quinta-feira, 31 de maio de 2007

Rádio digital pode gerar dívida de R$ 125 mil para emissoras

As emissoras de médio porte gastarão entre US$ 100 mil e US$ 125 mil (entre R$ 194 mil e R$ 242 mil) com a transição do sistema de rádio analógico para o digital, segundo a ABERT (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão). O Ministério das Comunicações já constituiu o Conselho Consultivo de Rádio Digital, que vai elaborar o planejamento da escolha do sistema a ser adotado. O grupo tem seis meses para apresentar um relatório com recomendações de regras para a rádio digital brasileira.

Há interesses diversos na escolha do padrão, já que o sistema que está sendo testado por algumas emissoras no País é o IBOC (In band on channel), sistema de propriedade da empresa americana IBiquity, que cobra royalties, mas mantém as mesmas freqüências já em uso pelas emissoras. A discussão interessa à indústria, aos radiodifusores comerciais, públicos e comunitários e à sociedade em geral, já que haverá necessidade de trocar os transmissores das cerca de 5 mil emissoras autorizadas, além dos aparelhos de rádio. Existem 200 milhões de receptores no Brasil, entre rádios portáteis, fixos e instalados em carros.

Rádio digital - Com a digitalização, haverá uma melhora na qualidade do áudio - a rádio AM terá qualidade de FM, a FM terá som de CD, e será possível transmitir até quatro canais dentro da mesma freqüência. Além disso, com a nova tecnologia, as informações, antes exclusivamente sonoras, passam a ser transmitidas em bits, o que torna possível às emissoras enviar textos e fotos (para aparelhos que tenham visor).

Para discutir a adoção da tecnologia digital na radiodifusão brasileira o tema a Câmara promove nesta terça-feira, 29/05, um seminário. O evento, que será realizado no auditório Nereu Ramos, reunirá especialistas e parlamentares para debater a implantação do rádio digital no País a partir da avaliação das leis em vigor e do que precisa ser atualizado para que as emissoras e os ouvintes se adaptem à nova tecnologia. Durante o seminário, os participantes vão conferir uma demonstração de transmissão digital e poderão avaliar e comparar a diferença tecnológica entre os sistemas.

Fonte: Agência Câmara

Para emissoras, rádio digital é esperança e desafio

Nerone Simioli é diretor de uma rádio FM em Ariquemes, município de 85 mil habitantes que fica no centro de Rondônia, situado numa região rica em cacau e forte na extração de borracha. Ela tem programação própria, mesclando música e jornalismo, e sua receita com publicidade é de, no máximo, R$ 55 mil por mês. Depois de pagar os 15 funcionários e os demais custos de operação, não sobra muito.

Simioli anda preocupado com a digitalização do rádio. Diferentemente do que acontece com a televisão, que iniciará em dezembro suas transmissões digitais em São Paulo, o rádio é um meio de comunicação descentralizado e com imensa programação local. Os equipamentos necessários para entrar na era digital custam menos, mas as empresas também têm faturamento menor. Quando escolher o sistema a ser adotado no Brasil - os padrões existentes são o americano IBOC, o europeu DRM, o japonês ISDB e o coreano DMB -, o governo dará um prazo para a transição de tecnologias, que pode chegar a dez anos.

Mas os questionamentos são imediatos. "Na região Norte, não vejo isso como viável", diz Simioli, da Rádio Planície de Ariquemes. Seus cálculos preliminares indicam a necessidade de investir algo como R$ 300 mil para adquirir modulares digitais. E ele questiona se a atratividade do rádio digital, que dará qualidade de CD ao som de FM, conseguirá driblar a barreira da baixa renda de seus ouvintes. "A maioria do meu público é um pessoal do campo, da fazenda. Quem tem dinheiro para comprar um receptor de R$ 700?", pergunta Simioli, confiando na escala de produção para baratear os aparelhos.

O temor do rondoniense é a esperança de muitos. Para Daniel Pimentel Slaviero, presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), a digitalização do rádio "não é uma questão de vaidade, mas de sobrevivência" para enfrentar a concorrência de tecnologias cada vez mais atrativas, principalmente para o público jovem, como os iPods. "O rádio precisa fazer essa transição para competir, em igualdade de condições, com todos os players que já estão em ambiente digital", disse o presidente da Abert, ontem, no 24º Congresso Brasileiro da Radiodifusão.

