domingo, 30 de dezembro de 2007

Programa Outra Versão #15

Hoje, no último programa do ano, as versões:

The Trashmen - Surfin' Bird
Brian Setzer Orchestra - 007/ Mission Impossible/ Peter Gun
Wyclef Jean – We Trying to Stay Alive (Remix)

Um ótimo 2008 para todos!

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Como sempre, os programas anteriores estão em www.futurodojornalismo.zip.net.

Mai Comunicação cria rádio indoor para Casas Bahia

A idéia de usar a força do Rádio para alavancar as vendas de um evento, se mostra uma ferramenta de grande sucesso. E quem apostou nesta idéia, foi ninguém menos que o diretor-executivo da rede Casas Bahia, Michael Klein, que revelou ser um fã incondicional do Rádio. A frente da empresa líder no setor varejista de eletrodomésticos, eletroeletrônicos e móveis, Klein, promove há cinco consecutivos a "Super Casas Bahia", considerada a maior loja sazonal do mundo, ocupando um espaço de mais de 150.000 metros quadrados, no Pavilhão do Anhembi, em São Paulo.

E inovando mais uma vez, a "Super Casas Bahia" se tornou o primeiro evento no Brasil a ter uma "rádio indoor", que além de ter o formato de uma emissora convencional, contando com profissionais vindos de grandes emissoras, com vinhetas, trilhas e jingles personalizados; também é transmitida via internet.

Segundo Paulo Mai, proprietário da Mai Comunicação, empresa responsável pela implantação e direção da Super Rádio Casas Bahia, "com a programação diferenciada e focada nos objetivos do cliente, criamos junto ao Banco de Eventos e ao atendimento da Young & Rubicam, a Super Rádio Casas Bahia. E para aumentar integração do público também fora do evento, a Rádio tem toda a sua programação sendo transmitida pela internet. E tudo isso transforma esta ação em um grande diferencial. Posso dizer, que a Mai Comunicação terminou o ano muito bem, pensando Rádio, ou melhor, uma Super Rádio".

*

Salvo engano, a Mai Comunicação é responsável pelo site de notícias "Rádio Agência", e creio também pela programa Jazz Masters, veiculado em várias emissoras do país. Para quem ainda não ligou o "nome" à "pessoa"O rádio "indoor", é o nome mais moderno para o bom e velho serviço de alto-falante, ou "rádio do poste" existente em alguns rincões do nosso País. Traduzindo para a nossa vidinha urbana, o rádio "indoor" é da família das "rádio-shoppings" ou "rádio-supermercados". Enfim, é a mesma mídia baseada no bom e velho Rádio. As Casas Bahia dá um passo certo ao investir neste tipo de "ferramenta de mídia", como alguns mais "modernos" ainda chamam estes veículos.

"Marketinês", "publicitês" e aspas à parte, vou falar do que mais me preocupa: qual será o conteúdo desta nova ferramenta? Apenas anúncios de serviços e produtos à venda na loja? Há espaço para a informação. Não digo a informação "hard-news" de uma CBN da vida. Mas a informação útil, não só para ao consumidor, mas também para o cidadão. Terá esta rádio espaço para a cidadania, para manifestações culturais, para liberdade de expressão de seus ouvintes?

Lendo esta notícia vinda da própria Rádio Agência, me lembrei de uma conversa que tive com colegas do canal de Tv comunitário, do qual participo com voluntário. Lembrávamos que, graças ao esforço de todos ali, tínhamos um conteúdo vasto e variado. A parte comercial não era demasiadamente grande, mas o suficiente para pagar os custos do canal. E que, sem falsa modéstia, nossa estação de Tv, mesmo com várias limitações, possuía um conteúdo de peso, de fazer inveja a muito canal de Tv grande. um colega nosso, que já trabalhou num canal regional, comentou que muitas dessas estações transmitem infindáveis programas de vendas, de empresas vendendo seu produto, gincanas caça-níqueis e afins, não por causa do faturamento, mas sim porque não tem conteúdo pra preencher a programação.

Traduzindo para o rádio, vamos esbarrar no dilema "merchand do bem" versus "Merchand Neves". Os adeptos do do primeiro pensam como Juca Kfouri: se o comunicador - em especial o jornalista - tiver de fazer merchandising, que seja em prol de algum ato de cidadania. Eles também acham que o fato de um profissional de imprensa fazer propagandas testemunahis sobre produtos comerciais contamina e compromete a informação que ele veicula.

Seus opositores, se é que podemos chamá-los assim, pensam que o profissional de rádio e Tv pode participar de merchandising. Eles não acham ilícito um comunicador hipotecar sua credibilidade para vender a marca ou produto de uma empresa, tal como faz Milton Neves. Afinal, eles também tem de sobreviver, principalmente quem não tem o privilégio de ser empregado de uma grande emissora de rádio ou de Tv, ou ainda aqueles que trabalham por conta, extensivos aos jornalistas.

Quem será que tem razão: Miltão ou Jucão? O senhor Kfouri está certo de ponta a ponta. Mas creio que o seu senso ético é o ideal num país da Escandinávia, supostamente mais civilizado que o nosso. Aqui o que impera é o capitalismo selvagem, o marketing agressivo e a "comunicação de resultados". E a história do tudo tem de dar retorno comercial. Que se dane a reflexão e a cidadania baseada na ética. Neste panorama, o senhor Neves talvez esteja melhor adaptado. Joga a regra do jogo e só.

No meu caso particular, se é que algúém está interessado em saber (o que eu duvido, mas enfim...), sou mais adepto ao estilo Merchand Neves de ser, só que ajo com se fora um comunicador do "merchand do bem". Por um lado isto é ótimo porque quem segue a rígida conduta profissional do jornalista é digno de possuir o maior bem: credibilidade. No entanto tenho consciência de que isto me prejudica comercialmente. Perco ótimas oportunidades de trabalho - creio eu - por não querer misturar meu patrimônio profissional com uma marca qualquer, pelo menos nestes moldes expostos aqui. Se fosse um jornalista/radialista mais ligado ao mercado publicitário, talvez este blog estivesse bem de vida. E ele está: nossa audiência e grande e cativa, graças ao Bom Deus. Só que comercialmente....bom, ninguém aqui tem o dom das vendas.

Temos incompetentemente tentado arranjar patrocinadores para este espaço na internet. Nunca conseguimos sair do zero, por culpa minha. Mas o que me consola é que podemos propor reflexões, mostrar o que é notícia - sempre tantando contextualizar o que é realmente importante para o ouvinte e leitor - elogiar quem acerta e descer o cacete em quem desrespeita o veículo e a intelgência de quem ouve, sem medo de "pressão" de patrocinadores ou apoiadores.

Faço votos de que a Mai Comunicação e as Casas Bahia tenham criado um veículo de bom conteúdo, ainda que seja interno e interino. Que não só leve as ofertas da lojas, mas também um pouco de cidadania e bons exemplos moldados pela ética e pelo bem comum. Se não for assim, sugiro que vá fazer outra coisa, rádio não. Afinal, o veículo exige respeito e seus ouvintes também.

sábado, 29 de dezembro de 2007

A Globo já liberou...

... o vídeo da entrevista do locutor Daniel Daibem no Programa do Jô.

Acesse a aula de jazz clicando aqui!

Cadê o link???

Há dias ouço os locutores da Kiss FM chamando para a já clássica execução da lista das "500 mais da Kiss", a maior parada Rock 'n' Roll do rádio brasileiro. A partir das 12h do dia 31/12, as 500 músicas mais votadas pelos ouvintes serão tocadas, na sequência.

