quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Freakast no ar

Recado do Ricardo Schott, jornalista com colaborações para revistas como a Bizz e blogueiro que mantem na web o Discoteca Básica:


Estou participando de um podcast chamado FREAKAST, que por enquanto
pode ser escutado no endereço http://freakast.weblogger.com.br. O
assunto do programa, lógico, é música. Até agora já fizemos dois
(vamos fazer duzentos, como dizia aquela propaganda do governo Leonel
Brizola nos anos 80) programas, um sobre música de modo geral e outro
sobre a MTV. Meus companheiros lá são o Pablo Peixoto (o popular
Helter Skelter), o Leonardo Bonfim e o Rafael Saldanha.

Bom,é isso: ouçam nosso podcast e participem da nossa comunidade. Um abraço!

domingo, 28 de outubro de 2007

Programa Outra Versão #6

Opa!

Mais um programa Outra Versão no ar, desta vez em edição especial.

Três músicas de John Lennon, retiradas do CD “Instant Karma: The Amnesty International Campaign to Save Darfur”.

Matisyahu – Watching the Wheels
Jakob Dylan & Dhani Harrison – Gimme Some Truth
Avril Lavigne – Imagine

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Na próxima semana tem mais outras versões!

Para ouvir os programas anteriores, acesse www.futurodojornalismo.zip.net e localize o player na barra vermelha, do lado direito.

sábado, 27 de outubro de 2007

Gil Gomes na Record

A Rádio Record está veiculando em sua programação a chamada para o novo programa de Gil Gomes, que começa em novembro. Está disponível no site da emissora e o amigo leitor do Rádio Base pode ouvir aqui também.

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quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Prefeitura de SP derruba torre que transmitia sinais de rádios pirata

da Folha Online

A Prefeitura de São Paulo derrubou nesta terça-feira uma torre que transmitia sinais de duas rádios piratas na zona norte da cidade. A ação fez parte de uma força-tarefa da administração municipal e do governo federal para combater transmissões clandestinas de rádio.

A torre estava na avenida Raimundo Pereira de Magalhães, na altura do número 9.480, em Pirituba (zona norte). Com a derrubada da torre, deixam de funcionar as rádios clandestinas Puro Country, que operava na freqüência 94,5, e a Nova Estação FM, na freqüência 102,7.

A torre de retransmissão, com altura aproximada de 50 metros, ficava no topo de um morro de aproximadamente 100 metros de altura, acima da avenida. Até 1990, a torre abrigava equipamentos de retransmissão de corridas do Jockey Clube.

O prefeito Gilberto Kassab (DEM), assim como o gerente regional da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) em São Paulo, Everaldo Gomes Ferreira, estiveram no local para assistir a derrubada da torre.

A região onde a torre repetidora foi demolida é um local onde passam aviões que utilizam rotas para os aeroportos do Campo de Marte, de Congonhas (zona sul) e de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo).

A torre tinha dois transmissores de 600 watts de potência cada um, um terceiro de 300 watts e um aparelho receptor. Os transmissores foram montados artesanalmente, segundo a prefeitura.

Os trabalhos começaram com o corte de energia elétrica dos retransmissores e retirada de um pára-raios. As hastes de sustentação da torre foram serradas com o auxílio de um caminhão do Corpo de Bombeiros. Às 14h05, a torre foi puxada por um cabo de aço e levada ao chão. Todos os equipamentos foram apreendidos.

A Anatel vai identificar os responsáveis pela instalação dos sistemas. As denúncias sobre operações de rádios clandestinas podem ser feitas pelo telefone da Anatel --0800 33 2001.

Segundo a prefeitura, a demolição está assegurada por normas de uso e ocupação do solo estabelecidas pela legislação municipal. As leis disciplinam a instalação de torres e o funcionamento de antenas de transmissão.


*

Tudo isso nada mais é que um circo criado para dar uma satisfação à certos setores da mídia e à uma parcela da sociedade. Enquanto esse espetáculo acontecia, a já famosa rádio do Padre Chico contunuava firme e forte transmitindo sua programação. E o que Gilberto Kassab estava fazendo no meio dessa diligência? Até onde se sabe, ele não é dirigente da Anatel, muito menos ministro das Comunicações. Em que se pese a colaboração da prefeitura nessa operação, seu cargo tem outras atribuições.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Algumas considerações sobre as afirmações de Roberto Nonato

Como todos puderam observar, o leitor Alexandre Figueiredo, fez críticas um tanto quanto pesadas em relação a conduta profissional do jornalista Roberto Nonato. Em nome das boas práticas democráticas que a gente tenta manter neste espaço ao longo desses 6 anos de atividade, peço licença aos leitores para fazer algumas considerações a respeito do que foi dito pelo leitor Alexandre Figueiredo em nossa página de comentários.

Em um trecho de sua missiva, Alexandre escreve:"...mas o que se vê é o pessoal da Band News e CBN fazendo festinha, recebendo prêmio de amigos e aparecendo na revista Caras...". Eu não sei se o Ricardo Boechat, Roberto Nonato, Heródoto Barbeiro já apareceram na revista Caras, mas os prêmios que as emissoras acima citadas receberam foram por méritos próprios, isso eu posso afirmar como membro da APCA, pelo menos no que se refere aos prêmios concedidos pela associação da qual faço parte. Ainda falando como membro da APCA, da mesma forma que CBN e Band News FM foram premiadas pelos nossos companheiros críticos de arte, emissoras como a Capital, Eldorado, Cultura e Jovem Pan - TODAS AM - também foram contempladas. Também acrescento que, de nossa parte, a Rádio Sulamérica Trânsito nunca foi premiada. Mas se for, podem estar certos que será por seus méritos e qualidade e não por badalação ou "ação entre amigos", como quer sugerir o afoito missivista. Então sugiro ao senhor Alexandre que pesquise melhor, leia mais, antes de folar bobagens a torto e a direito.

"Vemos rádios AM recebendo modestas homenagens de políticos menos destacados (e, talvez, menos corruptos), enquanto as FMs aparecem freqüentemente encrencadas com políticos, dirigentes esportivos e especuladores financeiros." Gostaria de saber o que ele quis dizer com isso. Seria bom ele ser mais claro quando acusasse alguém ou uma categoria inteira de trabalhadores. Então, quem trabalha em AM é honesto e em FM é corrupto? Foi isso que ele quis dizer?

"A dor de corno do sr. Roberto Nonato e seus colegas da CBN faz sentido para uma platéia de um punhado de riquinhos que ouvem FM por preguiça, comodismo e status. Nonato vive nos estúdios da CBN e pensa conhecer o mundo inteiro. Coitado." Segundo sua visão, São Paulo é uma cidade com uma classe média bem ampla. Não sei se ele tem conhecimento disso, mas no horário nobre do rádio (ele sabe o que é isso?) a audiência das emissoras FM jornalísticas, segundo dados dos institutos de pesquisas, é tão grande ou maior do que as das emissoras AM, que por sinal transmitem praticamente a mesma programação neste horário. Ou seja, tem muito mais "riquinhos que ouvem a CBN FM por preguiça", do que "pobres que ouvem CBN AM por convicção", segundo o raciocínio do senhor Alexandre. Logo, a população de Grande São Paulo tem um padrão de vida muito bom. Ainda bem,né, senhor Alexandre,??

Mudando um pouco de assunto: uma coisa que nos entristece é que, quando o leitor não tem argumentos embasados, nem uma convicção segura de suas idéias, resolve atacar o lado pessoal de seus "desafetos". Ao contrário do que quis tentar insinuar o senhor Alexandre, Roberto Nonato é um dos mais sérios profissionais do rádio paulista e não é nem um pouco burguês, tampouco esnobe, como pôde conferir nosso colunista Marcos Lauro recentemente. É um profissional tão valoroso, quanto aqueles que trabalham na Nacional carioca, Tupi do Rio, ou até mesmo na Metropolitana, 89FM ou Mix - emissoras essas que critico e vou continuar criticando até entender que elas melhoraram seu conteúdo. Posso até me arriscar a dizer que o Nonato vem de uma família muito mais pobre e humilde do que a do Ricardo Boechat, profissional que admiro muito. Nem por isso execro Boechat pelo simples fato de ter nascido numa família mais abastada do que a do Nonato ou por supostamente frequentar lugares mais requintados do que o âncora da CBN. Cada um é cada um. O que importa mesmo é o caráter da pessoa e a lisura com que conduz sua carreira profissional.

Temos diversos colegas e profissionais de rádio que nos leêm e aceitam nossas críticas, não como verdades absolutas ou por discordarem delas, mas por tê-las como observações que ao menos precisam ser levadas em consideração.

Por isso peço ao caro leitor que relevem parte do que o senhor Alexandre Figueiredo escreveu em um dos nosso posts. Quero supor que ele deve ter escrito tão infelizes palavras no calor da emoção, ou por ter tido alguma experiência traumática a respeito do assunto.

Muito obrigado pela atenção e continue na nossa sintonia.

Rádio Justiça estréia radionovela

A Rádio Justiça (FM 104,7 MHz - Brasília/DF) está colocando no ar "Reunião de Família", radionovela que irá ao ar no programa "Justiça em Cena", com trama escrita por Guilherme Macedo e direção de Viviane Yanagui.

"Reunião de Família" é uma comédia que trata da reinserção de ex-presidiários na sociedade. Ao longo da história, percebe-se que a única diferença entre Otacílio, um ex-presidiário, e os outros personagens, que têm seus crimes revelados na trama, é que o primeiro já foi punido pela Justiça.

A novela irá ao ar de segunda a sexta-feira, em 9 horários: 8h50, 12h50, 14h50, 18h20, 21h50, 23h50, 1h50, 3h50 e 5h50. Aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h, a emissora apresenta o compacto com a história completa. (Fonte: Rádio Agência)

Caraca, demorô! Até que enfim alguém se lembrou de que Dramaturgia também faz parte do rádio!!!! Ponto para a Rádio Justiça!

