Base - módulo 0008

Rádio de Outono - Além da razão
Pátria Armada - Cidade Morta
La Carne - Viaduto do Sol
Achados e perdidos - Não siga Reto
TS Master Box - Quarto escuro

Baixe esta seleção para ouvir em seu ipod ou aparelho de MP3, clicando aqui.. Ou ouça, em tempo real, clicando aqui. Boa audição.

Playground no lugar da ex-Brasil 2000 FM?

Sou um crítico ferrenho dos sites que cobrem o rádio. Acho que muitos deles trazem muito oba-oba e pouca informação. Além disso, muitos deles são tocados por radialistas e estes por medo de se queimarem no futuro com os possíveis patrões, deixam o espírito crítico de lado. É claro que existem exceções, mas são apenas exceções.

Depois dessa introdução, devo dizer que os sites de rádio publicaram nos últimos dias que a ex-Brasil 2000 daria lugar a uma emissora voltada ao público infantil, intitulada Playground FM. A estréia está marcada para o próximo dia 25 de janeiro.

Deve-se lembrar que não é a primeira notícia envolvendo a freqüência dos 107,3Mhz. Em outras épocas, já se falou que a mesma seria cedida, através de acordo comercial, permuta ou o que seja, ao Grupo Bandeirantes, à Transamérica e até mesmo à MTV (por falar nisso, que fim levou a história da Rádio MTV?)Em nenhum dos três casos, a notícia se confirmou, seja porque não houve acordo ou porque a negociação nunca existiu.

Antes de se falar qualquer coisa sobre a tal Playground FM nos 107,3Mhz, o jeito é esperar. Vale dizer que para o lançamento de um projeto desse porte, é necessário ampla divulgação, caso contrário ninguém vai saber que ele existe. E as pessoas que estão por trás desse projeto vieram do mercado publicitário: Fabio Sgarbi e Celso Vergeiro. Ambos devem saber muitíssimo bem que propaganda ainda é a alma do negócio.

VÂMO APROVEITÁ QUE TÁ BARATO, FREGUESIA!

SPAM no Orkut (ou qualquer outro meio) é um saco. E uma amiga me repassou um que me deixou triste. Aliás, não sei bem se é triste, ainda não achei a palavra certa. Pode ser desapontado também.

A gente, aqui no blog, luta para valorizar o rádio e seus profissionais. Critica para melhorar. E eu, pessoalmente, considero um crime o que o autor desse SPAM faz. Pena que os Sindicatos dos Radialistas (de todos os estados, sem exceção) sejam tão omissos em relação aos seus profissionais, tratados como meros portadores de DRT (e contribuintes, lógico!).

Deixando a “enrolação” para lá, vou reproduzir logo o que recebi. É uma propaganda de um estúdio do Paraná (se eu não estiver enganado quando ao DDD 43):

Confira alguns de nossos preços: Vinhetas para rádios, Dj's e eventos, a partir de R$4,00 produzido; Spots (de até 40 segundos), a partir de R$12,00 produzido.

Resumindo: VIROU VAREJÃO!

OLHA A VINHEEEETA, BARATINHA, BARATINHA!!!

LOCUTORA BONITA GRAVA, MAS DEPOIS NÃO RECEBE!!!

OLHA AÍ, OLHA AÍ, FREGUESIA.

Esse lugar se autodenomina um estúdio, mas não creio que seja. É um mercadão, varejão ou qualquer outro nome, menos um estúdio.

Depois nós, radialistas, reclamamos da nossa classe, tão desunida. A partir do momento em que um sujeito, que se diz profissional, entrega uma vinheta produzida, pronta, por R$ 4, nota-se que é hora de rasgarmos o nosso diploma e riscamos o nosso DRT da carteira de trabalho. Afinal, para que eles servem?

Depois nós, radialistas, reclamamos do outro extremo. Não é raro o Tutinha, da Jovem Pan, mandar fazer vinhetas em estúdios de Los Angeles, com aquelas locuções Hollywoodianas. E quer saber de uma coisa? Ele é que está certo! Ele está louco de entregar a identidade da sua rádio para um bando de pé rapados que faz vinhetas por R$ 4? Ele quer produto de qualidade, nem que tenha de pagar em dólar. E pode ter certeza de que ele não paga US$ 4 por vinheta, mas nem pechinchando!

E o que dizer de um spot por R$ 12! Deve ficar parecido com o carro de pamonha, não?

Certa vez, entrevistando o locutor e humorista Beto Hora, ele deu uma dica: “Quando alguém quer anunciar em rádio, a última coisa com que a agência vai se preocupar é o locutor. Por isso mesmo é que a gente pede muito pra gravar. Porque mesmo dando desconto, a remuneração continua boa”. Agora, faça as contas: Se o spot PRONTO sai pela bagatela de R$ 12, quanto sobra para o locutor?? FERROU! Se der fome, o locutor passa na padaria da esquina e torra todo o cachê. Isso se não ficar devendo uns centavos...

Eu, na qualidade de radialista, locutor e sócio de uma produtora, NUNCA vou sequer cogitar a possibilidade de fazer um trabalho nessas condições. Não vou dizer que nunca trabalhei de graça. Lógico que já. Um favor aqui, uma mão ali, começo de carreira... sabe como é. Mas acho que isso já é demais. Institucionalizar esses valores é jogar no fundo do poço todo o nosso talento, nossas horas gastas diante de um computador, nossa garganta... tudo.

E só um detalhe: O autor desse SPAM é tão GENIAL (ia escrever “burro”, mas seria uma injustiça com o jumento – o animal) que colocou o endereço do seu estúdio-varejão com o final “.com.br” e não é. É só “.com”. Ou seja, quem quiser contratar esse espetacular profissional, ainda vai ter de ficar procurando o site.

Será que sou só eu que tenho a capacidade de ainda me indignar com essas coisas? Mais alguém?

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Grande Baile do SESC Ipiranga


Até 1959, os bailes de São Paulo eram só pompa. Grandes orquestras preenchiam o espaço do salão com o melhor do jazz, swing e outros ritmos dançantes. Para entrar, só com traje social. Com isso, as festas acabavam ficando inacessíveis para boa parte da população, que não podia pagar a entrada e muitas vezes nem tinha o traje necessário.

Foi aí que apareceu Osvaldo Pereira. Formado em manutenção de rádio e TV num curso norte-americano por correspondência, “seu” Osvaldo construiu um sistema de som de 100 watts (o máximo para a época), pegou seus melhores discos e, para baratear o preço dos bailes e ser o programador musical das festas, lançou a “Orquestra Invisível Let’s Dance”. Aí nasceu o primeiro DJ do Brasil!