Não sei se é o meu óculos que está fraco, o Firefox que é burro ou o site da Kiss que está desatualizado. Os locutores dizem para ir até o www.kissfm.com.br e votar no seu som preferido. Entro lá e... cadê o link? Onde eu entro? O que eu faço? Cadê o banner? Hein?

E não é a primeira vez que não encontro o link. Semana passada, quando ouvi pela primeira vez a chamada para as 500 mais, entrei e não encontrei. Pensei que poderia ser algum erro momentâneo...

Enfim, espero que essa lista seja mesmo feita pelos ouvintes e não gerada espontâneamente. E deixo aqui uma dica também: Que tal deixar essa votação acontecer durante todo o ano?

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Tá no radar...

Uma pulguinha me contou que a diversão do Marcos Ribeiro é entrar no site do Radar Cultura e ficar metendo o bedelho na programação musical da Rádio Cultura AM.

Tá certo, Marcão. Se quer uma programação boa, ajude a fazer.

Beijo do gordo. Uou!

O locutor Daniel Daibem estará no Programa do Jô hoje, sexta-feira, que vai ao ar logo após o Jornal da Globo.

A assunto principal será o jazz, que também é tema do programa que Daibem apresenta diariamente na Rádio Eldorado, o Sala dos Professores, ganhador do prêmio APCA, Associação Paulista dos Críticos de Arte, como melhor programa musical do dial em 2007.

Daniel Daibem já passou pela extinta Brasil 2000 e 89 FM. Na Brasil 2000, apresentava o Estação 107, que fundia rock e black music (funk e soul, principalmente) e já tinha algumas características do atual Sala dos Professores, como o tom altamente didático e de bate papo com o ouvinte.

Demorou, mas saiu a Vitrola do Janja

Está no ar a primeira edição do Vitrola do Janja, trazendo o melhor da música underground do Brasil (ou quase isso) e do resto do planeta, que você não ouve em qualquer lugar. Anote:

Kaiser Chiefs - Love is a not competition;
Marcos Borelli - Playground;
Eugênio Cruz - Solidão de Carnaval;
Lirinha - Vitória;
Julia Says - Mohamed Saksak;
Banda Do Amor - modelo americano;
Modular - Collection de Tics;
Sérgio Molina - Reflexo Futuro;
Inocentes - Travado;

Ouça e aprecie essas iguarias

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Flagramos o dial do rádio am de São Paulo

Sem muita coisa pra fazer neste fim de ano, resolvemos dar um flagra no que estava rolando nas rádios AMs de São Paulo na hora do almoço. Ouça.

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Plantão de notícias apresenta: "Gafes do rádio"

Assista a um trecho da entrevista que Maurício Menezes e a trupe do "plantão de Notícias" deu no programa do Jô.



quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

As rádios bolivianas de São Paulo

As reportagens sobre rádiodifusão clandestina que são veiculadas pela grande mídia caem em dois tipos de problemas. Ora são maniqueistas demais, ora são simpáticas em demasia. Nessa segunda categoria está o texto assinado por Rodrigo Bertolotto, publicado no UOL, sobre as rádios destinadas à comunidade boliviana que mora em São Paulo.

Esse tipo de emissora descrita na reportagem incorre em uma dupla infração ao Código Brasileiro de Telecomunicações. A primeira é o óbvio caráter ilegal das transmissões. Além disso, é proibida qualquer transmissão rádiofonica aqui no Brasil que não seja em língua portuguesa. Mesmo que um dia possa vir a acontecer a legalização, essas rádios não poderão ter programas falados em espanhol ou em idiomas locais.

Há algum tempo, a jornalista Laura Mattos, da Folha de S. Paulo, informou sobre o problema vivido por uma rádio educativa de Goías: ela tinha em sua grade de programação um programa de uma hora falado em Nheengatu, língua que oriunda do Tupi-Guarani. O escritório regional da Anatel tomou conhecimento do fato e acionou o Ministério das Telecomunicações. Seus burocratas tiverem um belo abacaxi para descascar: o Tupi-Guarani, idioma falado aqui pelos índios nativos, é uma língua estrangeira ou não?

O jornalista Bertolotto exagera quando diz que os integrantes da comunidade boliviana de São Paulo são vistos nas ruas apenas aos domingos. Isso porque ele não passa durante a semana pelos pontos de ônibus que ficam próximos ao prédio da Polícia Federal, em São Paulo.

Algo a se lamentar é o fato dessa reportagem estar uns 10 anos atrasada. Esse fenômeno das rádios bolivianas é comum desde a primeira metade da década de 90, quando a radiodifusão pirata passou a ganhar força no país com a absolvição do jornalista Léo Tomaz, processado por manter no ar a Rádio Reversão, na Vila Ré, zona leste de São Paulo.

As rádios piratas só entraram agora na pauta das redações de rádios, televisões, jornais e grandes portais após ser deflagrado o caos áereo no páis. As emissoras clandestinas foram responsabilizadas por colaborar, em parte, com a situação, graças a interferência do sinal emitido pelos transmissões (caseiros em sua grande maioria) na comunicação dos aeroportos e aeronaves, tornando mais difícil o processo de pousos e decolagens.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Já começou...

... o programa Histórias Musicais, da Rádio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Apresentado por Guto Villanova, hoje traz um especial com mensagens e reflexões para 2008. A convite do Guto, gravei uma mensagem para esse especial.

Para ouvir, acesse
http://www.radiobase.org/radiosaovivo/radio_ufrgs.htm. Aproveite e, enquanto rola o programa, dê uma lida nas monografias sobre rádio que existem no site http://www.ufrgs.br/radio. Um ótimo material de pesquisa.

O Histórias Musicais vai até às 22h.

Aleluia, hermanos!

Uma série de reportagens da Folha de S. Paulo tem mostrado a vida dos imigrantes bolivianos na capital paulistana. Más condições de vida e de trabalho não são novidade, todos nós pelo menos já ouvimos falar nas oficinas de costura que sub-empregam quem vem para cá em busca de oportunidades. R$ 700 é um salário considerado altíssimo para esses trabalhadores. Lembrando que a carga horária diária passa das 12h facilmente.

Hoje, o portal UOL destaca mais uma dessa série, agora focando as rádios piratas que servem a comunidade boliviana. O repórter Rodrigo Bertolloto ouviu as rádios Meteoro FM 107,5, Infinita FM 106,7 (que, apesar do nome, saiu do ar na última semana, segundo a reportagem) e Galáctica 105,5. Tentou também conversar com as equipes dessas rádios que, obviamente, não atenderam aos pedidos e nem foram aos encontros marcados.

A minha opinião sobre essas rádios é a mesma que eu tenho sobre as “nossas” rádios piratas. Não deveriam existir. Que o governo federal (incluindo-se aí Ministério das Comunicações e ANATEL) é omisso, não é novidade. Quase sempre foi, nesse aspecto. É notório também o direito que as comunidades estrangeiras têm de manter as suas raízes, ouvir suas músicas... mas imagine se cada comunidade aqui de São Paulo resolve abrir a sua rádio? Só rádios japonesas teríamos na Liberdade, Vila Prudente, Vila Mariana...

Já tive a oportunidade de ouvir algumas dessas rádios. Há uma faixa de horário em que uma delas (não sei exatamente qual) transmite programas evangélicos, com direito a sessões de descarrego em espanhol. Ou seja, é uma equação bem indigesta: rádio pirata + programa evangélico em espanhol. Nada contra a língua que, inclusive, estou estudando. Mas o rádio não tem essa finalidade.