Alpha FM estréia programa de música francesa

Um dos maiores divulgadores da cultura francesa no Brasil, Gilbert está agora na equipe da Alpha FM (101,7 MHz - São Paulo) e fará sua estréia na rádio no próximo dia 29 de outubro, comandando o "À La Page".

Sempre em duas edições diárias, às 7h e às 21h30, o programa trará as melhores dicas e informações sobre a França, em boletins que vão abordar temas como artes, variedades, música, turismo e lazer, esporte, moda, enogastronomia e outros assuntos. Além da vasta experiência em Rádio, com passagens por estações como a Scalla FM, Gilbert atua em TV, cinema e é cantor e compositor. (Fonte: Rádio Agência)

É uma pena que no Brasil, país de idioma latino, o francês, uma língua maravilhosa, seja tão pouco divulgado nos dias atuais. Na década de 60 e 70, os cantores franceses e italianos eram melhor divulgados no Brasil. Pena que o grande mídia abre espaço para o que é chulo ou ineventado pelos departamentos de marketing das grandes gravadoras. Só mesmo o rádio poderia dar espaço a quem realmente esta preocupado em mostrar algo de intessante a seu público.

No entanto, Monsieur Gilbert merecia também pleo menos uma edição semanal de uma hora de duração no mínimo. De qualquer forma, ponto para a Alpha FM!!!!

Rádio Faap muda sua programação

A rádio Faap, webradio da Fundação Armando Alvares Penteado, de São Paulo fará algumas mudanças em sua programação.

Uma das novidades é a estréia do "Rádio FAAP Especial", que vai destacar a trajetória e o repertório de grandes nomes da música brasileira e internacional, a cada 15 dias, sempre às sextas-feiras, a partir das 17h. O primeiro programa vai ao ar no dia 26 e terá como tema a carreira de Michael Jackson.

Outra mudança é no programa "Diversidade", revista de cultura e de atualidades que passa a ser apresentada ao vivo, toda terça-feira, a partir do meio-dia. A atração continua trazendo o melhor do teatro, cinema, shows e artes plásticos, além de contar com quadros de música, gastronomia, tecnologia, moda, comportamento, gramática e língua portuguesa.

Já o "Instrumental Século XX" deixa de dividir horário com o "Estação Jazz Blues", e as duas atrações entram na grade fixa de programação da rádio.

No ar desde 2005, a Rádio FAAP conta com programação 24 horas por dia, destacando música (MPB, Rock, Jazz, Blues e Independente), cultura e entretenimento, e cobrindo os principais eventos e acontecimentos da instituição paulistana.

Sem querer "legislar" em causa própria, já legislando, é interessante notar como as insitituições de ensino do nível superior estão investindo acada vez mais em emissoras de rádio virtuais, principalmente depois que este tipo de veículo teve seus méritos reconhecidos por entidades como a Associação Paulista dos Críticos de Arte - APCA, da qual este humilde escriba que voz fala faz parte.

Só espero que esta emissora se tornem antes de mais nada, uma boa alternativa para nós, ouvintes de rádio de qualquer forma e transmissão. E também espero que seja um ótimo canal de divulgação e expressão do talento dos futuros jornalistas, radialistas e profissionais de comunicação de um modo geral, que estão sendo forjados nos bancos acadêmicos.

O rádio esportivo pelo Brasil

Ouça o gol da vitória do glorioso Náutico na difícil partida contra o Corinthians, no último domingo. Geraldo marcou em cobrança de pênalti. A narração é da Rádio Jornal, de Recife.


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Este espaço que homenageia o rádio esportivo pelo Brasil está aberto para contribuições. Deixe a sua no sistema de comentários deste blog. Ela pode vir através de um link do Rapidshare (ou algum site similar), com o máximo de informações possíveis, e e-mail para contato posterior. A prioridade será dada a gols de emissoras que não sejam das grandes capitais, a saber: São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Porto Alegre. Se você é locutor de alguma rádio fora dessas localidades, taí uma boa chance de divulgar seu trabalho. Mas atenção! Não adianta fazer uma narração fake, como aquela histórica do Pato Branco. O conselho de sábios do Rádio Base saberá distinguir as falsificações.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Bob Dylan e o rádio

Na casa em Audubon Place, o rádio estava sempre ligado na cozinha e sempre sintonizado na WWOZ, a grande estação de Nova Orleans que toca basicamente rhythm and blues das antigas e música gospel da zona rural sulista. Meu DJ favorito, sem dúvida, era Brown Sugar, uam disc jockey mulher. Ela estava no ar de madrugada, tocava discos de Wynonie Harris, Roy Brown, Ivory Joe Hunter, Little Walter, Lightnin'Hopkins, Chuck Willis, todos os grandes. Ela costumava me fazer companhia mutas vezes, quando todos os outros estavam dormindo. Brown Sugar, quem quer que fosse, tinha uma voz encorpada, lenta, sonhadora, vertendo melado - parecia grande como um búfalo -, ela tagarelava, atendia ligações telefônicas, dava conselhos amorosos e botava os discos a rodar. Eu me perguntava qual seria a idade dela. Me perguntava se ela sabia que sua voz ahvia me atraído, me enchido de paz interior e serenidade e endireitado toda minha frustração. Escutá-la era relaxante. Eu olhava o rádio fixamente. O que quer que ela dissesse, eu podia ver cada palavra que ela dizia. Podia escutá-la durante horas. Onde quer que ela estivesse, eu desejava poder me colocar todo lá.

A WWOZ era o tipo de estação que eu costumava ouvir tarde na noite quando era garoto, e aquilo me levou de volta às aflições de minha juventude e tocou seu espírito. Naquele tempo, quando algo estava errado, o rádio podia pôr as mãos em você, e tudo ficaria bem. Havia uma estação de rádio country também, que entrava no ar cedo, antes do amanhecer, e tocava todas as canções dos anos 50, um monte de material de western swing - ritimos clip clop, canções tipo "Jingle, Jingle, Jingle", "Under the Double Eagle", "There's a New Moon over My Shoulder", "Deck of Cards", de Tex Ritter, que eu não ouvira por cerca de trinta anos, canções de Red Foley. Eu ouvia muito disso. havia uma estação de rádio desse tipo em minha cidade natal também. Em certo sentido esquisito, senti como se estivesse no princípio, começando a viver minha vida de novo. Havia uma estação de jazz também - tocava basicamente coisa atual: Stanley Clark, Bobby Hutcherson, Charles Earland, Patti Austin e David Benoit. Nova Orleans tinha as melhores estações de rádio do mundo.



*

Trecho do livro "Crônicas - Volume um", de Bob Dylan. Na edição brasileira, a parte transcrita acima está nas páginas 206 e 207. Ela integra o capítulo intitulado Oh Mercy. Nele, o cantor conta como foram os bastidores da gravação do álbum de mesmo nome, lançado em 1989. Em vez de contar sua biografia de forma linear, Dylan optou por pegar trechos de sua vida profissional que julgava represntativos e esmuiça-los. Estão previstos ainda mais dois volumes de crônicas.

A WWOZ citada por ele tem site na web: http://www.wwoz.org. Melhor: dá para ouvir seu aúdio. Sobre Brown Sugar, procurei por ela no Google. Achei um texto de 1995 assinado por Steve Behrens em que seu verdadeiro nome é revelado: Belle Moore. No momento em que escrevo este post, está tocando uma versão ao vivo para Just My Imagination, clássico dos Temptations, cantada por Dianne Reeves.

Dylan não se limitou apenas a ser um ouvinte de rádio. Atualmente , ele tem um programa, transmitido por uma rede de rádio via satélite.

domingo, 21 de outubro de 2007

Antena 1 insiste em perder ouvintes

Nada como a concorrência para fazer os acomodados saírem do limbo. Depois que a rede CBS recolocou a Scalla FM em novo formato no ar, a Antena vem mexendo levemente na sua programação. A Antena, que recheara seu playlist com versões genéricas e de qualidade inferior de grandes hits dos anos 70 e 80, resolveu aumentar o número de gravações originais, tendo em vista que há muito tempo está perdendo ouvintes para a Scalla e a Alpha. Esta última, por sua vez, tomou a salutar atitude de "desanunciar" tudo o que toca. Até a Eldorado andou colocando músicas mais "softs" em sua programação, já que o perfil de seu ouvinte nada tem a ver com o que está parcialmente no ar.

Mesmo assim, ainda falta muito para a Antena 1 recuperar seu prestígio de outrora. Velhos vícios continuam, como por exemplo, não informar ao ouvinte o que está no ar, ainda mais quando são músicas totalmente desconhecidas. Isso irrita profundamente o seu público alvo, que é muito diferente e muito mais exigente do que o público de emissoras ditas "jovens". A Antena 1 também perde milhares de pontos por insistir em não tocar Música Brasileira de qualidade de forma alguma, coisa que até a Scalla já faz com muito talento.

A julgar por esses erros de visão do negócio tão grosseiros, a tendência da Antena 1 é fazer despencar sua audiência por não respeitar o que o ouvinte quer dela. E passa a régua.

Programa Outra Versão #5

Opa! Mais um programa Outra Versão na área! Mais versões interessantes nesse quinto programa:

Terminal Guadalupe - Que Saudade de Você

Grooveria - Com que Roupa?

The Jackson 5 - ABC (Salaam Remi Krunk-A Delic Party Mix) (destaque)

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Para ouvir os programas anteriores, basta localiza-los no player que está na barra vermelha, à direita, no site www.futurodojornalismo.zip.net.

Até o próximo Outra Versão.

sábado, 20 de outubro de 2007

O rádio esportivo pelo Brasil

Ouça abaixo o segundo gol do Fortaleza na vitória contra o Vitória (hehe) em partida válida pelo campeonato brasileiro da série B de 2007. Narração da Rádios Verdes Mares, de Fortaleza. O locutor é Luis Carlos.