Slaviero defendeu novamente a adoção, no país, do sistema digital IBOC (americano). "É o único que atende às características do Brasil, operando em AM e FM na mesma banda e na mesma freqüência", justificou. Atualmente, nenhum país latino-americano oficializou a escolha de seu padrão de rádio, embora o México esteja bastante adiantado no uso do IBOC, informou Slaviero.

Fonte: Valor Econômico

Será que está caindo um mito?

Do Terra:

Gol: rádios piratas não põem em risco vôos

Maria Clara Cabral
Direto de Brasília

O presidente da Gol Linhas Aéreas, Constantino Oliveira Júnior, afirmou hoje em depoimento à CPI do Apagão Aéreo na Câmara que a interferência de rádios ilegais na comunicação dos pilotos com a torre de comando deve ser tratada com precaução, mas não põe em risco os vôos. Ele disse ainda que os problemas enfrentados pelo setor não o tornam inseguro. "O sistema não é infalível, mas é seguro".
Conforme o presidente da Gol, "quando há interferência de rádios ilegais, o piloto troca a freqüência ou faz ponte com outras aeronaves".


A íntegra está aqui.

sábado, 26 de maio de 2007

As feras do rádio esportivo no Orkut

Em tempos de tv a cabo e internet como fontes de informação, não dá dizer se o rádio ainda tem algum espaço na preferência da maioria. Mas ainda existe uma parcela de público que acompanha jogos de futebol com um olho na tv e um ouvido colado no radinho. Para esses, existe uma comunidade no Orkut chamada "As feras do rádio esportivo". As discussões (sempre em alto nível) giram em torno da história das transmissões esportivas e o tributo aos grandes nomes do microfone.

Uma boa idéia que está mobilizando vários membros é o compartilhamento de arquivos em MP3 (ou o formato que for) com a narração de gols históricos. Para isso, foi criada uma conta no Gmail em que cada um pode disponibilizar os aúdios que possui.

O material coletado até agora é muito bom: gols da Copa de 1970 narrados pela dupla Waldir Amaral e Jorge Cury pela Rádio Globo (RJ); os dois gols do São Paulo na final da Copa Intercontinental contra o Barcelona, em 1992; e o gol de Basílio que fez o Corinthians sair da longa fila de títulos em 1977, narrado por José Silvério.

Quem tem material para dividir ou mesmo quiser desfrutar desses relatos pode entrar na comunidade e pedir a senha do Gmail a seu dono, o Paulo Gomes.

As feras do rádio esportivo no Orkut

Em tempos de tv a cabo e internet como fontes de informação, não dá dizer se o rádio ainda tem algum espaço na preferência do público. Mas para quem ainda tem ouvidos para acompanhar jogos de futebol por esse veículo, existe uma comunidade no Orkut chamada "As feras do rádio esportivo". As discussões (sempre em alto nível) giram em torno da história das transmissões esportivas e o tributo aos grandes nomes do microfone.

Uma boa idéia que está mobilizando vários membros é o compartilhamento de arquivos em MP3 (ou o formato que for) com a narração de gols históricos. Para isso, foi criada uma conta no Gmail em que cada um pode disponibilizar os aúdios que possui.

O material coletado até agora é muito bom: gols da Copa de 1970 narrados pela dupla Waldir Amaral e Jorge Cury pela Rádio Globo (RJ); os dois gols do São Paulo na final da Copa Intercontinental contra o Barcelona, em 1992; e o gol de Basílio que fez o Corinthians sair da longa fila de títulos em 1977, narrado por José Silvério.

Quem tem material para dividir ou mesmo quiser desfrutar desses relatos pode entrar na comunidade e pedir a senha do Gmail a seu dono, o Paulo Gomes.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Com um ano de vida, Rádio Hype é sinônimo de diversidade na internet

Tudo começou num trabalho de conclusão do curso superior de Rádio e TV. Estudando o universo das rádios que transmitem pela internet, o grupo percebeu que havia uma lacuna a preencher. Um segmento do público, exigente e de alto nível, tinha raras opções de rádios que supriam as suas necessidades. Então, foi nesse contexto que surgiu há um ano a Rádio Hype, uma webradio voltada para a comunidade GLBT, que compreende gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros.