Infelizmente, a má vontade e as vistas grossas não vão acabar com essas rádios e muito menos com a entrada clandestina dos bolivianos (e tantos outros, de tantos países) que são explorados aqui no Brasil. E esse é um problema muito maior.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

José Paulo de Andrade é destaque no clipe da tv digital

Nunca é tarde para apontar um dado curioso do vídeo que marcou a entrada da TV digital no Brasil. Primeiramente, deve-se dizer que foi um trabalho de primeira linha, trazendo grandes momentos da história da televisão brasileira. Mas se os leitores repararem direito, um profissional cujo nome está muito mais ligado ao rádio aparece por duas vezes e com destaque: José Paulo de Andrade, apresentador do Pulo do Gato, na Bandeirantes. Sua primeira aparição se dá logo no começo (aos 19 segundos do vídeo), pouco depois da vinheta dos Titulares da Notícia, um dos primeiros telejornais da TV Bandeirantes, do qual ele era então um jovem apresentador. A outra (aos 30s) é como mediador de um dos debates entre candidatos exibidos pela mesma emissora. Grande Zé Paulo.


segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Gafes

Para o amigo leitor se divertir nessa véspera de Natal, o blog Rádio Base traz aqui uma compilação (travestida de vinheta institucional) de gafes coletadas durante a programação da Rádio Eldorado há alguns anos. Algumas emissoras de rádio e tv fazem essas montagens com os erros de seus profissionais ou entrevistados para consumo interno, com veiculação garantida em festas de final de ano. Nesse caso específico, suspeita-se que foi gravado do ar, até mesmo pela qualidade do aúdio. Feliz Natal a todos.

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domingo, 23 de dezembro de 2007

Amorim Filho fica apenas na Nativa FM

Segundo informações divulgadas por um ouvinte na comunidade Ouvintes da Bandeirantes SP do Orkut, o radialista Amorim Filho anunciou na madrugada de sábado sua saída da Band FM. Ele vai tocar projetos (não detalhados) na Nativa FM. O Mano Novo também está de saída.

Na verdade, tudo fica em casa. Amorim Filho continua no Grupo Bandeirantes, onde começou no AM, como repórter setorista no Aeroporto de Congonhas. Era substituto de José Paulo de Andrade no "Pulo do Gato". Ganhou um programa nas madrugadas chamado "Nas Quebradas do Sertão". Com a guinada da Bandeirantes AM para um estilo "talk and news" (ou quase), passou para a Band FM.

Com a aquisição de parte da Nativa, em 2006, Amorim Filho dividiu expediente tanto nela, como na Band FM.

Esse remanejamento é parte do processo de reposicionamento da Band FM, que perdeu muito espaço na briga pelas primeiras posições do Ibope. Além disso, deve ser muito complicado para o Grupo Bandeirantes administrar duas emissoras que dividiam a busca pelos ouvintes do segmento popular.

Memória afetiva do rádio

Flavio Gomes, é jornalista especializado em Fórmula 1. Começou na imprensa escrita, e, em paralelo, tem passagens marcantes em rádio. Ele foi âncora do "Hora da Verdade", na Jovem Pan, além de ser comentarista da Bandeirantes. Atualmente, é apresentador da Eldorado/ESPN. No texto abaixo, ele fala sobre rádio, mas desta vez como ouvinte.

*

SÃO PAULO (sintonize) - Este post é motivado por e-mail de Mestre Mahar, saudoso da Eldo-pop, a Eldorado FM que de 1971 a 1978 levou música de verdade aos cariocas. Está tudo aqui.

Morei no Rio, lembro muito vagamente da Eldo. E, depois, da "Maldita", a Fluminense FM (voltou?). É porque quando eu morava no Rio, escutava muito meu radinho RCA portátil que colocava debaixo do travesseiro para ouvir o José Carlos Araújo, o Jorge Cury e o Waldir Amaral. Queria mais futebol, menos música. Mas às vezes viajava no "FM estéreo". O RCA tinha FM. Só não era estéreo.

Aqui em SP, o rock teve na 89 sua maior representante por anos a fio, até virar a merda que virou, incorporada ao grupo Bandeirantes. Hoje a Kiss FM cumpre essa missão, arduamente.

Adoro rádios misteriosas, e a Eldo-pop era um pouco assim com suas sequências de músicas sem identificação, pouca gente falando, muita guitarra gritando. "Uma rádio que, se voltasse ao ar hoje, tocando as mesmas músicas de 30 anos atrás, ainda estaria 100 anos na frente das outras", escreve o autor do site indicado por MM.

Meu ideal de vida era ser DJ de uma rádio no interior da Califórnia, ou do Alabama, ou de Ohio, nos anos 50. Acho que já falei disso. Pegar o horário noturno, da meia-noite às 4h, e embalar os amores nos drive-ins. Ninguém saberia quem eu sou, e eu não saberia quem é ninguém, até um dia desaparecer no éter sem deixar pistas.


*

Só vejo um único senão: Gomes incorre no mesmo erro de 99% dos ouvintes que consideram a 89FM como parte integrante do Grupo Bandeirantes. A única emissora do Grupo Camargo de Comunicação, dono da 89FM, que tem uma participação acionária da Bandeirantes é a Nativa FM.

Programa Outra Versão #14 - ESPECIAL CINEMA

Hoje um programa com trilhas de filmes em versões de jazz, retiradas do CD Thriller Jazz, da Verve Records.

Sarah Vaughan - Peter Gunn
Alfred Hause With His Orchestra - Theme From Shaft
Roland Shaw With His Orchestra - The James Bond Theme

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Até o próximo, último programa de 2007.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Radar Cultura: aberto o debate

O Juliano Spyer, especialista em mídia social e projetos colaborativos na Web, é uma das pessoas que está por trás do Radar Cultura. Ele respondeu os comentários feitos ontem aqui no Rádio Base por mim e pelo Marcos Lauro. É um ótimo sinal de que a equipe está aberta ao debate. Vou reproduzir uma de suas réplicas. Ele se deteve em dois pontos apresentados por mim: um é em relação ao aperfeiçoamento da ferramenta, e outro é o risco de que a Cultura AM perca sua identidade devido a uma tendência do público de escolher canções mais manjadas, como Ouro de Tolo, de Raul Seixas, o que deixaria a emissora com um perfil mais próximo ao da Nova FM. Vamos à sua réplica:

caro rodney, primeiro de tudo, obrigado por acreditar no projeto a ponto de dedicar tanta atenção a ele, pensando e compartilhando as suas reflexões. como voce diz, o radar está longe de estar integralmente implementado. lançamos a primeira versão e por mais que signifique bastante tirar uma coisa do papel, nosso desafio é consolidar o site enquanto ponto de encontro para uma ou várias comunidades. isso dependerá de aperfeiçoar a ferramenta e criar uma dinâmica de funcionamento dentro da rádio para acolher e dar vazão à participação. com relação a que a programação fique com cara de nova fm, isso não é a nossa preocupação. não queremos que a emissora fique com a nossa cara, mas que ela seja habitada por pessoas, e isso significa que perderemos o controle ou pelo menos uma parte do controle sobre ela. n ão podemos criar uma rádio colaborativa impondo restrições ao conteúdo escolhido. e por mais interessante e bom que seja o conteúdo da cultura am, dentro dessa proposta ele sofrerá a interferência da nova audiência que acompanhará a emissora pela internet. essa audiência tem um perfil diferente da da atual cultura, e isso implicará em negociações do público consigo mesmo e também com a equipe. bom, obrigado mais uma vez pelo feedback e vamos manter contato.