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Nova atração de música eletrônica na 89 FM

Estreou na 89 FM ontem, dia 18/10, o Electric Midnight, um programa diferente de tudo que você já ouviu.



A atração vai ao ar de quinta a domingo, da meia-noite às duas da manhã, em 4 blocos mixados pelo DJ Felipe Venâncio, com as músicas que fazem o maior sucesso nas pistas da Europa.



Felipe Venâncio - DJ, produtor e remixer com 20 anos de atividade profissional - é considerado o mais importante e respeitado nome da house music no país. Sempre associado a um público jet-set, fashion e informado, seus sets são cheios de bom gosto musical e cultura. O Electric Midnight é patrocinada pelo novo Vectra GT, da GM.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

"Ninguém mais ouve rádio AM", diz apresentador da CBN

Agilidade. Falas rápidas. Dinamismo. Boas histórias. Pressa? Não, normal! Fôlego? Sim, bastante. Voz. Idéias sintetizadas. Velocidade. Boas colocações. Risos. Histórias engraçadas. Sons. Bom papo. Perguntas. Respostas rápidas. Ritmo. “O que outros palestrantes levariam uma hora e meia para dizer, Roberto Nonato levou pouco mais de meia hora”, observou Nivaldo Ferraz, coordenador do curso de jornalismo da Universidade Anhembi Morumbi, sobre o convidado da última noite da VIII Semana de Jornalismo. A agilidade que o rádio exige está no sangue, não tem jeito...

Nonato começou aos 17 anos de idade, na Beira Mar FM, emissora de São Sebastião, litoral paulita. Mais tarde, passou pela Excelsior e é a 17 anos locutor da CBN, além de voz padrão da Rádio Globo e de comandar o jornalismo da Antena 1. Na all-news, apresenta o Jornal da CBN 2ª edição, das 17h às 20h.

Para compensar a aparente superficialidade no noticiário diário de uma all-news, Nonato ressaltou a importância dos inúmeros comentaristas que aparecem na programação da CBN: “São eles que aprofundam os assuntos”. Com isso, fazem as vezes opinativas e, justamente por isso, recebem o maior número de mensagens de ouvintes. Perguntado se alguém influente já pediu a cabeça de um funcionário da rádio, Nonato respondeu: “Já, mas nem chega para a equipe”. Como exemplo, citou uma reunião com João Roberto Marinho, responsável pelas “relações com o poder” nas Organizações Globo. Nela, Marinho garantiu que esse tipo de problema é com ele e dele não passa. Com uma garantia dessas...

Não contente com uma questão, a equipe do blog Futuro do Jornalismo fez duas perguntas ao palestrante. A primeira, apresentou o levantamento publicado no blog Rádio Base sobre o acúmulo de concessões de rádios para poucos grupos, principalmente em São Paulo. “Infelizmente é o poder econômico que impera”, concordou Nonato. “Mas prefiro um Grupo Bandeirantes do que religiosos no comando das emissoras”, resumiu.

A outra questão se referiu à transmissão simultânea no AM e FM, fazendo com que um mesmo programa seja transmitido ao mesmo tempo em até três frequências diferentes (como é o caso do Na Geral, da Bandeirantes, nos 840 Khz, 90,9 e 96,1 Mhz). “FM é o caminho natural para todas as rádios. Hoje ninguém mais ouve AM. Quem aqui ouve AM?”. Uns três ou quatro corajosos (ou antiquados?) levantam a mão. “Cheguei a recusar um convite para comandar o jornalismo da rádio Record quando perguntei se iam transmitir no FM e tive um não como resposta”, exemplificou.

Apesar de dizer que rádio se aprende na prática, Nonato é a favor da academia e, consequentemente, do diploma. “Aqui na academia você vai ter noções de ética, por exemplo, fundamental para a profissão”.

Roberto Nonato levou vários áudios de erros que foram para o ar na CBN, o que serviu para descontrair e ensinar, quase que de forma prática, o que se deve e o que não se deve fazer em determinadas situações. Para aprender mais que isso, só fazendo mesmo.

Ah, bons tempos que não voltam mais!!!!

Se você já ouviu, ouça novamente. Se nunca ouviu, escute agora. Programa Revista Brasil, da Rádio Maetropolitana AM, de Mogi das Cruzes.

Produção e apresentação: Marcelo Ginoza, Carlos Machado e eu, Marco Ribeiro. Locução: Antonio Alexandre, o Capota;
Sonoplastia: Carlos Antonio e Sinésio Júnior;
Coordenação artística: Arlindo do Santos;
Direção Geral: Durval Palomares;
Supervisão geral: Silvio Sanzoni;

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1 gol, 4 versões

Em homenagem ao grande camarada Marcos Ribeiro, trago aqui quatro narrações diferentes do gol do zagueiro Betão na partida contra o São Paulo, aumentando um pouco mais a auto-estima do torcedor corinthiano que anda em baixa nos últimos tempos.

Clique no player baixo e sabia como foi o relato de José Silvério, na Rádio Bandeirantes.

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E agora, a descrilção de Nilson Cesar, da Rádio Jovem Pan.

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Dirceu Maravilha fez a festa na Rádio Record. Clique abaixo

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Reinaldo Costa não perde a majestade na parceria Rádio Eldorado/ESPN Brasil. Acompanhe

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quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Essa não vai tocar no rádio

O Brasil não poderia deixar passar em branco o quadragésimo aniverário de Sgt. Pepper's, clássico eterno dos Beatles. Um punhado de artistas e bandas nacionais se reuniu para a homenagem, chamada Sargento Pimenta 2007, com cada uma gravando uma faixa do disco (e os dois singles relacionados a ele). O grande barato é que o resultado está disponivel para download gratuito na web.

Saiba mais, lendo este texto, de minha autoria, publicado no Jornal do Brasil.

E ouça abaixo uma das faixas deste projeto: When I'm 64, com Paula Marchesini.

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quarta-feira, 17 de outubro de 2007

O Merchandising e o Jornalismo, por Milton Neves

Publicidade e jornalismo convivendo juntos no merchandising? Por que não? Aliás, que tal primeiro falarmos do "merchandising impresso"? É que o merchandising eletrônico de TV e rádio todo mundo vê, ouve e... comenta!!! E o impresso, por que o silêncio? Como definir as revistas e jornais que dividem sua capa "falsa" em 50% com um anúncio vertical de meia página? Até a metade da marca da publicação entra no anúncio, algo que estilizado/camuflado de manchete. E os anúncios "dentro" da notícia? Antes, eles não eram restritos somente à rodapés, cantos de ¼ de página, metade ou página inteira, mas sempre longe das notícias? Nada contra, nada errado, é a evolução natural (e mundial) da comunicação além da integração hoje obrigatória de todas as editorias de um veículo visando a obtenção de recursos no mercado publicitário, o que está cada vez mais difícil.

Então, qual a diferença dessas publicações tão sérias, "vendendo" suas capas e marcas - e "casando" sua credibilidade indiscutível de primeira página -, e um simples anúncio do jornalista Raí, da CBN, para a Caixa, por exemplo? Ou um merchandising do professor de jornalismo Flávio Prado na TV Gazeta, do Hermano Henning para a UniGuarulhos, da Marília Gabriela recomendando, em filmes, o Unibanco ou a Vivo, da Márcia Peltier exaltando os serviços do Unibanco, da Renata Fan para o Terra ou da Lorena Calábria anunciando o Banco Santos? E se o banco quebrou, que culpa tem a estrela do comercial se publicitário e jornalista não têm como ter acesso à vida intima e fiscal da empresa que anuncia? Enfim, se o merchandising impresso hoje está liberado, por que tanta patrulha principalmente no jornalismo esportivo onde se fala de futebol, esse futebol maravilhoso e delicioso, mas que é a coisa mais importante dentre as menos importantes? E onde entra a democracia nisso tudo? Eu, jornalista profissional diplomado, tenho uma agência-bureau de mídia, com sede própria de 1.300 m2 na Av. Paulista, onde atuam mais de 10 funcionários e dois de meus filhos formados em publicidade, e não posso trabalhar com propaganda? Ora, cada um age como quiser e o julgamento é do público, do mercado, dos veículos de comunicação, do torcedor, do ouvinte, do telespectador, dos clientes patrocinadores e das agências de publicidade contratantes. Então por que o Fernando Vanucci não pode fazer seus merchans na Rede TV!, por que o Paulo Soares não pode anunciar Nestlé no Linha de Passe da ESPN e por que o Juca Kfouri não poderia ter feito, voluntária ou mesmo involuntariamente, "merchandising político" para Paulo Maluf em 92? Democracia, gente, já é sempre! E xô patrulha!!! As pessoas não são como as nuvens? Cada hora, cada dia, cada mês e em cada ano podem ter visões e posições diferentes. Há, em tese e no mundo, até quem alugue um apartamento no inferno se o capeta ganhar esta ou aquela eleição.

Mas o merchandising e o jornalismo envolvem um assunto recorrente e sempre me escolhem como referência (uma honra!!!) ou contraponto. Vamos lá, afinal temos aqui na Revista Imprensa um espaço oportuno e corretíssimo que é oferecido e lido por profissionais do jornalismo e da propaganda e não por curiosos, invejosos, pseudo- jornalistas ou patrulheiros fracassados que tentam se aproveitar do tema sem conhecê-lo, em seus dois lados. Aliás, o lado publicitário da questão é dividido em tantos outros que esse espaço seria pequeno para abrigar a cadeia empresa, marca, produto, venda, agência, planejamento, atendimento, pesquisa, criação, campanha, aprovação, mídia e finalização no ar, onde entro.