Começou animando os bailinhos da Vila Guilherme e depois ganhou outros bairros, como o chique centro de São Paulo. Ficava no palco, com a cortina fechada, mandando os sons para os freqüentadores caírem na gandaia. Quando Osvaldo montou o seu primeiro mixer, que permitia dois toca-discos tocando os sons sem intervalo, chegou a receber reclamações. Estavam tão acostumados com as pausas entre as músicas que estranharam a novidade.

O SESC Ipiranga, com a jornalista Claudia Assef e grande equipe, vai nos dar a honra de ver “seu” Osvaldo em Ação! No dia 25 de janeiro, aniversário de São Paulo, tem início o evento “Maestros Mecânicos: Bailes Nostalgia e o Cinquentenário Da Discotecagem Paulistana”, que reúne exposição de fotos e vinis raros, bate-papos e discotecagens de grandes nomes da música eletrônica nacional, como Grandmaster Ney, Tony Hits e Will, entre muitos outros. Tudo isso de graça.

É o programa idéial para quem gosta de música de qualidade e técnica. Depois, é só cair para o Museu do Ipiranga e assistir ao show do Jorge Ben Jor. Pertinho.

Uma dica de leitura, para complementar

Em 2003, Claudia Assef lançou “Todo DJ Já Sambou – A história do disc-jóquei no Brasil”. Com esse nome auto-explicativo, o livro traça uma linha do tempo com o histórico dessa profissão, mas não narra de forma totalmente cronológica. Alguns personagens, como o próprio “seu” Osvaldo, DJ Marky e DJ Patife ganham destaque pela importância. Também está lá o início das raves, que levam centenas e até milhares de jovens para os confins desse Brasil atrás de um bom som disparado por um bom DJ.

Aniversário de São Paulo tem gafieira carioca na Sé

A Caixa Cultural SP comemorará o aniversário da cidade, no dia 25 de janeiro em ritmo de dança de salão com o show “Gafieira de Bolso”, do músico Eduardo Neves, que resgata os sons e o clima boêmio do bairro da Lapa, do Rio de Janeiro. O espetáculo acontecerá às 15h15 e às 18h. A entrada é franca.

O show trará ao Grande Salão da CAIXA Cultural o músico Eduardo Neves, famoso por trabalhos com Zeca Pagodinho, Tim Maia e Luis Melodia, ao lado dos músicos Rui Alvim (clarinete), Fernando Moraes (piano), Luis Louchard (baixo) e Paulo Kamanga (bateria). Na música de abertura, título do CD e do show, haverá uma apresentação de bailarinos de dança de salão, convidando o público a dançar gafieira.

Eduardo Neves iniciou seus estudos de flauta em 1981 aos 13 anos. Pouco tempo depois conheceu o grande músico Nicolino Cópia - o Copinha, a quem considera seu “mestre musical". Desde então, passou a tocar em grupos de choro se apresentando em saraus e festivais. Marcos Suzano e Rodrigo Lessa são parceiros constantes nessas tocatas.

Criou em 1998 o Grupo Pagode Jazz Sardinha’s Club, gravando dois CDs que conferiram ao grupo o Prêmio Tim 2004 de Melhor Grupo Instrumental. Teve seu trabalho reconhecido internacionalmente, se apresentando na França em 2004 e 2005. Como instrumentista, recebeu a terceira colocação no Prêmio Visa de 2001.

Recentemente, lançou seu primeiro CD solo, “Gafieira de Bolso”, que é autoral e inspirado nos sons que acontecem na Lapa no Rio de Janeiro. Eduardo Neves assina atualmente os arranjos para o novo CD/DVD de Elza Soares.

Serviço:
O quê: show “Gafieira de Bolso”, com Eduardo Neves
Quando: 25 de janeiro, sexta-feira, às 15h15 e às 18h
Onde: CAIXA Cultural (Praça da Sé, 111)
Quanto: grátis (não é necessário retirar ingresso com antecedência)
Lugares: 100
Recomendação: 12 anos
Informações: (11) 3321-4400
Realização: CAIXA Cultural
Patrocínio: Caixa Econômica Federal

*

PS.: Eu recomendo.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Ele voltou ( e ninguém segura o homem!)

Sabe o "Padre" Zezinho? Esse mesmo que você está pensando. Pois é, depois de 4 longos meses fora do ar, a rádio pirata mais potente de São Paulo está de volta. Agora em duas frequências, de acordo com o repórter Agostinho Teixeira, da Rádio Bandeirantes. E todo mundo sabe disso, segundo ele, menos a ANATEL. Acompanhe pela Rádio Bandeirantes http://www.radiobandeirantes.com.br

domingo, 20 de janeiro de 2008

Programas antigos de Kid Vinil na web

Kid Vinil atualmente está fora do rádio. No entanto, para a alegria de seus admiradores, ele mantém na web um blog em que continua a desenvolver o mesmo trabalho que fazia à frente dos microfones, grarimpando e divulgando o que há de melhor na música, com ênfase no rock n'roll.

Desde dezembro passado, o Carlos Nishyma, um dos integrantes do blog, vem postando arquivos em aúdio trazendo programas inteiros apresentados por Kid em algumas das emissoras pelas quais ele passou. São documentos históricos tanto para quem curte o rádio e o rock n'roll. Nishyma também é atual guitarrista da banda de Kid.

Vamos listar aqui alguns dos arquivos já disponibilizados:

-Rádio Excelsior, começo de 1980 (certamente um item bem raro)

-Outro programa do começo dos anos 80, desta vez de 1981, provavelmente na Excelsior

-Programa New Beat, atração dominical da Antena 1. Provavelmente, de 1984

-Outro New Beat (Antena 1), agora de 1985

-Programa Splish Splash, da 89 FM, finalzinho de 1987

-Outro Splish Splash, de 1988

-Especial sobre punk no Splish Splash, em 1988.

*
Atenção, pessoal do blog do Kid Vinil: não estou conseguindo baixar nenhum dos arquivos postados ali no servidor do Rapidshare. As opções que existem ali são pagas, e eu não pago nem a pau!!! Coloquem este material num podcast para que possa ser ovuido e baixado por todos, ok?(Marco Ribeiro)

Programa Outra Versão #18

Mais uma edição na área:

Jim Carrey - I am the Walrus
Falcão - Atirei o Pau no Gato
Trio Mocotó - Águas de Março


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Edições anteriores: www.futurodojornalismo.zip.net.

Até a próxima.

sábado, 19 de janeiro de 2008

Pan News: existe espaço para mais uma rádio-notícia no FM?

Quem não nasceu ontem e acompanha o noticiário sobre rádio sabe da intenção da Rádio Panamericana S.A (aka Jovem Pan) de montar uma rede all news em FM, a exemplo do que já existe por aí.

Um projeto como esse é muito atraente do ponto de vista comercial, uma vez que com a rede formada, é possível colocar anúncios com alcance nacional, e cobrar bem mais do que uma simples veiculação regional.