*

Devo destacar um trecho da manifestação de Juliano que é bastante emblemática: "com relação a que a programação fique com cara de nova fm, isso não é a nossa preocupação". Acho que diz tudo em relação a esse projeto. Dá para ler nas entrelinhas que a intenção é aumentar o público ouvinte, nem que para isso tenha de se fazer concessões. Lamento que seja assim. Lamento que o primeiro projeto inovador de interatividade não tenha mecanisismos para preservar a identidade de uma emissora com a importância da Cultura AM. A emissora aparentemente está abandonando sua história, seu caráter formador de ouvintes, em nome da audiência fácil. Imagina-se o resultado de um projeto colaborativo desses implantado na TV Cultura: pegadinha, baixaria, Ratinho, etc.

O debate, espero eu, não se encerra aqui.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Sugestão de playlist

Deixei um playlist lá no Radar Cultura. Se ele for bem votado, toca na Rádio Cultura AM.

Você pode fazer o mesmo ou então votar no meu! O que acha?

Radar Cultura: boa idéia que carece de ajustes

Não pude ouvir a estréia do Radar Cultura. Fiquei apenas navegando pelo site e testando todas as suas possibilidades. Na verdade, ele é uma mistura de MyPlayer, projeto de interatividade da Rádio Ipanema (POA) em que o ouvinte ajuda a fazer sua programação, e site de relacionamento, como o Orkut, entre outros.

Como toda boa idéia que está no começo, é óbvio que ela carece de ajustes. Vamos listar alguns deles.

Um ajuste que poderia ser prioritário é fazer com que o mecanismo de busca do Radar Cultura seja igual ao usado no Google, que dá a grafia certa de um nome que se esteja procurando. Vou dar um exemplo particular: procurei músicas de Itamar Assumpção, mas sem querer acabei escrevendo Assunção. Nesse formato, acabei não encontrando mesmo. Uma ferramenta de busca mais amigável pode ajudar ao internauta que não sabe o nome certo da música ou não sabe o nome da canção.

Outro aspecto a ser melhorado (e muito): a oferta de músicas no acervo. Fiz um teste procurando pelo material gravado por Arrigo Barnabé, mas só constavam canções compostas por ele e gravadas por outros autores. Ou seja, nada de músicas que estão em Tubarões Voadores, Clara Crocodilo ou Suspeito. Esse caso é fácil de resolver. Basta chegar aos estúdios do FM e pedir diretamente a Arrigo. Afinal, ele ainda é apresentador do Supertônica.

A equipe de produção fica bem atenta às mensagens enviadas. Quando eu postei perguntando sobre Arrigo e Itamar, pelo menos dois de seus integrantes não só responderam, mas apontaram equívicos que eu cometi. Só penso que é necessário um pouco de cuidado, não se esquecendo que a palavra escrita não é a palavra falada, que apresenta várias nuances. E essa falta de diferenciação é que causa vários tumultos no Orkut ou em listas de discussão.

O que me preocupa é o resultado da votação das músicas mais pedidas. Nesse momento em que eu escrevo, a que encabeça a lista é Ouro de Tolo, de Raul Seixas. A terceira é Por Enquanto, de Cássia Eller. Já vi Me Diga, de Nando Reis, Relicário, outra de Eller, Uma Brasileira, dos Paralamas, Beleza Pura, de Caetano. Se deixar a seleção musical apenas na mão dos ouvintes, a Cultura vai se descaracterizar e ficar com cara de Nova FM. A não ser que a intenção não declarada seja essa. O que seria lamentável.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

A revolução começa pelo AM

Acabei de chegar do evento que inaugurou oficialmente o site Radar Cultura, na torre de transmissão da TV Cultura de São Paulo.

Já expliquei como funciona o site, mas vale uma breve recapitulação: O acesso é livre e irrestrito. Quem toca pode publicar seus sons. Quem escreve pode publicar seus textos. Quem fala pode publicar seus podcast. Os mais votados vão ao ar no programa Radar Cultura, às 20h, na Rádio Cultura AM. Segundo Paulo Markun, presidente da Fundação Padre Anchieta, no início de fevereiro tudo o que acontecer no site deve passar a ocupar 24h na programação da rádio.

O programa de estréia (que agora, 22h41, ainda está no ar) serviu como um belo panorama de como funciona o esquema. As músicas que estiverem ocupando o lugar de mais votadas na home tocam, intercaladas com as discussões igualmente mais votadas.

É interessante iniciar um projeto revolucionário como esse no tão desvalorizado AM. Faixa ignorada nos rádios portáteis modernos, deve renascer com o rádio digital, que ainda está longe de ser realidade mas já está nos planos, pelo menos. Além de um possível aumento de audiência nos 1200 khz, deve haver também um aumento significativo no número de pessoas que ouvem a Cultura AM pela internet, já que o material estará circulando em ambiente virtual antes de ir para o ar.

Acredito que será também uma prova de fogo em relação à mesmice que existe na programação musical das rádios. O programa de estréia trouxe uma programação que misturou a Cultura AM que conhecemos com músicas mais executadas, que tocam em rádios jovens ou que lidam com um grande público e repetem uma mesma música várias vezes por dia. Ora, reclamamos que determinadas músicas não saem do playlist de algumas rádios e na hora de votar colocamos essas mesmas músicas em primeiro lugar? Essa prática será corrigida ou reforçada pelos votos do Radar Cultura? Agora não dá para responder... daqui a um tempo ouviremos a resposta, quando o site tiver um maior número de freqüentadores.

Por isso, é importante também que a idéia não enfraqueça, não morra. Um Radar Cultura bem e bastante freqüentado será um termômetro confiável do que ouvimos, lemos, discutimos e produzimos.

Tudo ao mesmo tempo

O ritmo é frenético.

As músicas se alternam na liderança da lista do Radar Cultura. Ao mesmo tempo, a Rádio Cultura AM vai tocando os sons, conforme eles vão aparecendo no site.

Junto com os sons, as discussões vão aparecendo, sendo postadas e lidas. Tudo junto.

Bandas nacionais independentes podem enviar o seu som e entrar no playlist da rádio, conforme forem sendo votadas.

Crossmedia na torre

Ao vivo!

Estou aqui na torre de transmissão da TV Cultura, na Dr. Arnaldo esquina com a Heitor Penteado.

Nesse momento, na Rádio Cultura AM, está no ar o primeiro programa Radar Cultura, que não é um simples programa de rádio.

Com ele, a Fundação Padre Anchieta mergulha no mundo crossmedia, a junção de rádio e internet e, mais futuramente, TV.

Tudo o que for discutido e votado no site vai para o ar, todos os dias, às 20h, pela Cultura AM.

Paulo Markun, presidente da Fundação, disse que a previsão é que em meados de 11 de fevereiro toda a programação da rádio vire um grande Radar Cultura. Futuramente, a Cultura FM, a TV Cultura e o Canal Rá-Tim-Bum também entre na onda crossmedia.