E o merchandising, queiram ou não, está ganhando espaço na mídia mundial na mesma proporção em que o intervalo comercial é combatido, desvalorizado e não respeitado como integrante em 100% da média final de audiência auferida pelo programa contratado. E considerando que nossos empregos são alavancados por recursos obtidos pela empresa contratante junto ao mercado publicitário, é bom que todo o meio dê uma espiada no que o jornalista Gary Silverman, do Financial Times de Londres, publicou. A Folha, no dia 27 de julho de 2005, reproduziu o artigo que basicamente alerta que os anunciantes já buscam alternativas à ditadura do break comercial. Ou seja, o custo por 1000 já não é aceito pelo mercado considerando que a audiência do programa patrocinado na TV (e no rádio) não é a mesma na hora da exibição do comercial. Ou seja, paga-se por audiência artística X e a entrega comercial é de audiência X menos Y, em função da força do controle remoto. O artigo cita gigantes como Saatchi Saatchi, NBC, GE, Publicis, Kantar, WPP, Sanford C. Bernstein, Procter & Gamble, Carat North America, Zenith Opti-media e etc. O que fazer? Os pesos-pesados estão estudando, mas já pressionando as TVs (e rádios) e já vêem obtendo descontos. Modestamente, e bota modestamente nisso, desde 1982 que saquei que musiquinha e spot chato não funcionam no break do rádio. E nem filme comercial em canal de TV com intervalos acima de dois minutos. Então a solução é merchandising na parada! E dá-lhe merchandising! Ele não estraga a audiência, não entra no break, não tem custo de filme, dá retorno ao anunciante, gera receita para a empresa de TV e garante emprego. Vou mandar um e-mail para o Gary Silverman para ver se o Financial Times publica "a tese da Milton Neves Inc. do Brasil" (risos).

E o que pensa Ângelo Franzão Neto, vice-presidente executivo e diretor de mídia da McCann Erickson, sobre o jornalista fazer propaganda? "Eu confesso que me enquadro no bloco dos que acham que o comentarista esportivo, assim como qualquer outro artista que tenha empatia e o dom de agregar à marca a credibilidade no seu testemunho, pode e deve fazer merchandising, sim. Afinal, a modalidade publicitária é um recurso extremante eficaz e o esporte, no caso do futebol, diante da dimensão e a representatividade que exerce em toda a população, tudo ou quase tudo é permitido, não é mesmo? A meu ver, a não utilização publicitária de alguns profissionais do mundo esportivo representaria também a perda de grandes oportunidades na comunicação, perderia o profissional, a marca, o veiculo de comunicação e, fundamentalmente, o expectador que deixaria de conviver com a informação publicitária da marca, através de uma linguagem simples, acessível, convincente, inserida nuns dos momentos de maior descontração, ansiedade e expectativa da sua vida. E pesando bem, o futebol brasileiro não merece ser tratado assim com tanta seriedade, pelo menos quando eu penso em alguns dirigentes e no atual futebol do meu time, o Palmeiras", afirmou.

E, para encerrar, o Estadão, no dia 3 de outubro de 2006, deu em manchete: "No Japão cai fronteira entre a publicidade e o programa", em artigo de Amy Chozick, do Wall Street Journal. Ele escreveu: "No Japão, aproveitar a pausa do intervalo comercial da TV está ficando mais complicado. A Hakuhodo DY Holdings, segunda maior agência publicitária japonesa em receita, e a Yomiuri Telecasting, uma das quatro maiores redes de TV do país, lançaram uma série de comerciais que são, na prática, parte integrante do programa em que estão sendo veiculados. Os comerciais "inseridos no contexto" são estrelados pelos atores do programa e revelam partes importantes da trama. Portanto, se os espectadores perderem os comerciais, ficará mais difícil acompanhar o programa. As redes de TV japonesas estão também buscando alternativas para fazer o espectador ficar em frente à TV durante os intervalos comerciais, um desafio dada a crescente popularidade dos gravadores de vídeo digital, que permitem aos espectadores pular os comerciais. Alguns programas - especialmente os esportivos - exibem "anúncios virtuais", nos quais objetos de computação gráfica, como por exemplo um carro 3D em andamento, aparecem durante o programa. Os anúncios inseridos no contexto da Hakuhodo vão além. A agência testou o conceito este ano durante um programa chamado 37 Graus, sobre a vida amorosa de três jovens casais. Os anúncios, da Toyota Motor e da cervejaria Suntory, foram combinados com merchandising dentro do programa. A reação dos anunciantes foi positiva".

Enfim, senhores, como diz Joelmir Beting, se o jornalismo tem vergonha da publicidade, que viva sem ela.

Fonte: portal da Revista Imprensa

Show de 20 anos do Ação Direta



Show de 20 anos do Ação Direta, a banda Hardcore mais antiga do Brasil.
Sábado, dia 27, 16h.
Pista de Skate do Parque da Juventude
Paço Municipal de São Bernardo do Campo
Mias informações: adgepeto@hotmail.com

Apoio: Projeto Distorção e Rádio Base

A Rádio Record apresenta suas novas contratações

do website da emissora

Dois dos maiores nomes da comunicação agora estão a mil, voando mais alto.

Confira um pouco da história de Gil Gomes e Kaká Siqueira

Gil Gomes - Repórter-Policial Jornalista

Gil Gomes, em 1958 começou como reporter esportivo na Rádio Santo Amaro - SP, depois trabalhou na Rádio Piracicaba e Rádio São José do Rio Preto, também como reporter esportivo.

Em 1967 estava na Rádio Marconi, onde iniciou como reporter policial... tinha o programa "Cidade sem cortinas"

Ai ele não parou mais.. como reporter policial trabalhou nas rádios: Record, Globo, Capital, América e Tupi AM.

Na televisão trabalhou como reporter policial na TV Record no programa pioneiro "Aqui Agora"... e no programa "Sonia Abrão".

Trabalhou também na TV Gazeta e na Rede TV.

São mais de 40 anos, como reporter policial

Há mais de 50 anos nas rádios de São Paulo.

Recebeu várias homenagens da polícia militar e civil, como a medalha Anchieta.

Kaká Siqueira o ombro amigo do Rádio

Começou sua carreira em 1981 na cidade de Caraguatatuba e por lá ficou até 1983, quando por motivos de saúde de seu pai, Sr.Wilson Siqueira, teve que retornar para São Paulo e abandonar o que amava para dirigir um taxi, sim Kaká Siqueira foi feirante, taxista, vendedor de camarão na praia.

Quando seu pai faleceu, entrou na rádio boa nova de Guarulhos e ai tudo começou em São Paulo.

Depois para Impresa FM, 97,7 Rádio Rock, Jovem Pan e Rádio x FM.

O sonho de verdade, era voltar para AM e começou a batalha. Fez testes em várias emissoras e todos falavam que a linguagem do Kaká era de FM, e ele respondia dizendo que rádio é radio e não tem essa de ser AM ou FM.

Entrou na Rádio Gobo e lá ficou por 8 anos, depois rádio Capital (duas vezes), América (duas vezes), Record (duas vezes), essa é a terceira vez.

Polemico e verdadeiro, Kaká tem amigos e inimigos, mas prefere falar sempre a verdade, pois ele acredita que a verdade liberta todos nós.

"Trabalhe com a verdade e ela nos libertará".


Fonte: Rogério Andrade

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Band News, edição São Paulo

Ouça aqui um trecho do programa Band News São Paulo, da Band News FM.

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YouTube faz casamento do rádio com a tv

Revendo o vídeo que o Marcão colocou aí embaixo do gol de Basílio que tirou o Corinthians da fila me dei conta de uma coisa: e não é que o YouTube conseguiu unir a água e oléo, ou melhor, o rádio e a televisão(interrogação)

Fiquem com mais um exemplo: José Silvério narrando os gols (são quatro) de um momento inesquecível para os palmeirenses. A goleada que tirou o time de um longo jejum sem títulos

O blog Rádio Base ve tv

Imagine a seguinte cena: voce está assistindo tranquilamente o Show do Tom pela Record quando, de repente, aparece do nada a vinheta da Rede TV para, na sequencia, começar um outro programa. Pois isso aconteceu, sim, em Porto Alegre, no mes de julho. Foi o resultado da "dança das cadeiras" entre emissoras afiliadas. A Record passou a transmitir no canal 2, antiga TV Guaíba, enquanto que a TV Pampa (que transmitia a Record), não tendo outra opção, se afiliou a Rede TV.

Assista na sequencia a "delicada" operação de transição.


segunda-feira, 15 de outubro de 2007

A história da Excelsior, a máquina do som

Se você ouviu, ouça mais uma vez. Se não ouviu, então clique no player aí embaixo e aprecie "Excelsior, A máquina do som", documentário criado, produzido e apresentador pela jornalista da Rádio CBN, em 2003. NÃÃÃÃÃÃÃÃÃO PERCA!!!!

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domingo, 14 de outubro de 2007

Tudo aconteceu em 77, há 30 anos....

...Basílio marcava o gol mais importante da história do futebol paulista e que tirou o Corínthians de uma fila de 23 anos. Assista agora, com imagens do Canal 100 e narração do grande Osmar Santos!!!!!

Novo endereço do Outra Versão!

Estava guardando meu podcast Outra Versão, especializado em covers e versões, lá no Podomatic, um servidor gringo gratuito. Era o melhor da internet, com 500 MB de espaço.

Ultimamente, ele vem apresentando muita instabilidade. Além de sair do ar algumas vezes por semana, o conteúdo que eu já havia publicado sumiu. Então, procurei um substituto.

A partir de hoje, vou postar meu podcast no eSnips. Apesar do nome esquisito, o site funciona como um armário multimedia e, o melhor, também gratuito. Lá é possível guardar qualquer tipo de arquivo multimídia e montar uma espécie de blog com as suas peripécias. E tem 5 GB de espaço (!!!!).

Então, meu novo endereço é http://www.esnips.com/web/podcastov.

Já estamos no 4º programa, com as músicas:

Van Halen - You Really Got Me
Placebo - Bigmouth Strikes Again
Elvis Presley - Something (destaque)

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Para ouvir os programas anteriores, acesse: http://www.esnips.com/web/podcastov.

Até...