A grande questão é saber se existe espaço junto ao ouvinte para mais uma rede de rádio deste tipo. A estréia da Rádio Band News gerou expectativa no sentido de uma acirrada disputa de público com a CBN, emissora que está consolidada no segmento.

No entanto, pelo menos aqui em São Paulo, o que se vê é a CBN líder, com aproximadamente 50 mil ouvintes por minuto, enquanto que a Band News oscila nos 15 mil ouvintes. A Pan News "roubaria" ouvintes de qual das duas rádios? Tendo a achar que o público da CBN é mais fiel e a grande prejudicada seria a emissora do Morumbi.

Ou seja, um grande investimento para se atingir a um público qualificado, mas pequeno em números absolutos. Numa comparação bem grosseira, a Jovem Pan AM é ouvida por cerca de 40 mil ouvintes por minuto. Se a Pan quiser entrar nesse segmento, terá de ser com um conteúdo de primeira, bem diferenciado. Caso contrário, pode repetir o mesmo exemplo da Band News FM que, a exceção de alguns horários, se mostra bem decepcionante.

Rádio pirata desobedece ordem judicial...em Hong Kong

do Observatório da Imprensa

Uma emissora de rádio pirata de Hong Kong, dirigida por ativistas pró-democracia críticos a Pequim, desafiou uma ordem da justiça e transmitiu um boletim ao vivo de uma área comercial movimentada, na semana passada. A emissora Citizens’ Radio transmitiu, durante uma hora, um debate sobre um protesto planejado para ocorrer no domingo (13/1) a favor das reformas democráticas em Hong Kong. A transmissão foi feita diretamente do distrito comercial de Mong Kog.

Segundo Tsang Kin-shing, um dos fundadores da rádio, policiais entregaram aos convidados do programa uma cópia de uma ordem judicial proibindo a transmissão, mas ninguém foi preso. Antes do início do programa, o secretário de Comércio e Desenvolvimento Econômico, Frederick Ma, pediu à estação que obedecesse à ordem.


Licenciamento

A Citizens’ Radio encontra-se no centro de uma disputa legal sobre as leis de licenciamento de emissoras de rádio; analistas alegam que elas são arbitrárias e são usadas para impedir críticas aos governos de Hong Kong e da China. A Citizens’ Radio costuma levar ao ar discussões por telefone e debates sobre assuntos políticos, incluindo a transição da ex-colônia britânica para a democracia, e funciona sem licença há dois anos. Kin-shing informou que fez o pedido para a licença, rejeitado pelas autoridades sem maiores explicações.

O governo chinês processou a rádio por funcionar ilegalmente, mas na semana passada um juiz de Hong Kong retirou a acusação, alegando que as regulamentações violavam leis locais de liberdade de expressão. Posteriormente, no entanto, quando o governo chinês anunciou que planejava apelar da decisão, o mesmo juiz suspendeu sua determinação anterior.


Autocensura

Embora Hong Kong tenha voltado à administração chinesa em 1997, o território permanece amplamente autônomo e tem liberdade de expressão e de assembléias, o que não ocorre na China. Mas, em geral, há autocensura por parte da mídia. Hong Kong tem 13 emissoras de rádio – sete operadas pela Radio Television Hong Kong, do governo, e as outras por duas operadoras comerciais. Informações de Dikky Sinn [Associated Press, 11/1/08].

O que não está no Radar Cultura, o Rádio Base traz para você

Pois é, uma das grandes ironias do Radar Cultura é que o número de músicas de Arrigo Barnabé como interprete e compositor é irrisório. Logo ele que comanda uma atração na co-irmã Cultura FM, o Supertônica.

Mas o Rádio Base presta serviço e inclui aqui um de seus grandes hits. Sim, Arrigo teve seus hits. É uma versão, digamos acústica, para Suspeito, canção que dá nome a seu álbum lançado em 1987. Mais de 20 anos depois, não houve relançamento em CD. Mas existem versões para descarrego (foi o Luis Nassif quem usou esse termo outro dia - ficou interessante)à disposição na web.

Ah sim, o vídeo ficou chauvinista, puxando muito pelo lado sadô-masô, o que não casa com a delicadeza da música, mas isso é apenas um detalhe. O que importa mesmo é curtir Arrigo.

Novo escândalo de Britney Spears. Desta vez, no rádio

da Folha On Line, com informações da Agência Efe

A cantora americana Britney Spears foi retirada do ar ontem por uma emissora de rádio quando disse que estava nua e tomando banho a um amigo que tentava lhe passar o telefone para que a entrevista fosse realizada.

"Sam, estou nua", disse ela na emissora de Los Angeles "KIIS-FM", quando o apresentador do programa, Ryan Seacrest, entrou em contato por telefone com Sam Lufti, amigo da cantora, para obter declarações ao vivo da artista.

Em seguida, os ouvintes do programa de Seacrest escutaram Lufti perguntar a Britney por que ela estava se lavando.

"Porque sou um ser humano. Fecha a porta, estou nojenta", respondeu a cantora.

Em relação às imagens que apareceram na quarta-feira em diferentes veículos de comunicação onde ela aparece com seu atual acompanhante Adnan Ghalib comprando um teste de gravidez, Lufti afirmou que o casal simplesmente estava brincando.

"Não acho que estivessem comprando (um teste de gravidez). Acho que estavam brincando", afirmou o amigo da cantora.

Na quarta-feira à noite, quatro fotógrafos que perseguiam a artista em Mission Hills (Califórnia) foram detidos por direção temerária, enquanto outros quatro foram advertidos.

Rádios de Santa Catarina não aceitam cobrança de taxa para transmitir jogos do campeonato local

Rádios não transmitem jogos do Metropolitano

do Diário Catarinense


Mesmo diante do gramado, há quem prefira ficar com o olho na bola e o ouvido no radinho. Para quem não sai de casa, mas também quer saber cada detalhe do jogo, a presença dele vira necessidade. Mas o companheiro indispensável do torcedor pode ficar sem voz no Catarinense.

As rádios de Blumenau não aceitaram, ontem, as exigências da Associação de Clubes de Futebol Profissional de Santa Catarina e decidiram continuar sem transmitir os jogos do Metropolitano (quarta-feira, contra o Brusque, quem não foi ao estádio já ficou sem saber do time). O que deve se repetir amanhã, quando o Metropolitano recebe o Criciúma, no Estádio Augusto Bauer.