Blogueiro, não-blogueiro, profissional ou amador, todos podem ter o seu espaço no Radar Cultura.

domingo, 16 de dezembro de 2007

"Na TV é só bunda, professor", reclama Cauby

Gravuras, recortes de jornais, capas de revista, fotos, vídeos e até uma vitrola muito antiga, com todos os discos de sua carreira, no Centro Cultural da Caixa Econômica Federal, no centro de São Paulo. Ao longo de 55 anos de carreira, estes objetos estamparam o rosto de um dos maiores cantores da música brasileira de todos os tempos ainda vivo: Cauby, ele mesmo, o da família Peixoto.

Este artista teve o privilégio de atravessar o século e ser contemporâneo de grandes inovações tecnológicas para se ouvir música, como o Ipod e o mp3. Mas sua fidadelidade ao rádio, veículo que o projetou nacionalmente a partir de São Paulo, é canina. "Eu não vejo mais televisão. É só bunda, professor," sentencia ele, com a voz mansa e baixa que contrasta com o potencial vocal que libera somente quando é hora de cantar. "Ligo a TV de vez em quando só para assistir aos meus amigos," completa este senhor, fã e admirador confesso de Frank Sinatra, "the blue eyes", outro vozeirão da categoria de Cauby.

"Esse meu jeito de falar aprendi com o povo de São Paulo. Quando cheguei aqui, este povo me chamou a atenção pela elegância das roupas, pelo jeito de falar, de andar, tudo muito chique, muito bem arrumado. Aí eu percebi que se quisesse cantar para este povo, teria de ser elegante também," revela. Cauby deve muito mais a São Paulo do que seu jeito de se portar e de se comportar em palco e em público. Aqui ele começou sua brilhante carreira de quase 60 anos. "Devo muito a São Paulo. Quando saí de Niterói, em 1953, passei pelo Rio de Janeiro rapidamente e vim para cá tentar a carreira e aqui aconteci nas boates, casas noturnas e depois no rádio. Daqui, a minha carreira decolou e, graças a Deus, não caiu mais. Sou o Frank Sinatra brasileiro e acho que sou muito bom," brinca ele, com um leve e discreto sorriso para alegria de seus interlocutores.

"O rádio foi muito importante porque cheguei às pessoas mais humildes através dele. Ainda hoje gosto de ouvi-lo porque o rádio é o meio de comunicação mais democrático. Ele mostra tudo o que acontece no mundo da música, muito mais do que a televisão", explica.

Mesmo tendo tanto apreço ao que é chique e glamouroso, Cauby nunca se esquivou do seu público mais humilde. Sempre cantou aquilo que o coração e o feeling de artista mandava, não se importando que o chamassem de brega por cantar essa ou aquela música de um repertório não tão "elitista". "Alguns anos atrás, a música 'dor de cotovelo' era considerada brega, de mau gosto. Mas era popular e eu sempre gostei de cantá-la porque era linda. E eu não tenho preconceito musical e o público gosta disso. Não tem essa de 'brega'".

Seu pocket show, realizado ali mesmo instantes após a coletiva, Cauby capricha no curto repertório para a seleta e fiel platéia que ali compareceu para a exposição sobre sua obra e sua vida. Standards americanos, "Samoa", "Se todos fossem iguais a você", "Como uma onda", "Ninguém é de ninguém", sem esquecer as eternas "Conceição" e "Bastidores"("nos shows o pessoal sempre me pede:'canta Camarins?'", comenta ele) fazem parte de seu show.

Ao fim do show, ele sai amparado por seus amigos, tal com chegou. Sua fragilidade para andar é proporcionalmente inversa ao poderio de sua voz no palco que enche o auditório com seus timbres e sua afinação. Afinal, Cauby será sempre Cauby.

Programa Outra Versão #13

Aproveitando a onda Tim Maia que toma conta do país, o destaque desse programa vai para o gordinho mais simpático da Barra da Tijuca:

Langley Schools Music Project - God Only Knows
Rick James – Superfreak
Tim Maia - Ela Partiu
(destaque)

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sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Tudo acontece com Rony Magrini

Não bastasse ele ter passado por uma saia justa quando um ouvinte da Tupi entrou em seu prorama para perguntar sobre Gil Gomes, que tinha acabado de se transferir para a Record, o comunicador Rony Magrini passou por outra situação complicada, nos informa o site Bastidores do Rádio.

Desta vez, ele teria ficado chateado com o cantor Cauby Peixoto que, durante uma entrevista, "falou muito pouco e não respondia as perguntas".

Ao término da tentativa de entrevista, Rony fez a segunte declaração, registrada pelo site: "Vai ver ele deve estar com sono. Nós estamos dando espaço para essa divulgação, mas se a reciprocidade não é a mesma, fazer o que?"

Deixo aqui uma humilde sugestão: da próxima vez (se houver uma próxima vez), façam gravado. Dessa forma, todos são preservados: ouvintes, comunicador e entrevistado.

O Ibope das AMs na grande SP

Um ranking em que não há muita variação significativa é o do AM. A situação é a mesma dos outros meses: Globo em primeiro, Capital em segundo e Bandeirantes em terceiro. Uma única diferença sentida é que num dos relatórios (o referente ao trimestre Setembro / Outubro / Novembro 2007) a Tupi estaria na quarta colocação, à frente da Jovem Pan. Porém, em um outro relatório, chamado "Alcance Máximo" (ah, esses relatórios diferentes), as posições são invertidas: Pan na quarta e Tupi na quinta. Nesse relatório já aparece o crescimento da Record AM, que investiu pesado nas contratações de Kaká Siqueira e Gil Gomes. Para os próximos meses deveremos ter novidades no que diz respeito a emissora da Barra Funda. Vamos aguardar. As informações são do site Bastidores do Rádio.

O Ibope das FMs na grande SP

A grande novidade do levamtamento divulgado neste mês pelo site Radioman é que a 89FM agora é a segunda colocada do segmento jovem, ficando atrás apenas da Mix FM. No computo geral, ela é a quinta colocada. Imagino que tenha gente lá pelos lados da Praça Oswaldo Cruz se fazendo o seguinte questionamento: "por que é que não largamos o rock antes?"

Essa é a realidade do momento: rock n'roll não dá mais Ibope como antes. É um gênero que tem trocentas subdivisões (emo, metal, hard rock, rock alternativo, indie rock, etc.) e se o programador privilegiar uma, os seguidores das outras fazem bico e vão procurar outra freguesia (leia-se Ipods e cia.).

Enquanto isso, o público que consome a atual música jovem (e nesse balaio entra a dance music e atual produção da black music: rap, r&b, reagge e por aí vai) não é tão reclamão assim. Nada mais natural que se faça rádio para essa parcela de público, que responde mais rápido aos estímulos que lhe são oferecidos. Simples assim. E os orfãos que vão chorar na cama, um lugarzinho bem quente para fugir desses dias frios e chuvosos em pleno dezembro.

Na ponta da tabela, a Nativa continua líder. A Mix é a segunda, enquanto Tupi e Transcontinental vêm na seqüência. Nas outras posções cabe destacar uma subida da Tropical FM.

No segmento religioso, a Vida FM já é a segunda colocada, atrás apenas da Rede Aleluia. Em terceiro, vem a Musical FM.

No segmento de rádios dedicadas a notícias, não temos grandes novidades. O quadro é o mesmo de outros meses: CBN numa posição estável e Band News ficando atrás da retransmissora em FM (90,1Mhz) da programação da Bandeirantes AM.