A Rádio Hype transmite 24h por dia e consegue manter uma média de 115 mil acessos mensais. A programação é bastante diversificada, tanto musical quanto tematicamente. Há programas de flash-backs, de MPB, de mixagens, entre outros. Segundo Débora Ceron, Coordenadora de Promoção, isso se deve a uma característica essencial da emissora. “A Hype é uma rádio inclusiva e que respeita as diferenças, sejam elas de sexo, cor, físicas ou musicais”, afirmou Ceron. Ou seja, mesmo que um ouvinte não pertença à comunidade GLBT, ele pode se sentir à vontade ouvindo a rádio.

A interatividade e a relação ouvinte-emissora também é outra marca da Hype, com destaque para dois programas. O Mural, apresentado pelo Programador Artístico da rádio, Rafael Marinari, tem o nome auto-explicativo, pois é o momento que os ouvintes têm para mandar os seus recados, no ar, por e-mail, MSN ou Skype. Já o humorístico Kizumba é um programa que está na rede desde 2001 e já passou por outras webradios. Nele, os ouvintes também têm o espaço aberto para pedir músicas, dar recados e participar das brincadeiras dos apresentadores.

A Hype conta com uma equipe de 9 pessoas e acabou de inaugurar seu novo site, muito mais funcional e de fácil navegação. Para acompanhar a sua programação, acesse www.radiohype.com.br.

domingo, 20 de maio de 2007

Saiu o Gol mil do baixinho

Atenção, torcida vascaína de todo o Brasil. Finalmente saiu o milésimo gol do Romário. Ouça aí a transmissão da Rádio Tupi do Rio de Janeiro agora há pouco.


Click here to get your own player.



Clique aqui e baixe o Mp3 do Gol Mil do Romário

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Milton Neves e o cudomun...

Milton Neves comete uma gafe ao ler uma das inúmeras mensagens que seus ouvintes lhe enviam pelo teletrim. Clique no player abaixo e descobrir porque Mauro Beting caiu na risada.


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quinta-feira, 17 de maio de 2007

O triste fim de Jorge Kajuru


Triste fim? Como assim? Parece que não. Em outubro de 2016, o jornalista Jorge Kajuru conseguiu eleger-se vereador na cidade de Goiânia. (atualizado em 26 de janeiro de 2018)

PS.: Para saber mais sobre Jorge Kajuru, entre em seu site oficial - www.tvkajuru.com (Publicado em 10 de junho de 2013)

PS.2: Siga o Jorge Kajuru no twitter no endereço: @realkajuru (Publicado em 2 de maio de 2014)


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Do Diário da Manhã, de Goiânia (Publicado em 17 de maio de 2013)

Lourdes Souza
Editora de Cidades

Alterações no organismo fizeram com que o apresentador e comentarista esportivo Jorge Kajuru buscasse mudanças internas. Hoje, lida com a perda da visão do olho direito, transtorno bipolar, diabetes e acúmulo de gordura no coração. “A boa lição que tirei dos meus problemas de saúde é que virei Jorginho, eu mesmo matei o Kajuru dentro de mim. Eu sublimei as coisas ruins dentro de mim. O contrário do amor não é o ódio, e sim a indiferença”, disse em entrevista exclusiva ao DM por telefone. Morando em um flat em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, ele ingere diariamente 16 remédios, seis para transtorno bipolar. “Eu não estou bem de saúde, descobri uma coisa que nem imaginava que um dia teria. Tenho transtorno bipolar, que é doença causada pela ausência de lítio no cérebro. Hoje, tenho só 2% dessa substância. Não é uma doença fácil, descobri esse problema pelo qual você vai da euforia à depressão.”

Com 30 anos de carreira, diz que deixou a apresentação de programa esportivo no SBT por pressões externas e, hoje, comanda o programa esportivo Kajuru na Área, transmitido no interior paulista pela mesma emissora. Com dificuldades financeiras, dispensou seus advogados. “Não dou conta mais de pagar advogado. Agora, só me defendo com advogado público”, diz ele em relação aos processos criminais e civis que enfrenta.