Além das blumenauenses Nereu Ramos, Bandeirantes e Menina, emissoras da Capital também não concordaram com a determinação, que prevê uma espécie de permuta: em troca do uso da cabine e acesso ao campo, as rádios devem fazer 900 inserções (por clube) durante o campeonato. Estes comerciais seriam utilizados nos intervalos das emissoras. Em reais, segundo o diretor da rádio Nereu Ramos, Evelásio Paulo Vieira, significaria um custo de R$ 40 mil. As rádios entendem que, na verdade, a Associação de Clubes quer cobrar direitos de transmissão, algo não existe em nenhum lugar do Brasil.

Ontem, com representantes das três rádios de Blumenau que cobrem o Estadual, o assunto voltou a ser discutido. E nenhuma está disposta a ceder. Além de esperar pela posição das emissoras de Florianópolis, elas vão aguardar por um posicionamento da Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acaert), que deve entrar com ação judicial.

- Se não houver negociação, as rádios de Blumenau não vão transmitir o Catarinense. Até sábado vamos ter uma posição - afirma Vieira.

- A entidade lamenta uma atitude que demonstra a visão simplista da importância do trabalho dos profissionais do rádio, que nunca deixaram de cobrir as notícias do clube da sua região - disse, em nota, ontem, a presidente da Acaert, Marise Westphal Hartke.


Associação diz que a cobrança é justa

A Associação de Clubes de Futebol de Santa Catarina conseguiu, inclusive, uma resolução da Federação Catarinense de Futebol (FCF) para que pudesse controlar a entrada dos repórteres de rádio nos estádios. Segundo o assessor jurídico Luciano Favere, as emissoras podem até fazer as transmissões, desde que não usem as cabines.

- Os clubes detentores do mando de campo locam os espaços para as rádios em troca de inserções de mídia. As TVs também pagam pelo direito de transmissão - afirmou.

Segundo ele, o número - 900 inserções até maio, quando encerra o campeonato - não é excessivo.

- São aproximadamente seis por dia. As rádios que acompanham mais times terão de fazer mais porque têm mais mídia, porque transmitem mais jogos - disse.

No Metropolitano, o presidente Edson da Silva diz que tem de seguir a determinação da Associação dos Clubes e exigir que as rádios apresentem o contrato para que possam fazer uso das cabines. Mas ele torce para que haja um acordo.

- Acho que deve prevalecer o bom senso. O maior prejudicado com tudo isso é a comunidade - disse



Comentário: Aqui em São Paulo, o então presidente da Federação Paulista de Futebol, Eduardo José Farah, fez uma proposta semelhante, em 1991. A idéia não foi adiante, entre outros motivos, porque tal cobrança pelos direitos encareceria muito as despesas dos departamentos esportivos das emissora. E os donos de rádio, como se sabe, não são muito chegados em despesas. Um resultado prático dessa medida seria a dimunição mais radical do número de emissoras que transmitem futebol pelo rádio e o aumento do monopólio da informação.

É sabido por todos que o rádio é o primo mais que pobre dos veículos de massa e não detém uma fatia substiancial das verbas publicitárias. Então, que se cobre de quem tem mais para pagar: a televisão.

*

Outro comentário: Esse País é engraçado mesmo: alguns setores da sociedade cobram dos profissionais de rádio ética na prática do jornalismo, lisura no trato da informação, etc. Agora querem que a gente pague para trabalhar. O pessoal das rádios de Santa Catarina prestam um grande serviço ao futebol local divulgando-os quase que diuturnamente, e de graça. Critica, aponta soluções, incentiva os torcedores a irem no estádio, e de graça. Agora querem que eles paguem pra fazer isso.

*
Eu sou bem pragmático: se fosse dono de uma emissora de rádio lá, daria uma banana pra esses cartolas e iria transmitir qualquer outro certame esportivo, ou colocaria outra atração no ar. Aí sim eu queria ver o que eles iriam fazer. Quem trabalha com Comunicação Social neste país tem que começar a criar vergonha na cara e parar de se rebaixar pra certos setores atrasados da nossa bela sociedade. Além do mais, 90% da verba publicitária das emissoras decentes do interior do país - aquelas que não se submeteram ao dinheiro fácil de seitas suspeitas e políticos inescrupulosos - vem da publicidade e da promoção advindas das transmissões futebolísticas da sua cidade. Cobrar indiretamente os "direitos de transmissão" é jogar sujo com parceiros que sempre jogaram limpo e sempre foram leais. (Marco Ribeiro)

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Se esqueceram do Radar Cultura?

Ontem completou-se um mês da estréia do Radar Cultura, projeto inovador da Fundação Padre Anchieta que, por enquanto, ocupa algumas horas na programação da Cultura AM. Para comemorar, o horário do programa foi até ampliado. Além das duas horas originais (20h às 22h), mais três horas (das 15h às 18h) para meter o bedelho na programação. A equipe do Jornal da Cultura, da TV, também deixa os seus tópicos lá sobre as reportagens do dia para comentarmos.

Enquando a maioria dos blogs já se esqueceu do programa, Rodney, Marcos Ribeiro e eu batemos cartão no site, participando das discussões, deixando playlists... e temos opiniões diferentes sobre o primeiro mês do projeto. Escrevo agora as minhas.

Como toda nova idéia, carece de ajustes ainda, principalmente na programação musical. Deveriam ser criados mecanismos para evitar que músicas de um mesmo artista sejam executados num mesmo programa. Na última quarta-feira, só na primeira hora ouvimos Cássia Eller e Seu Jorge DUAS VEZES cada um. Nem a Nativa FM tem uma taxa de repetição tão pequena. Alguma ferramenta deveria existir para dar um chá de cadeira no artista que acabou de tocar, pelo menos até o programa seguinte.

Às vezes fica um pouco chato também ouvir TODOS OS DIAS alguns nomes intocáveis da MPB, como Chico Buarque e Gilberto Gil. São ótimos, lógico. Mas todos os dias? Como comentei com o Rodney, fica parecendo aquela coisa de fã-clube, todos se unindo para votar somente nesse ou naquele artista. Praticamente uma torcida uniformizada.

Acho o espaço reservado para podcasts pouco ou mal aproveitado. Ouvi pouquíssimos indo para o ar. Não sei se por falta de qualidade ou o que...

Como pontos positivos, destaco a apresentação. Os locutores estão sabendo comandar o programa. Um pouco mais de ritmo e fica perfeito. A própria equipe do projeto também participa do site e da programação, tendo no seus votos o mesmo peso que o dos ouvintes. Isso ajuda a dar mais diversidade à programação e aos temas expostos. De repente, a participação do ouvinte também por telefone ou pessoalmente, no estúdio, também ajudaria.

Continuamos de olhos e ouvidos ligados no projeto e aguardamos as novidades.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Programa Outra Versão #17 - ESPECIAL JOVEM GUARDA

A banda The Jovens surgiu de uma brincadeira entre os radialistas Roberto Miller Maia e João Carlos Godas (Tatola), na rádio Brasil 2000. No programa “Sessão da tarde”, eles mostravam sucessos da Jovem Guarda e davam prêmios para quem acertasse quem estava cantando. A molecada que ouvia pedia ajuda pros pais, avós e se empolgavam descobrindo as “novas” músicas velhas.