Como já vem acontecendo há algum tempo, não são mais divulgados os números das emissoras, apenas o posicionamento de cada uma delas no ranking. Isso impossibilita uma análise mais detalhada da situação apresentada. O Radioman desta vez não informa se a pesquisa que eles publicaram é "Todos os Dias entre 5h e 24h" ou "Segunda a Sexta das 6h as 19hrs". Reclamações devem ser feitas diretamente com eles.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Anos 90 na web

A mais nova web-rádio brasileira começou a transmitir nessa quarta-feira, 12 de dezembro.

Dedicada aos sons dos anos 90, sejam eles rock, pop ou dance, a Noventona transmite 24h por dia e faz parte do projeto iniciado pela Oitentona, web-rádio destinada aos anos 80.

Para ouvir, basta acessar www.noventona.com.br.

Boa noite, Dr. Jatene, durma bem

Finalmente creio que o grande médico Adib Jatene vai poder dormir tranquilo esta noite. Acaba de ser sepultado um monstro tributário que ele, na melhor das intenções e iludido pelos detentores do poder de então, criou em 1997, quando era ministro da Saúde do governo FHC: a CPMF.

Este verdadeiro "imposto da derrama" disfarçado de "contribuição", sangrou as finanças de todos os brasileiros ao longo da última década, sob o pretexto de melhorar a Saúde, tal qual prometera e queria seu ingênuo criador.

A CPMF foi usada para os mais diversos fins: cobrir o rombo do governo com a falta de controle de gastos, aumentar o valor do superávit primário, financiar o assistencialismo que recebera o emblamático nome de "Fome Zero", e que garantiu a reeleição do atual Presidente de República. Enfim, a CPMF foi usada para os mais diversos interesses de quem hoje detém o poder, mas que no passado rejeitava o tributo. Só não foi usado para a Saúde.

É bem provável que o amigo leitor, que apenas leu os jornais de hoje e não acessou a internet ainda, não saiba que o Senado, ao menos uma vez este ano, derrubou o projeto de lei que ampliava o pagamento deste maldito monstro até 2011. Por 45 votos a favor e 34 contra, o governo bolivariano do PT não vai poder mais nos tungar 40 bilhões de reais por ano para financiar sua incompetência administrativa e seus atos assitencialistas. Mas foi por pouco. Mais 4 votos a favor e o calvário fiscal continuaria.

A esta altura do campeonato, o amigo leitor, que acessou a internet, já deve estar sabendo da Boa Nova. Mas se teve a oportunidade de ouvir a Jovem Pan, Bandeirantes, Band News FM, Gaúcha ou Guaíba, ou outra emissora que tenha a informação como prioridade, sabe melhor do que eu o que estou falando. Todos os lances - ou os principais momentos - foram acompanhados bem de perto pelo Rádio. Nem os veículos de internet conseguiram ser tão instantâneos. Ponto para o verdadeiro jornalismo no rádio.

PS.: Para não perder o hábito, aqui vai um puxão de orelha bem grande para o pessoal da Eldorado. Na hora em que saiu o resultado, a Eldorado caiu na besteira de reprisar uma programa da tarde anterior. Nem se deu ao trabalho de interrompê-lo para ao menos avisar seus ouvintes do acontecia em Brasília. É uma vergonha porque acabou de receber 3 prêmios da APCA ainda ontem. E o pior que eu e meu colega de blog ajudamos a dar esta premiação. Só não ficamos totalmente envergonhados porque sabemos da seriedade e do profissionalismo da empresa e de quem trabalha lá. Agora faltou seriedade ou, no mínimo, visão jornalística, por parte do responsável em colocar ou fazer colocar a notícia da morte da CPMF no ar, um assunto tão importante para todos nós, principalmente para o ouvinte da Rádio Eldorado. Para uma emissora que se dedica exclusivamente à informação, isso é imperdoável!!!! Ainda sim, mesmo sem autorização da rádio, peço desculpas ao ouvinte que se sentiu ofendido com tremenda falha. Posso lhes garantir que fora um pequeno "deslize" de quem lá estava trabalhando. Mais atenção na próxima vez, pessoal da Eldorado!!!

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

APCA – Os melhores de 2007

Saiu a lista com os melhores de 2007, na categoria Rádio, da APCA, Associação Paulista dos Críticos de Arte:


Grande Prêmio da Crítica: Rádio Eldorado AM, pela entrada no setor esportivo em parceria com a ESPN Brasil.

Humor: Energia na Véia – Rádio Energia 97 FM

Musical: Sala dos Professores – Rádio Eldorado FM

Variedades: Fim de Expediente – Rádio CBN São Paulo

Internet: Podcast Muqueca de Siri – www.muquecadesiri.podomatic.com

Cultura: Noites Paulistanas – Rádio CBN de São Paulo

Melhor programa: Plug Eldorado – Rádio Eldorado AM


Votaram: Silvio di Nardo (jornalista free lance), Marcos Lauro (Portal Rádio Base/Futuro do jornalismo) e Marco Ribeiro (Portal Rádio Base/Canal Net Cidade ABC)


A cerimônia de entrega dos prêmios acontecerá em março.

A lista completa com os premiados em todas as categorias já está no site oficial da APCA.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Quando Arrigo Barnabé foi banido do rádio

A extinta revista Bizz, nessa fase que durou de 2005 a 2007, tinha uma seção que falava de LPs que não tiveram reedição em CD, CDs fora de catálogo e fitas demos. Chamava-se Tesouros Perdidos. Tive a oportunidade de emplacar uma resenha nela em maio de 2007. É do disco Suspeito, de Arrigo Barnabé, lançado origialmente há 20 anos. Aqui vai a versão original que eu mandei para a redação

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Saudado como um dos compositores mais inventivos dos anos 80, Arrigo Barnabé vivia um período de inquietação no final daquela década. Ele era um dos expoentes da “vanguarda paulistana”, movimento musical que, tendo como base a casa de shows Lira Paulistana, procurou trazer algo de novo à estagnada MPB da época. Seus dois primeiros LPs (“Clara Crocodilo” e “Tubarões Voadores”) surgiram com uma proposta estética peculiar, misturando elementos da cultura pop, como a linguagem das histórias em quadrinhos, com o dodecafonismo, técnica de composição da música erudita. Do ponto de vista artístico, era uma ruptura, mas os resultados comerciais não foram satisfatórios. Sem grana, Arrigo teve a percepção de que necessitava fazer algo mais profissional para sobreviver. Dentro deste contexto nascia “Suspeito”. Para torná-lo comercialmente viável, o jeito foi se aproximar do pop oitentista caracterizado por teclados e bateria eletrônica. Exemplo da faixa-título, um pop-brega à la Odair José, cujos versos de abertura são excepcionais: “Você tem medo de fazer amor comigo/Você tem medo de acordar com um bandido/E ver no espelho escrito com batom/ Tchau trouxa, foi bom”. Eclético, Arrigo antecipa em alguns anos as ondas da dance-music, (“Uga-Uga”), e do rap, (“O Dedo de Deus”). Outro destaque é “Êxtase”, um cruzamento entre o maracatu e os solos de guitarra típicos do rock de arena. Com “Suspeito”, Arrigo mostrou que é possível atender as necessidades do mercado sem fazer grandes concessões.

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“Suspeito” rompeu a barreira e conseguiu levar Arrigo às emissoras de rádio e a vários programas de televisão, em especial os de auditório. O “Perdidos na Noite”, da Rede Bandeirantes, foi um deles. Durante a apresentação, o apresentador Fausto Silva perguntou à sua platéia: “Vocês acham suspeito?”