O rádio esportivo pelo Brasil

O rádio esportivo de outras capitais fora dos eixos RJ-SP e MG-RS nunca teve uma grande divulgação nos grandes centros. Mas, pouco a pouco, o Rádio Base vai tentar reparar essa falha e trazer alguns exemplos aos nossos honoráveis leitores. Quem clicar no player abaixo, poderá acomapanhar a narração de Edson Rodrigues, da Rádio AM 730 (antiga Rádio K, de Jorge Kajuru) para o gol marcado pelo jogador Anaílson, do Atlético Goianiense na vitória contra o poderoso Goiás por 2 a 1. Esse lance decidiu o campeonato goiano de 2007 em favor de seu time. Em sua irradição, Rodrigues emula dois outros grandes locutores de futebol: Jorge Curi e Nilson Cesar. E a AM 730 usa a manjada vinheta sonora "é gol, que felicidade...".

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Boechat e Simão dão show de humor

Quem imaginaria que uma tabelinha entre os jornalistas Ricardo Boechat e José Simão fosse dar tão certo. O primeiro veio da grande escola de colunismo social do Rio de Janeiro. E o segundo fez fama na imprensa paulista com um humor taxado de...paulista. Quando a dupla se encontra nas ondas da rede Band News FM é como ele se conhecessem há tempos. No último dia 11, Boechat e Simão fizeram troça de situações envolvendo a playmate Mônica Veloso e o empresário Oscar Maroni, dois personagens interessantes do noticiário atual. Confira.

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sábado, 13 de outubro de 2007

Os trinta anos da Rádio Globo

Esta semana a Rádio Globo de São Paulo (AM 1.100 kHz) está comemorando 30 anos ininterruptos de transmissões esportivas. No dia 2 de outubro de 1977, estreava na partida São Paulo 1 x 2 Corinthians, a equipe esportiva do "Pai da Matéria", o inovador Osmar Santos. A partida derradeira deste campeonato foi disputada em 13 de outubro, e tirou o Corinthians de um jejum de 23 anos sem título. E Osmar Santos estava lá, levantando a torcida e a audiência da emissora.

Dono de uma linguagem toda própria, o jovem locutor veio de jornada vitoriosa de 5 anos na Rádio Jovem Pan - SP (AM 620 kHz), e estava agora cercado de uma equipe escolhida a dedo, com a infra-estrutura da Globo que estava chegando a São Paulo de verdade, pois até então, a emissora chamava-se Rádio Nacional de São Paulo, que pertenceu às organizações Victor Costa, mas já estava nas mãos da Globo há algum tempo.

Na equipe estavam Oswaldo Maciel (hoje na Transamérica de São Paulo FM 100,1 MHz), Reinaldo Costa (na Eldorado/ESPN AM 700 kHz) também na narração, com uma rápida participação de Oscar Ulisses, que logo foi contratado pela Rádio Bandeirantes para integrar a Equipe Verde-Amarela (Norte/Sul do Brasil) de Fiori Gigliotti. Os comentaristas eram Loureiro Jr. e Carlos Aymar (que já fazia parte da Nacional, porém a emissora não transmitia futebol desde o início dos anos 70).

Os repórteres eram: Fausto Silva (vindo da Jovem Pan com Osmar), Roberto Carmona e Henrique Guilherme (que também já estavam na Nacional), dentre outros. Com a chegada de Osmar Santos, a emissora passou a chamar Globo-Nacional, e no início de 1978 somente Globo. Outro destaque é Edson Scatamachia, que na produção da Equipe, criou o programa "Globo Esportivo", substituindo o então "Nacional nos Esportes". O "Globo Esportivo" continua no ar com o mesmo formato, e o mesmo BG (música de fundo) de 30 anos atrás.

Outro legado deixado pela Equipe de Osmar Santos, foi o programa "Balancê", transmitido pela Rádio Excelsior (atual CBN AM 780 kHz), inicialmente em estúdio e depois ao vivo no teatro, onde "sem querer" deu vida ao saudoso "Perdidos na Noite", em razão de ter o mesmo apresentador: Fausto Silva.

*Sobre o programa de TV “Perdidos na Noite", ele surgiu na TV Gazeta, foi para a TV Record e por último passou pela TV Bandeirantes.

Fonte: Bastidores do rádio

Morre Paulo Autran, um grande nome da rádio

Notícia de hoje, segundo os leitores do blog Rádio Base:


"Obrigado por tudo e até breve, Paulo Autran!!!!!"

Morre Paulo Autran, um grande nome do rádio

Notícia de hoje, segundo o blog Rádio Base:Os fãs do ator Paulo Autran, que faleceu na tarde desta sexta-feira (12), têm até as 11h deste sábado (13) para prestar a última homenagem no salão nobre da Assembléia Legislativa de São Paulo, no Ibirapuera, Zona Sul de São Paulo, onde o corpo está sendo velado. O velório é aberto ao público.

Paulo Autran morreu na tarde desta sexta, vítima de parada respiratória decorrente de um enfisema pulmonar. Às 11h, o corpo do ator deixará a Assembléia Legislativa e seguirá para o crematório da Vila Alpina, na Zona Leste da Capital. Antes da cremação, haverá uma cerimônia fúnebre restrita à família, parentes e amigos.

Um dos mais aclamados atores do Brasil, estreou no teatro em 1955 e, desde então, protagonizou sucessos de crítica e público nos palcos, cinema e TV. Em Quadrante - vencedor do Grande Prêmio da Crítica da APCA -, interpreta textos de renomados nomes da literatura em língua portuguesa, retomando a experiência que havia feito na década de 60", diz a sua página no site da Rádio Band News FM, emissora onde apresentava o seu programa de crônicas.

Paulo Autran foi um grande artista que o rádio "emprestou" ao teatro, ao cinema e televisão ao longo das últimas seis décadas, embora ele jamais tenha admitido isso. Sua estréia como radialista, aconteceu em 1957, na Rádio Mec do Rio de Janeiro, a convite de Murilo Miranda que, então, dirigia a emissora.

"Murilo era um homem com uma visão sobre cultura extraordinária. E ele teve então a idéia de fazer o programa Quadrante, que eram cinco minutos em que eu lia crônicas. E os cronistas eram a nata da inteligência do Rio de Janeiro. Era Carlos Drummond, Cecília Meireles, Dinah Silveira de Queiroz, enfim, um para cada dia da semana. Então era um programa privilegiadíssimo. Durava no máximo cinco minutos, que era o tempo de leitura de uma crônica", diz Autran em um depoismento ao site dos ouvintes da Rádio Mec. "Ia ao ar às oito horas da noite, e era repetido no dia seguinte, ao meio-dia. Era um dos programas de maior audiência. O sucesso do Quadrante foi uma coisa extraordinária, na época, porque a Rádio MEC nunca teve a pretensão de rivalizar com nenhuma rádio comercial - é uma rádio que sempre se dedicou mais às coisas culturais e sabia, portanto, que teria menos ouvintes, habitualmente. Foi a primeira vez na história da Rádio em que um programa teve maior audiência que os programas das rádios comerciais. Às vezes eu falava com alguém pelo telefone e a pessoa perguntava: 'Não é o Paulo Autran?', e eu dizia 'Como é que você sabe?', e ela: 'Estou reconhecendo sua voz da Rádio MEC.' Isso aconteceu inúmeras vezes", continua Autran.

O programa saiu do ar porque um certo Eremildo (Nota da redação: seria o famoso "Eremildo, O Idiota", personagem da coluna de Elio Gaspari, na Folha de São Paulo?) Viana assumiu a emissora e quis podar qualquer liberdade de manifestação artística que houvesse por lá. Como era funcionário há mais de 10 anos da emissora, o tal Eremildo queria que ele batesse cartão e cumprisse horário, como os demais funcionários administrativos. Todos acharam isso um absurdo, pois sabiam que Autran era um artista também de teatro e cinema. "Então o Eremildo começou a me atribuir outras funções. Um dia, quis que eu lesse uma crônica a respeito de um novo pintor. A crônica era assinada por um rapaz do Rio de Janeiro e dizia coisas inacreditáveis a respeito do pintor. Que era um pintor jovem, musculoso, de olhos verdes, e eu lhe disse que não poderia ler aquela crônica, pois ela parecia uma declaração de amor e não uma crônica sobre pintura. E não li a crônica. Ele não podia me demitir, mas continuou me dando coisas completamente desinteressantes para ler no microfone, e eu acabei pedindo demissão da Rádio Ministério da Educação, contra a vontade dos colegas. Esta foi a minha passagem pela Rádio MEC, uma passagem muito agradável, de glórias, até o golpe de 64, e, depois, uma coisa meio constrangedora", desabafa o radialista.

Anos mais tarde, já na de´cada de 70, Paulo Autran estréia um novo programa nos mesmos moldes, desta vez na Rádio Eldorado AM de São Paulo, que a época tinha os também atores Sérgio Viotti e Rubens de Falco no seu elenco de locutores. Depois de quase 20 anos longe dos microfones, o ator volta a fazer o "Quadrante", na recém inaugurada Band News FM, emissora "All News", da Rede Bandeirantes de Rádio. Neste mesmo ano, ele ganha o "Grande Prêmio da Crítica" , na categoria rádio, concedido pela Associação Paulista dos Críticos de Arte - APCA.

Ao longo destes dois anos de Band News, Paulo Autran trouxe muito lirismo e poesia ao árido ambeinte sonoro do hard news do dial paulistano. Ao lado do humorista José Simão, também colunista da Band News, Quadrante era aquele momento de "respiro" dentre as notícias, nem sempre tão boas assim. E não era um momento de pausa para a música ou de pausa parafalarmos de assuntos mais triviais como o futebol. Era o momento de poesia, da dramaturgia no rádio, da interpretação de uma boa crônica. E o rádio não ouvia nada semelhante desde as crônicas de Lourenço Diaféria, no Jornal da Excelsior, na década de 80.

Paulo Autran já está fazendo muita falta para os amantes do verdadeiro RÁDIO.