Resolveram então montar a banda The Jovens, que deu uma outra roupagem a diversos sucessos do rock nacional desse período. O CD é de 2001 e foi apresentado em vários programas de TV, como o Musikaos (Cultura) e Fábio Jr. (Record).

Nesse programa, a gente ouve:

The Jovens – Doce de Côco
The Jovens – Biquíni de Bolinha Amarelinha
The Jovens – Fama de Mau


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O cardápio com os programas anteriores, como sempre, em http://www.futurodojornalismo.zip.net/, à direita.

Até o próximo.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Não basta fazer rádio "ALL News", tem que planejar, pô

GRUPO JOVEM PAN VAI ESTREAR A REDE PAN NEWS (do blog da Magaly Prado)

Há cerca de uns cinco ou seis anos, a cúpula da Jovem Pan vem pensando em colocar no ar a sua versão all news, ou seja, a Pan News, com 24h de informação. Aí você me pergunta: e a Pan AM? Já não faz esse papel? Sim, faz. Mas a idéia é ocupar o dial FM e renovar esse jornalismo para atrair um público um pouco mais jovem, como fez a CBN, 15 anos atrás, e o que tenta fazer a Band News FM, nos seus primeiros anos de existência (surgiu em maio de 2005).

E por que a Pan News demorou tanto para implantar o projeto? O responsável pela espera é o Tuta (Antonio Augusto Amaral de Carvalho). Preocupação em excesso no que diz respeito ao que o afiliado vai fazer com o seu horário local, mete medo naquele que detém a marca de rádio mais conhecida do Brasil.

Afinal, o afiliado pode usar a marca da Jovem Pan jornalística para outros fins (politicagem, cartolagem etc.). É preciso um controle minucioso dos futuros afiliados. E só agora o Tuta está concordando. Claro, desde que tenha uma forte estrutura de fiscalização, com contrato de responsabilidade que deve ser cumprido à risca etc., pois, se for o caso, tira-se a rádio do ar. Aliás, a escolha dos afiliados deve ser rigorosa.

Sabemos que só se torna afiliado a uma rede quando se esgota as possibilidades de manter uma rede própria, e isso demonstra uma derrota para quem é realmente um radiodifusor. Os demais, que não tem o rádio na veia e são meros empresários, o contrário. Quer mesmo retransmitir uma rede sem se importar com o custo de produção, equipe de funcionários, estúdios etc. e simplesmente rodar a programação pronta. É desse cara que o Tuta tem medo. Tem um mau pressentimento do que ele pode vir a fazer com sua marca nos horários regionais.

Bom, qual vai ser o passo da Pan? Procurar as emissoras com real interesse em jornalismo (semelhante a CBN e Band News FM). Dentre elas, aquelas que já retransmitem alguns programas da Pan AM.

PAN NEWS e PAN NEWS 2

A Pan News terá uma produção paralela, baseada em São Paulo, porém, boa parte da programação calcada no material da Pan AM, principalmente a cobertura nacional (e, claro, retirar o noticiário que ganha o ranking de reclamações: o do trânsito local com informações do congestionamento da avenida Rebouças, em São Paulo, por exemplo). Já que para eliminar esse tipo de noticiário teriam que montar, de qualquer jeito, uma equipe, aproveitarão para ter uma produção própria mesclando as possibilidades. Vão fazer duas edições, nos moldes da FM com a Jovem Pan e a Jovem Pan 2, uma para São Paulo e outra para o Brasil. Por exemplo, a Pan Brasília, que antes gerava só para São Paulo, terá sua cobertura editada em dois prismas: um para São Paulo e outro prisma para a rede.

O formato ainda está sendo analisado. Mas o fato é: não dá para ignorar que é preciso deixar espaço para uma programação regional. Mais ou menos dia, isso vai se tornar realidade, por menos que queiram os empresários donos de rádios. Mas, cada caso é um caso. Algumas emissoras vão negociar 10, 20 ou 30% de horários dedicados ao noticiário local. Isso já acontece com a retransmissão dos produtos isolados que a Pan AM distribui. Porém, agora vão poder usar a marca da Pan News.

Hoje, a Pan disponibiliza de maneira fechada alguns produtos, como o “Jornal da Manhã”, carro-chefe dessa distribuição pontual. Mas, sem usar a marca. Se for a Difusora de Catanduva, continua sendo ela. Com o novo projeto, será permitido. Serão disponibilizadas 24h da Pan News para as emissoras que quiserem com permissão (controlada) de alguns espaços locais. Porém, a gente sabe que existe muita gente que não quer fazer nada. Infelizmente. Esses quando possuem uma concessão e não querem ter trabalho, acabam arrendando para algum bispo, algum político, ou penduram sua rádio em uma rede que cobre o menor valor possível.

O fato é que as redes não estão crescendo mais. Diria até que estão diminuindo. Porque também não vamos contar quando a rádio expande para Xiririca da Serra, não é mesmo?

O que o rádio precisa urgentemente fazer é mudar a postura. Cuidar do jovem que está debandando para os dispositivos móveis, como os aparelhos de MP3 e os celulares. Se não houver uma produção realmente competitiva de mercado, o rádio perderá a audiência da juventude.

*
Tá vendo? Depois eu falo que a Jovem Pan dá um banho de jornalismo nas outras, neguinho vem me torrar o saco dizendo que eu sou puxa-saco, baba-ovo e não sei mais o quê...Aliás, puxa-saco e baba-ovo tem muito é num outro site que não vem ao caso aqui dizer quem é, já não vou dar carne a gato porque à gato a gente dá sebo - e quente, que é pra queimar a língua.

Há Algum tempo, Paulo Machado de Carvalho Neto, diretor da Jovem Pan, entrevista à este blog dissque eles tinham um projeto de expandir a Classic Pan, que seria uma emissora de música e muito jornalismo. E que ela estava parada porque eles estavam estudando a fundo qual seria o melhor formato para tal e que não tinham a menor pressa.

E realmente não tiveram: lançaram a Jovem Pan Notícias 24 horas no AM e viram a Bandeirantes apanhar feito cão sarnento com a tal de Band News FM que, ao contrário do que os mais desatentos pensam, só está consolidada na capital paulista.

No desespero, a Bandeirantes copiou o modelo "20-20" de uma rádio americana de menor expressão e criou um xaveco de marketing dizendo que era uma rádio "dedicada à mulher moderna", que nem eles acreditaram. Até porque era só pra não dizer que concorria diretamente com a CBN - este sim, um projeto consolidado, apesar de ainda não ter resolvido o seu maior problema: a repetição excessiva de notícias. Isso é um problema que nem a CNN Radio americana consegue resolver.