Entraves profissionais, jurídicos e de saúde não causaram surpresas ao apresentador. “Tudo que acontece hoje foi absolutamento previsto. Há 30 anos, sabia o que iria me acontecer caso eu caminhasse para ser um jornalista sério.” As dificuldades não o impedem de buscar novos vôos. Ele diz não ter planos futuros, mas sonha em voltar para Goiás e montar uma rádio. Confira a seguir entrevista na íntegra.

Saúde
Eu não estou bem de saúde, descobri uma coisa que nem imaginava que um dia teria. Tenho transtorno bipolar, que é doença causada pela ausência de lítio no cérebro. Hoje tenho só 2% dessa substância. Tomo 16 remédios por dia, e destes, seis são para reforçar a quantidade de lítio. Não é uma doença fácil, descobri esse problema pelo qual você vai da euforia à depressão. Não se trata de tristeza. Além disso, tenho uma placa gordurosa na carótida (vasos sangüíneos que levam sangue arterial do coração). Paralelo a isso, fiz cirurgia para tentar reverter um deslocamento da retina no olho direito, não obtive resultados e perdi a visão. Fiz seis cirurgias para colar a retina e nenhuma deu certo. Agora, tenho que encarar a nova realidade. Perder o olho direito para mim não foi uma tragédia. A gente vê tantas pessoas que perderam pernas, braços felizes. O doloroso neste processo foi gastar o dinheiro que gastei e não adiantar nada. Eu aceito a vida e as decisões de Deus como elas são. Já enxerguei tudo o que queria enxergar.

Visões
Os piores momentos da minha visão foram em Goiás, evidente. Porque é um Estado onde brigam os homens, e não as idéias. Enquanto houver isso em Goiás, será difícil haver sol neste Estado. Além disso, é engraçado olhar as situações históricas pelas quais passei: tive 16 pontos de audiência na mesa-redonda que fiz no SBT após a Copa. Foi recorde de audiência na história do País em mesas-redondas. As melhores que vi na minha vida também foram em Goiás. É um período que me dói, mas também me alegra. Não me entusiasmo com as coisas nacionais. Não falo da Rádio K, nem me lembro mais da Rádio K. O que me faz lembrar com alegria de Goiás é o povo, os meus ouvintes. Percebi que eles são mais amigos meus do que os amigos que andavam comigo e que me apunhalaram pelas costas, me sacanearam e me traíram.

Mudança
A boa lição que tirei dos meus problemas de saúde é que virei Jorginho, eu mesmo matei o Kajuru dentro de mim. Hoje, consigo deletar as coisas ruins. Eu sublimei as coisas ruins dentro de mim. O contrário do amor não é o ódio, e sim a indiferença. Tem pessoas em Goiás das quais nem lembro mais os nomes. Fiz promessas de nunca mais citar os nomes delas. As piores pessoas que vi por aí chego a não citar os seus nomes há mais de oito meses. Mas tenho certeza de que essas pessoas vão prestar contas aqui na Terra. A balança de São Gabriel delas será aqui.

Certeza
Hoje, tenho certeza de que o povo de Goiás sabe que tudo o que antecipei era verdade. E a parte que ainda discorda de algo que alertei, logo vai concordar. Muita coisa vai aparecer, e eu vou assistir de camarote. A única coisa que me dói ao relembrar de Goiás é não conviver com o povo goiano. Hoje, ir para Goiás é muito difícil, chego no aeroporto e choro. Saí do Estado em meio a uma injustiça. Fui o jornalista mais injustiçado da história de Goiás. Prestei um serviço a Goiás sobre jornalismo investigativo que nunca mais haverá com a veracidade com que fiz. Até porque é dífícil ousar; quem arriscar pode até morrer. Neste caso, o problema não é ser ameaçado, o medo é de quem não ameaça. Cheguei a um ponto que, no dia 29 de setembro de 2000, Juca Kfouri, Ivan Lins e o Datena chamaram-me e disseram que, caso que não saísse de Goiás, eles romperiam comigo. Achavam que não era justo o que eu estava passando. Decidi, então, largar e esquecer tudo. Sai de Goiás como cheguei no dia 10 de novembro de 1979, sem nenhum centavo no bolso. Não me arrependo de ter deixado Goiás. Me arrependo de Goiás ter me deixado sair. Sei que hoje quem se arrepende são as pessoas, que vão cada vez mais sentir a minha falta.