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Em 1989, Arrigo foi “banido” das rádios depois de dizer a um jornal de São Paulo que não ouvia rádio e o achava chato. A Rádio 105 FM, de Jundiaí (SP), respondeu veiculando uma nota oficial: “um músico que diz ser o rádio muito chato não merece continuar no rádio". A trilha usada era “Suspeito”.

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Arnaldo Antunes, na época um titã, foi convidado pelo jornal “Folha de S. Paulo” a resenhar “Suspeito” para seu caderno cultural. Em seu texto, Antunes identifica na obra um procedimento que seria caro à Tropicália. "É através da paródia que Arrigo contamina de estranheza a banalidade", escreveu.

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O inconfundível timbre vocal de Tetê Spíndola é identificado em “Uga-Uga”. Uma das parcerias mais conhecidas entre Arrigo e Tetê é “Pô, Amar é Importante”, de 1986, que integra a trilha do filme “Cidade Oculta”. Outras vozes femininas ouvidas em “Suspeito” pertencem a Ana Amélia e Vânia Bastos.


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Vale dizer que Arrigo Barnabé voltou ao rádio depois de muito tempo, mas como apresentador do Supertônica, na Rádio Cultura FM.

Como eu acho que dificilmente este álbum terá reedição em CD, vai aqui um link onde você pode baixar suas canções. Divirta-se.

domingo, 9 de dezembro de 2007

Cauby Peixoto é homenageado em mostra em São Paulo

Seis décadas de sucesso sem perder o glamour. Assim é a carreira de Cauby Peixoto, que será revisitada na exposição “Cauby nos Braços de Sampa”, que a CAIXA Cultural promoverá, a partir de 15 de dezembro, no Edifício Sé (Praça da Sé, 111). A entrada é franca. Na abertura, dia 14, às 19h30, para imprensa e convidados, o cantor fará um pocket-show.

Com curadoria de Ana Vacchiano, a exposição apresenta quatro ambientes que retratam a trajetória do cantor. Na Galeria Pedro II, no térreo do Edifício Sé, serão exibidas 40 fotografias de discos e profissionais com os quais Cauby conviveu. Um camarim cenográfico apresentará figurinos e acessórios, que se tornaram marca registrada das performances de Cauby. No mesmo espaço, o público poderá assistir ao DVD que lhe conferiu o Prêmio Grammy Latino na categoria romântica. Na Galeria Florisbela Araújo, haverá uma ambientação dos anos 50, com vitrola e discos vinil, além dos prêmios que o cantor recebeu ao longo de sua carreira.

A exposição “Cauby nos Braços de Sampa” ficará em cartaz de 15 de dezembro a 20 de janeiro de 2008, na CAIXA Cultural, Edifício Sé (Praça da Sé, 111). O horário de visitação é de terça a domingo, das 9h às 21h. A entrada é franca. Mais informações podem ser obtidas pelo público através do telefone (11) 3321-4400 ou no site www.caixacultural.com.br

Academia Brasileira de Letras escolhe 17 canções "inquestionáveis"

Os 110 anos da Academia Brasileira de Letras vão ser comemorados em 2008 com um CD-brinde, de 17 faixas, defendidas por diversos compositores, e consideradas "inquestionáveis" da música popular brasileira por seu presidente,o acadêmico Marcos Vilaça, e pelos imortais que a integram.

Veja quais canções fazem parte desta lista:
- Chão de Estrelas (Silvio Caldas/ Orestes Barbosa)
- Casinha pequenina (Domínio público)
- Feitiço da Vila (Noel Rosa/ Vadico)
- Luar do Sertão (Catulo da Paixão/ Cearense/ João Pernambuco)
- Samba da minha terra (Caymmi)
- Odeon (Nazareth/ Vinicius de Moraes)
- O bêbado e a equilibrista (João Bosco/ Aldir Blanc)
- As rosas não falam (Cartola)
- A flor e o espinho (Nelson Cavaquinho/ Guilherme de Brito)
- Aquarela do Brasil (Ary Barroso)
- A mesma rosa amarela (Capiba)
- Carinhoso (Pixinguinha/ João de Barro)
- Chega de saudade (Tom Jobim/ Vinicius de Moraes)
- Felicidade (Lupicinio Rodrigues)
- Quem te viu, quem te vê (Chico Buarque)
- Amanheceu, peguei a viola (Renato Teixeira)
- Azulão (Jaime Ovalle/ Manuel Bandeira)

Você acha que esta lista está correta. Quem faltou? um monte de músicas, não é? Então escreva pra gente.

Programa Outra Versão #12 - ESPECIAL RYTHMS DEL MUNDO

Especial com versões latinas retiradas do CD "Rythms del Mundo":

U2 & Coco Freeman - I Still Haven't Found What I'm Looking For
Maroon 5 - She Will Be Loved
El Lele de Los Van Van feat. Radiohead (samples) - High and Dry


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Programa A Voz Popular, da rádio Cultura AM, homenageia o centenário do inovador do canto brasileiro, Mário Reis‏

O programa A Voz Popular, da rádio Cultura 1200 AM (www.radiocultura.am.br) homenageia o cantor Mário Reis (1907-1908) no mês do seu centenário. Serão quatro programas, que percorrerão a discografia do artista, com 291 gravações realizadas entre 1928 e 1971. Vida e obra de Mário Reis serão comentadas por amigos e especialistas. O programa também mostrará trechos da lendária gravação da entrevista que o cantor concedeu em 1971 ao repórter Sílio Boccanera.

Mário Reis foi um divisor de águas e um divisor de sílabas no canto coloquial tipicamente brasileiro. Suas marcas estão até hoje, na maneira como se canta a música brasileira. Esse novo canto surgiu nos anos 20 justamente em contraposição ao estilo lírico italiano - até então dominante na música nacional. Mário Reis foi o revolucionário do canto - e o criador do canto moderno popular brasileiro.

Programas:

1. A revolução: 1929-1930. O início da carreira discográfica de Mário Reis e seus precursores: Sinhô, Fernando e os cantores-atores, como Eduardo das Neves e Otília Amorim. O primeiro êxito, com Jura e Dorinha, meu amor. Discípulos imediatos: Januário de Oliveira, Jonjoca, Luiz Barbosa, Cyro Monteiro.

2. A consolidação: 1931-1932: os duetos com Francisco Alves e o nascimento do samba do Estácio. A influência nas duplas Noel Rosa-João Petra de Barros; Jonjoca e Castro Barbosa etc.

3. Sucesso e adeus súbito: 1933-1936 a fase Victor, os primeiros musicais brasileiros que Mário Reis estrelou e seu adeus à carreira artística em 1936. Marchas e sambas que brilharam no Carnaval e no meio do ano, na época em que Mário Reis trocou de gravadora e contracenou com Carmen Miranda.

4. Os três retornos: 1951, 1960, 1971: Os LPs lendários de Mário Reis para a Odeon, a consagração pela Bossa Nova. Os novos discípulos: João Gilberto, Orlandivo e Miltinho.

Nas quatro edições a carreira de Mário Reis e sua importância terão comentários de historiadores, escritores e críticos musicais como Ricardo Cravo Albin, João Máximo, Carlos Didier, Sérgio Cabral, José Ramos Tinhorão, Humberto Franceschi, Tárik de Souza, Nirez e Maria Lúcia Rangel.

O programa A Voz Popular, da rádio Cultura 1200 AM (www.radiocultura.am.br), vai ao ar aos domingos, às 11 horas da manhã, com reapresentação às quintas-feiras, às 18 horas. A série de quatro edições sobre o cantor Mário Reis vai ao ar nos dias: 09/12, 16/12, 23/12 e 30/12. Com reapresentação respectivamente em: 13/12, 20/12, 27/12, 03/12.