Bem oportuna a análise que a Magaly faz no seu texto. Afinal, não dá para entender porque certos editores de sites sobre rádio têm orgasmos múltiplos quando descobrem que a Pan ou a Transamérica perderam filiadas para a Rede Mix. Não é muita vantagem. Tanto é que até a turma do Di Gênio comemora discretamente mais um afiliado. Esses editores baba-ovo nem sabem que lá atrás o dono da Mix fora sócio dos Amaral de Carvalho e sabe que o Tuta pode ter mil defeitos, mas burro ele não é nem rasga nota de 100 dólares.

O mesmo pode se dizer da Transamérica. Apesar de seu dono não entender nada de rádio, mas entende muito de como ganhar dinheiro. Afinal, Aloysio Faria era banqueiro e ficou rico duas vezes - a segunda foi quando ele vendeu o Banco Real para os holandeses.

Como se vê, rede de rádio é briga para cachorro grande. Perder um afiliado não significa nada se for um parceiro ruim. A Mix dá um tiro no pé quando investe num segmento que cada vez mais se afasta do rádio quando quer curtir música. Não se sabe at´pe quando a rede deles vais e expandir insistindo neste formato ultrapassado de fazer rádio jovem. Por enquanto, parece que vem dando certo no rádio e na TV também.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Cadê os caras que manjam????

Porra, pessoal do Radar Cultura!!!!!!!!! Cadê os caras que manjam? Faz um milhão de anos que pedi pra incluir Arrigo Barnabé e Premê e até agora, xongas!!!!!!!! Aí eu sou obrigado a ouvir esse lixo de Arnaldo Antunes, Zeca Baleiro, Lenine, Chico César, Tribalistas!!!!!!Arghhh. Tudo bem, democracia é bom, mas mau gosto tem limite!!!!!

"Vamos fazer direito essa porra direito, RadarCultura"!!!!! Como diria Caetano Veloso.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

PROMOÇÃO “MEU NOME NÃO É JOHNNY! E O SEU?”

Mais uma promoção do Futuro do Jornalismo, em parceria com a Rádio Hype e o blog Rádio Base.

A gente sabe que o seu nome não é Johnny. Então, a gente que saber qual é e também uma história engraçada relacionada a ele.

Ih, seu nome é Johnny? Ok, pode participar também...

As cinco histórias mais engraçadas ou curiosas enviadas para ouvinte@radiohype.com.br ganharão um par de ingressos para assistir ao filme “Meu Nome não é Johnny”, com Selton Mello, Cléo Pires e grande elenco, que conta a história real do ex-traficante de drogas João Guilherme Estrella.

Sinopse:
Ele tinha tudo. Menos limite. João Guilherme Estrella era um típico jovem da classe média, que viveu intensamente sua juventude. Inteligente e simpático, era adorado pelos pais e popular entre os amigos. Com espírito aventureiro e boêmio, mergulhou em todas as loucuras permitidas. E também nas não permitidas. No início dos anos 90, se tornou o rei do tráfico de drogas da zona sul do Rio de Janeiro.

Investigado pela polícia, foi preso e seu nome chegou às capas dos jornais. Em vez de festas, passou a freqüentar o banco dos réus. Sua história revela sonhos e dramas comuns à toda juventude.

Esta promoção, válida para todo o território nacional, é uma parceria entre os blogs Futuro do Jornalismo e Rádio Base e a Rádio Hype.

O resultado, você ouve no programa Kizumba, da Rádio Hype, no dia 12 de janeiro, às 20h (horário de Brasília).

Foto: Divulgação.

Os mais dos mesmos no Radar Cultura



Essa são as músicas mais votadas do Radar Cultura deste primeiro domingo do ano. Gilberto Gil e Marisa Monte aparecem bem na foto, com duas canções cada, entre as dez mais votadas. Pois é, o público chega a exagerar na preferência pelos "mais dos mesmos".

domingo, 6 de janeiro de 2008

Programa Outra Versão #16

Primeiro programa de 2008, com as versões:

Jive Bunny & The Mastermixes - Rock n Roll Party Mix
Siouxie & The Banshees - The Passenger
Chico Science & Nação Zumbi - Maracatu Atômico [Ragga Mix]


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Programa anteriores: http://www.futurodojornalimo.zip.net/.

Até o próximo...

A cidade nunca morre - 0004

A cidade nunca morre, número 4. Ouve aí, pô!!!

Inocentes - Travado
Eugenio Cruz - Biográfico
Negócios e Futuros - Vitória
Julia Says - Mohamed Saksak

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quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

O estado atual do nosso rádio 2 - ou - um tatu cheira o outro

Meu caro Marcos,

Diga para seu amigo não se desesperar que hoje em dia a mídia é assim mesmo. Nem sempre quem tem mais talento ou competência consegue um estágio. Afinal, a gente nem sabe mais o que os selecionadores querem dos candidatos. Devem ser formados em marketing, como diz Juca Chaves. O menestrel costuma dizer que, quando ele apresenta um projeto artístico que quer que seja aprovado pela empresa, ele procura qualquer diretor, menos o de marketing. Brincadeiras à parte de nosso amigo narigudo, é quqase isso.

Certa vez, um primo meu que mora lá no Rio de Janeiro foi participar de uma seleção para motorista de ônibus coletivo lá em Duque de Caxias. Depois de 3 fases de seleção, o selecionador disse a ele e aos demais que última prova escolheria quem ficaria com a vaga. Dentre vários exercícios sem pé nem cabeça, pediram que desenhassem um homem atrás de uma árvore. Claro que todos desenharam uma cabeça e um braço dando adeus atrás de uma árvore. Ele fez diferente: desenhou o homem inteiro em pé, com um dos sapatos sobre a árvore, que estava no chão. O selecionador reclamou disse que não era isso que havia pedido. Ele retrucou: "Foi isso sim, só que você não disse que a árvore tinha de ficar em pé, não é? O selecionador concluiu que meu primo tinha uam certa dificuldade em se relacionar com superiores porque não fazia o que se pedia (?). "Vem cá, mas a vaga é pra desenhista de Gibi ou motorista de coletivo? Se for pra motorista, me dê um ônibus pra dirigir, que aí eu mostro o que sei fazer. Afff", retrucou.

Dias mais tarde, ligaram pra ele da tal empresa e ele foi chamado pra fazer o teste prático na garagem. Ele foi, conversou com o chefe da garagem, saiu com um carro reserva e fez o teste direitinho. No final, o tal chefe disse: "Para quem não tem muita prática com ônubis grande até que você dirige bem e conhece a cidade. Tá contratado. Mas por que o pessoal dos Recursos Humanos demoraram tanto pra te chamar? ", perguntou o homem. "Acho que foi pelo fato de eu ter desenhado a tal ávore deitada no teste escrito", respondeu meu primo. O funcionário não entendeu nada e nada mais quis saber sobre o assunto.