Destino
Não tenho nada para definir, tudo que acontece comigo hoje foi absolutamente previsto. Há 30 anos, eu sabia o que iria me acontecer caso eu caminhasse para ser um jornalista sério. Também sabia o que me aconteceria se quisesse ter sido um jornalista rico. Para isso, teria que aceitar o jogo e ficar quieto para as coisas bárbaras que acontecem no futebol e na política. Hoje sou o mesmo jornalista de 30 anos atrás, o mesmo profissional, o mesmo homem. Profissionalmente, não tenho definição: tanto quando estou por cima quanto quando estou por baixo. Minha carreira sempre teve altos e baixos, sempre foi assim, onde quer que eu tenha trabalhado.

Lição
Hoje, com toda minha experiência, tiro uma lição: o mais importante na vida são seus amigos. Concordo com o John Travolta quando ele diz que todo cara rico deveria ficar pobre por dois meses, mesmo que de brincadeira, para saber quem são seus amigos. Quando temos uma queda, é que descobrimos quem realmente nos ama, quem é amigo de verdade. O que eu posso dizer é que essa lição eu aprendi. Hoje sei separar o que é amizade e o que é convivência. Também aprendi isso nos meus relacionamentos amorosos. Não conheci nenhuma mulher, com exceção da minha ex-esposa de Goiás, com quem fiquei casado de 1996 a 2000, que ficaram com o Jorge. Todas queriam o Kajuru, meu glamour e dinheiro.

Alimentação
Minha alimentação hoje é composta por verduras, frutas e carne uma vez por semana. Preciso de pouco para viver. Não tenho luxos, gosto de canetas e relógios. Mas são objetos que ganho de amigos.

Suicídio
Não gosto de dar entrevistas porque elas são editadas. Em uma entrevista ao programa da Adriane Galisteu, disse que, após a morte de minha mãe, a vida tinha perdido a razão e que continuaria vivo porque é vontade de Deus. Então, cortaram a parte em que dizia que continuaria vivo, e isso deu a impressão de que estaria pensando em por um fim a minha vida, o que não é verdade. Por isso, não quero mais dar entrevistas.

Amizade
Tenho poucos amigos, não são poucos em quantidade, mas em qualidade. Prefiro não citar nomes, porque esse negócio é perigoso. Hoje, tomo 16 remédios por dia e não tenho a mesma memória.

Trabalho
Continuo com o meu contrato com o SBT. O Silvio Santos foi muito honesto comigo e disse-me a verdade quando tive que sair do meu programa aos domingos. Ele contou-me que meu afastamento era devido a um pedido de dois grandes anunciantes do País, que critiquei durante a Copa do Mundo no ano passado. Além disso, há um agravante: não aceitei fazer os comerciais que essas empresas fizeram na época, juntando todos os apresentadores de mesas-redondas de futebol do País. Ofereceram-me cachê de R$ 500 mil, mas não aceitei. Depois do que fiz em Goiás, decidi nunca mais fazer comercial, porque jornalista não é garoto-propaganda. Só fazia comercial de empresas que eu conhecia.

Novo programa
Após meu afastamento, o Silvio Santos ofereceu-me emprego para colocar o programa Kajuru na Área no interior de São Paulo, ao vivo, todos os dias. O programa tem meia hora de duração. Ele não ficou chateado comigo em razão dos episódios envolvendo as empresas. Silvio Santos é empresário, e eu, em seu lugar não colocaria o Kajuru ao vivo, mas gravado. Kajuru ao vivo é um perigo!

Postura
Em meu atual programa, mantenho a mesma postura de sempre. Falo dos bastidores do esporte, de política, gozo com as situações que ocorrem no País. Esses dias, disse que me sento emocionado quando vejo, na TV, comerciais de Fernando Collor, Roberto Jefferson e Jovair Arantes. Nesse momento, vejo como não devemos levar esse País a sério. O Brasil é uma brincadeira, uma palhaçada. O Mangabeira (professor de direito de Harvard, Roberto Mangabeira Unger), antes, era oposição ferrenha ao Lula e, agora, trabalha no governo (ele aceitou chefiar a Secretaria Especial de Ações de Longo Prazo). Isso é uma vergonha! Falta vergonha na cara, é isso que falta nesse País. A humanidade está podre, e, infelizmente, boa parte da humanidade corrompeu-se. Acha que, no mundo, o jogo é esse e pronto. Eu vou resistir!