Morre Paulo Autran, um grande nome do rádio

Notícia de hoje do Portal de Notícias G1:Os fãs do ator Paulo Autran, que faleceu na tarde desta sexta-feira (12), têm até as 11h deste sábado (13) para prestar a última homenagem no salão nobre da Assembléia Legislativa de São Paulo, no Ibirapuera, Zona Sul de São Paulo, onde o corpo está sendo velado. O velório é aberto ao público.

Paulo Autran morreu na tarde desta sexta, vítima de parada respiratória decorrente de um enfisema pulmonar. Às 11h, o corpo do ator deixará a Assembléia Legislativa e seguirá para o crematório da Vila Alpina, na Zona Leste da Capital. Antes da cremação, haverá uma cerimônia fúnebre restrita à família, parentes e amigos.

Marcaram presença no velório, nas primeiras horas da madrugada deste sábado, nomes que fizeram história no teatro e na televisão brasileiras, como as atrizes Bibi Ferreira, Tônia Carrero e Fernanda Montenegro, além de personalidades dos meios artístico e político, como o apresentador Jô Soares e o senador Eduardo Suplicy (PT-SP).

Fernanda Montenegro contou que trocou cartas recentemente com Paulo Autran. Os dois trabalharam juntos na novela Guerra dos Sexos, de Sílvio de Abreu. “Enviei a ele algumas fotos da novela e recebi de volta um texto curto. Juntamos ali um pouco de recordação, mas ele me disse que tinha parado. Foi um sentimento muito forte, muito duro”, relembrou.

A experiente atriz chegou a lamentar nunca ter trabalhado ao lado dele nos palcos de teatro e recordou outros atores que faleceram recentemente. “Estamos aqui para pranteá-lo. É um pouco de nós que vai também, quando a gente vê o (Gianfrancesco) Guarnieri, o Raul Cortez e agora o Paulo (Autran) nos deixando. Fico falando, repetindo coisas, mas ele não tem substituição. Infelizmente, nunca fiz teatro ao lado dele. E fiz uma novela (Guerra dos Sexos). Na verdade, fizemos um jogo teatral. Essa é a grande lembrança que vai ficar, ninguém esquece a cena das tortas todas", disse a atriz, que deixou o salão nobre quase às 5h da madrugada.

Já para Bibi Ferreira, que trabalhou com Paulo Autran em My Fair Lady, o ator era “um herói”. “Mesmo com 85 anos, ele estava no auge de sua carreira, lotando o teatro diariamente. Na vida toda, nunca cedeu. Tive a honra de trabalhar com ele durante três anos nos anos 60. Ele nunca cedeu, ele era um herói", disse ao chegar na Assembléia, por volta da 1h da madrugada.

Locutor de futebol as vezes sofre

Ouçam a saia justa que o locutor Reinaldo Costa enfrentou assim que saiu o gol de Martinez (o de empate), na partida entre Palmeiras x Santos (2 x 2) válida pelo primeiro turno do brasileirão de 2007. Um diretor do Palmeiras resolveu desabafar dizendo toda a sorte de palavrões e os mesmos vazaram no microfone.

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sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Chí, já foi melhor...

Faz umas duas semanas que o Podomatic, portal gratuito para podcasts, anda com umas instabilidades nada boas. Sai do ar e quando volta a funcionar aparecem uns erros muito estranhos.

Hoje, por exemplo, descobrí que os arquivos do meu novo podcast, o Outra Versão, simplesmente sumiram!!! O podcast continua lá, mas como se fosse novo... sem nada. Pelado.

Vou esperar até amanhã pra ver se os arquivos voltam, se não vou ter de fazer upload dos arquivos de novo. Ainda bem que estou só no 4º programa... menos mal.

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Xiii, Marquinho, os arquivos da Memória do Rádio, com o Hélio Ribeiro também foram pro saco. É que daqui pra frente a gente só vai poder postar se pagar pro Podomatic. Quer saber de uma coisa. Espero que esses gringos enfiem esse servidor deles no rabo. Tomara que aquela porra abra falência e caia no esquecimento. Fodam-se esses gringos bastardos!!!!

Uma pena que é a segunda vez que fazem isso com a gente. A primeira, foram os zémanés do HPG (alguém lembra deles?), que hoje é do IG. Eles tinham quase 1 milhão de sites gratuitos e resolveram querer cobrar da galera. Como não conseguiram, começaram a boicotar: dificultaram os downloads e atualizações, proibiram MP3 e o caralho a quatro. Resultado: muita gente o abandonou e fez um site próprio, como nós. Só que em vez de usarmos os serviços do IG, nós e dezenas de milhares de outros preferimos usar o de outras empresas mais decentes e honestas. Não sou contra a empresa querer cobrar sobre seus serviços, é um direito dela e niguém discute, mas ela tem de fazer isso com clareza!!!!!! Se assumiu o compromisso de manter um espaço gratuito, ela tem de ir até o fim, sob pena de ser taxada de "mercenária, yankee e filha da puta" por seus próprios parceiros.(Marco Ribeiro, indignado e puto da vida!!)

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Valei-me meu São Roquete Pinto!!!!!

Manias, gerundismos e outros "ismos" à parte. A última flor do Lácio sofre na mão de seus falantes. Eu nunca cheguei em qualquer lugar da minha cidade - ou de qualquer outra cidade - para perguntar as horas a um transeunte e este me responder: São 11 da noite mais 40 minutos. Lembro me de que, certa vez, ao perguntar as horas a um colega do departamento de esportes da Rádio Globo em um dos sinuosos corredores da sede da emissora, em São Paulo, meu interlocutor disse: "Olha, no meu relógio faltam 20 para meia noite, mas acho que ele está muito atrasado. Se você for tomar o Metrô, corre. Se não você perde o último trem." acrescentou o solícito colega.

Qual não é a minha surpresa ao constatar que, alguns dias depois deste ocorrido, este nobre colega passa a apresentar seu programa dizendo: "Boa noite, ouvinte. São 8 da noite mais 43 minutos". Confesso que senti um arrepio na espinha com tamanha novidade "linguística". Afinal, conhecia de cor e saltaeado todas as regras e recomendações do Manual de Redação e Estilo da Rádio Jovem Pan - o segundo livro deste gênero lançado por um veículo da Imprensa Brasileira - o primeiro fora o da Folha de São Paulo. Por que ele não disse apenas "são 8 horas e 43 minutos", ou ainda "8 e 43", ou sendo mais preciso "20 horas e 43 minutos"? Poderia simplesmente dizer "faltam 17 minutos para as 9 da noite". Afinal não foi assim que este colega tão solicitamente outrora me informara as horas?

Surgiu ao longo daquele turno de trabalho, uma shakespiriana dúvida a respeito da nova forma de se dizer as horas. Eu e os então colegas de redação chegamos até a consultar o grande Honorê Rodrigues, professor de direito e profundo conhecedor do idioma Português falado no Brasil. Afinal ele fora por muitos anos locutor da Rádio Eldorado e atuou lado a lado com Sergio Viotti, Rubens de Falco, Boris Casoy, Paulo Autran, Ivan Machado de Assis e uma grande constelação de vozes marcantes da emissora do Estadão desde sua fundação, em 1958, até o final da década de 80.

Ao final de uma longa reflexão, o grande sábio sentenciou: "Olha, gramaticalmente não há nada errado a rigor. Mas que é muito cafona anunciar as horas desse jeito no rádio ou pessoalmente, isso é. E o pior que, do jeito que esses modismos vem e não vão, esse vai demorar a passar."

Dito e feito. Depois daquele maldito dia, todos os repórteres e apresentadores começaram a dar as horas assim: "São 10 da noite mais um minuto". Foi pior do que a praga do gerúndio. Nem o esporte da Jovem Pan, tão zelosa no uso do nosso idioma pátrio, conseguiu escapar. Foi pior do que o "gerundismo dos atendentes de call center".

De uns 3 anos para cá, parece que o modismo incômodo arrefeceu. Mas eis que, nesta quente noite paulistana, ouço um certo repórter soltar a seguinte pérola: "amigo ouvinte da Bandeirantes, são oito da noite mais 29 minutos". Ah, meu São Landel de Moura, que o Hélio Ribeiro, o Alexandre Kadunk e minha Santa mãezinha não tenham ouvido essa lá no céu. Se fosse na CBN, a famosa e simpática dona Nadir certamente ficaria em dúvida se era pra tomar seu remédio ou não. Se fosse na Rádio Globo, fazer o quê, né? Mas na Bandeirantes que tem ombudsman e o Salomão Esper? Ai ai ai ai ai ai. Será que este modismo vai voltar? Valei-me, meu São Roquete Pinto!!!!!!!!

A audiência das transmissões esportivas em SP

Alguns sites dedicados à cobertura de rádio vem divulgando números recentes de audiência das emissoras que transmitem futebol em São Paulo. O instituto responsável pelos dados, numa atitude correta, faz dois tipos de levantamento: um para o AM e outro para o FM. E ainda há uma sub-divisão por data. Existe o levantamento do sábado e do domingo.

No AM, não há uma grande novidade quanto à liderança: a Globo aparece firme e forte nos dois dias. A diferença ocorre na segunda colocação e aí temos uma surpresa. No sábado, a Capital aparece na vice-liderança. Como o forte da emissora é público feminino, os maridos, pelo jeito, têm preguiça de girar o botão da sintonia e acompanham as transmissões por ela. Já no domingo, o principal dia do futebol (como diria Milton Neves), a segunda colocada é a Jovem Pan. Ou seja, a Bandeirantes, que sempre esteve na liderança absoluta da segunda colocação há vários anos, perdeu seu espaço.