Isso é só um exemplo de como certas empresas não tem noção do que querem. Querem um motorista, ams querem um que entenda de desenho artístico. Para que, ninguém sabe.
Agora tem empresa que sabe o que quer, mas à vezes a coisa não rola. Olha só o que eu achei em nossos arquivos a seguinte história.

*


Meu encontro com Humberto Marçal

Cláudio Roberto Silva
De São Paulo

Em 1992, vindo de Alagoas, para tratar de meu filho, que na época tinha apenas 2 anos e meio de idade e era portador de um tipo de câncer raro, tive que procurar trabalho em minha área. Quando cheguei a São Paulo, havia trabalhado durante muitos anos em rádios do meu Estado. Depois de procurar trabalho em várias emissoras de São Paulo e não encontrar, fui indicado para procurar o nosso inesquecível Humberto Marçal, que na época trabalhava na Rádio Record, quando era na Avenida Miruna, no bairro do Aeroporto.

Ao ser apresentado a ele, confesso que fiquei bastante nervoso, pois a fama dele era grande, mas de um excelente profissional e que gostava de ajudar outros companheiros de profissão. Lembro como se fosse hoje. Depois de conversar com ele por alguns minutos, resolvi lhe mostrar o meu curriculo. Porém, para a minha surpresa, ele com aquele seu jeito de mineiro - não sei até hoje onde ele nasceu - me disse secamente: "Não gosto de dar atenção a papel. Vamos ver na prática do que você realmente é capaz.
Em seguida, ele me levou até a sala de produção e pediu que eu fizesse quatro textos para rádio. Esporte, política, economia e geral. Dito isso, ele saiu da sala e disse: "Fique tranqüilo, volto em trinta minutos para ver o que você escreveu".

Confesso, que fiquei com tanto medo que travou completamente meu cérebro. Parei um pouco para respirar e pedi a Deus que iluminasse minha cabeça, do mesmo jeito em que Ele iluminou os olhos de Paulo com um relâmpago. Parece que aconteceu um verdadeiro milagre. Fiz os textos que o Marçal havia pedido em apenas 15 minutos. Ao retornar a sala, ele pegou os textos e começou a ler atentamente. Com uma caneta, ele começou a fazer alguns rabiscos. Juro que fiquei sem forças nas pernas. Ele seria a minha única esperança em encontrar trabalho em São Paulo.

Ao terminar de corrigir os textos, ele falou: "Garoto, onde você aprendeu a escrever dessa maneira? Quase sem fala, eu disse: "A minha escola foi no rádio alagoano, tive professores como Márcio Canuto (hoje) na Rede Globo de Televisão". Ao ouvir isso, Marçal olhou para mim por alguns instantes e disse: "Garoto, eu gostei do seu jeito meio matuto, mas também vejo que você tem muita garra e promete muito. Você está empregado. Volte aqui na segunda-feira para começar a trabalhar comigo.

Esta foi a frase mais importante que eu ouvia nos últimos tempos. Ao sair dali, tratei logo de encontrar uma igreja para agradecer a Deus, pois tinha a certeza de que era um milagre. Lembro que fui até a Igreja de Nossa Senhora dos Homens Pretos, que fica no Paissandu. Rezei muito e agradeci a Deus por aquela bênção. Naquela época eu morava no Jardim Guarani, zona norte da capital. Ao chegar em casa fui logo contando que estava empregado na Rádio Record.

Mas a minha alegria foi tão grande ao ouvir a afirmação de que estava empregado, que esqueci de perguntar o horário em que deveria chegar na segunda-feira, já que esse encontro aconteceu numa sexta-feira. Tentei falar com ele ainda no mesmo dia, mas não consegui. Deixei para o sábado e também não consegui. Só me restava uma saída: chegar lá na segunda-feira o mais cedo possível.
Porém, como nem sempre as coisas acontecem como a gente quer, na segunda-feira, meu filho que tinha câncer não passou muito bem à noite anterior e tive que levá-lo ao Hospital das Clínicas, logo cedinho. Como não deu para retornar no dia marcado, resolvi ligar para ele e tentar explicar os motivos de minha ausência no meu primeiro dia de trabalho.

O que vou narrar agora, parece brincadeira, mas foi a pura verdade. No final da tarde da segunda-feira, liguei para a rádio.
Foi dessa maneira dialogo comigo e a a recepcionista:

Por favor, eu gostaria de falar com o Sr. Humberto Marçal:
Ela responde: Só se for no Céu.
Eu digo: Por favor, não brinque comigo, isso é importante. O assunto é de vida ou de morte.
Ela diz: Por isso mesmo. Se o senhor desejar mesmo falar com o Marçal deve ir ao Céu, poie ele morreu.
Sem entender nada, perguntei: Mas, morreu como?
Ela diz: Ora, morrendo. Ele morreu no último final de semana. Teve um problema de coração.

Essa foi a notícia mais triste que eu havia recebido nos últimos tempos. Tão triste como a que recebi dos médicos, quando me informaram que o meu filho estava com câncer e tinha apenas seis meses de vida. Ao ouvir as palavras da recepcionista, comecei a chorar desesperadamente, não pelo fato de não poder trabalhar na Rádio Record, mas por perder prematuramente um amigo que acabara de ganhar. Um homem que tinha um coração cheio de amor e compreensão. Marçal foi embora para sempre, mas ficou na minha memória a imagem de alguém que era acima de tudo, humano. Essa lembrança que guardo até hoje do amigo Humberto Marçal, tinha um dia de ser contada a todos aqueles que assim como eu, aprenderam a admirar e a respeitar o ser humano e profissional que foi Humberto Marçal.

Cláudio Roberto Silva

*

Pois é, coisas da mídia.

Encerrando as transmissões das 500 Mais da Kiss FM

A viagem começou ao meio-dia de 31 de dezembro e acabou agora, 3h57 do dia 2/1!

A lista das 500 melhores músicas de todos os tempos da Kiss FM, já considerado um compromisso obrigatório para uma passagem de ano que se preze, acabou assim:

10 - The Doors – Light my Fire

9 - Kiss – Rock and Roll all Nite

8 - Metallica – One

7 - AC/DC – Back in Black

6 - Rolling Stones – (I Can’t Get No) Satisfaction

5 - Beatles – Help!

4 - Deep Purple – Smoke on the Water

3 - Pink Floyd – Another Brick in the Wall (rolou inteira, não só a famosa "Part II")

2 - Led Zeppelin – Stairway to Heaven

1 - Queen – Bohemian Rhapsody

Bem melhor do que a do ano passado... até um AC/DC entrou na parada.