Patrão Silvio
O único patrão que me interessa é o Silvio Santos. Globo e Record ofereceram-me contrato em fevereiro de 2003 e em 2002, e eu não quis. Tenho os dois contratos como troféus. Só saio do SBT quando a emissora quiser. Gosto de trabalhar em empresa que sei de onde vem o dinheiro.

Denúncias
Quando sou questionado sobre algo que falei ou denunciei, a única resposta que é: por favor, apontem uma mentira que eu falei ou denunciei sobre empresas e políticos. Hoje, por exemplo, se estivesse em Goiânia e visse o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, receber o título de cidadão goianiense, invadiria a Câmara e rasgaria o título na cara dele. Acho que o vereador que concedeu o título deve ser pior que ele. O que esse homem fez a não ser enriquecer-se às custas do futebol? Quando estava em Goiás, esse tipo de comportamento do povo goiano ofendia-me. Goiás tem talentos e é um Estado que precisa parar com complexo de inferioridade e achar que tem que receber as pessoas de fora de cabeça baixa. Goiás tem que receber bem homens de bem, e não homens de bens.

Processos
Dos processos que tenho, dois são das organizações Jaime Câmara que estão no Supremo. Do Marconi (Perillo), de caráter cível e criminal, tenho uns 15. Tenho um da Ivana Farina e, em São Paulo, do Milton Neves e da Luciana Gimenez. Hoje, não tenho mais advogados, não dou conta mais de pagá-los. Já gastei R$ 1,156 milhão somente com eles e ainda devo para meus advogados cerca de R$ 280 mil. Vou deixar que a Justiça resolva. Agora, só me defendo com advogado público.

Patrimônio
Nunca tive patrimônio, odeio patrimônio, odeio dinheiro, odeio casamento, nunca quis ter filho, não tenho o direito de deixar esse legado para ninguém. Apesar disso, tive vários relacionamentos e sou amigo de todas as minhas ex. Fizeram uma festa para comemorar meus 30 anos de carreira, e todas as minhas ex-mulheres foram à festa. Odeio o casamento pela instituição. Acredito que tudo que precisa assinar vira negócio, inclusive o amor.

Casamentos
Tive um único casamento, com minha ex-mulher de Goiás. Do restante, só vivi relações comerciais. E não estou nem aí. Só namorei mulheres bonitas, era uma troca. Melhor dar presente para mulher do que para homem. Tem exceções. No meu casamento em Goiás, houve amor, e não negócio. Mas sei que nada é para sempre. Tem que acabar; o para sempre acaba.

Futebol
Para mim, futebol não é lazer em nenhum momento. Futebol é negócio, vejo o futebol profissionalmente. Mesmo sendo um negócio, durante um jogo, você pode ver jogadas lindas e dribles emocionantes. Amo ver canetas e gol de bicicleta. É isso que me atrai. Mas não me iludo, sei que, no geral, o futebol é negócio. Não me emociono em Copa do Mundo. Não torço e nem destorço para o Brasil. Não tenho essa alucinação. Acho que tem coisas mais sérias no Brasil para eu gritar além de futebol. A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) só pensa em dinheiro. Porque eu vou ficar chorando? Os jogadores brasileiros não estão nem aí. Depois de uma derrota, vão à boate dançar. Após a derrota na Copa passada, o Ronaldinho Gaúcho foi dançar em Barcelona. Isso mostra que o dinheiro corrompe tudo, compra o canil, o cachorro e o abanar do rabo. O povo é iludido, a Globo faz do futebol uma novela, é puro marketing. O futebol aqui nunca mais será romântico. Hoje, não duvido de mais nada sobre as armações de bastidores. Um exemplo é o árbitro Edilson de Carvalho, que contou que havia manipulado resultados. Só levo as jogadas a sério. Não acredito em cartolas e dirigentes.