A boa colocação da Pan não surpreende. Depois da saída de Milton Neves, a emissora tem investido mais em informação e opinião. Leva vantagem por procurar estar nos locais dos jogos envolvendo os paulistas no Brasileirão, ainda que apenas com repórter. Se a partida acontece no Rio, tem repórter lá. Se acontece em Natal, tem repórter lá. Em Florianópolis, Porto Alegre, idem. Até na China, durante o mundial feminino de futebol, a Pan tinha repórter. Por sua vez, a Bandeirantes só consegue estar com algum profissional no local na cidade de Porto Alegre. Isso porque ela faz um acordo operacional com a afiliada de Porto Alegre. A emissora do Morumbi tem um outro tipo de investimento: em nomes, como os do próprio Neves, José Silvério, Claudio Zaian, mas apenas isso não é suficiente. E o ouvinte não é bobo.

Ainda no AM, vale destacar o desempenho modesto de Record e ESPN/Eldorado. Ambas têm uma forte ajuda dos respectivos canais de televisão aos quais estão ligadas, mas tradição histórica é tradição histórica no fim das contas. Tirando a Capital, as rádios Globo, Jovem Pan e Bandeirantes fazem futebol há muitos e mutios anos.

Mundado de sintonia, no FM a situação é a seguinte: a 105FM é a líder absoluta, com ampla vantagem sobre a segunda colocada tanto no sábado, como no domingo. A Transamérica fica com a segunda colocação no sábado. No domingo, a vice-líder é a Jovem Pan, repetindo o desempenho do AM. Essa queda da Transamérica é facilmente explicável: apesar de seus bons profissionais, as transmissões se perdem muito no excesso de piadas (muitas delas, internas, que devem deixar boiando o ouvinte). E a Pan se sai muito bem como uma alternativa. Dado importante: as freqüências das duas emissoras são coladas no dial de São Paulo. É uma boa opção também para quem não consegue sintonizar a 105FM, que tem um sinal muito irregular (a concessão é de Jundiaí)

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Polícia Federal e Anatel fecham rádios Vib e Alternativa

Redação Portal IMPRENSA

Em parceria com agentes da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), a Polícia Federal, em São Paulo, através da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários, cumpriu, na última quinta-feira (04), com um mandado de busca e apreensão para o fechamento de duas rádios comunitárias que funcionavam ilegalmente na cidade.

A rádio Vib funcionava na freqüência de 91,5 kHz FM, e estava situada no Parque São Rafael, em São Paulo. Segundo informações da Assessoria de Comunicação da Polícia Federal, no momento da prisão, C.S dos Santos, de 49 anos, teria oferecido dinheiro aos policiais para que não fosse preso, mas acabou preso em flagrante por corrupção, com uma pena que pode variar de um a oito anos de reclusão e multa.

A outra rádio interditada foi a Alternativa, na freqüência 102,7 kHz FM, situada na cidade de Mairiporã, em São Paulo. O responsável foi encaminhado à sede da PF e em seguida foi liberado.

Os transmissores apreendidos serão submetidos à perícia para aferir a respectiva potência, enquanto os demais equipamentos ficarão à disposição do Poder Judiciário. As investigações pretendem apurar a identidade dos proprietários das rádios clandestinas que responderão pelo delito previsto no art. 70 da Lei n. 4.117/62 (indevida atividade de radiodifusão) cuja pena de detenção varia de um a dois anos.

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Ponto para a Anatel (mas ainda está perdendo de goleada)!!!!

Calcinhas na Folha de S. Paulo

Está lá, no Folhateen de hoje:

Rádio on-line só pra elas

Mundo Rock de Calcinha. Foi este o nome escolhido há cinco meses para um programa de rádio virtual dedicado a divulgar exclusivamente o trabalho de bandas que têm mulheres no vocal, na bateria, no baixo ou na guitarra. Acesse o site: www.mundorockdecalcinha.com, sem o br mesmo.

"Ficamos de olho nas notícias do mundo rock'n'roll feminino e as intercalamos com lançamentos de bandas e entrevistas", diz Gisele Santos, 31, apresentadora do programa ao lado de Raquelline Marlusy, 19.

"Recebemos muito material de bandas independentes", diz Gisele. Se você tem uma banda de meninas, basta enviar seu material para programa@mundorockdecalcinha.com.

Atualizado a cada 15 dias, o site contém dicas culturais, enquetes e links dos programas já gravados. Gisele tem suas apostas: as bandas Vulgarize (www.vulgarize.com.br) e Lipstick (www.lipstick.com.br). A vocalista Meg Stock, da Luxúria (www.bandaluxuria.com.br), foi a primeira entrevistada do programa.

E se você pensa que a audiência do Mundo Rock de Calcinha é formada, em sua maioria, por garotas, se enganou.Gisele conta que a maioria dos pedidos musicais e das participações em promoções é dos meninos em peso. Definitivamente, não são só as groupies que chamam a atenção dos garotos.

Pirataria nas ondas do rádio

Muito tem se falado de rádios piratas hoje em dia. O assunto passou a estar na pauta do dia graças ao caos áereo. A interferência de muitas dessas emissoras na comunicação entre aeroportos e aeronaves tem sido apontada como um risco ao tráfego aéreo e causa de atrasos em decolagens e pousos. A Bandeirantes AM incluiu em sua programação vinhetas cobrando uma ação mais efetiva das autoridades, citando exemplos como a emissora do Padre Chico.

No entanto, muito se fala, mas pouco se entende sobre a temática das rádios piratas no Brasil. Aproveito este espaço para postar um antigo texto meu publicano no site Observatório da Imprensa, em 2002.

O que antes era uma forma de protesto, hoje virou uma forma de se ganhar dinheiro fácil. É um belo exemplo de como o idealismo deu lugar ao comércio.


POLÊMICA NO AR
Pirataria nas ondas do rádio

Rodney Brocanelli
especial para o Observatório da Imprensa


Um interessante (e polêmico) fenômeno de comunicação está acontecendo no Brasil nesses últimos anos – as rádios piratas. Muita gente já sintonizou uma delas ao acaso quando procurava alguma coisa interessante no dial, mas certamente poucos sabem do que se trata e de sua história. É o que esse artigo, modestamente, vai tentar esclarecer.

Quem acha que rádio pirata é apenas o nome de uma música de sucesso da ressuscitada banda RPM está enganado. São emissoras que não têm concessão governamental para funcionar. Em tese, contam com baixa potência de transmissão, o alcance de seu sinal é restrito, e se aproveitam de espaços vazios do dial para ir ao ar. Quem age assim está infringindo o atual Código Brasileiro de Telecomunicações, com penas previstas em lei. Mesmo assim, muitas pessoas não temem as punições e se aventuram em seus projetos de rádio pirata. Não há um número definido de emissoras não-legais no ar atualmente. Para cada rádio fechada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), várias são abertas.

Os termos rádio livre e rádio comunitária também se enquadram nesse tipo de radiodifusão. O problema é que a imprensa brasileira acaba usando esses termos como sinônimos, criando assim uma confusão na cabeça do leitor/ouvinte.

Um pouco de história: a primeira rádio pirata surgiu na Inglaterra, na década de 50. Era a Rádio Caroline. A terminologia rádio pirata foi usada para designar a emissora porque suas transmissões partiam de um navio ancorado na costa britânica. A Caroline foi uma rádio revolucionária em sua época. Em seu play list musical predominava o então emergente rock and roll americano, o que mexeu com a cabeça da juventude. A rede de rádio estatal BBC teve de criar a BBC One (que existe até hoje) para competir com a Caroline.

Já o conceito de rádio livre surgiu na Itália, nos anos 60, e uma das mais fortes foi a Rádio Alice. A intenção dessas rádios era fazer oposição ao governo e combater o monopólio estatal na radiodifusão italiana. Rádio comunitária é um conceito que ganhou força aqui no Brasil nos anos 90. São emissoras que, em tese, deveriam transmitir para sua comunidade, prestando serviços e dando voz e vez aos moradores locais. Um exemplo é a Rádio Favela FM, de Belo Horizonte que, como o próprio nome já sugere, fica bem no meio de uma favela na região metropolitana daquela cidade. Há pouco tempo, a Favela FM teve seu trabalho reconhecido pelo governo federal, depois de muita luta, e ganhou concessão de rádio educativa.

Briga antiga

No Brasil, pouco a pouco vão aparecendo relatos de transmissões de rádio clandestinas acontecidas na década de 50. O marco oficial aconteceu na década de 70. No início era uma diversão de técnicos em eletrônica, que montavam transmissores de rádio caseiros por hobby. Nos anos 80, o movimento ganhou força. Grupos políticos de esquerda e algumas associações estudantis resolveram colocar suas emissoras no ar como forma de protesto contra o sistema oficial de concessões de rádio, que privilegiava políticos. As transmissões de muitas dessas estações aconteciam durante a noite, como forma de burlar a fiscalização. Alguns apresentadores usavam pseudônimos para não serem identificados e presos.

Na década de 90, a situação mudou. A absolvição do jornalista e radialista Léo Tomaz, em 1993, proprietário da Rádio Reversão, uma das que foram fechadas, causou verdadeira revolução. Com a sentença, abriu-se jurisprudência para que várias emissoras sem concessão se espalhassem pelo país. Ou seja, rádio pirata continuava crime, mas a chance de condenação era pequena. Com a explosão das piratas, o governo federal se viu praticamente obrigado a enviar lei ao Congresso Nacional, em 1995, para regulamentar a situação. A tramitação durou pelo menos três anos, e em 1998 foi sancionada a Lei de Radiodifusão Comunitária, de número 9.612.

Mas a lei não mudou muito o panorama. Várias emissoras clandestinas continuaram a ser colocadas no ar. O perfil delas é o mais variado possível. Algumas são ligadas a estudantes, como a Rádio Muda, de Campinas (SP), mantida por alunos da Unicamp. Outras pertencem a igrejas de todos os tipos, que se utilizam delas para suas pregações religiosas. E existem aquelas cujos donos querem simplesmente ganhar dinheiro vendendo anúncios e espaço de programação. Geralmente, copiam o modelo das rádios oficiais de sucesso, não trazem novidades em termos de linguagem e programação musical, nada acrescentam ao ouvinte.