Curiosidades:

As duas primeiras colocadas inverteram posição em relação ao ano passado. Um pouco surpreendente, já que o Led Zeppelin esteve presente na mídia pelo show realizado na Inglaterra mês (e, consequentemente, ano) passado. Seria mais provável manter a primeira colocação.

Pelo que pude acompanhar, as "caçulinhas" da lista foram "Clocks", do Coldplay e "Stop Crying Your Heart Out", do Oasis, ambas britânicas e de 2002. Se você ouviu algumas mais nova que essas, avise pelo comentário do blog.

Não aguento mais "Smoke on the Water". Sério. Trocaria por qualquer uma do Elvis. "Hound Dog" ou "Jailhouse Rock", de preferência.

A lista está sendo reprisada nesse momento. Oportunidade para ouvir as que você perdeu nas horas de sono e de outros afazeres.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

O estado atual do nosso rádio - ou - Santa criatividade, Batman

Acredito que muita gente ache esse blog uma versão eletrônica do Jorge Kajuru. Sim, aquele Jornalista (com J maiúsculo) que parece que está sempre de mal com o mundo, reclamando de tudo e de todos. Um cricri (palavras do próprio). Afinal, aqui no blog, sempre damos nossas espetadas nos profissionais do rádio. Não é birra nem marra, apenas queremos uma programação melhor, criatividade... essas coisas meio fora de moda ultimamente.

Já escrevi nesse espaço a minha opinião sobre o rádio atual. Principalmente no FM, há uma crise de criatividade tremenda. Rádios se esforçam cada vez mais para ficarem parecidas com outras que já existem, seguindo um padrão cansado. No AM a criatividade não apanha tanto, mas as rádios jornalísticas também andam penando para saber o que o ouvinte quer. Ou seja, há muito coordenador/diretor/superintendente perdido por aí.

Prova disso é a história que recebi há alguns dias e que vou contar agora pra você, leitor da Rádio Base. Não vou citar nomes porque não vem ao caso. É uma história “genérica”, serve para ilustrar a nossa atual fase radiofônica. Aconteceu no final do morto-ainda-quente ano de 2007.

Era uma dinâmica de grupo para vaga de estágio em uma grande rede de rádios, com doze candidatos. Presentes dois profissionais de RH, responsáveis pela seleção, e dois profissionais da rede, do “alto escalão” da emissora.

Numa primeira fase, a apresentação. Ao invés daquela coisa chata de cada um ficar se apresentando, se gabando de ter feito isso ou aquilo, um ponto positivo. A apresentação teria de ser como se a pessoa estivesse no rádio, sendo entrevistada ou como entrevistador. Algo do tipo: “Boa tarde, estou aqui com fulano de tal, aluno de jornalismo de tal semestre, que vai nos contar um pouco sobre seu dia a dia...”. E todos os candidatos fizeram mais ou menos nesse padrão, que é o que estão acostumados a ouvir diariamente, certo? O entrevistador faz um rápido perfil de quem vai entrevistar ou a própria pessoa fala, também de forma rápida, o seu “currículo” (o que é mais difícil de acontecer, inclusive).

Foi só o último candidato acabar que um dos funcionários do “alto escalão” pediu a palavra. E com cara de poucos amigos foi falando com os candidatos como se já fossem seus funcionários. Para resumir, disse que não esperava ouvir o que ouviu. Disse que todos os candidatos repetiram o padrão e ele não queria isso. Ele quer estagiários que dêem idéias novas para a rádio e não que repitam o que já vai pro ar diariamente. Esperava, já na dinâmica, uma coisa nova, um suspiro de criatividade.

Agora, vejam só se eu posso saber de uma coisa dessas e não colocar aqui no blog. Quer dizer então que um diretor de uma rádio, que já deve ter no mínimo os seus vinte anos de profissão, quer que numa simples dinâmica de grupo aconteçam coisas criativas, inovadoras? Concordo com o profissional quando ele quer idéias novas. Todos nós queremos. Mas cobrar isso numa dinâmica de grupo, com candidatos a estagiário??? Não é pedir um pouquinho demais???

Também não estou dizendo que um estagiário não seja capaz de dar idéias novas, de contribuir de forma criativa com a empresa em que trabalha. Mas creio que o estado de nervosismo e a insegurança numa avaliação nem permita ficar inovando ou inventando na frente do avaliador. Isso ele vai fazer depois, já na sua área de atuação, conhecendo mais a empresa, sua chefia e outras pessoas que trabalham no mesmo local. Aí sim é possível cobrar com firmeza uma postura do estagiário. E se de repente ele estiver numa empresa conservadora, que não permita vôos muito altos, e sai plantando bananeira logo na dinâmica, seu primeiro contato com os futuros empregadores?

Mais uma vez digo que essa história resume bem o nosso atual estágio. Um “diretor” de uma emissora de rádio depende de candidatos a estagiário para inovar, criar e levar um conteúdo diferenciado para o seu ouvinte. A tal dinâmica não parou por aí, mas creio que só isso já basta para entendermos a quantas anda o nosso querido rádio e seus poderosos chefões.

Aos 12 candidatos: Relaxem. Ele devia estar num mau dia. Ou na profissão errada.

Não basta ser rádio, tem que subir no caixote!!!!

Professor Heródoto sobe no caixote!!!!!

Veja este comercial e nôs dê o benefício da dúvida. O publicitário que bolou esta campanha tem ou não uma mentalidade parecida com você que lê este blog?? Será que ele é um de vocês? Afinal "inteligência, atrai inteligência", como diz a propaganda.

Rádios bolivianas de SP: fenômeno antigo

Eu estava olhando os posts da primeira versão deste blog, que pode ser acessada aqui, e me deparei com a mensagem do leitor Luiz Felipe Tonin publicada no dia 18 de janeiro de 2003 (há quase cinco anos - estamos ficando velhos!!!). Ele nos dava ciência de uma rádio clandestina que transmitia naquela ocasião para a comunidade boliviana de São Paulo. Vamos a ela:

Agora mudando de assunto, quem sintonizar 101.3 FM nos bairros de Bom Retiro, Santana e Pari em São Paulo ouvirá uma
emissora chamada Latina Sat, que se trata de uma rádio pirata pertencente à comunidade boliviana de São Paulo, esta rádio é totalmente em espanhol. Ela deve ser bastante útil para essa comunidade, já que traz notícias da Bolívia e ás vezes pega o som da Internet da rádio Panamericana de La Paz para transmitir jogos de futebol daquela país.

Alguém tem alguma informação dessa emissora?
Obrigado pela atenção,
Luiz Felipe Tonin
São Paulo - SP


Pois é. Serve para reforçar a informação de que o portal UOL chegou bem atrasado na história das rádios bolivianas de São Paulo.