Empresas
Hoje, existe interferência de empresas em todas as áreas. No Brasil, não há liberdade de imprensa, mas liberdade de empresas. Então, são as empresas que mandam em muita coisa e não é só no futebol. Não gosto de marcas famosas de tênis. Para mim, qualquer tênis feito numa fábrica em Anápolis é melhor do que uma grife.

Planos futuros
n Nunca tive essa coisa de plano futuro. Eu vivo intensamente o dia. Não programo nada para minha vida amanhã. Patrimônio não vou deixar para ninguém. Deixo somente o meu trabalho, quem quiser tê-lo como exemplo, que tenha. Não tenho futuro, vivo o hoje. Se tenho dinheiro para tomar uma garrafa de uísque, eu tomo. Se não, tomo uma cerveja gelada.

São Paulo
Não sinto falta da capital São Paulo. Odeio São Paulo! Quem gosta de São Paulo é oligofrênico (deficiência do desenvolvimento mental que compromete sobretudo o comportamento intelectual). A cidade é boa para quem vai trabalhar porque oferece boas remunerações. Ribeirão Preto é uma cidade gostosa, é uma Goiânia há 20 anos. A cidade tem vida cultural movimentada e, ao mesmo tempo, aquela coisa simples do interior.

Goiânia
Tenho saudades de Goiânia, mas hoje não penso em voltar para lá. Gostaria de reunir todas as pessoas que amo em Goiás numa ilha. Mas hoje não tenho condições de voltar para Goiânia, queria voltar com o meu sonho, minha rádio. Como não tenho condições de voltar... Nesse País, não há condições de se ter uma rádio, que é concessão pública, e viver sem nenhuma relação com o governo. E, desse jeito, eu não quero. A minha rádio morreu, mas ela viveu rigorosamente sem nenhum centavo de governo de agosto de 1998 até setembro de 2000. Nesse período, não houve nenhum centavo de patrocínio de governo. Acho que rádio não tem que ter governo como anunciante. Imprensa não deveria ter relação nenhuma com o governo. Então, não quero voltar se não for para ter esse sonho. O meu sonho é morrer no lugar que eu quis viver, no caso, Goiás. Mas não trabalhando, porque não há patrão que me interesse aí. O único patrimônio que tenho é esse, só falo com quem eu quero, só dou a mão para quem eu quero, é um direito meu.

editoria: Cidades
editor: Lourdes Souza
telefone: 3267-1048
e-mail: cidade@dm.com.br

sábado, 12 de maio de 2007

Maré boa de anúncios

Está no ar, na Rádio Eldorado, a nova campanha publicitária dos cartões Mastercard.

É um jingle com duração de cerca de 2 minutos, que surge como se fosse uma música no meio do bloco comercial. Nâo tem locução ou mesmo assinatura do anunciante no final. Só a música, que, por sinal, é mais bem produzida do que muita coisa que toca por aí.

Faz tempo que nós destacamos iniciativas diferentes e bem feitas em relação a anúncios radiofônicos, essa categoria tão desvalorizada em relação aos anúncios televisivos.

Outra campanha que também merece destaque é a do Habibs (Jovem Pan FM, Bandeirantes AM, entre outras), principalmente o spot em que o locutor diz os nomes de praticamente todos os produtos do Habibs, com uma interpretação bastante singular.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Ranking da audiência das FMs em São Paulo

Sai mais um ranking de audiência das FMs da cidade de São Paulo. Cortesia do site Radioman.

Não há grandes novidades, mas alguns registros importantes devem ser feitos.

-Na ponta da tabela, a Tupi FM consegue abrir algumas cabeças de vantgem sobre sua concorrente imediata, a Nativa FM. Na pesquisa anterior os números davam 187 mil ouvintes por minuto à primeira contra 183 mil ouvintes por minuto à segunda. A situação atual é: 196 mil ouvintes por minuto colados na Tupi FM. Enquanto isso, 185 mil ouvintes por minuto dedicam sua atenção a Nativa FM.

-E a euforia pelos lados do bairro paulistano do Paraíso continua: a Mix FM consolida-se na terceira colocação geral do ranking com 170 mil ouvintes por minuto. O sonho é ocupar a liderança, mas isso só acontece se eles passarem a tocar sertanejo e axé. Posso estar enganado, mas uma rádio jovem não tem bala na agulha para ser líder geral de audiência. Os outros gêneros musicais que sustentam Tupi e Nativa são muito mais fortes e têm maior penetração junto ao público.