As piratas são um estorvo para as rádios oficiais, no que diz respeito à parte técnica. A principal alegação é que o sinal de ambas se misturam no ar, causando má recepção. Quem leva a pior são as emissoras com concessão. Essa briga não vem de hoje e, ao que tudo indica, não vai acabar tão cedo.

domingo, 7 de outubro de 2007

Resultado da promoção

Esses foram os ganhadores da promoção realizada pela Rádio Hype, em parceria com o nosso blog co-irmão Futuro do jornalismo:

Denys Klein

Adilson Pereira

Sara Kalil

Carlos Alberto Salles

Leonardo Freitas

Os contemplados receberão um par de ingressos, uma camiseta e um boné do filme "O Homem que Desafiou o Diabo".

Muito obrigado a todos os que participaram e aguardem novas promoções!

sábado, 6 de outubro de 2007

Último dia. Última horas!!

E continua a nossa promoção, até amanhã, que pode te dar ingressos, camisetas e bonés do filme "O Homem que Desafiou o Diabo". Para mais detalhes, clique aqui.

Para ouvir o resultado, ao vivo, basta acessar www.radiohype.com.br, às 20h. Esse é o horário do programa Kizumba.

Cuidado, a rádio pirata do samba está no ar!!!!!!!!!

Recentemente, a Câmara dos Deputados autorizou a concessão de instalação de duas emissoras comunitárias para o ABC Paulista, sendo que uma delas é para uma entidade de Diadema, ligada ao deputado Vicentinho (PT-SP). A emissora ainda não entrou no ar,mas ela e outra estação que também deverá se instalar no mesmo município terão mais problemas com os ilegais do que o pessoal controle de tráfego áereo.

Opera ilegalmente na frequência destinada a esta duas concessões, uma rádio pirata chamada "Rádio do Samba", cujo sinal provavelmente é gerado da Zona Norte da Capital. Agora, imagine você, atento ouvinte, se a tal rádio clandestina consegue chegar a mais de 3o KM de distância, como se fora uam rádio comercial, calcule o tamanho da encrenca que as duas novas rádios legalizadas vão enfrentar. Em tempo, a tal rádio pirata do Samba opera em 87,5 MHz, que é o novo canal destinado a emissoras comunitárias na Grande São Paulo.

Alô, dona Aesp e dona Anatel, o telefone desses piratas é (11) 6826 7121. Nem é preciso mencionar que tipo de samba eles estão tocando, se é que podemos chamar aquilo de música. Não durma-se com um ruído desses!!!!!!!!

Bandeirantes descobre (com atraso) a rádio pirata do padre vidente

Antes tarde que nunca. Depois de ser citada em jornais como a Folha de S. Paulo, o Jornal da Tarde, o blog Onzenet, e até mesmo neste Rádio Base, a rádio pirata do reverendo Francisco Silva (ou padre Chico) finalmente foi descoberta pela Rádio Bandeirantes e virou tema de reportagem.

Para quem nasceu ontem (citando Geneton Moraes Neto), a emissora está no ar há cerca de dez anos e serve como veículo para a igreja mantida por Silva. Durante a programação, entre outras coisas, ele promete ajuda espitiritual para problemas como a cura da frieza sexual, por exemplo. Nos intevalos, são tocadas músicas que frequentam as paradas de sucessos populares.

A emissora já operou nos 90,1 Mhz e tinha o nome de Planeta 90 FM. Atualmente, ela pode ser sintonizada nos 102,9 Mhz. Graças aos seus mais de 5000 watts, ela ultrapassa os limites da cidade de São Paulo e chega longe, atrapalhando assim a recepção do sinal de emissoras oficiais, como a Band Vale FM, em Campos do Jordão. Talvez seja esse o detalhe que motivou a reportagem veículada pela Bandeirantes no último dia 24 de setembro. Procurado pelo repórter Agostinho Teixeira, o padre Chico encerrou bruscamente o contato dizendo termos nada cristãos.

A seguir, vamos reproduzir algumas reportagens publicadas pela Folha de S. Paulo (e reproduzidas na Folha On Line) entre os anos de 2001 e 2003. A Bandeirantes, desta vez, chegou tarde na notícia.


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16/02/2001 - 04h38

MARCELO VALLETTA, da Folha de S.Paulo

A pirata Planeta FM, que toca música sertaneja e já foi fechada quatro vezes, voltou a operar na frequência 90,1 MHz, com um transmissor de menor potência. O responsável pela rádio, Francisco Sales Silva, conhecido com Padre Chico, havia sido preso em flagrante em novembro de 2000

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18/09/2002 - 02h48

Sexta-feira 13 com o padre vidente da FM

LAURA MATTOS
da Folha de S.Paulo


Em outras rádios, candidatos prometem de tudo no horário eleitoral. Na pirata 90,1 FM, a Planeta 90, a propaganda política obrigatória não vai ao ar, mas o padre vidente Francisco Silva também faz promessas: uma consulta com ele "resolve todos os seus problemas, cura frieza sexual, desfaz trabalhos e traz a pessoa amada em poucos dias".

A estação, criada em 98, toca música popular. Já foi fechada seis vezes pela Polícia Federal e Francisco Sales Silva, que se auto-intitula padre vidente, preso. No ar, a propaganda não pára: "Marque uma consulta". Esta coluna decidiu "se consultar". Quanto custa? "R$ 20. Ele põe o nome na gruta e ora." Marcamos para sexta.

É uma escadaria numa portinha entre dois açougues, debaixo de um viaduto. Uma placa diz: "Igreja Católica Santa Missões". Lá em cima, um salão com 300 cadeiras voltadas para um altar pintado de amarelo, roxo, azul e laranja. Ao lado, loja de produtos "religiosos". Na parede, lista dos "dizimistas" e um cartaz com 25 razões para pagar o dízimo: "Porque quero ter a consciência tranquila, porque meu salário não será posto em um saco furado...".

Umas 20 pessoas esperavam a "consulta", metade para as 10h. Uma secretária chegou às 10h40. Recebeu os R$ 20 de cada fiel, que colocava a mão direita sobre um papel para ela fazer o contorno com caneta. "Entrega pro padre."

A missa começava. "Nesta sexta-feira 13, macumbeiros farão sacrifício até com sangue de gente", dizia o padre, não o Francisco Silva, para os cerca de 200 fiéis.

"Sua vez." Um garoto de 20 e poucos anos, batina dourada rasgada, atendeu numa sala, nos fundos da igreja. Francisco Silva? "Não, padre Marcos." Viu a mão no papel. "Qual é o problema?" Pela tangente: "Uma amiga pediu para eu vir. O marido é alcoólatra". "Feche os olhos. Em nome do senhor..." E rezou por segundos. "Vi uma baiana enterrando três garrafas de cachaça com a boca pra baixo. Esse homem era pra estar morto. Mande sua amiga vir. Digo o nome de quem fez o trabalho. Vá com Deus."

A coluna tentou falar com Francisco Silva, ontem, por telefone. A secretária, Clarice, disse que ele não iria comentar e que a rádio não era dele. A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicação) diz que ele é o responsável pela FM. "Essa emissora não outorgada já foi interrompida seis vezes. Responde a vários inquéritos, mas a impunidade impera. Já representamos criminalmente novamente. Estamos aguardando a PF requisitar nosso apoio", respondeu a Anatel, responsável pela fiscalização de rádios piratas.

Só para fixar: "A impunidade impera". Palavra da Anatel.


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29/01/2003 - 03h00

Outra Frequência: PF fecha cerco contra rádios

LAURA MATTOS
da Folha de S. Paulo


Enquanto o governo Lula não decide o que fazer com as polêmicas rádios comunitárias, a Polícia Federal já deu uma determinação a seus agentes: fechar o cerco contra AMs e FMs sem autorização para operar.

A ação da PF de São Paulo é uma clara demonstração dessa política. O GCrac (Grupo de Combate às Rádio Clandestinas), antes formado por policiais "emprestados" de outras áreas por tempo determinado, contará com uma equipe fixa e especializada.

O escritório do grupo passará por reforma, com melhorias tecnológicas e a implementação de um banco de dados sobre as rádios. "A ordem é agilizar processos e fazer uma fiscalização mais rígida", diz Gladson Rogério, um dos delegados-titulares do GCrac.

O atual "inimigo número 1" do grupo é Francisco Silva, que se auto-intitula padre vidente e usa a pirata Planeta 90 FM (90,1 MHz, em SP) para fazer propaganda de suas consultas na igreja no Brás.

Em dezembro, a PF apreendeu no local uma submetralhadora com silenciador, uma espingarda e munição, entre outras coisas. Lacrou a antena que emitia sinais da rádio, em Mairiporã, e instaurou inquérito contra Silva. Além de dono de rádio clandestina, ele também poderá ser indiciado por porte ilegal de arma, lavagem de dinheiro e crimes contra a ordem tributária, segundo a PF.

A Folha tentou falar com o padre por dois dias na igreja, mas atendentes sempre informavam que ele não estava e que não poderiam comentar as acusações.

O mais interessante de toda essa história: poucos dias depois de a antena ter sido lacrada, a Planeta 90 FM já estava no ar novamente, podendo ser sintonizada em toda a região metropolitana de São Paulo (vale a pena escutar uns minutos, só por curiosidade...).

Essa não foi a primeira vez que uma operação da PF não conseguiu, de fato, fechar a rádio. Desde 1998, quando a emissora foi criada, Silva (que já chegou a ser preso) resiste no ar, escancarando os problemas de fiscalização. Agora, na operação "linha dura", a PF garante que o caso é "questão de honra" e que o fechamento dessa FM será só um exemplo do que se fará com as estações sem autorização do governo.

E, ao mesmo tempo em que a PF endurece, defensores das comunitárias decidiram, no Fórum Social Mundial, enviar a Lula documento pedindo um "posicionamento imediato do governo" sobre a questão. Um dos que se destacaram no apoio à idéia foi justo um membro da PF, Armando Coelho Neto, presidente da Federação Nacional dos Delegados de PF de SP. Curioso, no mínimo.