A Voz Popular mostra a história e o presente da música popular brasileira "escrita" por suas vozes. É uma nova maneira de contar a evolução dos gêneros no Brasil, pois habitualmente ela é mostrada por meio dos compositores. No Brasil, curiosamente, a voz popular recebeu a missão de praticar modificações no jeito de interpretar e até de pensar a música. Basta lembrar dos exemplos de João Gilberto, Carmen Miranda, Mário Reis e Gal Costa para entender o quanto esses artistas provocaram mutações na MPB.

O programa mostra que a linha evolutiva de nossa música se deu no fio das vozes. Não é um programa no estilo "esta é a sua vida". Traçamos o percurso das experiências de cada intérprete com depoimentos deles e músicos que fizeram parte de sua carreira, além de especialistas. As vozes contam uma "outra" história.

Apresentação, textos e comentários: Luís Antonio Giron
Direção e produção: Lia Machado Alvim

sábado, 8 de dezembro de 2007

Essa não vai tocar no rádio

Fellini Eternamente

Culto à banda paulistana segue com inéditas no mySpace e tributo.

Um dos nomes mais importantes da cena independente dos anos 80, o Fellini é um típico casdo de “cult band”. Apesar de desativada há alguns anos, sua lembrança continua viva entre os fãs. Para eles, 2007 promete novidades. Thomas Pappon está empenhado em abrir seu baú de raridades. Dele fazem parte gravações inéditas, versões alternativas e registros de show. Esses material será oferecido de graça na net. Uma vez no ar, o plano é colocar um áudio diferente toda semana. A primeira música já foi escolhida: “A melhor coisa que eu fiz”, sobra de 3 lugares diferentes (1987). “Quando éramos muito underground e ensaiávamos atrás da Catedral da Sé, ouvíamos uma cantora evangélica nas redondezas que martelava esse tema. Roubei dela”, revela Cadão Volpato. Outras relíquias: uma versão demo de Chico Buarque Song”, de Amor Louco (1990), com Pappon na bateria, e “Eclipse”, com letra em inglês e inédita. Enquanto isso, a coletânia-tributo articulada no Orkut já é realidade. Os selos Pisces, Sensorial e Midsummer Madness se associaram para lançar “Isto não é exatamente uma Reverência” “Gostei muito de quatro coisas que ouvi, principalmente “Teu Inglês” com o Gianoukas Papoulas”, diz Pappon. (Rodney Brocanelli)


(Texto publicado na revista Bizz, edição de janeiro/07)

*

Vamos atualizar algumas coisas. O tributo ficou parado desde a publicação da nota na Bizz. Os mais gaiatos poderão me zoar perguntando: "por que você escreveu então que ele era uma realidade?". Bem, as músicas estão todas gravadas e entregues a quem de direito. Ou seja, do ponto de vista artístico, o tributo existe de fato. Basta perguntar aos integrantes do Gianoukas Papoulas e das outras bandas. O problema que a parte burocrática (sempre ela) envolvendo os selos que se dispuseram a lança-lo emperrou o processo.

O tributo voltou a ganhar impulso após uma movimentação dos membros da comunidade Fellini - Amor Louco, no Orkut, colocando pilha e cobrando novidades. Uma hora ele vai ter que sair, nem que seja por meio físico (CD ou CD-R) ou virtual (web)

Quem deseja tomar conhecimento doss detalhes, pode acompanhar este link. (vai dar certo se você estiver logado ao Orkut)

*

Ah, sim. O processo de divulgação das músicas inéditas do Fellini fluiu de forma bem mais fácil. Thomas Pappon cumpriu sua promessa e foi colocando a cada semana no mySpace o material que tinha.

Um dos participantes da comunidade do Orkut reuniu todos os arquivos de aúdio e jogou o resultado no Rapidshare, com direito até a capinha e um encarte improvisado em word com as letras e textos explicativos.

Aqui está o link para o Posta Restante. Baixe à vontade.
lhttp://rapidshare.com/files/29195947/Fellini_-_Posta_Restante__2007_.zip.html.

E você pode conferir no player abaixo uma das canções, chamada Por Toda Parte. Mais um samba maluco da rapaziada do Fellini.

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segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Programa Outra Versão #11

Onze semanas de outras versões. Nem parece, hein?

No programa de hoje:

Alien Ant Farm - Smooth Criminal
Aqua Velvets - Smells Like Teen Spirit
Joey Ramone - What a Wonderful World


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Até o próximo...

O rádio esportivo e a última rodada do Brasileirão-07

Neste domingo tivemos uma das mais empolgantes rodadas finais da história dos pontos corridos no Campenato Brasileiro. E ainda querem a volta do mata-mata, mas essa é uma outra história. Vamos acompanhar juntos como o rádio esportivo cobriu a luta dos times que tentavam se salvar do rebaixamento ou que desejavam uma vaga para a Libertadores de 2008.

Em Porto Alegre, jogavam Grêmio e Corinthans. O timão precisa desesperadamente da vitória para continuar na série A. Mas logo no ínicio da partida, Jonas faria 1 a 0 para os gaúchos. Ouçam como Pedro Ernesto Denardin narrou esse gol para seus ouvintes da Rádio Gaúcha.

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Enquanto a torcida do Grêmio vibrava, a do Cornthians começava a perceber que a vaca estava indo para o brejo. José Silvério narrou o mesmo gol dessa forma:

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Enquanto isso, a briga por uma vaga para a Libertadores também tinha lances de emoção. O Cruzeiro fazia sua parte abrindo o placar contra o América de natal. Alberto Rodrigues, da Rádio Itatiaia, narrou assim o primeiro gol de Leandro Domingues

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Enquanto isso, no Parque Antarctica, o Palmeiras sofria para conseguir uma vitória simples diante do Atlético-MG. Tinha levado o primeiro, mas Edmundo, aquele que já foi o animal, empatou, de pênalti. Ulisses Costa narrou assim na Bandeirantes

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Já em Porto Alegre, a torcida do Corinthians respirava um pouco. Clodoaldo empatava a partida. Reinaldo Costa, da dobradinha Eldorado/ESPN soltou a voz

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Naquele momento, uma torcida respirava aliviada, mas outra tinha motivos de sobra para jogar o radinho de pilha longe. O Atlético-MG fazia o segundo gol em pleno Parque Antarctica. Mario Henrique, da Rádio Itatiaia, faz até gracinha

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Enquanto isso, em Goiânia, o Goiás fazia sua parte na partida contra o Internacional. Precisava desesperadamente de uma vitória. Saiu perdendo e conseguiu o empate. No segundo tempo, um pênalti salvador foi marcado. Mas ele precisou ser cobrado três vezes (e por dois jogadores diferentes) para ser convertido. José Aldo Pinheiro, da Rádio Gaúcha, estava em cima dos três lances

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Era a espada na cabeça dos corinthianos. E os goianos vibraram como nunca. Alipio Nogueira, da Rádio 730 AM, aproveitou até para mandar abraços aos ouvintes vips depois de transmitir o gol de Elson. Confira

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Resumo da ópera: Corinthians rebaixado. Goiás salvo. Palmeiras dando vexame. Cruzeiro classificado para a Libertadores. Grêmio e Internacional satisfeitos com seus resultados. E assim foi a última rodada do Brasileirão sob a ótica do rádio esportivo.