-E a Band FM, que já foi líder um dia, vem subindo. Já está a frente da Jovem Pan FM, que continua em queda livre, especialmente no segmento jovem. Ela está atrás da Metropolitana FM e muito longe da Mix FM.

-A Alpha FM consolidou a reconquista da liderança do segmento adulto, que foi conquistada por pouco tempo pela Nova Brasil FM. Nem deu para sentir o gostinho.

-A Kiss FM apresentou oscilação negativa. Perdeu um bom número de ouvintes nesse ranking atualizado. Hoje ela está com 46 mil ouvintes por minuto.

-A BandNews FM está subindo: hoje tem 15 mil ouvintes por minuto. Um índice bem mais expressivo que o apresentado em pesquisas anteriores. Mas isso ainda não a faz ser a pedra no sapato da CBN FM, que está com a marca de 57 mil ouvintes por minuto.

-A 107 FM (antiga Brasil 2000) apresenta estabilidade em seu número de ouvintes: 11 mil ouvintes por minuto. Precisa pensar urgentemente em alguma coisa para dar um salto quantitativo.

-O próprio Radioman faz menção ao aparecimento no ranking da Rádio Trânsito Sul América, que figura com 5 mil ouvintes por minuto. Mas ainda é cedo para se falar alguma coisa.

-E desta vez o Radioman não trouxe o número de ouvintes fiés às rádios clandestinas (elas aparecem todas num item chamado Outras).

Lembrete: os números colocados aqui são aproximados.

terça-feira, 8 de maio de 2007

Rádio CBN com imagem

Vem aí a nova era do rádio: o rádio com imagem!!!! Não é televisão, não é cinema, não é youtube. É rádio com imagem. Veja a rádio CBN FM de São Paulo entrando em nossa página principal:http://www.radiobase.org. agora você pode explicar para a sua tia o que é mais ou menos convergência digital, não pode?

domingo, 6 de maio de 2007

Kaiser Chiefs - Ruby

A Transamérica já aderiu. A Brasil 2000 toca de montão. Até a MTV já tem clipe. Só falta agora a Venenosa tocar mais um hit que veio da internet.

Ouça Kaiser Chiefs - "Ruby"

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Mais uma da Band

Grupo Bandeirantes convida Milton Neves para projeto Rádio BandSports
Tiago Cordeiro - do Comunique-se.

O Grupo Bandeirantes estuda criar a emissora de rádio BandSports FM, inspirada no canal de TV a cabo BandSports. O jornalista e comentarista esportivo Milton Neves confirmou ao Comunique-se que recebeu uma sondagem do grupo para participar do projeto.

"É um projeto que existe e fui sondado. Já trabalho na Rádio Bandeirantes AM e na Bandnews que são duas emissoras maravilhosas. Temos um convívio muito bom e, caso o projeto ande, realmente vou participar dele, na área jornalística e publicitária", destacou Neves, que irá ancorar os 70 anos da Rádio Bandeirantes em um estúdio de vidro suspenso no Parque do Ibirapuera no próximo domingo.

A assessoria de imprensa do grupo confirmou que houve sondagens referentes ao projeto, mas que não há nada de concreto a respeito. Nem mesmo uma possível data de estréia.

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Mais um projeto de rádio da Bandeirantes. AM, AM no FM, Band FM, Band News e Sul América. Faltava mesmo a Bandsport para fechar a conta, não é? Pelo menos com o Milton Neves, a emissora não deve ter problemas com o faturamento.
Eu acho um pouco estranho essa vontade que a Band tem de abraçar o mundo. Enquanto a empresa vai inchando e "ganhando" novas frequências, férias de vários funcionários são canceladas por falta de caixa para o pagamento. No momento, só sai de férias na Band os funcionários que têm o benefício prestes à vencer.
É aquela velha história que já conhecemos, não é? O jornalista/radialista vai ficando por último nas prioridades da empresa.

Rádio Manchete no ar

Mais uma rádio chega á internet pelas ondas da web. Anote aí, http://www.radiomanchete.com.br. E boa audição.